Independência do Brasil, até onde somos independentes? – Parte 1

http://pbrasil.files.wordpress.com/2010/09/idenp.jpg?w=300

Autor: Angelo D. Nicolaci

Editor do site “GeoPolítica Brasil”


Dia 7 de setembro comemoramos o Dia da Independência, mas até que ponto somos independentes? Qual o futuro de nosso país e como tem sido nosso caminho até a verdadeira independência? São questões complexas e que podemos buscar soluções, mas sem obter uma resposta exata, uma vez que o mundo esta em constante mudança e nos atendo também ao fato de que devido ao tamanho dos desafios fica dificil desenhar um cenário, pois dependemos em muito de fatores que fogem ao controle de toda a sociedade brasileira.

O GeoPolítica Brasil esta trazendo a tona estas importantes questões para que possamos debater este tema tão importante INDEPENDÊNCIA. Hoje e nos próximos dias vamos publicar uma série de artigos, e convido a todos a dar sua contribuição com seus comentários.

Nessa primeira postagem vamos falar sobre nossa “independência” , sua história, os custos e os dias de hoje.

Como todos sabem, diferente de muitas nações, nosso país não enfrentou qualquer tipo de “guerra de independência”, tivemos movimentos internos e revoltas pela emancipação, que culminou com o momento que ficou marcado na história do Brasil como o dia D, quando as margens do Ipiranga D. Pedro bradou o grito de independência, exatamente no dia 7 de setembro de 1822.

Uma questão que pouco se comenta a respeito de nossa independência, é o fato de que tal declaração em nada mudou a nossa realidade sócio-econômica, ficando restrita a esfera política, onde passamos a ter um governo próprio, não “dependendo” mais de Portugal, embora nosso primeiro governante fosse um príncipe português.

O movimento pela independência foi marcado por rebeliões como a “Conjuração Baiana” e a “Inconfidência Mineira” que antecederam o ato de D. Pedro, deixando claro que a atitude dele não foi um ato isolado, mas sim um posicionamento frente a conjuntura política que se desenvolvia no Brasil colônia e que de uma forma ou de outra culminaria em nossa independência do julgo português.

Um dos grandes motivadores de nossa independência foi o movimento republicano que se propagava pelas américas, como maior exemplo foi a Independência Americana, que assumiu um rumo diferente do nosso, uma vez que eles partiram para democracia, enquanto por aqui prosseguia a monarquia com D. Pedro como nosso governante.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/69/PeterI-de_Sa.jpg D.Pedro I

A revolução industrial, a difusão do liberalismo econômico, o iluminismo e a insatisfação com o modelo colonial, deram força a nossa independência, como o interesse britânico de expandir seus tentáculos sobre o novo mundo, explorando novos mercados e fontes de matérias primas para sua revolução industrial.

Se o que define a condição de colônia é o monopólio imposto pela metrópole, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia. O monopólio não mais existia. Rompia-se o pacto colonial e atendia-se assim, os interesses da elite agrária brasileira, acentuando as relações com a Inglaterra, em detrimento das tradicionais relações com Portugal.

Esse episódio, que inaugura a política de D. João VI no Brasil, é considerado a primeira medida formal em direção ao “sete de setembro”.

Há muito Portugal dependia economicamente da Inglaterra. Essa dependência acentua-se com a vinda de D. João VI ao Brasil, que gradualmente deixava de ser colônia de Portugal, para entrar na esfera do domínio britânico. Para Inglaterra industrializada, a independência da América Latina era uma promissora oportunidade de mercados, tanto fornecedores, como consumidores.

Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação e Aliança e Amizade), Portugal perdeu definitivamente o monopólio do comércio brasileiro e o Brasil caiu diretamente na dependência do capitalismo inglês.

Em 1820, a burguesia mercantil portuguesa colocou fim ao absolutismo em Portugal com a Revolução do Porto. Implantou-se uma monarquia constitucional, o que deu um caráter liberal ao movimento. Mas, ao mesmo tempo, por tratar-se de uma burguesia mercantil que tomava o poder, essa revolução assume uma postura recolonizadora sobre o Brasil. D. João VI ao retornar a Portugal deixou a aristocracia rural brasileira sentir-se duplamente ameaçada em seus interesses: a intenção recolonizadora de Portugal e as guerras de independência na América Espanhola, responsáveis pela divisão da região em repúblicas.

