Saudita que viveu nos EUA é novo líder da Al Qaeda, diz FBI

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A rede terrorista Al Qaeda tem um novo chefe de operações e, para extra preocupação dos americanos, ele conhece muito bem os Estados Unidos.

A mãe dele, Zurah Adbu Ahmed, que ainda mora em um subúrbio na Flórida, negou à rede americana CNN que seu filho seja o novo chefão dos terroristas e alertou que ele é apenas usado como bode expiatório.

O agente especial Brian LeBlanc afirmou à CNN que o fato dele ter morado no país alvo da guerra santa declarada pela rede terrorista o torna uma ameaça especialmente perigosa.

Nascido na Arábia Saudita, Shukrijumah morou em Nova York e depois seguiu para um subúrbio no sul da Flórida em 1995, quando seu pai, um clérigo muçulmano e missionário treinado na Arábia Saudita, decidiu assumir um posto na mesquita local. Na cidade, ele viveu com cinco parentes e estudou ciência da computação e química.

Em algum ponto no fim dos anos 90, segundo o FBI, Shukrijumah ficou convencido de que precisaria participar da guerra santa para combater a perseguição contra os muçulmanos em locais como Tchetchênia e Bósnia. Ele então foi para os acampamentos da Al Qaeda no Afeganistão, onde aprendeu a usar armas automáticas, explosivos, além de táticas de batalha, vigilância e camuflagem.

Foi no Afeganistão que ele conheceu outro jovem recruta Jose Padilla, cidadão americano suspeito de planejar um ataque com bomba radioativa. Ele está preso desde 2007 em Miami, por apoio material ao terrorismo.

Segundo descobertas nos interrogatórios de Padilla e outros detentos da Al Qaeda, Shukrijumah e Padilla teriam planejado juntos como encher apartamentos com gás natural em vários prédios de apartamentos para detoná-los. A sorte, afirma LeBlanc, é que eles não se davam bem e não conseguiam trabalhar juntos.

CHEFE

Shukrijumah e dois outros líderes fariam parte de um “conselho de operações externas” que planeja e aprova atentados terroristas e recruta agentes.

Segundo LeBlanc, Shukrijumah foi quem convenceu Najibullah Zazi e Zarein Ahmedzay, detidos por planejar atentados contra o metrô de Nova York, a voltar aos EUA para realizar o ataque. Ele foi indiciado como conspirador nos planos de ataque, a primeira acusação formal contra um homem procurado até então apenas como testemunha.

Ele também é suspeito de participação no planejamento dos ataques a bomba na Noruega e dos planos de atacar os metrôs de Londres, no Reino Unido. LeBLanc afirmou, contudo, que ainda não há provas de seu envolvimento nestes casos.

O saudita teria ainda percorrido os EUA de trem pouco antes dos ataque de 11 de setembro de 2001 e pouco depois visitou o Canal do Panamá, para um plano nunca executado de interromper o comércio no local explodindo um dos barcos.

Shukrijumah foi rotulado de “claro e presente perigo” aos EUA em 2004, pelo então secretário de Justiça John Ashcroft.

Seus colegas de conselho, contudo, foram mortos por ataques de aviões não tripulados dos EUA. Sem concorrência, ele assumiu a posição deixada pelo seu ex-chefe e cérebro dos ataques de 11 de Setembro, Khalid Sheikh Mohammed, capturado em 2003. Desde então, afirma o agente do FBI, teria contato direto com Osama bin Laden.

“Ele está pensando em como atacar os EUA e outros países ocidentais”, disse LeBlanc. “Ele conhece como o sistema trabalha. ELe sabe como conseguir uma carteira de motorista. ELe sabe como conseguir um passaporte”.

MÃE

Zurah disse nesta quinta-feira à Associated Press que seu filho frequentemente falava sobre o que considerava excessos da sociedade americana, como o abuso de álcool e drogas e mulheres com roupas justas.

Ela afirmou, contudo, que ele nunca adotou a violência, apesar de não falar com ele há vários anos. “Este garoto nunca faria coisas malvadas. Ele não é uma má pessoa”, disse. “Ele amava este país”.

BUSCA

O FBI procura por Shukrijumah desde 2003. Ele é considerado o único líder da Al Qaeda que um dia teve visto de permanência nos EUA.

Os EUA oferecem uma recompensa de US$ 5 milhões por informação que leve à sua captura. O FBI também está divulgando uma foto que mostra como ele pareceria hoje.

O FBI espera ainda conseguir acusações formais contra ele na Flórida, mas as principais informações sobre seu envolvimento com o terrorismo vêm de depoimentos de detentos de Guantánamo, como o próprio Mohammed, cujo uso como testemunha é questionável.

Fonte: Folha.Com

3 Comentários

  1. … é meus amigos… se esse cara é o que dizem dele, agora os americanos tem um inimigo mais temível que o Bin Laden…

  2. ..e chegaram a ele assim de repente,através das sua invetigações , lêia-se torturas, acho q a Alcaida criou o personagem só aterrorrizar o tio sam, um lenda motivadora para o élan dos jihadistas.

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