Responsável pelas maiores obras de infraestrutura do governo Hugo Chávez, a Odebrecht se prepara para fixar presença no coração da economia venezuelana: o petróleo. A brasileira e a estatal PDVSA assinaram acordo para formar empresa mista que explorará quatro campos maduros no Estado de Zulia (noroeste).
O acerto foi fechado nesta semana, durante a visita de Chávez a Brasília. Na futura empresa, cuja criação tem de ser aprovada pela Assembleia Nacional venezuelana, uma filial da PDVSA terá 60% e o restante será da parte brasileira.
Segundo o Ministério de Energia da Venezuela, serão investidos US$ 149 milhões nos próximos 25 anos para extrair 16 mil barris de petróleo por dia. Para ter acesso às reservas venezuelanas, o grupo brasileiro pagará um bônus de US$ 50 milhões à PDVSA.
O tamanho do negócio é modesto -se comparado aos recentes contratos bilionários acertados entre o governo Chávez e petroleiras estatais e multinacionais para a exploração do petróleo do bacia do rio Orinoco-, mas é considerado estratégico pelo grupo brasileiro.
“É uma oportunidade de negócio para conhecer a geologia local”, diz o diretor da Odebrecht Óleo e Gás para a Venezuela, Jean-Marc Salah, que espera que o acordo final seja fechado em até cinco meses. “Nossa expectativa é contribuir para o aumento de produção desses campos, que caiu.”
Salah afirma que a Odebrecht mantém confortável relação de confiança com Caracas -em contraste aos reparos feitos por analistas quanto à insegurança jurídica no país. O grupo já atua no setor petroleiro no Brasil, em Angola, nos Emirados Árabes e no Reino Unido.
Desistência
A Odebrecht mantém excelente relação com o governo Chávez. Atua nas maiores obras estatais em curso, entre elas a construção do metrô de Caracas e de duas pontes sobre o rio Orinoco. Na visita do presidente venezuelano a Brasília, a empresa assinou ainda acordo para estudar projetos de habitação.
A iniciativa do grupo brasileiro contrasta ainda com decisão recente da Petrobras, que, conforme a Folha publicou em fevereiro, desistiu de participar da seleção para projeto de exploração da bacia do Orinoco.
A petroquímica Braskem, controlada pelo grupo Odebrecht e pela Petrobras, também anunciou a redução de seus planos para a construção de duas grandes usinas de resina na Venezuela, citando dificuldades de conseguir, no mercado externo, financiamento de estimados US$ 4 bilhões.
Outro ponto ainda travado na relação Petrobras/PDVSA é a negociação para a instalação da refinaria Abreu e Lima em Recife (60% da Petrobras e 40% da PDVSA).
Segundo Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da empresa brasileira, citado pelo “Oil & Gas Journal” em 16 de abril, a PDVSA ainda não pagou o montante de US$ 500 milhões referentes aos investimentos para obra já feitos pela parte brasileira. Questionada ontem, a assessoria da empresa informou que não comentaria o tema.
A Petrobras mantém participação minoritária em quatro empresas na Venezuela, além de atuar em projetos de exploração “offshore”. Mas, desde a nacionalização do setor, em 2007-a renegociação compulsória da participação das multinacionais no negócio-, seus projetos, principalmente na área de gás, foram cancelados ou paralisados.
Isso mesmo, já está começando tarde !!!
Eu já tinha cantado a pedra de que deveríamos entrar com força na exploração do petróleo venezuelano, e agora esta noticia….
Veja o que eu disse daquela vez, aqui mesmo no Plano Brasil :
http://pbrasil.wordpress.com/2010/04/04/novos-acordos-venezuela-russia/
Valeu, e Apoio integralmente essa iniciativa da Odebrecht !!
Ta aí, mantemos eles sob controle, fazendo uns investimentos aqui alguns outros ali, quer coisa melhor do que manter estes bolivarianos bem comportadinhos no cantinho deles, sem meter o pentelho aqui dentro, é fazer isto que a Odebrecht esta fazendo, eles ganham, nós ganhamos ( e muito), sem mencionar outros fatos, como ajudinha na produção agrícola da Venezuela com o apoio da Embrapa, além disto, usam nossa tecnologia, irão serem consumidores de produtos brasileiros, pois com a crise de desabastecimento no mercado interno venezuelano, adivinha a quem eles recorerram.
Abraço,
Correção: irão ser consumidores***
O Chavez tá abrindo o bico….A falta de dinheiro tá fazendo ele ficar mansinho. Eu gostaria de saber os motivo$$ da ótima relação entre o governo venezuelano e a Odebrecht. A Petrobrás está experimentando o bolivarianismo ou seja levou o calote na Refinaria em pernambuco e está bancando a obra sozinha.
As bravatas do presidente Chavez começam a mostrar seu resultado, poucos querem colocar dinheiro na Venezuela com medo das maluquices dele.
Ao analisar a trajetória da Odebrecht na Venezuela, Euzenando Azevedo é categórico: a história foi rica em desafios, aprendizados e conquistas, mas o passado, como sempre, ficou para trás. O que conta é o presente e o futuro. “A Odebrecht atingiu um patamar de estabilidade na Venezuela”, salienta Euzenando. “A sobrevivência está garantida. Então, é crescer. Nossos objetivos são estabilizar o faturamento, manter a constância na geração de oportunidades de trabalho e estar presentes em todas as grandes oportunidades no país. Tudo isso, porém, está condicionado à continuidade da nossa caminhada na direção de nos tornarmos uma empresa venezuelana, objetivo que só será atingido se tivermos em mente que é preciso integrar e formar equipes no país. Queremos pessoas motivadas a se integrarem. Temos de buscar pessoas de caráter e motivá-las. A Odebrecht foi criada assim.”
Retirado do Site da Odebrecht
Trocando em miudo… é dinheiro mesmo!
E eles estão desde 1994
Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e conferência de energia em Houston (EUA)
No site do Wall Street Journal, matéria diz que o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, informou que a Companhia está negociando últimos detalhes sobre a refinaria Abreu e Lima com a PDVSA. “Temos todos os documentos prontos. A Venezuela está se preparando para entrar e pagar sua parte”, disse.
No site da Nasdaq, notícia da Dow Jones diz que dois CEOs das maiores empresas de energia do mundo, da Saudi Aramco e da Petrobras, previram forte recuperação da demanda por petróleo na CERA Week, conferência da área de energia que acontece em Houston, EUA. Cita o CEO da Saudi Aramco, Khalid Al-Falih, e o presidente José Sergio Gabrielli. Segundo a matéria, ele disse que o uso de combustíveis alternativos vai aumentar nas próximas décadas, mas não porá em risco a dominação dos combustíveis fósseis.