A aristocracia rural brasileira encaminhou a independência do Brasil com o cuidado de não comprometer seus privilégios, representados pelo latifúndio e escravismo. Sendo conduzida com a preocupação em manter a unidade nacional e conciliar as divergências existentes dentro da própria elite rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados por escravos e trabalhadores pobres em geral. Temendo a mudança para o modelo que surgiu na America do Norte com a independência dos EUA.

http://mm19.2it.com.br/upload/wtw2iqfex7_retrato_de_d._joao_vi%3B1817%3B_oleo_sobre_tela%3B_museu_de_belas_artes(rj).jpg D.João VI

Com as exigências para que também o príncipe regente D. Pedro voltasse, a aristocracia rural passa a viver sob um difícil dilema: conter a recolonização e ao mesmo tempo evitar que a ruptura com Portugal assumisse o caráter revolucionário-republicano que marcava a independência da América Espanhola, o que evidentemente ameaçaria seus privilégios, , pois a partida de D.Pedro poderia representar o esfacelamento do país.

Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado por José Clemente Pereira (presidente do Senado) a D. Pedro em 9 de janeiro de 1822, solicitando sua permanência no Brasil. Cedendo às pressões, D. Pedro decidiu-se: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”.

É claro que D. Pedro decidiu ficar bem menos pelo povo e bem mais pela aristocracia, que o apoiaria como imperador em troca da futura independência não alterar a realidade sócio-econômica colonial. Contudo, o Dia do fico era mais um passo para o rompimento definitivo com Portugal. Graças a homens como José Bonifácio de Andrada e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira e outros, o movimento de independência adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde as leis portuguesas seriam obedecidas somente com o aval de D. Pedro, que acabou aceitando o título de Defensor Perpétuo do Brasil (13 de maio de 1822), oferecido pela maçonaria e pelo Senado. Em 3 de junho foi convocada uma Assembléia Geral Constituinte e Legislativa e em primeiro de agosto considerou-se inimigas as tropas portuguesas que tentassem desembarcar no Brasil.

A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. As bases sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O “sete de setembro” foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.

Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México, com o reconhecimento dos Estados Unidos a nossa independência, criou-se um laço político que perdura até os dias de hoje e que nos aproximou por demais de sua econômia, nos tornando em certo ponto dependentes deste “irmão” mais velho. Isso iremos abordar mais a frente nos próximos artigos desta série sobre nossa “Independência”.

Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra, que viu uma ótima oportunidade de aumentar sua influência em nosso país e aumentar sua participação em nossa economia e nos rumos do Brasil, marcando por assim dizer o inicio da divída externa brasileira.

O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou. Como podemos notar pouco mudou neste sentido até os dias de hoje.

http://www.benitopepe.com.br/wp-content/gallery/teset/independencia-do-brasil.jpg Proclamação da Independência

Embora tenhamos declarado independência, mantivemos a mesma forma econômica e social, o que nos atinge ainda hoje, pois enquanto os demais países modernizavam suas relações sócio-econômicas e ingressavam na revolução industrial e em um novo patamar econômico, o Brasil permanecia estagnado a bel prazer de uma elite que podemos classicar como “Burra e Míope”. Além do mais nossa nação carecia de investimentos, algo que se arraigou a cultura nacional e se tornou um mal que precisamos estirpar.

Hoje ainda sofremos as mazelas que nos trouxe tal independência, que foi mais um ato simbólico e político do que uma real independências, pois continuamos dependendo de atores externos, seja no contexto geopolítico, econômico como principalmente no tecnológico.

27 Comentários

  1. Tens razão quando tratas a elite nacional como burra e míope, pois foi preciso que um operário sem dedo e semi analfabeto chegasse ao poder para ressucitar (se é que tivemos isso um dia) o senso de nação e a auto-estima em nosso nosso povo e criar um planejamento estratégico com visão de futuro para o país, além de incluir milhões na classe média e promover o Brasil a player no cenário internacional.Se dependesse das elites nacionais, todos os pobres deveriam ser mantidos como escravos e não como cidadãos e a riqueza distribuida apenas entre os barões, vide os políticos e empresários que ficaram podres de ricos com o espólio nacional. E ainda tem gente da classe média que defente a linha de pensamento das elites. É só ver como os paulistanos vivem se gabando do Rodoanel e das Marginais “Novas”, são míopes mesmo, pois não enxergam que o Rodoanel está cercado de favelas, parece que só querem ver aquilo que lhes agrada aos olhos. Só pode ser burrice, vivem no mundo da fantasia, umbigocêntrico. Por pior que o governo atual seja, me parece ao menos que eles têm um plano para colocar o Brasill como nação desenvolvida e desenvolver toda a sociedade brasileira e não só uma pequena parcela desta, isso com certeza as elites nunca quiseram.

