EUA confirmam morte de americano e irão investigar ação de Israel

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Sugestão: Gérsio Mutti

“Analisaremos com cautela as informações que foram recebidas sobre as circunstâncias da morte [do americano]”, disse Crowley. “Nós levamos muito a sério a saúde dos cidadãos americanos em qualquer parte do mundo”, disse ainda o porta-voz.

Interrogado sobre se agentes do FBI [polícia federal americana] ficarão a cargo das investigações, Crowley afirmou: “Nesse momento, não”.

Anteriormente nesta quinta-feira, após sofrer pressão da ONU por uma investigação internacional sobre o ataque, Israel propôs que o inquérito seja conduzido pelo próprio país, mas com a participação de observadores estrangeiros.

“Não há por que temer uma comissão de investigação. Disse ao primeiro-ministro (Binyamin Netanyahu) que deveríamos criar uma comissão de investigação que seja aberta e transparente”, destacou o chanceler Avigdor Lieberman em entrevista à imprensa local.

O chanceler afirmou que Israel não tem “nada a esconder” sobre a abordagem à expedição marítima em águas internacionais efetuada pelo Exército israelense contra o comboio de seis navios com 750 pessoas a bordo.

“Temos excelentes juristas, alguns dos quais poderia se incumbir do tema. Se querem incluir um membro internacional de algum tipo no comitê, também está bem”, apontou.

Oposição

Mas também houve manifestações contrárias. Dois ministros israelenses se declararam nesta quinta-feira que vão fazer oposição à criação de uma comissão internacional de investigação sobre a operação.

“Àqueles que pedem que seja criada uma comissão internacional de investigação precisamos responder que Israel é um Estado democrático independente e não uma república das bananas”, disse o vice-primeiro-ministro encarregado de Assuntos Estratégicos, Moshé Yaalon, em declarações a uma rádio.

“Nós mesmos somos capazes de investigar, de tirar as lições e de aplicá-las. Mas durante este processo não temos que nos entregar à autoflagelação”, acrescentou.

O ministro das Finanças, Yuval Steinitz, também rejeitou a ideia de uma investigação internacional e propôs, em troca, que a Comissão de Defesa e de Relações Exteriores do Parlamento israelense forme uma “comissão de investigação”.

Brasileira

Em entrevista à BBC Brasil, a cineasta brasileira Iara Lee disse que os israelenses teriam jogado corpos no mar.

Detida por tropas israelenses na ação militar, Lee relatou à BBC Brasil ter visto “muito sangue” e que começou “a passar mal” quando subiu ao convés do barco em que viajava.

Ela disse ainda que os atiradores de elite do Exército de Israel entraram no principal navio da frota, o Mavi Marmara, “atirando para matar”.

“Era muito sangue, eu comecei a passar mal, tive ânsia de vômito e até desisti de procurá-lo.” Iara disse à BBC Brasil que não testemunhou as mortes, mas que ‘”outras pessoas que estavam no barco contaram ter visto soldados atirando corpos no mar”.


Fonte: Folha Online



2 Comentários

  1. Americanos nao sao santos, acima de qualquer crítica. Só para citar um exemplo: veja os americanos engajados com o Taleban na luta contra forças da Otan no Afeganistao? O bloqueio é politica de autodefesa do Estado de Israel, democrático, soberano.

  2. Repondo a verdade

    Não se trata de defender o sr. Ahmadinejad, mas de repor a verdade.

    Ele jamais afirmou pretender riscar, varrer Israel do mapa ou algo semelhante.

    Tudo não passou de um erro de tradução, que foi corrigido, mas o estrago já estava feito.

    Então, o que ele realmente disse?

    Para citar suas palavras exatas em persa: “Imam ghoft een rezhim-e ishghalgar-e qods bayad az safheh-ye ruzgar mahv shavad.”

    A palavra chave é rezhim-e cujo significado é regime. Ou seja, a destruição a que ele se referiu é ao regime sionista e não ao país.

    É importante ressaltar que ele jamais mencionou a palavra Israel ou mapa, mas Jerusalém.

    E não podia ser diferente em se tratando de um persa. Afinal, vivem no Irã mais de 50 mil judeus com suas escolas, sinagogas, hospitais e até como membros do parlamento.

    E sendo assediados diariamente por “sionistas cristãos” estadunidenses, que lhes oferecem 100 mil dólares por cabeça para deixarem o país a caminho de Israel.

    Como se fosse possível ser sionista e cristão. Mas em se tratando dos neopentecostais, tudo é possível.

    Eles podem ser sionistas, cristãos jamais.

    E a resposta dos persas judeus tem sido a de que vivem no país há mais de quatro mil anos e jamais tiveram problemas.

    Para saber mais sobre os erros de tradução do discurso de Ahmadinejad, em inglês, clique em 
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=viewArticle&code=NOR20070120&articleId=4527>

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