A arte que retrata a História do Brasil

http://www.guerras.brasilescola.com/upload/conteudo_legenda/ba501da878bb439a5cbb6c764b278983.jpgCriado com o objetivo de guardar os restos mortais dos militares brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial e para a divulgar a participação do Brasil naquele conflito, o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial – conhecido como Monumento aos Pracinhas -, localizado no bairro da Glória, na Zona Sul do Rio de Janeiro, comemora o seu 50° aniversário no dia 5 de agosto. E essa data será cercada de muitas comemorações. Diretor de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, o general Juarez Aparecido de Paula Cunha explica que o Monumento representa a memória da participação brasileira no conflito, com documentos históricos sobre o período, além de um mausoléu, construído para guardar os despojos dos combatentes mortos na guerra. O general revela a importância histórica do Monumento e afirma que estes espaços culturais deveriam ser melhor trabalhados por professores das escolas. Segundo ele, as aulas seriam muito mais ricas e com informações valiosas para os estudantes, além garantir a oportunidade de o docente unir o conteúdo programático com a prática. “Não só o Monumento aos Pracinhas, mas todos os outros espaços culturais são importantes para as escolas. O Forte de Copacabana, por exemplo, recebeu quase 700 mil visitantes. Deste total, cerca de 60 mil foram estudantes, que passavam o dia conhecendo a fortaleza, o museu, tendo a oportunidade de participar de um evento cívico”, destaca o diretor.

Folha Dirigida – O Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial completa 50 anos em 2010. O que ele representa para o Brasil?

General Juarez Aparecido de Paula Cunha – O Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial tem um significado não só para o Exército e as Forças Armadas, mas para todo o Brasil. Ali estão depositados os restos mortais daqueles brasileiros que saíram do nosso país para defender nossos princípios e valores na Itália. Esses pracinhas foram convocados, deslocaram-se para a Europa para participar da guerra contra os regimes totalitários – nazismo e o fascismo – e entregaram o melhor que eles tinham que era a juventude e a vida, para defender esses princípios e valores nacionais. O Monumento tem esse grande significado, que não é apenas para nós das Forças Armadas. Mas para todo o país. O Marechal Mascarenhas de Moraes foi o nosso comandante da divisão expedicionária, com um efetivo de cerca de 25 mil homens. Foi uma campanha heroica, reconhecida no mundo todo. Terminada a guerra, a divisão retornou ao Brasil, mas deixamos os nossos mortos.

Qual era o contexto político da época?

O ambiente era diferente do que estamos vivendo atualmente. Até a proximidade, pois a 2ª Guerra Mundial não estava tão distante daquele momento. O contexto era favorável para dar suporte a essa ideia, para que tivéssemos esse grande Monumento. A chegada dos pracinhas de volta da guerra aqui no Brasil realmente foi um movimento muito grande, em que o povo todo mobilizou-se para recebê-los com muita demonstração de orgulho nacional. A capital brasileira da época, que era o Rio de Janeiro, recebeu os pracinhas de braços abertos, com muita festa. Por ocasião da construção do Monumento, poucos anos depois, ainda existia esse espírito de reconhecimento e orgulho pelo que eles fizeram nos campos de batalha da Itália.

No meio militar, naturalmente, existe a dimensão do papel histórico que tiveram os combatentes brasileiros que foram à Segunda Guerra. Mas, e na sociedade em geral: o senhor sente que existe a consciência do valor e da importância que eles tiveram?

Não tem. Na realidade, o cidadão comum sabe que o Brasil foi à guerra. Mas não sabe detalhes do que representou a campanha. Estivemos lá com uma divisão de Exército. Mas o papel desempenhado por essa divisão expedicionária foi heroico, um trabalho digno de reconhecimento pelos Estados Unidos, Itália. São muito mais reconhecidos lá na Itália pelo que foi feito pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) do que propriamente aqui em território nacional. Dentro de todo aquele percurso percorrido pela FEB, existem inúmeros locais e monumentos em que eles reconhecem e agradecem a atuação dos brasileiros. Existem ainda pessoas vivas daquela época que contam essas histórias e sempre têm, nas suas palavras, aquele reconhecimento do jeito de ser do brasileiro. Alguns soldados ajudavam o povo, que davam da sua comida para aquele que estava faminto, o que não era normal. Pela maneira de ser, pela compaixão que nos é peculiar, o nosso soldado dividia comida com aquele coitado que estava em uma situação muito difícil. Tentamos preservar essa memória dentro das Forças Armadas, mantê-la sempre viva, porém isso não ocorre fora. O brasileiro poderia conhecer melhor a história de seu país para se orgulhar do que o Brasil já fez. Dizer que falta um pouco de consciência é um pouco forte. Falta mesmo é conhecimento. Quando pudermos divulgar isso para a população, para que ela saiba o que realmente foi feito, certamente vai se orgulhar de ser brasileiro.

