André Vieira, iG São Paulo
O grupo Odebrecht criou uma empresa para administração de negócios na área de Defesa. A intenção da recém-criada companhia Copa Gestão em Defesa é participar dos programas de modernização das Forças Armadas brasileiras – que poderá incluir desde o projeto do sistema de gerenciamento de controle aéreo na costa brasileira, em estudo pela Marinha, como a construção de navios-patrulhas de proteção das plataformas que exploram o petróleo da camada do pré-sal.
Radar do Sivam, em São Gabriel da Cachoeira (AM): Marinha estuda estender projeto para costa brasileira
A empresa, que será controlada pelo grupo Odebrecht, terá dois sócios minoritários: a Atech, uma empresa de tecnologia criada por executivos para fazer a integração do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), e a Penta Prospectiva Estratégica, que tem a participação de Oswaldo Oliva Neto, irmão do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), candidato ao governo de São Paulo. Coronel reformado, Oliva Neto ocupou até 2007 o cargo de chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, depois transformado em ministério, após a saída do ex-ministro Luiz Gushiken do governo Lula.
A Copa Gestão em Defesa representa outro passo da Odebrecht no campo da Defesa. Em junho, o grupo firmou acordo com a EADS Defence & Security para formação de uma joint venture, no qual a empresa europeia – que controla na área civil a fabricante de aviões Airbus – possa tanto vender como transferir tecnologia para as áreas de Defesa e segurança.
No fim de 2008, a tradicional empreiteira já tinha sido escolhida pelo governo brasileiro – sem licitação – para ser a empresa brasileira responsável com a francesa DCNS pela montagem de quatro submarinos convencionais e um quinto submarino de propulsão nuclear – projeto avaliado em quase 7 bilhões de euros (cerca de R$ 16 bilhões), que engloba também a construção de um estaleiro e uma base naval para a Marinha.
Coronel reformado Oliva Neto, ex-chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, em foto de 2007: participação minoritária em empresa de Defesa
Roberto Simões, executivo que ficou à frente da criação da Santo Antônio Energia, empresa que participa da construção de uma hidrelétrica no Rio Madeira, conduziu a formação da nova empresa de gestão na área de Defesa. A Odebrecht Plantas Industriais e Participações (OPIP) será a companhia do grupo à frente da Copa Gestão em Defesa.
Sócios minoritários da Odebrecht
Formada principalmente por engenheiros, a Atech nasceu em 1997 como uma fundação responsável pela integração do sistema do Sivam depois que a empresa Raytheon transferiu a tecnologia de monitoramente da Amazônia ao Brasil. Além do controle do tráfego e da defesa de espaço aéreo, o Sivam também faz também o monitoramento ambiental e meteorológico. Mais recentemente, a fundação fez uma cisão de sua atividade, criando uma empresa de tecnologia, que será a responsável pelas atividades da Copa.
Além do irmão famoso do PT, Oliva Neto é filho do general reformado Oswaldo Muniz Oliva, ex-comandante da Escola Superior de Guerra (ESG) no fim dos anos 1980. A Penta presta atualmente consultorias ao setor privado, elaborando cenários nas áreas de Defesa e Segurança Nacional. Procuradas, as empresas não se manifestaram sobre a criação da companhia.
Acho que agora sim vamos ver as coisas acontecer…pois me lembro de noticiais informando sobre pagamento de propina pela Odebrecht a politicos para ganhar licitações…Agora que vai rolar grana acredito que a politicalhada vai se interessar em “investir na defesa”.
Ainda mais com a participação do irmão do senador Mercadante do PT nessa empresa…..
A população não aguenta mais desvios éticos desse partido, q antes de ser governo chamava muitos políticos de ladrão, no entanto hj no governo, com algumas raras exceções, os apoiam.
Se isto não for a velha tática do DIVIDIR PARA CONQUISTAR E ABOCANHAR !!!
Afinal, fica bem mais fácil para as multinacionais adquirirem uma empresa privada, transformando-a em uma simples filial, do que de uma empresa estatal !!!
Não agora, nem amanhã, mas, depois de amanhã !!!
concordoplenamente como charles… e siceramente se for pro brasil começar a investir em defesa pros politicos poderem pegar suas propinas nao fazmal eu quero ver é o brasil bem armado….
Olha, eu até pensei no oposto, + pensando bem, poderá ser o estímulo p os msm reequiparem n FAs com bom material bélico tupiniquim,afinal temos militares honestos e q querem o melhor p o país, p vigiar e opinar , ainda q em off, sobre os mesmos, qualidade e essas coisa.Sds.
O Mundo do poder foi, é e sempre será sustentado com um super combustível chamado propinoduto. É assim aqui no Brasil e no resto do mundo.Quem está no poder luta pra continuar no poder e quem está de fora luta para conquista-lo a qualquer custo. E porque? Seria pelo o bem estar da nação? Seria puro e simplesmente pensando no bem do país? Só um completo ingênuo para acreditar em papai noel.Então amigos, em tempos de eleições e de mentiras deslavadas de ambos os lados, essa é que é a real.A luta sangrenta pra continuar no poder ou pra conquista-lo e dai multiplicar ou quadruplicar o patrimônio pessoal próprio, dos parentes mais próximos e de amigos.abços
Quanto a notícia em si. Acho legal a entrada da odebrecht nesse setor. e viva o mundo encantado da PROPINA.Propina gorda ou magra, pouco importa. O importante é que ela seja bem embolsada ou mesmo envolta em cuecas. Arre!!!!!
Vou mandar meu currículo.
Quando comecei a ler a notícia pensei: Agora Vai!!!! Mas depois quando vi qu eo irmão do Mercadante estava no meio….
Se fosse só uma empreiteira, que rouba mas faz, tudo bem, acho que o mercado ia crescer, mas já enfiaram um mer… lá dentro.
Imaginem um Almirante ou um General tendo que aturar um Coronelzinho roncando grosso na Defesa…. Deus me livre3, quando penso que as coisas vão mudar……
Wesley, eu estou bem armado. Quer ver também?
aff capitap…rsrsr
Não entendi muito bem.
Quer dizer que o negócio vai degrigolar só porque um dos sócios da Odebrecht é irmão do Mercadante?
Por si só isso é motivo para duvidar dele?
A própria matéria fala do vêio militar do Oliva que seguiu carreira do pai.
Particularmente não acretito em Papai Noel mas não vejo este fator (ser irmão) como algo para sair acusando o “cara” já de primeira.
Mais uma empresa para intermediar as verbas da defesa. Continua tudo igual…
Acho que, qdo empresas privadas de grande porte resolvem entrar neste mercado, é porque a coisa vai sair do papel mesmo.
Hermano, se formos ver, as maiores empresas de Defesa do mundo são privadas.