  2. 7 DE SETEMBRO CONTRA O TOTALITARISMO DA IGNORÂNCIA!

    O Brasil sempre lutou e lutará para se ver livre de qualquer corrente ou coleira que lhe coloque.Tivemos em nossa história de existência como nação vária, e uma delas para mim é o totalitarismo.
    Tal moléstia ainda nos atormenta,pois ela aparece de muitas maneira,caras.
    A atual é a ignorância em todo em seu aspecto,social e cultural,para combatê-la é a educação e a verdade respectivamente.
    O totalitarismo com a face da ignorância,deixa muitas vitimas na sociedade,os jovens sem perspectivas em seu futuro,familias órfãs socialmente do estado,a mercê da violência urbana,drogas etc.
    Enganasse quem ache que o totalitarismo era só quando o estado prendia e matava ,como no passado nem tão recente tivemos;onde vítimas de muitos brasileiro se fez:em Canudos(1868 a 1867)-onde muitas mulheres foram violentadas e crianças vendidas para os bordeis;Caldeirão dos dantas no Ceará(1936) foi a primeira vez que aviação do governo usou,como teste em brasileiros,o fogo aéreo em sua história,”balas caindo do céu” relataram as inúmeras vítimas,que até hoje a polícia do Ceará e o nosso ” glorioso” exercito não fala em qual tapete esconderão os cadáveres,como fizeram com o golpe de 1964,mais uma vergonha para o currículo da nossa instituição,que colocarão em nossos pescoços uma coleira de três cores;vermelha,azul e branca,usando o nome da democracia(Deus,família e pátria),alegando que estavam a defender o nosso país contra totalitarismo do comunismo,implantaram uma ditadura sanguinária,que mais uma vez,jogarão para debaixo do tapete muitos brasileiros,e hoje a sociedade brasileira é forçada a bancar a aposentadoria desses exterminadores de brasileiro,facínoras.

    Como se pode ver,as vezes o braço é forte mais a mão não é inimiga.

  3. lucena :
    7 DE SETEMBRO CONTRA O TOTALITARISMO DA IGNORÂNCIA!
    O Brasil sempre lutou e lutará para se ver livre de qualquer corrente ou coleira que lhe coloque.Tivemos em nossa história de existência como nação vária, e uma delas para mim é o totalitarismo.
    Tal moléstia ainda nos atormenta,pois ela aparece de muitas maneira,caras.
    A atual é a ignorância em todo em seu aspecto,social e cultural,para combatê-la é a educação e a verdade respectivamente.
    O totalitarismo com a face da ignorância,deixa muitas vitimas na sociedade,os jovens sem perspectivas em seu futuro,familias órfãs socialmente do estado,a mercê da violência urbana,drogas etc.
    Enganasse quem ache que o totalitarismo era só quando o estado prendia e matava ,como no passado nem tão recente tivemos;onde vítimas de muitos brasileiro se fez:em Canudos(1868 a 1867)-onde muitas mulheres foram violentadas e crianças vendidas para os bordeis;Caldeirão dos dantas no Ceará(1936) foi a primeira vez que aviação do governo usou,como teste em brasileiros,o fogo aéreo em sua história,”balas caindo do céu” relataram as inúmeras vítimas,que até hoje a polícia do Ceará e o nosso ” glorioso” exercito não fala em qual tapete esconderão os cadáveres,como fizeram com o golpe de 1964,mais uma vergonha para o currículo da nossa instituição,que colocarão em nossos pescoços uma coleira de três cores;vermelha,azul e branca,usando o nome da democracia(Deus,família e pátria),alegando que estavam a defender o nosso país contra totalitarismo do comunismo,implantaram uma ditadura sanguinária,que mais uma vez,jogarão para debaixo do tapete muitos brasileiros,e hoje a sociedade brasileira é forçada a bancar a aposentadoria desses exterminadores de brasileiro,facínoras.
    Como se pode ver,as vezes o braço é forte mais a mão não é inimiga.