Qual o papel que poderia ter o ensino da História para que os brasileiros pudessem ter uma dimensão maior da contribuição das Forças Armadas para o país?

O estudo da história militar está ganhando terreno. Já temos, hoje, universidades que estão se dedicando a este campo de estudo. No Rio de Janeiro, é bem flagrante isso. Os centros universitários cariocas estão despertando para a história militar, até para identificar aquilo que o Brasil já fez e o que está fazendo. Há um progresso e uma intenção por parte dos intelectuais de mergulharem nesse campo de pesquisa, para que possamos conhecer melhor. Temos no Palácio Duque de Caxias o arquivo histórico do Exército. É um local que possui um material riquíssimo, aberto ao trabalho de pesquisa a historiadores. Percebe-se que o número de estudantes e pesquisadores que frequentam o acervo histórico é crescente. E estamos com planos de criar um centro de estudo e pesquisa da história militar para alavancar esse trabalho. Acredito que teremos uma aproximação muito maior com o meio universitário e isso vai facilitar também a divulgação daquilo que já foi feito em nosso país, particularmente da FEB.

Quais outros pontos culturais, entre museus e outros monumentos, que o senhor destacaria como importantes para mostrar uma visão ampla da História?

Faço parte da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército. Os maiores objetivos são preservar o nosso patrimônio, que não se resume apenas à manutenção dos monumentos, fortes, sítios históricos e outros espaços culturais. Também buscamos a preservação do patrimônio histórico e material, os valores, a memória, tradições. Na realidade, todo o Exército é muito consciente da importância de trabalharmos com a preservação do patrimônio. O sistema cultural está bem estruturado. Fazemos reuniões regularmente de todos os integrantes do sistema, para conversarmos, passarmos essas informações, orientações, de maneira em que o Exército brasileiro, que está distribuído por todo o território nacional, possa ter essa mentalidade. Temos espaços culturais distribuídos pelo Brasil inteiro. Se for ao Rio Grande do Sul, poderá observar fortes antigos, como o de Caçapava do Sul, em Santa Catarina também, muito preservados, contando a história daquela região. No Rio de Janeiro, temos uma quantidade muito grande de fortes e fortalezas que estão sob a responsabilidade do Exército, abertos à visitação, e que são preservados, como o Forte São João, que é o ponto onde se iniciou a cidade do Rio de Janeiro. Temos o Forte de Copacabana, onde está situado o Museu Histórico, que conta a história da nossa instituição militar, e a própria fortificação já é um ponto turístico espetacular, a vista é maravilhosa. Hoje, é o terceiro local mais visitado da cidade, com quase 700 mil visitantes no ano passado, perdendo apenas para o Corcovado e o Cristo Redentor. O Forte de Copacabana é um exemplo de preservação. Do outro lado da Baía de Guanabara, em Niterói, há a Fortaleza de Santa Cruz, com vários fortes. Procuramos mostrar isso para a sociedade, que é um outro aspecto muito importante do nosso trabalho: divulgar. O conjunto arquitetônico dos fortes no Rio de Janeiro é espetacular, talvez um dos maiores do mundo. É inacreditável ver como aquelas fortalezas foram construídas, os detalhes de encaixes das pedras, como poderiam, naquela época, fazer um trabalho como esse. Essa divulgação que fazemos desse patrimônio histórico, abrindo-o para visitação, é também fundamental.

O brasileiro valoriza esses pontos histórico-culturais?

