Enquanto a americana critica a negociação do governo Lula no Irã, o Brasil ganha apoio internacional
Fabiana Guedes
Apesar da desconfiança que o programa nuclear iraniano costuma inspirar, o regime do presidente Mahmoud Ahmadinejad cumpriu na semana passada o compromisso firmado com o Brasil e a Turquia. Como acertado em Teerã, na segunda-feira 24 emissários iranianos entregaram à Agência Internacional de Energia Atômica documento prevendo o envio de 1,2 mil quilos do urânio pouco enriquecido do Irã em troca de 120 quilos de urânio para uso hospitalar. Tornou-se também público que os termos do pacto seguiam ponto a ponto recomendações feitas três semanas antes pelo presidente americano, Barack Obama, em carta dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os mais recentes desdobramentos da crise nuclear iraniana mostram que o governo Obama enfrentará dificuldades para aprovar sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU. “Muito mais importante do que isso é a sutil mudança nas relações internacionais introduzidas pelos gestos de Brasil e Turquia”, escreveu em artigo o americano Graham E. Fuller, ex-vice-presidente do Conselho Nacional de Inteligência da CIA.
Quem mais sentiu o golpe foi Hillary Clinton, secretária americana de Estado, que, no dia seguinte ao acordo negociado em Teerã, acionou seus aliados, pedindo “medidas duras” contra o Irã. Hillary também chegou a insinuar que a iniciativa diplomática brasileira teria sido movida pela ingenuidade. Consenso esboçado pela comunidade internacional indica exatamente o contrário. Diante de mais de três décadas de conflito nas relações entre os Estados Unidos e o Irã, o acordo de Teerã passou a ser visto como um primeiro passo para desatar o explosivo impasse. Hillary, por sua vez, continuou firme em sua posição. “Sem dúvida, temos sérias divergências com a política diplomática do Brasil em relação ao Irã”, afirmou na quinta-feira 27.
Hillary explicitou sua divergência com a política externa do governo Lula no momento em que divulgava a Nova Doutrina de Segurança dos Estados Unidos, em Washington. Curiosamente, no documento de 57 páginas o Brasil é citado de forma positiva várias vezes. “Nós damos as boas-vindas à liderança do Brasil e procuramos ultrapassar as datadas divisões Norte-Sul para perseguir um progresso em questões bilaterais, hemisféricas e globais”, diz um dos trechos. Seja qual for o rumo da crise iraniana, o fato é que o protagonismo brasileiro representa uma mudança na geopolítica internacional. Citando o acordo negociado em Teerã, o jornal francês “Le Monde” afirmou no editorial, intitulado “Brasil de Lula em todas as frentes”, que o mundo se maravilha com os feitos do presidente brasileiro. E mais: diz que o brasileiro pode apresentar sua candidatura à secretaria-geral da ONU. Lula, que deixa o Palácio do Planalto em 1o de janeiro de 2011, vem de fato se credenciando para ocupar o cargo, mas quer uma ONU renovada, coerente com os novos tempos. Outra possibilidade articulada por Lula é a presidência do Banco Mundial.
Oque os E.U.A e a europa querem é o petróleo do irã, e por isso buscam um motivo pra o contencioso.
O domingo 23 de maio FOLHA rolou o boato dum suposto desejo do Lula por chefiar alguma instituição multilateral.
A manchete da matéria era: “Lula articula seu futuro na ONU ou Banco Mundial”
A presidência respondeu com uma carta que só foi reproduzida no jornal PARCIALMENTE.
Para ler a carta completa do Planalto à Folha acessar:
“A verdade por inteiro – resposta à Folha de S. Paulo”
http://blog.planalto.gov.br/a-verdade-por-inteiro-resposta-a-folha-de-s-paulo/
O motivo dos VIRA-LATAS rolar o boato do Lula estar interessado numa posição do tipo, é uma tentativa de questionar toda a política externa brasileira.
Como se todos os esforços do presidente, ministros e centenas de empresários que os acompanham pelo mundo, reduziria-se a procura duma vaga num organismo mundial.
