China faz exercício aéreo em meio a tensão com os EUA

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Por Ben Blanchard
PEQUIM (Reuters) – A China iniciou na terça-feira cinco dias de exercícios aéreos, mobilizando caças e milhares de soldados em meio a um cenário de crescente tensão diplomática e militar com os Estados Unidos.

O exercício “Vanguarda 2010” ocorre nas províncias de Henan (centro) e Shandong (leste), próxima ao Mar Amarelo, segundo a agência estatal de notícias Xinhua. Outra agência, a China News Service, disse que mais de 100 aeronaves do Exército, Aeronáutica e Marinha participam da atividade, disparando mísseis reais para simular a defesa de Pequim contra um ataque aéreo.

A China recentemente se queixou de um exercício conjunto entre EUA e Coreia do Sul na região. Declarações do governo norte-americano sobre uma delicada disputa territorial no Mar do Sul da China também incomodaram Pequim.

Mas os militares negaram que os exercícios tenham relação com as tensões regionais, e disseram que estão tentando ser mais transparentes. “O objetivo é elevar as capacidades de combate nesta região militar e tornar efetivos os preparativos para o combate militar”, disse o general Zhao Zongqi, um dos responsáveis pela atividade, ao China News Service.

Segundo a agência, o exercício ocorre sem ensaio prévio, para que seja o mais realista possível, e envolverá sete tipos de aeronaves – inclusive helicópteros e aviões espiões.

A China tem ampliado os investimentos na sua Força Aérea, que agora está equipada com caças de origem russa Su-30 e Su-27, superiores aos F-16 usados por Taiwan, ilha autônoma que Pequim considera ser uma “província rebelde” da China e que insiste que tem de se unificar com a China continental, à força, se necessário.

A imprensa chinesa tem anunciado vários exercícios militares nas últimas semanas, inclusive de forças navais – fatos normalmente sigilosos.

A publicação Semanário Militar disse que, embora os exercícios sejam normais e a China não tenha intenção de “buscar hegemonia”, ela reagirá a eventuais agressões contra seus interesses.

“Embora os exercícios da China sejam discretos, eles passam um recado”, disse o artigo. “Se outras pessoas ameaçarem os nossos interesses, temos suficientes meios militares e métodos tecnológicos para contê-los.”

No mês passado, Pequim demonstrou indignação contra o exercício EUA-Coreia do Sul no Mar Amarelo (que também banha a China). A maior parte das manobras acabou sendo transferida para o Mar do Japão.

A China alegava que as manobras ameaçariam sua segurança e a estabilidade regional. Washington e Seul afirmavam que o objetivo dos exercícios era dissuadir a Coreia do Norte de eventuais agressões.

Fonte: Reuters

16 Comentários

  1. Aos poucos o dragão começa a mostrar as suas garras. Será que a águia daqui a alguns tempo terá coragem de enfrentar-lá?

  2. Eu observo este tipo de nota e exercício Chinês e me parto de rir pelas pessoas e Estados envolvidos levarem isso a sério. Quem, com alguns neurônios, pode admitir um ataque contra a China comunista nos dias de hoje, com as economias tão atreladas ao papel de produtor mundial chinês? Quem pode admitir um ataque a uma potência nuclear, sem o ônus de levar um contra-ataque nuclear devastador?
    Este papel representado pelas Forças Chinesas têm mais significado interno ao país que externo. Visa justificar os gastos estratosféricos em armas desta nação a grande maioria do seu povo e também lustrar o ego dos seus comandantes militares.
    Nada mais do que isso. Pois o que a China fez e o Brasil deveria a muito ter feito é ter a garantia de um guarda chuvas nuclear. Uma arma atômica congela as fronteiras eternamente o que tem-se provado desde 1945. Este é o temor Americano e Israelense quanto ao Iran, deixar este país intocável e as vezes impune para sempre, após este conseguir um artefato atômico. [ ]s

  3. Esse argus não entendeu que para os Chineses não Passamos de Povos Bárbaros! principalmente nos misturados do sul !

  4. Francoorp,

    Eu contei 14 Flankers…
    É uma imagem forte, digna de superpotência.
    Mas fique tranquilo, como inveja não mata, ainda vamos viver mais este dia… he he he.

    Abç,
    Ivan :).

  5. Wolfpack,

    Exercício Militar é uma linguagem estranha, mas funcional.

    Os EUA avisaram, mediante exercício conjunto com a Coreia do Sul que apoiam esta, inclusive na condição de ir as vias de fato, caso Pyongyang se exceda e, para prejuízo de todos, se atirasse em uma louca empreitada bélica.

    A China, em resposta, informa que no “terreiro” dela não se pode mais fazer o que quiser, que tem músculos suficiente para se impor caso necessário.

    Contudo, é curioso observar que os dois exercícios chineses, tanto o naval como o aéreo, foram ‘apenas’ com forças próprias. NÃO houve, pelo menos ainda, exercício conjunto com a Coreia do Norte.

    Será que aí não contem uma outra mensagem?

    A leitura pode ser algo como:
    …’Não concordo com as bravatas da Coreia do Norte, mas não admito que ninguém se meta na minha área de influência.’

