Yukio Hatoyama sofria pressões de seu próprio partido para sair com vistas a eleições parlamentares em julho
Apelos pela renúncia se tornaram irresistíveis após anúncio na última sexta da manutenção de base militar americana
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O premiê japonês, Yukio Hatoyama, anunciou na manhã de hoje (local) que vai renunciar ao cargo em meio ao aumento das pressões devido à decisão de ceder ao governo EUA e aceitar manter base na ilha de Okinawa.
Com a decisão, Hatoyama abre caminho para que um correligionário o substitua como líder do PDJ (Partido Democrata do Japão) e, consequentemente, como premiê, sem a necessidades de convocar de novas eleições.
Ontem, analistas apontavam o ministro das Finanças, Naoto Kan, como o mais provável novo premiê japonês.
Hatoyama anunciou ainda que seu número dois, Ichiro Ozawa, também renunciará.
A medida do premiê é vista como uma tentativa de melhorar as perspectivas do seu partido no pleito para a Câmara Alta em 11 de julho.
No domingo, o líder já havia sofrido uma primeira baixa com a saída da coalizão do Partido Social-Democrata em protesto à decisão de manter a base americana. Na sexta, uma ministra do partido fora demitida pelo líder japonês.
OKINAWA
Hatoyama, que assumiu em setembro de 2009 encerrando meio século de domínio quase ininterrupto do tradicional PLD (Partido Liberal Democrata, direita), será o quarto premiê japonês a renunciar no seu primeiro ano de governo em quatro anos.
O último mandatário a ficar mais tempo no cargo foi o Junichiro Koizumi, que exerceu o cargo de 2001 a 2006.
A pressão pela renúncia de Hatoyama vinha aumentando nos últimos meses devido à sua incapacidade de promover a renovação política e recuperação econômica, mas sobretudo devido a sinais de que não conseguiria cumprir a promessa de remover a base americana em Okinawa.
Se tornou, porém, insustentável depois que, na última sexta-feira, o premiê anunciou oficialmente que o posto militar será apenas transferido para uma região menos povoada da ilha, seguindo termos de um acordo negociado há quatro anos.
O posto militar na ilha no sul abriga 75% dos cerca de 47 mil soldados americanos baseados no país -ainda um resquício da Segunda Guerra- e é extremamente impopular na população do local.
Nos últimos dias, Hatoyama vinha tentando justificar a manutenção da forte presença dos EUA com o aumento da tensão entre as Coreias. Mas não conseguiu conter a queda de sua popularidade.
Pagando o preço p ñ ser + nacionalista, q o próximo tenha eesa lição ..tem de tirar os ianks de seu território..
Daí vem a pergunta:
Quem realmente afundou o navio sul-coreano?
Quem ganharia com isso?
Bem lembrado Paulo, bem lembrado…
Esse é entreguista. Primeiro fica de 4 para os EUA e fixa a base, e só depois renuncia.
Imagina alguém entregando a Petrobras e Alcantara…
O pior é que isso quase aconteceu!