A BAE Systems apresentou oficialmente nesta quarta-feira (08) seu jato de treinamento avançado Hawk T2/128 AJT (Advanced Jet Trainer) como concorrente ao programa T-X da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). O programa T-X visa selecionar uma aeronave de treinamento avançado que substitua os veteranos Northrop T-38C Talon, em operação nos esquadrões de formação de pilotos de combate desde os anos de 1960.
O grupo britânico pretende apresentar sua proposta como contratante principal, formula não usual nos Estados Unidos para a participação de empresas estrangeiras nesse tipo de negócio.
Segundo a BAE, o Hawk AJT atende aos requisitos da USAF sem a necessidade de desenvolvimentos adicionais por estar praticamente definido e oferece grande confiabilidade, já que é uma versão avançada de um treinador que começou sua carreira há 36 anos, tendo sido produzidas mais de 900 aeronaves em diversas versões para Forças Aéreas de 18 países.
O Hawk AJT enquadra-se na categoria LIFT (Lead-In Fighter Trainer) e tem por tarefa adestrar pilotos destinados a comandar aviões de combate de 4ª e 5ª gerações. Os sistemas no estado da arte que equipam a aeronave são capazes de simular ações de combate virtual com grande realismo durante o voo. Além disso, estações terrestres de planejamento de missão e de debriefing, bem como simuladores, fazem parte do sistema de treinamento integrado oferecido pela empresa. Uma critica das autoridades da USAF que poderia surgir com relação ao jato da BAE reside no fato de que os aviões de combate de combate F-22 Raptor, F-35 Lightning II e F-16 possuem comandos instalados nos consoles laterais (side-stick), enquanto o Hawk possui o manche no centro da cabine.
T-50 Golden Eagle
M-346 Master
Além do Hawk AJT da BAE Systems, concorrerão no T-X, entre outros, o Lockheed Martin/Korea Aerospace Industries T-50 Golden Eagle e Alenia Aermacchi M-346 Master, este último negociando parceria com empresas estadunidenses. A Northrop Grumman ainda não revelou sua estratégia para o T-X e a Boeing, na falta de uma parceria para o programa, poderá desenvolver seu próprio projeto.
A estimativa é para que mais de 300 unidades do novo treinador LIFT sejam produzidas para a USAF e atinjam seu estatus operacional inicial em 2017.