Valoriza e muito. Quando ele conhece e constata, dá muito valor. Fica muito orgulhoso, gosta do seu país. É difícil encontrar um brasileiro que não considere o Brasil o melhor lugar do mundo. Nós somos assim. E realmente é o melhor. E quando o cidadão comum visita um museu e olha que aquilo foi feito por brasileiros, dá um sentimento de amor à pátria.

De que forma o Exército Brasileiro busca preservar seu patrimônio? Qual a importância deste esforço de preservação para o país?

O entendimento da preservação do patrimônio material é fácil. Procuramos manter os fortes, fortalezas, sem alterar suas características originais, organizamos museus. No Rio de Janeiro mesmo temos o museu militar Conde de Linhares, localizado na Quinta da Boa Vista, que também é um local espetacular e está muito bem arrumado. E há também a preservação imaterial, que é a manutenção da nossa cultura, o jeito de ser, os grandes valores cultuados pelo Exército. O primeiro deles é a pátria, que é a razão de ser, por ela que juramos defender com o sacrifício da própria vida. Desde Guararapes, em 1648, que o brasileiro teve a primeira noção de pátria, isso passou a ser um valor fundamental para as Forças Armadas. O segundo é a honra, que caracteriza um militar. É um aspecto da nossa formação, da maneira de ser. O culto à verdade, à responsabilidade, à hombridade. Não admitimos deslizes nesse sentido. O terceiro grande valor é o ser humano, o respeito à dignidade humana. Caxias foi o único general do mundo que passou para a história como sendo um pacificador. Ele entrava no combate e a primeira coisa que oferecia era a oportunidade ao vencido de que a paz fosse firmada. Nossa independência foi feita por meio de negociação, por isso o Brasil tem esse tamanho todo que tem hoje. Caxias, em todas essas oportunidades, oferecia uma anistia, chegava a um acordo com esses vencidos. E o quarto valor é o dever e o sentimento de cumprir com a missão, obrigação e a responsabilidade. O servir é uma característica nossa dentro da ideia de dever que temos. O Exército é uma instituição de estado e está aqui para servir a nação brasileira.

Quais são os principais projetos culturais administrados pelo Diretoria de Patrimônio?

Temos vários projetos em andamento, como o do Colégio Militar do Rio de Janeiro, com a restauração do palacete da Casa Rosa, como é chamado; na Escola Preparatória em Campinas, há um grande projeto também; um trabalho também sendo desenvolvido no Forte de Copacabana; até mesmo no Monumento aos Pracinhas, depois de 50 anos de sua construção, está precisando de um trabalho de restauração. Já estamos em tratativas com empresas para fazer um grande projeto, sem quebrar a harmonia e a originalidade do Monumento, para que seja feito a melhoria também do entorno. Há uma grande preparação para os grandes eventos que estão por acontecer, como a Copa do Mundo, as Olimpíadas e, também, os Jogos Militares, que ocorrerão no ano que vem. É interessante destacar que a diretoria também criou o programa Mecenas, que dá a oportunidade à pessoa física de participar como doador de um projeto cultural, com incentivo fiscal. Isso significa que o cidadão faz uma doação e, no ano seguinte, recebe esse dinheiro de volta no seu imposto de renda. Na prática, há a orientação dos recursos pagos a um projeto cultural. O cidadão não vai perder nada. O dinheiro que seria destinado ao imposto de renda será canalizado para este fim. Pelo menos, está sabendo para onde está indo a sua verba. Podem participar civis, militares e até pessoa jurídica.

Que tipo de contribuição o acesso a espaços culturais, como teatros, museus, entre outros, pode trazer para a formação dos estudantes?

O Forte de Copacabana, por exemplo, recebeu quase 700 mil visitantes. Deste total, cerca de 60 mil foram estudantes, que passavam o dia conhecendo a fortaleza, o museu, tendo a oportunidade de participar de um evento cívico, do hasteamento da bandeira. É um momento em que as crianças adoram, depois elas fazem trabalhos para a escola sobre o que presenciaram. Em nossos espaços culturais, sempre procuramos passar alguma coisa. Não é simplesmente a pessoa fazer uma visita e ir embora. Ela tem que aprender. O caráter educacional existe, em todos os espaços. É importante os alunos aprenderem determinados assuntos na escola e depois analisar tudo na prática. Eles passam a ter outra visão do conteúdo ensinado nas salas de aula. Os estudantes podem agregar o que foi transmitido no colégio com o que ele observa in loco.