A Sra. Clinton representa muito mal a política externa americana enquanto arrota prepotência e despreparo. Ela deve ter sido colega de classe do Sr. Serra quando eles estudavam política internacional. Como o Lula falou: Inteligência não se adquire na escola.
Apesar das minhas criticas ao governo Lula e o o rumo que ele deu ao seu governo, devemos tirar o chapeu, pois ele trouxe tranformações para o Brasil.
É inegavel os avanços que conseguimos na sua gestão, tambem sao inegavies os retrocessos e estagnações, contudo sabemos que em oito anos nao vamos resolver todos os nossos problemas.
Essa questão em particular(Irã) so confirma o potencial do Brasil, que se traduz na pratica.
Feito igual a esse nenhum outro politico brasiliero teve, e alem disso, confirma o carater desestabilizador que os EUA possuem, e de fato querem guerra o tempo todo para ter acesso a riquezas naturais dos paises.
Ja vimos esse filme diversas vezes, e se nao tivermos cuidado num futuro muito proximo podemos estar sofrendo as mesmas consequencias e outras nações tiveram.
Sou favoravel a paz, mas em tempos de falta de recursos naturais, como petroleo, AGUA
e as mais diversas matrizes temos que reaparelhar nossas forças armadas, temos que garantir nossa soberania frente ao novo cenario mundial, e alem disso, fortalecer nossa industria para nao depender de franceses, estadunidenses, russos ou quem quer que seja.
Mas nao devemos esquecer que temos milhoes de pessoas que ainda nao comem, que nao tem direito a educação de qualidade, saude, acessos basicos a subexistencia, lembremos que temos as nossas ferias para serem “lambidas” e curadas.
Precisamos rapidamente de uma reforma porlitica( e pq nao uma transformação politica?), precisamos urgentemente de novas tributações para aqueles que tem montanhas de dinheiro( eles nao pagam impostos, agora os trabalhadores quede fato fazem o pais andar, tem sua parte na fonte descontada), enfim poderia ficar hrs pontuando e comentando, mas parabenizo o blog e a nova postura que nosso presidente vem tomando frente aos “grandes” do mundo.
O presidente Lula cometeu alguns erros durante seu mandato, mas, na minha opinião, acertou mais do que errou. Acredito que o Brasil avançou bastante nos últimos anos. Mas o que me atormenta é o fato da condução deste processo ter um caráter pessoal……temos um líder admirado por grande parte do mundo, mas não sei se isto é positivo. Eu gostaria que o Brasil tivesse um Congresso admirado pelo mundo. Temos um presidente que governou APESAR do Congresso e teve nesta relação o lado obscuro do seu governo (como o suposto envolvimento no mensalão e a negociação espúria de aprovação de emendas em troca de apoio nas votações, prática legal e recorrente no Brasil, mas imoral e prejudicial à plenitude da democracia). Ou seja, parece-me que o Congresso exerce sua função democrática de “freio” ao Executivo como forma de chantagem (no caso da oposição) e de negociata (no caso dos pseudo-apoiadores do governo). Lula passará (ainda bem……superamos a retrógrada prática do período 64-85). Enquanto o desenvolvimento nacional for tratado como projeto pessoal ficaremos reféns de um “líder supremo”. O Congresso é perene. Há uma baixa taxa de renovação a cada eleição. O que significa que o Legislativo tem tudo para ser (e deveria ser) um poder supra-governamental. É este Poder que poderia exigir de cada novo presidente a manutenção de boas práticas do governo anterior. É este Poder que poderia obstaculizar os desvios de rumo promovido por governantes que conquistam o poder para defender uma classe. É este Poder que representa fielmente a vontade da população votante, pois uma eleição com apuração final de 51% pró-governo a 49% pró-oposição resulta em uma composição de congressistas que mantém esta proporção. Já na eleição para o executivo, uma votação de 51% garante ao eleito 100% do poder. Enfim, acredito