Brasil terá fábrica nacional de carros elétricos em 2014, afirma empresário

Na foto o modelo Tesla S o carro elétrico da Tesla Motors

Sugestão:Edusardo Nicácio

Vladimir Platonow – Agência Brasil

O  país terá uma frota de veículos elétricos nacionais circulando pelas ruas em 2014. O anúncio foi feito hoje (15) pelo empresário Eike Batista.

A planta será construída ao lado do Super Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense, a um custo inicial de US$ 1 bilhão.

O empresário afirmou que vai buscar financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ressaltou que a composição acionária da nova empresa será majoritariamente brasileira.

Há cerca de um mês, outro grupo empresarial anunciou a construção de uma fábrica de motos e bicicletas elétricas, que será construída também no estado do Rio de Janeiro.

Fábrica de veículos elétricos

A produção inicial será de 100 mil veículos, totalmente movidos por baterias elétricas, com tecnologia japonesa e europeia. Eike estimou que, há espaço no mercado brasileiro para uma nova fábrica de veículos.

“A gente está enxergando que, nos próximos dez anos, o Brasil vai consumir 8 milhões de automóveis por ano. Então, tem espaço para gente nova, tem espaço para a indústria nacional, até pelo carinho que o brasileiro teria em comprar um carro bem feito. Vai ser uma empresa nacional, com know-how estrangeiro”, disse Eike, durante a Exposição Rio Oil & Gas, que reúne as principais empresas de petróleo e gás do mundo.

O presidente da EBX, considerado o oitavo homem mais rico do mundo, frisou que os carros elétricos representam uma tendência definitiva. Segundo ele, as baterias serão de tecnologia japonesa e o restante do veículo – para cinco passageiros e autonomia de 160 quilômetros – terá concepção e design europeu e brasileiro.

“O negócio do carro elétrico é irreversível. A pessoa que gasta R$ 200 por mês em combustível, num carro elétrico, botando ele na tomada à noite, vai gastar menos que R$ 20. O problema hoje ainda é que o custo inicial da compra do carro está caro, mas o preço das baterias está despencando. Tem uma revolução acontecendo nessa área”.

Complexo do Açu

Entre as facilidades do complexo de Açu para abrigar o projeto, Eike citou a sinergia entre o complexo portuário que está sendo construído, pela empresa LLX, de sua propriedade, duas siderúrgicas, de capital estrangeiro, e uma usina termelétrica, além da existência de estradas de ferro e rodovias para escoamento da produção.

“Só pela logística do Açu, a gente ganha US$ 200 por automóvel, o que é muito dinheiro. Os incentivos naturais estão na eficiência da logística. Vão atracar no Porto do Açu os maiores navios conteineiros, a um custo imbatível. Em qualquer país do mundo, você tem que pensar que o mix de algo montado no país possa ser até 50% vindo de fora. Se você agrega os outros 50% de indústria nacional, mais mão-de-obra, você acaba tendo 70% do coeficiente do país. É isso que a gente quer. A indústria brasileira de autopeças, assim que a gente passa de 20 mil unidades [de veículos], ela se instala em volta”.

Eike não disse quantos empregos terá, mas informou que cada vaga gerada em uma montadora gera 15 empregos nas empresas da cadeia. O empresário espera entrar com projeto de financiamento no BNDES dentro de 12 meses e que o banco terá interesse em apoiar a iniciativa.

Carro brasileiro

O empresário afirmou que este será o primeiro carro brasileiro, depois da experiência do empresário João Augusto Gurgel, nos anos 70 e 80, que chegou a produzir 43 mil veículos 100% nacionais. “Este é o meu conceito,” diz ele.

Perguntado onde Gurgel havia falhado, Eike respondeu: “O Gurgel quis conceber um carro do zero. Na época ele usava motor Volkswagen. Aí ele foi desenvolver um motor próprio, uma caixa de mudança própria e entrou em uma seara complicada”.

Eike ressaltou que o veículo elétrico também deverá receber incentivos por conta de questões ambientais, pois não polui e praticamente não produz ruído. Ainda sem nome determinado, ele sugeriu que a fábrica poderia se chamar FBX, de “Fábrica Brasileira de Automóveis”, mais a letra X, que aparece em todas suas empresas.

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Fonte: Inovação tecnológica

22 Comentários

  1. “O Gurgel quis conceber um motor próprio, uma caixa de mudança própria e entrou em uma seara complicada”.

    Pois é né, se o pais tivesse investido mais em tecnologia nacional, pesquisadores para industria nacional, tal vez a história fosse outra. Sempre vai ser mais fácil comprar o que está pronto. Hoje a maioria dos pesquisadores só tem emprego nas universidades..

  2. Muito Bom!

    “O Gurgel quis conceber um carro do zero. Na época ele usava motor Volkswagen. Aí ele foi desenvolver um motor próprio, uma caixa de mudança própria e entrou em uma seara complicada”.