    Caros brasileiro,genuínos tupiniquins:
    – Uma ressalva:

    quando se ler ” braço forte más a mão não é inimiga”;leia se :
    ” As vezes o braço é forte más a mão é inimiga”

  4. Independência = CAPITAL livre para ser aplicado aonde e como desejar por livre e desimpedida VONTADE (em um mundo capitalista). Ex. Anúncio de aplicação de livre fluxo de capitais por Rússia e China (também ensaiada pelo Brasil, mas sabiamente aceito as restrições da comunidade internacional).

    Questão do controle do emissor e garante do padrão de trocas de mercadorias em âmbito global (imprimir moeda CONFIÁVEL e aceita no mundo todo – são pouquíssimos os países ESTÁVEIS, política e economicamente o suficiente, para garantir em um período de pelo menos 1 século = período de formação de dinastia bancária = a “força” é a estabilidade da moeda).

    Retorno a pergunta a autora… O que é independência em um mundo interdependente (incluso aqueles que emitem a moeda global – vide exemplo recente do FED) em capitais, mercados, ciência, mão de obra, etc…

    Viva a Independência do Brasil!

    Abs.

    Ps. O sistema de ÚNICO emissor de bloco se demonstrou arriscado para todos (vide Banco Inglês no passado e FED no recente), será necessário um outro emissor ALTERNATIVO para evitar tais problemas. O ideal seria no mínimo 3 casas emissoras, 1 em cada bloco de influência e outra MODERADORA (fora do jogo das especulações de ambos os blocos). Serve como um seguro para TODOS os países. Quebra descontrolada é um risco inaceitável (formenta guerras – vide República de Weimar e suas consequências) em um mundo com múltiplos atores com armas nucleares.

  5. Complementando…

    Foi o único de a conquistou no mundo moderno, que apesar de ter todo o conhecimento do ciclo para a construção da bomba atômica, o fez, sem construir uma única.

    Credibilidade senhores, no mundo de Ceasar e do dinheiro, é isto que realmente importa.

  6. A diferen~ça do povo Norte-Americano para nós é que eles param o pais deles para comemorarem a Independencia deles.Em tudo e a todo momento ostentam felizes o pavilhão nacional deles…E AQUI???…Ate mesmo o desfile de 7 de setembro eles nos tirarão da televisão.Um processo para anestesiar o povo,tirando-nos o civismo e o amor ao pais…O Brasil não é o nosso inimigo…Nossos inimigos são as elites dominantes,o sistema corrompido e inutil,a midia envolvida com essas forças ocultas que sempre nos escravisaram,que sempre nos expoliaram.Aqueles que usam o sofrimento de nosso povo nos sensibilizando e nos usando.Ensinaram-nos ao longo de decadas essa lei da selva de cada um por si,de dedada nos olhos.Eles nos dividem,nos enfraquecem.Ate quando suportaremos isso?Sejam quem forem que assumam o poder sempre articulam uma forma de se tornarem cada vez mais imunes.Centralizam o poder e atraem submissos para não terem opositores,sempre vizando a perpetuação…Anita Garibaldi foi uma mulher independente,alem de seu tempo.A primeira feminista da historial mundial.Uma simples Brasileira que se tornou heroina nacional na Italia e que aqui a historia dos vampiros nos fez esquece-la por ser revolucionaria,por ser do povo…

  7. o azar por não ter sido colonizado por anglo saxões …

    felizmente é hoje um país multifacetado etnicamente… o sorte.

  8. Novato :
    Tens razão quando tratas a elite nacional como burra e míope, pois foi preciso que um operário sem dedo e semi analfabeto chegasse ao poder para ressucitar (se é que tivemos isso um dia) o senso de nação e a auto-estima em nosso nosso povo e criar um planejamento estratégico com visão de futuro para o país, além de incluir milhões na classe média e promover o Brasil a player no cenário internacional.Se dependesse das elites nacionais, todos os pobres deveriam ser mantidos como escravos e não como cidadãos e a riqueza distribuida apenas entre os barões, vide os políticos e empresários que ficaram podres de ricos com o espólio nacional. E ainda tem gente da classe média que defente a linha de pensamento das elites. É só ver como os paulistanos vivem se gabando do Rodoanel e das Marginais “Novas”, são míopes mesmo, pois não enxergam que o Rodoanel está cercado de favelas, parece que só querem ver aquilo que lhes agrada aos olhos. Só pode ser burrice, vivem no mundo da fantasia, umbigocêntrico. Por pior que o governo atual seja, me parece ao menos que eles têm um plano para colocar o Brasill como nação desenvolvida e desenvolver toda a sociedade brasileira e não só uma pequena parcela desta, isso com certeza as elites nunca quiseram.

