Domingo Aéreo na Academia da Força Aérea

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Autor: Helder Pinto para o Plano Brasil

Fotos : Helder Pinto

No último domingo, 1/8, a Academia da Força Aérea realizou mais uma edição do Domingo Aéreo. Dia em que os portões da AFA são abertos ao público em geral e que este ano recebeu mais de 40.000 visitantes.

Como deve ser de conhecimento de todos os leitores do Plano Brasil a AFA localiza-se em Pirassununga, interior de São Paulo, e pode ser facilmente acessada através da SP-225 e SP-330. Mas o visitante deve programar a viagem para chegar cedo e evitar o congestionamento que se forma nas rodovias por conta deste evento.

A edição deste ano contou com a presença de caçadores da FAB e da Marinha, que prestigiou o evento com um A-4 Skyhawk, aeronave que a exemplo do que foi feito com os F-5E/F, passará por um processo de atualização gerenciada e executada pela Embraer. Foi uma ótima oportunidades para o público que não o conheceu em sua casa, Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia, vê-lo de perto, já que por ser uma “ave marinha” é muito pouco vista distante do litoral.

As aeronaves que se apresentariam em voo podiam ser vistas em um dos 20 hangaretes abertos ao público ou  alinhados em frente ao público ao lado da pista principal. Entre as aeronaves que podiam ser vistas estavam  dois F-5M de Santa Cruz, um Mirage 2000 de Anápolis, C-105 do Onça, A-1, T-27, P-95 A-29, CH-34, C-99, T-25 e outros.

A Esquadrilha OI trouxe, além dos tradicionais T-6 e o “Beech”, um Albatroz. Visto pela primeira vez em apresentação por este que vos escreve. Estes também fizeram sua apresentação aérea apresentando diversas acrobacias e um show de paraquedismo.

Entre outras apresentações aéreas que aconteceram durante o dia citamos os shows dado pelo Extra 300, de fabricação alemã, e pelo SU-31 que despensa apresentação.

Uma outra esquadrilha da casa também se apresentou em voo com seus T-25 exibindo diversas manobras.

Porém, a grande maioria dos presentes aguardava mesmo a apresentação dos donos da casa, o que aconteceu às 11:00 h e às 16:00 h, esta última já com o sol prejudicando a visão de algumas manobras.

Com duas apresentação impecáveis, a Esquadrilha da Fumaça abriu cada apresentação saudando o público com a inscrição FORÇA AÉREA BRASILEIRA no céu. Até onde vai meu conhecimento esta é a única unidade que utiliza esta técnica de inscrição nos céus, o que deixou os norte-americanos de queixos caídos na apresentação do EDA no Dayton Air Show 2007. Ponto para a FAB e para a Esquadrilha da Fumaça.

O encerramento, como já é tradição, foi com o enorme coração formado pela fumaça de seis dos sete T-27 que se apresentaram em voo. Por falar em sete, uma curiosidade foi a presença de um outro número sete no solo em apresentação estática. Note que fotografei um Fumaça 7 no hangarete e outro na linha de voo pronto para a apresentação.

Após a apresentação do PARASAR, o C-105 ficou aberto à visitação, assim como 4 T-27 e dois T-25.

Mas não só de acrobacias se fez o  Domingo Aéreo, o visitante pode visitar diversos estandes com atrações que iam de plastimodelismo a história da aviação, mais precisamente sobre  Santos Dumont.

O Domingo Aéreo, Portões Abertos, ou qualquer outra nomeação, foi um domingo para aproximar o público e a nossa Força Aérea. Foi uma oportunidade de conhecer um pouco mais de perto os vetores usados pela FAB, apreciar os shows aéreos, conversar com os militares e saber um pouco mais sobre o trabalho por eles desempenhado.

Ao fim do dia os presentes puderam ver a revoada dos pássaros que ainda estavam por lá, voltando para seus ninhos.

Foram três apresentações da Esquadrilha da Fumaça em dois dias seguidos. Uma em Bauru, dia 31/7, e duas no Domingo Aéreo, dia 1/8. Mas fica ainda a vontade de ouvir aquele som característico dos tucanos. “Fumaça…Já!”

Helder Pinto

Consideração à parte: Fica aqui meu descontentamento apenas pelo “descuidado” com os velhos pássaros na entrada da AFA. Entre eles um Gloster F-8. O outro nem pude identificar, tanto era o número de pessoas sobre este.  Nada que arranhasse o brilho do evento, mas na minha humilde opinião, creio que a FAB, através da PA, deveria manter um militar orientando as pessoas e permitindo apenas fotos. Sabemos que a preservação destes monumentos a céu aberto não é das melhores então temos que cuidar do pouco que temos.