Foto: AP
As declarações são resposta à reivindicação do prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba, que pediu durante o ato de aniversário do primeiro bombardeio atômico sobre população civil que o Japão abandone o chamado “guarda-chuva nuclear” americano.
Kan reiterou a posição do governo japonês sobre a necessidade da capacidade de dissuasão nuclear oferecida pelos EUA para manter a segurança na região.
No entanto, o primeiro-ministro assegurou que o Japão tem a responsabilidade moral de liderar ações para conseguir um mundo sem armas nucleares.
Além disso, assegurou que o Japão manterá seus três princípios não-nucleares, de não produzir, não possuir e não deixar transitar por seu território armas nucleares.
No discurso durante a cerimônia, Kan disse que as vítimas dos dois bombardeios atômicos sobre o Japão devem representar o país e transmitir ao mundo o horror e os danos causados pelo uso de armas atômicas.
Ao final de 1945, cerca de 140 mil pessoas tinham morrido em Hiroshima e outras 74 mil em Nagasaki. Entretanto, o número de mortes nos anos seguintes pelas sequelas das radiações foi muito maior.
Hiroshima fez nesta sexta-feira uma chamada ao desarmamento nuclear no 65º aniversário do lançamento da bomba atômica contra a cidade, em cerimônia que pela primeira vez teve participação de um representante oficial dos EUA e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Milhares de pessoas se reuniram no Parque Memorial da Paz às 8h15 locais (20h15 de quinta-feira em Brasília), exatamente a mesma hora do lançamento da bomba “Little Boy” há 65 anos pelo avião americano “Enola Gay”.
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