Defesa & Geopolítica

Desfile da Otan gera protestos em Moscou

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Milhares de comunistas saíram às ruas de Moscou, ontem, para protestar contra o desfile de tropas aliadas do próximo dia 9 na Praça Vermelha, que lembrará os 65 anos da vitória sobre a Alemanha nazista.

“Permitir a entrada de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Praça Vermelha é uma humilhação para os veteranos da Grande Guerra Patriótica’, disse Gennady Ziuganov, líder comunista russo, em referência à parte soviética da Segunda Guerra.

Em discurso, Ziuganov acusou expressamente o primeiro-ministro Vladimir Putin de convidar os soldados da Otan a desfilar contra o “sagrado” mausoléu de Lenin, fundador da União Soviética.

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Numa das maiores manifestações comunistas dos últimos dez anos, os saudosos da URSS conduziram em Moscou uma grande marcha, neste sábado, entre a Praça de Outubro, onde está a estátua de Lenin, e a Praça do Teatro, em frente ao monumento dedicado ao pensador Karl Marx. “As tropas da Otan que bombardearam o Iraque e a antiga Iugoslávia não têm qualquer direito moral de pisar na Praça Vermelha”, assegurou ainda um porta-voz do Partido Comunista Russo.
Os comunistas apontam a Otan como “um agressivo bloco militar antirrusso”, que não abandonou a ideia de se expandir até as fronteiras da Rússia.

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Juventude

Ao contrário de outras ocasiões, entre os manifestantes foi possível ver muitos jovens, que erguiam cartazes com palavras contra o Kremlin e o Ocidente. O Kremlin confirmou, na semana passada, que milhares de soldados de Estados Unidos, Reino Unido, França e Polônia, todos membros da Otan, desfilariam pela primeira vez em plena Praça Vermelha.
A Rússia se propôs a celebrar em grande estilo este ano o 65º aniversário da derrota de Adolf Hitler. Os eventos já têm confirmadas as presenças, entre outros líderes, da chanceler alemã Angela Merkel, do presidente francês Nicolas Sarkozy, e do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi.

A parada deverá ter mais de 11 mil soldados e cerca de 300 equipamentos militares, entre mísseis intercontinentais, baterias antiaéreas, carros blindados, caminhões, aviões e helicópteros de última geração.

Celebração

O Kremlin retomou em 2008 os desfiles militares com mísseis intercontinentais e armamento pesado na Praça Vermelha, suspensos após a queda da URSS.

De acordo com estatísticas oficiais divulgadas recentemente, mais de 26 milhões de soviéticos, sendo quase nove milhões de soldados do Exército Vermelho, morreram durante a Segunda Guerra Mundial.

Fonte: Diario do nordeste

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