O que é fundamental para a difusão do acesso à cultura no país?

O trabalho da imprensa é fundamental. Acredito que ela pode apoiar essa divulgação cultural, o trabalho feito em prol da educação. É preciso que o brasileiro comum tome conhecimento de muitas coisas. Quando falamos em divulgação para a sociedade, fazer com que ela conheça o Exército, o que já foi feito, a história. É uma preocupação com a educação do brasileiro. O suporte que temos junto à imprensa é fundamental.

Uma aula imperdível por trás dos monumentos históricos

“Eu os levei, cabe a mim trazê-los de volta”. Foi com esse sentimento nacionalista que o Marechal Mascarenhas de Moraes teve a ideia de criar o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, como homenagem aos combatentes brasileiros que deram a vida no conflito e que estavam enterrados no cemitério de Pistóia, na Itália. Conhecida também por “Monumento aos Pracinhas”, a obra completa 50 anos em 2010.

Assim como este monumento, várias outras estátuas, construções, locais históricos, centros culturais e museus guardam capítulos dos mais importantes da formação política, econômica e social do Brasil. São espaços que, quando trabalhados com a orientação adequada, podem propiciar ao estudante conhecer muito mais do que os fatos retratados nos livros escolares. A forma como foram construídos, os conceitos empregados pelos autores e todo o simbolismo pelos quais são envolvidos proporcionam verdadeiras aulas, não só de História, mas, sobretudo, de formação para a Cidadania, que podem ser até mais atraentes que as ministradas em muitas salas pelo país.

Mas, ao que parece, as escolas não têm aproveitado nossos espaços históricos como recursos para tornar o aprendizado mais interessante. No caso do Monumento aos Pracinhas, isto é bastante visível. Dos cerca de 1.500 visitantes que a construção recebe por mês, a maior parte é formada por turistas estrangeiros ou que vêm de outros estados. “Percebo que a visitação pelo próprio carioca é muito pequena, exceto quando há um grupo de estudantes vindo com as escolas”, comentou o diretor do Monumento, tenente-coronel Sérgio Henrique Cunha Freire.

No caso do Monumento aos Pracinhas, os professores poderiam utilizá-lo, por exemplo, para inspirar uma aula sobre Segunda Guerra Mundial, na parte de História do Brasil. Por sinal, a construção tem justamente o objetivo de divulgar e relembrar a participação brasileira no conflito, como salienta o historiador do Exército, o 1° tenente Edgley Pereira de Paula. Segundo ele, uma das vantagens de uma aula no local é a possibilidade de acesso a recursos e informações que boa parte das escolas não têm.

“Há painéis explicativos, objetos ligados à participação brasileira no conflito. A documentação toda desse período está no monumento, como os decretos, as plantas originais do local, arquivos da FEB”, cita o historiador, que também salienta as possibilidades do local como fonte de pesquisa para estudiosos. “Há uma bibliografia específica, memórias dos generais que estiveram à frente dos combates, comentários de historiadores, entre outras informações.”

Edgley ratifica a importância da visita a pontos histórico-culturais, como o Monumento. Segundo ele, seria importante se esta prática fosse mais comum nas escolas, pois acrescentaria qualidade ao ensino. Além disto, destaca o historiador, os professores poderiam ir além das aulas expositivas, associando a teoria à prática.

“Na Era Vargas, por exemplo, um fato muito importante foi a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. É muito mais interessante e vai agregar muito mais conhecimento ao estudante se a aula for dada no próprio Monumento. Com o agendamento da visita, os alunos terão o acompanhamento de uma museóloga, que poderia dar informações sobre alguns itens do acervo e de fatos ocorridos na Guerra. Isso iria enriquecer a visita”, garante o historiador.

De acordo com o tenente-coronel Freire, o Monumento dispõe de um auditório para cerca de 50 pessoas, material audiovisual e todo o acervo do museu, disponíveis para as escolas que visitarem o local. Para ele, deveria ser uma constante no sistema educacional brasileiro, principalmente na disciplina de História, que fosse estimulada a visita a locais histórico-culturais.

