Vietnã acusa China de violar sua soberania em ilhas em disputa

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HANÓI (Reuters) – O Vietnã acusou a China nesta quinta-feira de violar sua soberania ao realizar exploração sísmica perto de ilhas disputadas pelos dois países, no Mar do Sul da China, e pediu ao governo chinês que faça mais para promover a paz, estabilidade e relações bilaterais saudáveis.
As acusações foram feitas num momento de elevada tensão na região depois que a China se irritou com o que considerou um ataque da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, ao mencionar as disputas territoriais no Mar do Sul da China em um fórum de segurança regional realizado em Hanói, duas semanas atrás.

O governo chinês diz que o Mar do Sul da China é assunto de “fundamental” interesse. Para analistas, essa declaração mostra que o país situa as questões de reivindicação territorial no mesmo nível que as das conflituosas regiões do Tibet e Xinjiang, bem como Taiwan, que a China considera parte de seu território.

Nesta quinta-feira, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Vietnã, Nguyen Phuong Nga, disse que embarcações chinesas vinham realizando atividades de exploração sísmica desde o fim de maio perto da ilha de Paracels, que o Vietnã reivindica, bem como em áreas de extração de gás e petróleo numa porção continental.

“A ação chinesa violou gravemente a inquestionável soberania do Vietnã sobre as Ilhas Paracel e os direitos de soberania do Vietnã sobre sua porção continental e sua zona econômica exclusiva de 200 milhas náuticas”, disse ela em uma entrevista coletiva de imprensa.

Nga afirmou que as ações da China contrariam as convenções internacionais sobre regiões em disputa e também as decisões dos líderes dos dois países de manter a paz e estabilidade e evitar complicar mais a situação.

China, Vietnã, Malásia, Filipinas, Brunei e Taiwan mantêm reivindicações históricas conflitantes sobre partes do Mar do Sul da China e os arquipélagos de Spratly e Paracel, potencialmente ricos em gás e petróleo.

(Reportagem de John Ruwitch)

Fonte:Reuters

6 Comentários

  1. Esse pode ser o novo estopim para uma reordenação do jogo geopolítico regional. Alguns dos países do Sudeste Asiático e da comunidade econômica da ásia do pacífico, podem futuramente compor um bloco de contrapeso a influência política crescente da china nesses pontos e até se alinhar aos exercícios americanos.

  2. —-A DINÂMICA DOS IMPÉRIOS.

    A história universal, sempre mostrou que todos os impérios:romano,turco,britânico,soviético e o atual o americano;sempre buscaram crescer na sua geografia.
    Também a história universal,mostrou que todos impérios quando ruiram,ficarão em pedaços: O império romano,turco,britânicos,soviéticos e tudo indica o americano.
    E o homem não aprende que tudo isso é secular,e o que importa é a herança deixada;pois a herança do império romano foram os inimigos que ficam para cobrar o espólio do moribundo,os romanos.

  3. É bom lembrar que antes do início da segunda guerra, a Alemanha invadiu diversos paises com a justificativa que os territórios lhe pertenciam, a maioria foi invadida sem resistência interna ou externa. Será que a história está se repetindo? Vide Tibet, Xinjiang, Hong Kong, Macau, etc…

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