MINISTRO CHILENO DIZ SER O MOMENTO PARA RESOLVER TEMA MARÍTIMO COM BOLÍVIA

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SANTIAGO DO CHILE, 1 AGO (ANSA) – O ministro de Defesa do Chile, Jaime Ravinet, afirmou que este “é um grande momento para resolver o tema marítimo com a Bolívia”, depois de um trabalho iniciado “há anos” e que “está na etapa de começar a dar frutos”.

Em declarações publicadas hoje pelo jornal La Tercera, o titular opinou que o presidente do país vizinho, Evo Morales, fornece garantias de estabilidade em uma negociação que beneficiaria a ambas nações.

“Acredito que fechar acordos agora é uma grande oportunidade, já que o de Morales é o governo com mais estabilidade e apoio popular que tivemos na Bolívia nos últimos 30 anos”, assinalou ele.

A nação andina perdeu sua saída para o mar em uma guerra travada com o Chile entre 1879 e 1883. Desde 1962 os dois países não mantêm vínculos diplomáticos, mas em 2006, no início das gestões de Morales e da ex-mandatária chilena Michelle Bachelet, os governos acertaram uma agenda comum de 13 pontos para nortear o diálogo bilateral.

Em linha ao posicionamento de sua chancelaria, Ravinet pediu “explorar soluções factíveis e realistas que possam satisfazer as aspirações bolivianas, mas ao mesmo tempo proteger os interesses chilenos”.

Segundo Ravinet, o país pode se beneficiar de um acordo com a Bolívia, tendo acesso a seu mercado e aos recursos naturais, além da condição de ponte com o Brasil.

O ministro também comentou a proposta do ex-comandante-chefe do Exército do país Juan Emilio Cheyre, de reativar o acordo de Charaña — através do qual o ditador Augusto Pinochet (1973-1990) propôs ao ex-mandatário boliviano Hugo Bánzer (1971-1978) um corredor territorial com saída ao mar ao norte da província de Arica.

De acordo com ele, este “é um aporte que necessariamente terá que ser avaliado em sua oportunidade”. (ANSA)

Fonte: Ansa

18 Comentários

  1. É uma iniciativa importante, pois o mundo não pode viver só de guerras.
    As guerras, sabemos, trazem muito desenvolvimento científico, mas a um custo muito alto de vidas e sangue.
    O homem precisa encarar novos desafios, que não as guerras, para perseguir esse desenvolvimento científico e tecnológico.
    Talvez quando descobrir que não está só no universo, se una contra ameaças externas e deixe de ser um animal egoísta e predador contra sua própria raça.

  2. Poderiam trocar territorios , o Chile cede esta estreita faixa de terra , que daria a Bolivia o acesso ao mar, e em troca a Bolivia cederia um pedaço equivalente de seu territorio …..
    Esse acesso ao mar seria de extrema importancia para um pais pobre como a Bolivia…. Paises mais fortes como Brasil, Argentina e o proprio Chile, poderia ajudar no desenvolvimento deste setor portuario boliviano, tendo como contra-partida a exploração economica do mesmo.

  3. Observador “poderiam trocar………..”

    A Bolía foi espoliada pelo Chile que lhe tomou território. Agora dar mais território ao chile em troca de uma saída para o mar. Sinceramente…..

    Leia o testo novamente e reflita um pouquinho antes de escrever tais coisas.

  4. Dar uma praia para a Bolívia pode significar o fim de uma disputa secular com este país e a aquisição de um aliado na disputa sobre os direitos de exploração do mar territorial com o Peru.
    Vai sair barato para o Chile e muito caro para a Bolívia e o Peru.

  5. Robert, Pinochet fez essa proposta para a Bolívia em 75. As negociações estavam avançadas mas foram barradas pelo Peru que se opos.

  6. Robert :
    Observador “poderiam trocar………..”
    A Bolía foi espoliada pelo Chile que lhe tomou território.

    em verdade a Bolivia virou ..em épocas passadas.. no jargão popular a famosa ‘carne de vaca’ .. todo mundo tirava … um pouco…

    Como o Brasil na questão do atual Estado do Acre…

    Dizer que o Chile espoliou o território Boliviano é temerário… houve uma guerra… o Chile (apoiado pelos Ingleses..claro) lutou contra o Peru e a Bolívia.. e ambos os países perderam parte de seus territórios… normal em guerras.

    O vencedor sempre escreve a história… 😉

  7. Meus caros Observador e Raptor,
    Suas propostas me parecem não contemplar as razões históricas, por trás da questão do acesso ao mar, que foi expropriado da Bolívia pelo Chile, como resultado da Guerra do Pacífico (1879 e 1883). Esta guerra originou-se como reação do governo do Chile em apoio às empresas mineradoras que lá se instalaram como “chilenas” contra o aumento dos impostos que o governo boliviano queria. Empresas estas que eram na realidade “chilenas” só no nome, porque de fato eram de capital inglês, ou seja inglesas (os colonizadores,…. para variar). Não é difícil de imaginar as ações do governo inglês no sentido de induzir o governo do Chile a intervir, o que resultou na guerra e posteriormente no roubo do que os bolivianos foram vítimas.
    A Bolívia simplesmente perdeu a província de Antofagasta, que era seu acesso ao mar. A solução é o Chile simplesmente devolver a referida província. Não tem essa de troca de territórios. E olhe que se fôssemos colocar tudo na “balança”, o Chile deveria uma indenização à Bolívia pelo uso da terra por mais de cem anos!!! Bem, quanto ao lucro obtido sem dúvida foi parar em Londres. Este vai ser mais difícil cobrar.
    Concordo com o Carlos Argus, este assunto deve ser resolvido entre sul americanos somente!!! Por isto é que os de sempre não nos querem unidos, porque separados será mais fácil impor suas ações….
    Saudações a todos
    Lopes

  8. Xtreme, os vencedores sempre escrevem a história, por isso, em geral, a história oficial que nos é ensinada nas escolas,as “informações” transmitidas pelos meios de comunicação, são tendenciosas e e mentirosas. Vide a questão Iraquina,Iraniana, etc.