“A exploração desses espaços seria uma maneira didática e complementar a esse ensino, um conhecimento que ficaria gravado na mente dos alunos para o resto da vida. Ouvir a história dos franceses na Baía de Guanabara, da fundação da cidade do Rio de Janeiro, do Mem de Sá, dentro de uma sala de aula e aqui no Monumento, olhando para onde tudo aconteceu, não tem como se comparar”, afirma o tenente-coronel Freire.

Construções como o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra podem contribuir para o trabalho pedagógico sobre vários outros temas, não necessariamente de História. Um dado possivelmente pouco retratado nos livros da disciplina, até por não ser uma informação essencialmente histórica, era o caráter multirracial do grupo de militares brasileiros. Uma característica que, segundo o também historiador do Exército, o major Raphael Laurino, reflete o processo de formação étnica e cultural do Brasil. Segundo ele, todos os outros países contavam com tropas nas quais as unidades eram compostas por pessoas de um determinado grupo étnico.

“Os americanos tinham uma divisão da infantaria, que era só de negros. No exército inglês, havia a divisão indiana. Os franceses contavam com unidades de marroquinos, argelinos. Todas com integrantes da mesma etnia. Até na prisão, havia essa separação. Nós participamos da guerra, mas não admitíamos essa divisão racial e étnica. Isso não faz parte da nossa cultura. Além dos fatores econômicos, havia a questão racial”, lembra o major Raphael Laurino, ao comentar sobre uma guerra em que os alemães pregavam a existência de uma raça pura, a ariana, ideal rejeitado pelos brasileiros, não só ideologicamente, mas, na frente de combate. Mais uma de muitas histórias que existem por trás dos nossos monumentos.

Saiba mais sobre o Monumento aos Pracinhas

A Segunda Guerra Mundial ocorreu de 1939 a 1945. Assim como vários países, o Brasil enviou tropas para enfrentar as forças do Eixo, formadas, principalmente, por militares da Alemanha, Itália e Japão. Os brasileiros chegaram para o combate na Europa em 1944 e retornaram no mesmo ano em que acabou o conflito.

Porém, a construção do Monumento só foi iniciada em 1957, após o reconhecimento das autoridades da época e a aquisição dos recursos necessários para viabilizar o projeto, de autoria dos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio Ribas, com obras dos escultores Júlio Catelli Filho e Alfredo Cheschiati, e do pintor Araújo Madeiros. Estava prevista uma área total de 10 mil m², dos quais 6.900 m² de área construída.

Com a presença do então Presidente da República, Juscelino Kubitschek, o “Monumento aos Pracinhas” foi inaugurado no dia 5 de agosto de 1960, e passaria a constituir um patrimônio das Forças Armadas. “No dia 22 de dezembro, chegavam ao Brasil os restos mortais dos brasileiros mortos na guerra, que foram transportados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Houve um cortejo do Palácio Duque de Caxias, no Centro, até o Monumento, localizado no bairro da Glória. Temos uma farta documentação e coleção fotográfica desse evento. O Monumento tem como missão guardar os restos mortais dos combatentes e preservar a memória da participação do Brasil na Segunda Guerra”, conta o tenente-coronel Freire.

O Monumento é composto por um museu, uma plataforma e um mausoléu. A visitação está aberta de terça a domingo, das 10 às 16 horas. As segundas-feiras são reservadas à manutenção e, por isto, não ocorrem visitas. O espaço cultural conta com objetos pessoais dos pracinhas, armaria empregada durante a guerra e um acervo histórico, composto por quadros, pinturas, gravuras, mapas, cartas militares e documentos, entre outros objetos.

Fonte: Folha dirigida via CCOMSEX

3 Comentários

  1. A primeira vez que estive nesse sagrado Monumento senti uma inesplicavel energia que la habita,dos bravos pacificos Brasileiros que por nossa naturesa jamais imaginariam que nos envolveriamos neste hororoso conflito.O que vem a minha mente quando penso neste monumento são as lembranças da população Italiana e seus agradecimentos e estima ao lembrarem com amor de nossos Expedicionarios que ate dividiam suas rações com eles.Herois que encontraram um mundo que não conheciam e com a improvisação superaram o rigoroso inverno e a neve ao qual não estavam acostumados.Estes são os nossos Soldados.

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