    Falou e disse, essa e à minha ótica e acrescentaria + algumas coisas, depois, sds.

  9. Eu ñ diria só os paulistanos + td as capitais e seus centros ditos “nobres”, essa e a falta de independência do n BRASIL.Quem está encastelado q + q a maioria se dane, com”PH”,espero uma mudanças nesta maneira de ver o “outro”, estamos quase em uma guerra cívil , nos grandes centros urbanos do país. Sds.

  10. Ponto alto do desfile de sete de setembro, a pirâmide do exército sobre uma moto Harley Davidson… temos uma bela |Esquadrilha da Fumaça, Exército formando pirâmides sobre motos… Não precisamos mais de nada para defender nosso território. Alguém leva isso a sério?

  11. AVISO, NADA CONTRA SÃO PAULO E OS PAULISTAS…

    O POST É SOBRES AS ELITES PAULISTAS E SUA RELAÇÃO COM O RESTO DO BRASIL…
    …………..

    Sobre as nossas “elites” há um fato histórico interessante e muito ignorado, todos já escutamos sobre a pujança e progresso de São Paulo construída pelo desenvolvimentismo de sua elite, o lendário arrojo dos quatrocentöes de S.Paulo !
    ———————————————
    Sou Paulista, mas não sou fascista !

    por Adilson Santos

    O desenvolvimento do Estado de São Paulo e, principalmente da cidade de S. Paulo, deve-se única e exclusivamente ao Período conhecido como República Velha, quando os Baronetes do Café açambarcaram o poder federal, após o golpe militar que derrubou a Monarquia .
    .
    Lembro que até 1879, ou seja, há 130 anos atrás, a cidade de S.Paulo possuia inacreditáveis 15.000 habitantes e em algumas mapas nem mesmo aparecia, pois era apenas uma parada provisória para tropeiros que vinham de Sorocaba ou retornavam para lá, em direção ao vale do Paraíba ou Santos, cidades MUITO mais importantes.
    .
    Os governantes da Velha Oligarquia cafeeira que tomaram o poder a partir de 1889, ou mais precisamente desde o governo Prudente de Morais, ENDIVIDARAM TODO O PAÍS, PARA DESENVOLVER SUAS PROPRIEDADES E FACILITAREM A SUA PRODUÇÃO CAFEEIRA, através de emprestimos triliardários junto aos Rothschild’s, Lloyds e demais banqueiros ingleses a juros absolutamente escorchantes e pasmem, A GARANTIA DO PAGAMENTO ERAM AS ALFÂNDEGAS DE TODO O BRASIL.
    .
    Em resumo, a patranha era a seguinte: os Oligarcas presidentes da República Velha, construiram estradas de Ferro, Silos, Armazéns e demais benfeitorias (TUDO EM S.PAULO) com dinheiro emprestado no exterior e mandaram a conta para todo o Brasil pagar.
    .
    Entre 1894 e 1930, foram tomados um total de aproximadamente 45 milhões de Libras Ouro (+- USD$ 800 BILHÕES ) emprestados apenas junto aos Banqueiros ingleses e americanos e deste total 94% FORAM DESTINADOS PARA S.PAULO .
    .
    O único estado ou cidade que abocanhou alguma migalha significativa deste montante foi a antiga capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, quando da administraçao Pereira Passos (1902 – 1906 ), na polêmica reestruturação da cidade denominada “Bota Abaixo “, que apesar de toda a truculência praticada, saneou o Rio de Janeiro da varíola e da febre amarela, além de ter modernizado a cidade.
    .
    Para se ter uma idéia do descalabro do desvio de verbas de TODO O BRASIL PARA DESENVOLVER S. PAULO E OS BARÕES DO CAFÉ, estudem o chamado “Convenio de Taubaté”, de 1906, considerado a Mãe de todas as Maracutaias .
    .
    Como no inicio do Século XX, a cotação internacional do café estava caindo vertiginosamente, provocada pela superprodução brasileira, a Oligarquia Paulista que detinha o poder resolveu que iria manter ARTIFICIALMENTE OS PREÇOS NUM PATAMAR MUITO SUPERIOR AO INTERNACIONAL, para que os pobres Barões do Café não fossem prejudicados e nem fossem obrigados a se adequar ao deus mercado ( Oferta e procura e etc).
    .
