Unasul estuda condenar lei Arizona e designar Nestor Kirchner para chefiar o bloco

http://elairelibre.files.wordpress.com/2009/12/n_stor_kirchner__002_1.jpgSugestão: Cmdt Melk

Ministros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) estudavam nesta segunda-feira em Buenos Aires uma condenação à lei imigratória no Arizona e a designação do ex-presidente argentino Néstor Kirchner como secretário-geral do bloco.

Na véspera da Cúpula de chefes de governo e ministros, outro tema crucial abordado por chanceleres e embaixadores na noite desta segunda-feira era a situação institucional em Honduras, cujo governo ainda não foi reconhecido por nações do cone sul.

As deliberações estão sendo realizadas em um luxuoso hotel de Campana, 70 Km ao norte de Buenos Aires, com 3.000 homens das forças de segurança mobilizados ao redor.

O presidente do Equador e presidente interino da Unasul, Rafael Correa, indicou que a declaração rejeitará a norma que criminaliza a imigração ilegal no estado americano do Arizona.

“O assunto estará na cúpula da Unasul desta terça-feira e responderemos muito firmemente a este atentado contra os Direitos Humanos”, disse Correa.

O mandatário advertiu os Estados Unidos de que “criminalizar, prender um migrante por não ter documentos, é um insulto à dignidade humana”.

A Cúpula abordará também a indicação de Néstor Kirchner (2003-2007), marido da presidente Cristina Kirchner e líder do peronismo, como primeiro secretário-geral do bloco criado em 2004, designação que deve ser adotada por consenso dos membros do bloco.

A nomeação de Kirchner foi frustrada em 2008 pelo veto do Uruguai, em meio a um conflito causado pela instalação de uma fábrica de celulose, que os argentinos consideram poluente, às margens de um rio de soberania compartilhada.

“Creio que a maioria dos países (membros) já deu a sua aprovação”, disse nesta segunda-feira o presidente chileno, Sebastián Piñera, antes de viajar a Buenos Aires.

Também é tema de discussões a situação institucional de Honduras após a eleição do presidente Porfirio Lobo, sucessor de Roberto Micheletti, que tomou o poder no golpe de Estado que derrubou o mandatário constitucional Manuel Zelaya.

A Unasul analisará a situação da ajuda ao Chile após o terremoto seguido de tsunami de 27 de fevereiro e a continuidade da ajuda ao Haiti após a aprovação de um fundo de 100 milhões de dólares para auxiliar esse país, arrasado por um terremoto ocorrido no dia 12 de janeiro.

A indicação de Kirchner havia encontrado em 2008 a resistência do ex-presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez (2005-2010), em meio a um conflito bilateral causado pela instalação da fábrica de celulose, que acabou na Corte Internacional de Justiça (CIJ).

A chegada de José Mujica à Presidência do Uruguai marcou o início da normalização das relações bilaterais e abriu caminho para a nomeação de Kirchner.

Os uruguaios pensam em “nem votar nem vetar” a candidatura, segundo revelou à AFP uma fonte do governo uruguaio.

O plenário de terça-feira será dirigido pela presidente argentina junto com Correa, antes de um almoço que reunirá os presidentes de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; Uruguai, José Mujica; Equador, Rafael Correa; Paraguai, Fernando Lugo; Chile, Sebastián Piñera; Bolívia, Evo Morales; e Venezuela, Hugo Chávez.

Na ausência dos presidentes, estarão os chanceleres de Colômbia, Jaime Bermúdez; de Peru, José Antonio García Belaúnde; do Suriname, Lygia Kraag-Keteldijk; e da Guiana, Carolyn Rodriges Birkett.

Fonte AFP via Geopolítica Brasil

10 Comentários

  1. Tratar imigrantes ilegais como criminosos naquele estado, é fazer o crime verdadeiramente proliferar como resultado da segregação.

    Se trata de uma massa de milhões de trabalhadores sub-empregados mas em condições razoáveis de vida, que ficarão de uma vez só lançados no mercado negro e informal.

    E a perda de perspectiva de cidadania e de vida, são os piores atentados contra a segurança nacional.

  2. Vixxx, to vendo que a Unasul esta virando a casa da Mãe Joana, com todo respeito as casas da Mãe Joana.
    Abraço.

  3. Por que a Unasul não condena a pobreza a corrupção a falta de oportunidade que são as causas principais dessa onda de imigração ilegal? Essas pessoas vão em busca de uma vida digna e com melhores oportunidades. Alguns países subadministrados dão graças a Deus que seus habitantes imigram por que assim a pressão por melhorias sociais diminui….Essa Unisul tá caindo no ridículo.

  4. Acho essa coisa dos paises da America Latina engraçado, eles reclamam dos EUAs mas querem ter o direito de entrar irregularmente lá. Nos temos é que criar vergonha na cara e dar a população a condição para que não precisem sair de seu pais para procurar sub-empregos em outros paises. Sobre esta lei, acho ela equivocada, mas também acho que cada pais tem o direito de dizer quem pode ou não pode entrar no seu territorio. Se os latinos não querem ser mal-tratados nos EUA é simples, parem de ir para lá. E os americanos que se danem.

  5. E essa UNASUL já começou mal, elegendo esse idiota do Kirchner, só o Lula não vê que essa UNASUL foi criada para reduzir a influencia do Brasil no Mercosul, e criar um bloco alinhado com o Chavez.

  6. A outra tendência integradora importante é a da América Latina que, partindo do Mercosul, foi se ampliando por meio de diversas iniciativas, chegando a Unasul (390 milhões de habitantes e um Produto Bruto regional próximo a 3,9 trilhões de dólares) e à recentemente criada Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (CELC). O vínculo entre esses dois fenômenos regionais é o BRIC, convergência entre Brasil, Rússia, Índia e China, onde o Brasil é precisamente o elo que os articula estrategicamente.

    Esta nova realidade vai muito mais além do nível comercial ou mesmo econômico e está expressa no surgimento de um imenso espaço de poder periférico cujos países líderes têm conseguido resistir muito melhor ao impacto da crise do que as grandes potências capitalistas. Enquanto os EUA vão chegando a um nível insustentável de dívida pública (próxima a 100% do Produto Interno Bruto) e a União Européia aparece muito golpeada pela crise grega, detonadora de um desastre regional muito maior, a América Latina vem se “desendividando”: em 2003, sua dívida externa pública representava cerca de 60% do Produto Bruto regional; em 2008, esse índice caiu para 30%. A região conseguiu isso crescendo e exportando, com várias de suas economias chave afastando-se da ortodoxia neoliberal e da hegemonia dos Estados Unidos.

    Trecho retirado do blog carta maior

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