Brasil promete plano para reforçar segurança nas fronteiras

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Caio Quero

Enviado especial da BBC Brasil a Ponta Porã

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, anunciou nesta segunda-feira que o governo lançará um programa para reforçar a segurança nas regiões de fronteira e para integrar o policiamento nos Estados brasileiros que fazem limite com países vizinhos.

O anúncio foi feito durante uma visita de uma comitiva liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Ponta Porã (Mato Grosso do Sul), cidade que faz fonteira com uma das regiões paraguaias que estão sob estado de exceção há pouco mais de uma semana.


Segundo o ministro, serão instaladas bases conjuntas das polícias estaduais, da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública nos 11 Estados brasileiros que fazem fronteira com países vizinhos e em Brasília.


Barreto afirmou que as bases devem entrar em operação ainda neste ano e envolverão investimentos de cerca de R$ 60 milhões. Segundo o ministro, policiais já começaram a ser treinados em Brasília.


Paraguai


Durante a entrevista coletiva nesta segunda-feira, Barreto afirmou que o Brasil já vem monitorando a situação da criminalidade no Paraguai há algum tempo, mas disse que a questão do estado de exceção é um “assunto interno” do país vizinho.


Há pouco mais de uma semana, o governo paraguaio aprovou uma declaração de estado de exceção em cinco Departamentos (Estados) do país, sob o pretexto de combater um grupo armado intitulado Exército do Povo Paraguaio, que é acusado de assassinatos e sequestros na região.


Entre os Departamentos que estão sob o estado de exceção – que autoriza que o Exército atue no combate aos grupos criminosos- está Amambay, cuja capital é a cidade de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã.


Durante a visita a Ponta Porã, no entanto, o ministro negou que o grupo armado atue dentro das fronteiras brasileiras.


“Não há nenhuma informação de nossa inteligência sobre a atuação de nenhum grupo paraguaio no Brasil”, disse o ministro, que afirmou que o Brasil “continuará cooperando” com o Paraguai no combate à criminalidade.


Barreto ainda disse que não há evidências de que os dois brasileiros que foram presos acusados de envolvimento no atentado contra o senador paraguaio Robert Acevedo, na última segunda-feira, tenham ligação com qualquer grupo criminoso brasileiro.


Acevedo – que saiu ferido do atentado que deixou duas pessoas mortas em Pedro Juan Caballero, na semana passada – responsabilizou integrantes do grupo PCC, que atua em penitenciárias paulistas, pelo ataque.

Fonte: BBC Brasil

1 Comentário

  1. Pois é né,parece que nem tinhamos isso de fronteira, isso era para EUA e México, parecia que a realidade do tráfego de armas, drogas e pessoas estava bem distante da nossa, que coisa não,porém, antes tarde do que nunca.
    Abraço.

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