Ahmadinejad apoia plano brasileiro para troca de combustível nuclear

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Presidente iraniano anuncia apoio a plano do Brasil para mediação de troca de combustível nuclear

O presidente iraniano, Mahmoud Ahamdinejad, anunciou nesta quarta-feira que aprova um plano do Brasil que pretende superar as divergências sobre uma proposta da ONU para que Teerã possa obter combustível nuclear para um reator experimental.

As potências ocidentais e o Irã não chegaram a um acordo sobre a entrega do combustível nuclear que Teerã alega precisar para um reator experimental, em troca do urânio levemente enriquecido do Irã.

As negociações foram interrompidas depois que o Irã insistiu que os materiais deveriam ser trocados simultaneamente e dentro de suas fronteiras – condição rejeitada pelas potências ocidentais, que acusaram Teerã de dissimular sob um programa civil nuclear o desejo de produzir armamento atômico.

Em abril, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, declarou, durante uma visita a Teerã, que o Brasil “poderia examinar” a possibilidade de ser sede da troca, caso existisse uma solicitação oficial.

Segundo o site de Amhadinejad, ele conversou por telefone na terça-feira com o presidente venezuelano Hugo Chávez sobre a proposta brasileira. “O essencial das conversações entre Ahmadinejad e Chávez foi a aprovação por parte do presidente iraniano das bases da proposta brasileira”, destaca a página virtual, que não divulgou mais detalhes.

Em 27 de abril, Celso Amorim declarou à agência oficial iraniana Irna que o Brasil estudaria a possibilidade de ser a sede da troca de material nuclear em caso de solicitação de Teerã. “Até agora não recebemos tal proposta, mas se fosse o caso, poderíamos examiná-la”, disse Amorim.

Antes de insistir nas condições da troca de combustível no Irã, Teerã havia manifestado que consideraria a possibilidade de que o intercâmbio acontecesse no Japão, Brasil, Turquia ou na ilha iraniana de Kish.

O bloqueio das negociações fez com que Washington iniciasse gestões para aprovar uma quarta rodada de sanções na ONU contra Teerã.

O Brasil, que é membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, defende o direito do Irã de ter um programa nuclear civil, que para grande parte da comunidade internacional é apenas uma fachada para a fabricação de armas atômicas, o que Teerã nega.

Fonte: Último Segundo

10 Comentários

  1. Se o Brasil conseguir esse feito, terá passado no vestibular de Washington e, provavelmente, estará mais perto de uma cadeira permanente no CS da ONU. Teremos um resultado diplomático que apagará a má impressão deixada pela atuação brasileira em Honduras e os comentários de Lula sobre os presos políticos cubanos…

    Aí, é só esperar chegar os Super Hornets…

  2. Para os EUA, esse acordo, se der certo, será um péssimo negócio porque o que eles querem mesmo é atacar o Irã, uma vez que esse país vem obtendo um avanço tecnológico extraordinário tanto no campo militar quanto nuclear sem falar em outras áreas. Domar um país assim, riquíssimo em petróleo, com esse processo de modernização será tarefa cada vez mais difícil e Washington sabe disso. Acho excelente a idéia de enriquecer o urânio do Irã aqui no Brasil. Sem dúvida tiraremos muito proveito disso tanto no campo diplomático quanto no avanço tecnológico ainda maior do nosso país no processo de enriquecimento desse poderoso metal e ainda por cima, diga-se de passagem, ficará, com isso, praticamente impossível criar problema com o programa nuclear brasileiro, coisa que os americanos também querem, já que o Brasil estará cooperando com a ONU para se evitar um possível conflito com o país persa que poderá sim arrastar todo o oriente médio a uma guerra sangrenta e duradoura. Sem dúvida nenhuma, uma oportunidade de ouro para o Brasil. Duvido que os americanos aceitem esse acordo.

  3. Edu Nicácio

    “Se o Brasil conseguir esse feito, terá passado no vestibular de Washington”

    Não, meu caro. Terá criado sua própria Faculdade de Diplomacia Soft Power.

  4. O regime iraniano quer ganhar tempo, só enrolaçao e o Brasil é ingenuo por achar que os iranianos agem de boa fé. O objetivo dos aitolás é a bomba, que como fato consumado será um perigo para o mundo.

  5. A bomba Iraniana seria um perigo para o mundo?

    Vocês acham que o Irã se consiguir um Bomba Nuclear, eles vao ficar jogando bomba no mundo inteiro?
    As maiores ameaças nucleares são Israel e EUA!
    Irã produziria uma Bomba por defesa e nao por ataque,pois o único que tem Arma Nuclear no Oriente Médio é Israel.

    Quem pensa assim com certeza é vitima de “Iranofobia”,me perece que os EUA estão fazendo um bom trabalho em difamar o Irã.

  6. Caro colega Claudio Queiroz 05/05/2010 às 15:10 | #3

    é mais ou menos por aí mesmo, seria ingênuo achar que não só os EUA mais também Grãn Bretanha aceitem tal coisa(Imagina…), agora tem muito, mais muito interesse nesse jogo, o Brasil até aqui mexeu muito bem as suas peças, espero que continue assim. Mas, todo cuidado é pouco(Afinal, não é interessante pra ninguém, nem mesmo para o Brasil um Irã atômico…).

    Estamos caminhando no `´fio da navalha´´.

    Saudação a todos.

  7. Caro José Vanildes Luiz 05/05/2010 às 16:33 | #5

    gostaria de dizer ao amigo e aos demaís, que não tem ninguém ingênuo nessa história, tá todo mundo procurando defender seu lado ìnclusive o Brasil´´.
    Boa fé neste caso meus caros, é olhar nos olhos do outro e demostrar que sabe muito bem qual o limite de cada um…

    Abraço, saudação a todos.

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