    Então tiveram uma ideia luminosa, ou seja, iriam fazer com que a diferença entre o preço da saca internacional ( menor) fosse bancada POR TODA A POPULAÇÃO DO BRASIL.
    .
    Por este sacrossanto convenio, o Governo federal se comprometia em comprar dos oligarcas a saca do café a um preço muito superior à cotação internacional, para posteriormente revendê-la no mecado mundial com prejuizos bilionários . Como o Erário público não possuia recursos para isso, os Varões de Plutarco Paulistas da Republica Velha contraíram um empréstimo junto aos banqueiros ingleses no valor de 2 MILHÕES DE LIBRAS OURO ( coisa pouca, algo em torno de 35 Bilhões de dólares nos dias atuais ), para safarem a sua onça .
    .
    Perguntinha : Quem pagou este empréstimo ?
    .
    Resposta : TODO O BRASIL, POIS AS ALFÂNDEGAS DO RIO A MANAUS FORAM FIADORAS, OU SEJA,TODA A MERCADORIA QUE PASSASSE NESSES PORTOS (DEZENAS), TERIAM UMA TAXAÇÃO EXTRA PARA HONRAR O PAGAMENTO .
    .
    Desculpe-me por me estender, mas o que gostaria de demonstrar é que: O propalado desenvolvimentismo dos paulistas ou de sua elite, o lendário arrojo dos quatrocentöes de S.Paulo é uma grossa mentira, pois a cidade de S.Paulo foi fundada em 1554, e após 325 anos (ano 1879 ) sua capital possuia minguados 15.000 habitantes, 1 hotel e nenhum banco, além de em muitos mapas nem mesmo ser mencionada.
    .
    Após a tomada do poder pela oligarquia paulista a partir de 1889 ou mais precisamente desde 1894, S. Paulo misteriosamente iniciou seu desenvolvimento espetacular, ao mesmo tempo que o restante do País empobrecia de forma mais espetacular ainda.
    .
    Se tornar desenvolvido economicamente graças a empréstimos biliardários que foram pagos por outros com sacrifícios inenarráveis é muito fácil e não representa mérito algum, muito pelo contrário, representa um parasitismo patológico histórico que precisa ser reparado.
    .
    Se durante 36 anos Todo o Dinheiro da Nação fosse enviado para o Amapá, e fossem tomados empréstimos de centenas de bilhões de dólares junto aos bancos internacionais e estes recursos fossem enviados quase unicamente para este Estado, em muito pouco tempo ele se tornaria desenvolvido, uma grande potência, e então os habitantes amapaenses diriam que “Nosso Arrojo construiu o nosso desenvolvimento”.
    .
    ……………………
    “Elite Paulista”, hoje pode ser dividida em duas, uma nascente, de empresários que tem consciência nacional e a velha elite, separatista muitas vezes, com seus coliformes agregados e que só se importam consigo mesmos…

    Folha de São Paulo, Veja , Estadão, Globo…são os braços midiáticos, transnacionais, desta velha e corrompida elite entreguista.

  12. Valew Angelo

    Só uma Observação, e acho que o Angelo quis dizer isso que eu penso:

    -A ELITE é “burra e míope” justamente porque é MUITO interessante para ela ser assim, ou seja ela é porque ela quer ser! Só tem a ganhar $$$

    • Wi, eu mesmo não gostei.
      Sou quadrado e do tempo em que cão corria atrás de gato, que galo cantava na hora de acordar, que rato morria envenenado com xumbinho. E principalmente, do tempo em que se parava o que se fazia não importasse o que nem como e se posicionava em posição de sentido para cantar, ou ouvir o hino nacional sem rir nem bater palma depois.
      Na concepção de muita gente, sou atrasado, a minha é que banalizaram o mundo de tal forma que até pensar diferente e ter esta opinião é crime…
      sds
      E.M.Pinto

  13. Pinto,

    certamente que como você, ha muitos ( e provavelmente, a maioria do público que frequenta o PB…) que não gostam deste tipo de versão do Hino, especialmente os que tem ou já tiveram vivencia militar…Estão no seu pleno direito e tem suas razões!