    Mais se o projeto der certo, investe em motores nacionais vai?!

  3. Excelente noticia,carros elétricos são o futuro,espero que vire uma realidade,Eike sendo um dos homens mais ricos do mundo deveria investir também na defesa nacional,petróleo,gás e mineração atiçam a cobiça de muitos.
    Bem que o Eike poderia comprar a inútil da imbel.

  4. Carros Elétricos deveriam ser o padrão para a industria automobilística. Quanto aos produtores de petróleo, deveriam diversificar sua linha e depender menos do oléo. Mas isso seria o caminho mais difícil….

    []’s

  5. Eu não vejo com bons olhos confiar 100% na eletrônica sem pensar na blindagem eletromagnética. Porque em áreas sensíveis como a logística, sendo 100% eletrônica, uma explosão eletromagnética de uma bomba feita para isto, teria efeito invisível mas devastador.

  6. Eu ainda acho que autonomia de 160 km é muito pouco.Creio que um carro ideal para viajar deveria ser híbrido (poderia ser álcool/elétrico, para aproveitar o know haw adqquirido…).Carros exclusivamente elétricos,com essa baixa autonomia,deveriam ser de uso apenas urbano e poderiam ser mais compactos…

  7. Não precisamos de carros elétricos, mas precisamos e muitissimo de trens e metrôs em nossas cidades. Pra quê mais carros? Para a elite do País poder compra-los junto com a fama de ser “boazinha com o meio-ambiente”??? Quero mais é que se ferrem! É essas mesma elite que hoje anda de Ferraris pelas ruas de nosso País.

    E a tecnologia das baterias? Vão nos repassar ou vamos ter de comprar as baterias?? E a poluição causada pelo descarte destas?? Alguém já pensou sobre isso??

    Outra ainda: Não notaram que isso vem no momento em que estamos para explorar o pré-sal?? Por que será? Coincidência? Duvido! Vamos é cuidar de nossas cidades e investir em transporte, baixar o “custo Brasil”. Depois disso, sim podemos pesquisar e desenvolver nossa própria tecnologia, em vez de comprarmos coisa pronta dos Gringos.

  8. O problema da pesquisa no Brasil é a falta de incentivo. Todos os cérebros vão para o exterior. Formamos pessoas geniais aqui mas, que infelizmente, acabam indo, por exemplo, para a Nasa… Não é falta de cérebro e sim de vergonha na cara dos políticos, dos empresários e até do “Zé Povinho” que habita estas terras…

  9. BNDS é o atual BNDES. Será q algum filho de secretária do atual governo também vai cobrar ao Eike 5% do valor do financiamneto como “comissão de sucesso” p/ alguém com ligação com o PT?

    Afinal já foram muitos os escandalos de pagamento de propina para essa turma.

  10. “O próximo presidente do Brasil.”

    Se ele administrar o Brasil com a agressividade com que administra suas empresas, seríamos a 3ª economia mundial logo-logo…

    BRASIL POTÊNCIA

  11. Sou um grande admirador desse cara, com certeza votaria nele, apesar de não ser garantia de que seria um bom presidente o fato de ser um grande empresário. o que me impressiona nele é a visão estratégica.

  12. Um de vcs falou q não presciamos de carros eletricos prescisamosde onibus,metros meios de trasnporte coletivo!Eu ate concordo ele mais isso é primeiro passo isso vai encentivar outro brasileiro a aperfeisoar a ideia de Eike Batista!E isso mesmo vamos lá Brasil vamos mostra q naõ tamos vivos pra esses americanos q acham q agente é paíz de terceiro mundo não temos capacidade mais não estamos aqui!!!!!!!!!!!!!!!

  13. Clóvis Henrique Arrué :
    Eu ainda acho que autonomia de 160 km é muito pouco.Creio que um carro ideal para viajar deveria ser híbrido (poderia ser álcool/elétrico, para aproveitar o know haw adqquirido…).Carros exclusivamente elétricos,com essa baixa autonomia,deveriam ser de uso apenas urbano e poderiam ser mais compactos…

    Até pode ser, + temos de entrar rápido nesse nicho de autos.É o caminho natural das nações desenvolvidas, vide o Tesla ianks, q é mt bom; diga-se a verdade.Sds.

  14. O problema é como as 4 grandes (GM,Fiat,Volkswagen e Ford) vão reagir.
    Todo mundo sabe que essas empresas fazem um lobby violento pro pessoal de Brasília
    colocar obstáculos para a indústria automobilística brasileira.

  15. Em relação ao ser “Presidente do Brasil”… Recebi um e-mail que informa que a fortuna do Eike veio às custas do minério de ferro vendido de forma subfaturada ao Japão pelo então Ministro de Minas e Energia, que na época era seu pai. Será que procede? Se for assim, só é o cara mais rico do Brasil às nossas custas, assim como a maioria de quem está no poder… Para Presidente do Brasil NUNCA!!!!!!

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