    Claro que há alternativas, eles poderiam colocar no Mar Amarelo e no Mar do Japão uma placa indicativa, tipo:
    …KEEP DISTANCE…
    Mas acredito que dois exercícios militares são mensagens mais efetivas… he he he.

    Abç,
    Ivan :).

  6. O que temos vistos nesses dias ameaças de guerras,intensificação de animozidades,intrigas,radicalismos,extremismos resumem a paranoia humana.A crise que lhes afetou e afeta lhes levam a buscarem a saida do grandão que não vislumbra solução.Implementarem suas industrias pesadas e belicas atirando seus povos em lutas.E sem duvida os mais perigosos são os EUA que com o fracasso no Afeganistão e o extratagema da saida do Iraque antes que se transforme tambem em derrota.Ai como sempre irão escolher outro fraco para bater.Isso se resume em um caso classico da sindrome deficiente imunologica adquirida da Vuvuzéla emtupida e Jabulani se descabela.Tem um meio natural contraceptivo não colatera,introdução de medio supusitorio de maracujina para que se acalmem suas hipertensões.

  7. Todos nós reclamamos da dominação Americana né,esperem chegar a Chinesa ou a Russa e talvez sentiremos saudades do passado.

  8. O negocio é não esperar ‘deitado’ pelo surgimento de novos impeŕios, sejam de estadunidenses, europeus, chineses , russos, hndus ou marcianos…

    O Brasil deve aproveitar este intervalo de tempo onde os atuais ‘poderes imperiais’ estabelecidos, estão mais fracos e enquanto ainda não surgiu nenhum outro, para se firmar em sua independência, se fortalecer e tornar-se não um império… más dono do seu próprio destino.

  9. Wolf, inicialmente pensei a mesma coisa que você. Mas refletindo um pouco mais, acho que a China tem razão quando diz que não quer exercícios dos EUA por perto, principalmente este país que está cheio de brinquedinhos que gostam de espiar, e a China sabe bem disso. Imaginem o que pode acontecer com o Brasil quando os nossos vizinhos souberem de VANTs nacionais patrulhando próximo a fronteira deles e exercícios com caças de superioridade aérea. Vejam a “damer” que deu com o Paraguai quando nossos militares fizeram exercícios próximo da fronteira deles. Os EUA não entrariam em guerra com o dragão vermelho, sabemos disso, mas que eles gostariam de bisbilhotar aquele país, isso não seria difícil de acreditar (se já não o fazem por satélite) Enfim, acho que o texto foi mal elaborado e mal intensionado.

  10. Me lembro que quando foi colocado aqui no blog sobre o exercício naval entre EUA e Coreia do Sul, todo mundo e a própria matéria destacando o objetivo, como sendo projeção de dissuasão perante a Coreia do Norte, e eu falei que de outra perspectiva o foco ia além na Ásia.

    Quanto a opinião do Ivan, permita-me acrescentar que o exercício autônomo chinês, se dá tanto com intenções de mediação interna quanto com objetivo de demonstrar força aos possíveis contenciosos externos. O que ocorre, em especial tenta se formalizar pela iniciativa oficiosa norte-americana, é uma Otan do Pacífico composta por parceiros militares de razoavel dimensão militar e capacidade industrial, tentando extender-se aos países da Asean em especial os tigres asiásticos.

    Isso seria um ganho estratégico imenso no controle futuro das vias logísticas comerciais e bélicas, mantendo presença fiscalzadora e inclusive montando pontos avançados que “plataformassem” rapidamente, frotas navais maciças sobre setores geoestratégicos da Ásia Central e adequando o cerco de Pyongyang à pressão política gradual sobre territórios chineses na sua ZEE.

    Abraços

  11. Lex :
    Esse argus não entendeu que para os Chineses não Passamos de Povos Bárbaros! principalmente nos misturados do sul !

    Eles tem + problemas internos p solucionar pelos próxim,os 20 anos, q dominar um dos seus aliados e fiel fornecedor de matéria prima,é quiça alimentos no futuro…esse olhar deles é + mídia ianks q verdadeiro.

  12. Contra um escudo nuclear nada pode. A história diz isso. Ninguém tocará na Coréia do norte, sem antes ter certeza da quantidade de armas nucleares disponíveis no Norte. A população norte-coreana pode morrer de fome, ser massacrada, e ninguém vai desejar ter a incerteza de ter uma arma nuclear disparada contra seu território. Por isso a arma nuclear congelou as fronteiras. É o recurso mais barato de defesa já construído. Se um estado têm dúvidas sobre sua segurança, sobre seus recursos naturais e territoriais, nada mais barato e eficiente que uma arma nuclear. Muitos dizem, assim vc se torna um alvo para um ataque nuclear, mas nào existe garantias do contrário. A Inglaterra não estaria explorando petróleo nas Malvinas se a Argentina tivesse capacidade nuclear. Pensariam duas vezes nesta aventura. Em uma Guerra convencional é quase impossível a qquer nação fazer frente a Estados Unidos, China e Rússia. Com armas nucleares, os pontos de interrogação crescem nos estrategistas militares destes países, o custo benefício de uma ação não compensa. Um ou outro submarino nuclear, ou míssil irá vazar o escudo anti-míssil americano e uma cidade americana desaparecerá do Mapa.
    Ninguém depois de 45 pagou pra ver… e nunca pagarão pra ver… é o melhor sinal de independência.

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