que estamos dando um passo de cada vez…….mas o Brasil ainda sofre de falta de cultura democrática (cidadã). Esta herança de períodos sucessivos de grupos que avocaram o poder sobre o Brasil ainda não permite ao povo o desenvolvimento de uma consciência cidadã….afinal, nem mesmo o Congresso (forçosamente inativo por algum tempo, pseudo-ativo por um pouco mais de tempo) conseguiu acostumar-se à liberdade e à ter o poder nas mãos. Somos um paciente psiquiátrico recuperando-se de um trauma: passamos pelo período da negação (no qual acreditamos que tudo foi superado, apesar de sabermos que o que nos move a pensar assim é o medo de enfrentar o problema); estamos no período da confrontação com a verdade (esta é a fase de superação de fato do problema, a qual deve ser promovida com serenidade, sem radicalismo, mas sabendo que a fase acomodativa acabou); superada esta fase, passaremos à sublimação……quando poderemos viver tendo consciência do trauma, mas tranqüilos em relação a ele……ele não terá mais espaço para afetar negativamente a nossa política……
TEMOS Q FAZER UMA DOUTRINA DE DEFESA EM % DA UNIAO PARA Q AS FORÇAS POSSAM SE PROGRAMAR E COMPRA OS ARMARMENTOS CERTOS PARA UM FUTURO PROXIMO NAO ESTARMOS DESPROTEGIDOS PELA GANACIA DESSES PAISES TERRORISTAS COMO O EUA E OUTROS.
Discordo de algumas coisas ditas neste espaço:
1 – A senho Hillary Clinton representa sim, muitíssimo bem seu papel frente a política de um País que só pensa em dominar o mundo e escravizar ou destruir quem não concordar com isso. É o papel de um lobo (ou Loba, no caso).
2 – Os EUA, não querem apenas o petróleo do Irã: Querem o seu Gás que será uma das fontes energéticas mais visadas neste século, querem humilhar o Irão por pura vingança, porque nãop foram capazes de esquecer a humilhação que sofreram ao terem sua embaixada invadida a mais de 30 anos mas, acima de tudo os EUA querem destruir o Irã, porque:
A) O Irã está vendendo petróleo em qualquer moeda, menos em Doláres (foi isso que também ocasionou a invasão do Iraque);
B) Representa uma ameaça concreta a Israel (seu leal e fiel seguidor);
C) Usar o Irã como estado tampão para impedir o crescimento da China;
Este é, ao meu ver, todo o negro quadro que se pinta.
Nota: Se acaso conseguirem seu intento, nós não estamos longe: A polêmica sobre a represa de Belo Monte, é só o começo do ataque do Império Romano dos EUA.
Pois é, o bloco de apoio dos Americanos estão nesse momento, quietinhos lá no Iraque, sugando o petróleo do país. Não é atoa que as grandes empresas de petróleo tipo Exxon, vão vendendo os ativos na America do Sul. Nada melhor que um lucro fácil no pós guerra.
Ontem o presidente Alemão Horst Koehler, teve que renunciar pois falou mais que devia.O ex-presidente disse que um país como a Alemanha, que dependia fortemente do comércio exterior, deveria saber que intervenções militares eram necessárias para defender os interesses alemães.
De fato é verdade, mas não é a toa que o Brasil está nessa empreitada internacional. Por um lado é bom, pois projeta e expõe o País globalmente, por outro são os riscos ainda não externados dos movimentos de bastidores aqui em casa!
Realmente prepotente essa mulherzinha. Mas ao que tudo indica, para ser Norte Americano essa é uma das “qualidades” requisitadas.
Isso mesmo… pecado que a inVeja não fala nada disso !!
Os Eua sempre em 3 déadas acabar com o governo iraniano e se apoderar de suas fontes de energia fósseis.. e eles só ñ atacam o Irã pq ñ tem um motivo..
Essa é a política da falsa democracia.Vive os EUA sob o controle do pentágono e dos grupos econômicos imperialistas.Israel seu apêndice da mesma forma e com umma agravante,é dominada pelos sionistas,velhos colaboradores do Nazismo.Portanto,embasados ecônomica e militarmente evitam qualquer antagonismo as sua pólíticas e seguem mapeando a Terra.Até quando estas ditaduras capitalistas se manterão?