    Não sei como ficaria a nossa cara, se EUA e aliados nos tomassem parte de nosso território, afirmando que aquilo que era nosso lhes pertence porque obtiveram pela guerra.

    Não vamos aqui “metralhar” o Chile, pois o nosso “telhado” também é de vidro.

  9. Lopes,

    Valeu pela bela explanação.

    Realmente, dentro do aspecto histórico é de se referenciar o espólio do território Boliviano. O problema seria em relação as Nações e não aos Estados (estão dispostos a dialogar). Seria hipoteticamente o equivalente a devolver o Acre para a Bolívia (foi comprado, eu sei), os Estados podem até fazer o acordo, porém, encontraria resistência na população de uma ou outra Nação.

    No Brasil, para se resolver um litígio territorial com o Paraguai, foi lançado um projeto binacional para além de resolver a questão, proporcionar desenvolvimento para ambos os países. Apesar de algumas declarações do atual ocupante do Palacio de los López, esta solução negociada se demonstrou correta.

    No mais, se trata apenas de assunto Sul Americano, ingerências externas não são justificadas.

    Abraços.

  10. Robert :
    Não vamos aqui “metralhar” o Chile, pois o nosso “telhado” também é de vidro.

    mais estou defendendo o Chile .. tomou em guerra é deles.. e quando disse que os vencedores escrevem a história… é justamente para salientar que … dane-se quem esta certo.. eu venci e conto o que quiser..

    você errou em interpretar o que eu escrevi… 😉

  11. Não devemos esquecer que os territórios foram conquistados, não cabe reinvidicação. Além disso, a população que vive nessa região é toda chilena e que não admiti voltar o território para as mãos dos bolivianos. Acho que a troca de territórios seja a solução mais correta (uma pequena faixa acima de arica por uma fração igual do território boliviano).

  12. Lopes :Meus caros Observador e Raptor,Suas propostas me parecem não contemplar as razões históricas, por trás da questão do acesso ao mar, que foi expropriado da Bolívia pelo Chile, como resultado da Guerra do Pacífico (1879 e 1883). Esta guerra originou-se como reação do governo do Chile em apoio às empresas mineradoras que lá se instalaram como “chilenas” contra o aumento dos impostos que o governo boliviano queria. Empresas estas que eram na realidade “chilenas” só no nome, porque de fato eram de capital inglês, ou seja inglesas (os colonizadores,…. para variar). Não é difícil de imaginar as ações do governo inglês no sentido de induzir o governo do Chile a intervir, o que resultou na guerra e posteriormente no roubo do que os bolivianos foram vítimas.A Bolívia simplesmente perdeu a província de Antofagasta, que era seu acesso ao mar. A solução é o Chile simplesmente devolver a referida província. Não tem essa de troca de territórios. E olhe que se fôssemos colocar tudo na “balança”, o Chile deveria uma indenização à Bolívia pelo uso da terra por mais de cem anos!!! Bem, quanto ao lucro obtido sem dúvida foi parar em Londres. Este vai ser mais difícil cobrar.Concordo com o Carlos Argus, este assunto deve ser resolvido entre sul americanos somente!!! Por isto é que os de sempre não nos querem unidos, porque separados será mais fácil impor suas ações….Saudações a todosLopes

    Segundo a tradição anglo-saxónica, é este o fardo do homem branco, ensinar aos povos infantilizados a civilização…

    PS – como gosto de ouvir histórias onde os ingleses são os culpados de miséria e destruição, afinal de contas estas duas características do seu Império tentem a marcar pela ausência nos livros de História. Porque será?…

    PS1 – Finalmente, a Bolívia poderá dar um pulo, caso os seus dirigentes tenham essa inteligência.

    PS2 – Curiosamente ou não, no geral, sob o ponto de vista político (não cultural ou social) acho o Chile uma pedra no sapato e até por isso seria bom que assumissem o erro…

  13. Veloso :Não devemos esquecer que os territórios foram conquistados, não cabe reinvidicação. Além disso, a população que vive nessa região é toda chilena e que não admiti voltar o território para as mãos dos bolivianos. Acho que a troca de territórios seja a solução mais correta (uma pequena faixa acima de arica por uma fração igual do território boliviano).

    A isso chama-se colonização.

    É precisamente esse ponto de vista que os israelitas defendem e vêm fazendo desde que o estado de Israel foi fundado em 1948. Desde aí a expansão dos colonatos na palestina nunca parou.

    Isso está errado e não se pode justificar a anexação de um território que foi colonizado à posteriori, independentemente das razões históricas.

    Do mesmo modo o política israelita seria a correcta. Ou por exemplo, o Kosovo teria todo o direito de existir como país independente. Que à luz do direito internacional não deveria ter. E as Malvinas seriam ser margem de dúvida britânicas. O mesmo se passa com Olivença – Território Português em Espanha, colonizado há dois séculos.

  14. Já tem tanto boliviano aqui em São Paulo que o mais correto seria a Bolívia se tornar um Estado brasileiro. Sei que foi leviano meu comentário…

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