Brasileira Embraer admite abandonar operações na China

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São Paulo, Brasil, 6 Mai – A empresa brasileira de aeronáutica Embraer vai decidir até Agosto se vai manter a fábrica na China ou se abandona o país, afirmou quarta-feira em São Paulo o director de Relações com Investidores da empresa, Luiz Carlos Aguiar.

De acordo com a imprensa brasileira, no decurso de uma reunião com analistas para comentar os resultados da empresa, Luis Carlos Aguiar justificou a afirmação dizendo que a Embraer está a enfrentar muitas dificuldades na obtenção de licenças de importação de aviões junto do governo da China.

“Estamos a aguardar os próximos acontecimentos relativamente às licenças. Gostaríamos muito de permanecer na China, mas dessa forma é impossível honrar os contratos”, disse o executivo, acrescentando que a empresa tem contratos assinados a que não consegue dar andamento por falta das licenças.

Com licença de importação, a companhia tem garantidos sete modelos Embraer 145 e mais 20 modelos do Embraer 190.

Para operar na China a Embraer criou em 2003 uma parceria com as empresas chinesas Harbin Aircraft e Hafei Aviation Industry, ambas controladas pela China Aviation Industry Corporation II.

Localizada em Harbin, capital da província de Heilongjiang, a Harbin Embraer Aircraft produz aviões para o mercado chinês, com modelos iguais aos fabricados na sede da empresa, na cidade de São José dos Campos, a 90 quilómetros de São Paulo, no Brasil. (macauhub).

Informações

Poder Aéreo

Fonte:MacaoHub

11 Comentários

  1. Penso que o verdadeiro ‘negócio da china’ é a obtenção de tecnologia … fazem parceria para isso.. após obterem … fecham-se e começam eles mesmo a produzir…

  2. Me parece que estão tentando dificultar a importação de industrializados com maior valor agregado, para manterem o favorecimento na pauta da sua balança comercial. Mas isso prejudicaria suas empresas no final da cadeia.

    Ou então, esperaram a absorção de conhecimento técnico e de produção, para consolidarem suas próprias empresas no mercado de aviação civil/executiva.

    Ou pressionamos pelo vinculo de vendas das commodities à suspensão das licenças, ou impor tarifas de importações de manufaturados chineses, como eles usam, introduzir ‘licenças’.

  3. O melhor amigo de um panda é outro panda e não um tucano como está no desenho.
    É melhor a Embraer cair fora de lá o quanto antes pois vai dar de bandeja toda a sua tecnologia para os chineses e depois ver crescer um rival que ele mesmo ajudou a criar.
    A China tornou-se a maior ladra de tecnologia da história da humanidade !!!

  4. “A China tornou-se a maior ladra de tecnologia da história da humanidade”

    Mas também já foi uma das maiores contribuidoras de tecnologia da história da humanidade.

    Esse episódio deixa claro, não só para as empresas nacionais, mas qualquer uma, quais são os riscos de montarem fábricas e/ou escritórios na China. Recentemente, um amigo disse que um engenheiro da empresa onde trabalha, em visita à China devido a uma feira de máquinas e equipamentos, perdeu o horário de “almoço” dessa feira e, preso lá dentro, viu um exército de “técnicos” chineses copiando descaradamente as especificações de máquinas e equipamentos lá expostos por outros países (Alemanha, Reino Unido, EUA, Itália, França, Brasil, Israel, etc). Ele teve que se esconder no banheiro do salão de exposições com medo de ser flagrado…

    Os Chineses (assim como os estadunidenses, os franceses, os russos, etc) não são confiáveis. Países não tem amigos, e sim interesses…

  5. Os chineses já clonaram até avião de guerra. Por quê não haveriam de clonar os aviões da Embraer? É claro que eles já surrupiaram toda a tecnologia. Se a Embraer sair de lá, vai fazer um favor pra eles.

  6. EMBRAER nunca deveria ter ido para lá. Ensinamos a eles como produzir e organizar muita coisa do EMB-145, sob a contrapartida de que eles comprariam muitos aviões. Nunca veio a contrapartida. As compras da família 170/190 nunca saíram da promessa. Os picaretas chineses só querem sugar a tecnologia para depois despejar produtos de qualidade inferior no mercado. Que sirva de lição para alguns que reconheceram a China como economia de mercado. Amricanos e Europeus já sabiam disso. Só os gênios do Brasil que não sabiam, ou se acham mais espertos que os gringos. Quem é inteligente aprende no erro dos outros!

  7. Em verdade ensinar o pulo do GATO como a Embraer fez e faz por onde poem sua fábrica é ficar a ver navios. Acorda Embraerrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!

  8. Mas o reconhecimento da China como economia de mercado, os colocou direto na OMC, ou seja podemos pedir retaliações comerciais, a começar pela quebra de patentes e exigência de entrada de manufaturados brasileiros na economia chinesa.

    Temos que atrelar a exportação de commodities a um quantum mínimo de industrializados brasileiros que devem entrar na China.
    Se a Embraer sair, podemos e devemos entrar com o pedido.

    Agora, a Embraer foi pra lá porque não queria perder o mercado potencial asiático, incluindo a China para outras multinacionais que se instalassem naquele país para montagem e ciclos de manutenção.
    Lembrando que até hoje, existe uma planta de motores aeronáuticos russa operando e produzindo para os Flanker, acredito que seja a Lyulka Saturn.

  9. Somente uma observação Fernando, os J-11 Chineses já foram artigo de muita controvérsia entre chineses e russos pela questão de utilização/obtenção da tecnologia.

    Seria interessante checar se esta fábrica da Lyulka ainda está operacional na China, em caso positivo, pode realmente significar uma esperança aos negócios da Embraer naquele país.

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