    Por outro lado, são muitos e variados os brasileiros, de temperamentos diversos … Muitos que ao ao verem um vídeo como este, tem despertados seu orgulho e senso de nacionalidade, de uma forma, que a execução tradicional não despertaria.

    E não esquecendo que aqui não se trata de uma execução musical pura, más de um vídeo onde as imagens expressam uma mensagem, de unidade nacional, junto com a execução “heterodoxa” do Hino Nacional…

    Aliás, eu mesmo não gostei da música , más gostei da mensagem do vídeo…

    sds

  14. Um país de pai para filho, um belo acordo hereditário tramado na corte portuguesa definiu o status da nossa Independência. Até que foram inteligentes. Acho que foi mais ou menos assim que D. João acertou com o filho D. Pedro: Tu declaras a independência antes que os patrícios lá o façam, depois ficas tu na posse da colônia e mantemos esta terra brasilis em família e o vínculo com nossa côrte. Só te acauteles de que não haverá inssurreição, e depois, em precisando, nossa milícia ultramarina retomará a posse das capitanias.

  15. Salve amigos,

    É bom ver que muitos compartilham ainda dos valores patriotics que espero ver em nossa nação, pois muitos que conheço vivem sob os antolhos que as elites impõem atraves da mídia e mesmo a educação que procuro nos tornar subserventes de uma população omissa e despolitizada.

    Galileu,

    Você entendeu exatamente o que eu quis dizer com a expressão “míope e burra”, pois é de extremo interesse tal postura da elite para manter dominante e gozando de seus privilégios

  16. Belo texto do angelo, essa é a primeira vez que entro aqui, concerteza irei participar mais, e gostaria de poder conversar com o angelo, pois gostei muito do texto dele, meus parabéns.

  17. Wi

    Seu texto está muito bom e explicativo, porém dizer que os paulistas, mesmo que a elite,nao tiveram mérito nenhum chega a ser ‘ofensivo’ e até mesmo hipócrita.

  18. Vezes demais a História é contada de viés.

    Vezes demais em detrimento do meu país. Portugal.

    Ponto primeiro. Em nenhum país da América Latina as independências trouxeram mudanças sociais. nem a americana. aliás é curioso o número de signatários da declaração de indepencia que continuavam designar-se por subditos de sua majestade.

    Nem Portugal nem o Brasil são subprodutos da História e é errado julgar hoje processos políticos que tiveram lugar no passado

    O Brasil viu os seus portos serem abertos ao monopolismo britanico porque o mercado preferencial nao existia, estava ocupado. a coroa precisava de fazer dinheiro, alem da fortuna incalcula que levou para o brasil. a sobrevivencia era tb económica. vale a pena lembrar que toda a europa estava ocupada. o único parceiro comercial livre era… a Inglatera. isto para quem escolheu lutar. Portugal fê-lo. Com sacrifício e Glória, daquela que enche os livros.

    Segundo ponto. A dívida externa não tem nem nunca teve Portugal como instigador. Ao longo da História do Brasil pediram-se vários emprestimos, pagos e repagos. Quem impôs os 2 milhões de libras estrelinas (lá está) foi a Inglaterra,que se ofereceu como mediador. Não queria ofender um aliado, e não queria perder um novo mercado. Ambos eram devedores devido a ajuda militar.Nos dois casos, o dinheiro acabou nos bancos ingleses. E assim nasceu a História do único país que pagou pela independencia.

    pensem além do professor de História hippie que tiveram… Um país derrotado tem capacidade de impor uma indemnização??

    Nem o argumento de D.Pedro ser filho é válido, pois por essa altura já estava em Portugal a lutar contra o irmão.

    Curioso como quem aponta o dedo ao complexo de vira-lata mais contribui para ele…

    Só um àparte ao editor. O quadro do D.João VI não é real. Foi feito de memória pelo pintor, para poder ser pendurado no Palácio de São Bento, onde passaram a funcionar as Cortes Gerais da Nação, depois da Revolução Liberal. D.João ainda vinha a caminho do Brasil. Na realidade não era nem tão grisalho nem tão magro.

    cumprimentos

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