Ahmadinejad diz que raiz do terrorismo está nos EUA

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EFE  —  O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou hoje que as raízes dos maiores atentados terroristas do mundo estão nos Estados Unidos e em Israel e assegurou que seu país possui “provas documentais” disso.

Em discurso por ocasião do Dia do Trabalhador, Ahmadinejad ressaltou que, se Washington quer “sobreviver no futuro, deve ter uma relação amistosa com o Irã”.

“Temos documentos que provam que (em Washington) estão as raízes do terrorismo mundial. Têm ajudado e incentivado grupos extremistas há anos”, afirmou o presidente iraniano antes de atacar Israel.

“Também são a maior causa do terrorismo. Também o organizam e o apoiam”, acrescentou, em direta alusão ao Estado judeu.

Neste contexto, Ahmadinejad voltou a acusar os EUA de serem o único país do mundo que utilizou armas atômicas e de continuarem amedrontando o mundo com seu arsenal nuclear.

“Os EUA são o único governo que usou a bomba atômica e seus responsáveis admitiram ter usado armas nucleares durante a Guerra do Iraque”, disse o presidente iraniano, citado pela agência de notícias Isna.

Ahmadinejad voltou a atacar o governo americano apenas dois dias antes de viajar a Nova York para participar da reunião quinquenal sobre o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

Fonte: Terra

14 Comentários

  1. É óbvio, é a velha e conhecida “toma lá da cá”. Um país que já tem em sua história motivos toscos para agredir covardemente paises sem um mínimo de infraestrutura e organização das forças armadas, tende a “tomar porrada” também. E vale lembrar, muitos foram presos e até mortos por matarem algumas dezenas de civis, os Estados Unidos desde suas invasões com pretextos mentirosos, já mataram mais de dez mil até onde eu sei.

  2. Da mesma forma que os extremistas madam dezenas todos os dias,porque não fazer um saldo disso também?

    Detalhe:os extremistas matam gente de seu próprio povo,além de outros povos.

  3. Petróleo e armamentos: essa é a base da economia dos EUA. Precisam de novas fontes de energia constantemente (25 milhões de barris/dia de consumo), e de novas guerras para suas bilionárias indústrias de armas…

    As guerras que travam ajudam na propaganda de sua indústria de defesa (vide tudo que forneceram a outros países após a Segunda Guerra Mundial).

  4. “…as raízes dos maiores atentados terroristas do mundo estão nos Estados Unidos e em Israel…”

    É verdade!

  5. Boa análise, é o terrorismo mútuo assegurado ou toma lá dá cá.

    Por um lado, os EUA financiaram e armaram grupos iranianos para contra-revolução, como os Mujahidin populares e o Conselho nacional de resistência, bem como o próprio Iraque para tentar dobrar o Irã durante a chamada verdadeira Guerra do golfo (Irã-Iraque 80 a 88).

    Por outro lado, o Irã passou a se utilizar de grupos como o Hezbollah e hamas dando suporte logístico e armas, para manter peso politico e informalmente militar sobre parte da área de influência no Oriente Médio, abrangendo Israel.

    De todo modo, devemos nos desviar do festival de propagandas ideológicas lançadas pelos dois lados opostos politicamente de uma mesma moeda estratégica, o cinturão energético do Oriente Medio.

  6. “Também são a maior causa do terrorismo. Também o organizam e o apoiam”, acrescentou, em direta alusão ao Estado judeu.

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    É exatamente isso que a mídia amereicana faz. Usa-se partes de relatos ao seu modo e a edição au seu modo, criando um caminho como essa “alusão ao Estado Judeu”.

    Vocês que abram os olhos. Morei naquele páis por 2 anos. A propaganda lá é PESADISIMA contra os muçulmanos, árabes, russos, chineses, “terroristas”.
    Sendo totalmente complacente com atos ostis contra a população inocente.
    Realmente eles divulgam os erros, mas são sempre “maquiados” e de forma a serem “amortizados”, como uma coisa “necessária”.

    Não é idipotização, é uma “pseudo hiponose”.

  7. Ulisses

    “Detalhe:os extremistas matam gente de seu próprio povo,além de outros povos.”

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    Não é necessariamente assim a coisa. Analisnado de modo comercial, o que importa aos EUA é a sua supremacia comercial tecnologica e economica. Eles não poderiam fazer uma coisa que colocasse em risco essas coisas.
    Não é chamar os EUA de extremistas, mas sua politica militar é muito desastrosa, nada digna do “mais poderoso exercito do Mundo” que eles sempre pregam.

    Hoje, muitos dos valores tradicionais do passado fora imcorporados a economia capitalista de hoje. Aí vai um exemplo, A China, socialista e capitalista.

    O extremismo moderno tende a valorizar e protejer a economia. Isso é o que mais importa.

    Aí é que entra. A população faz parte da economia.

    Isso que você disse, pode ser aplicada a países pobres, como os da África, onde o “capitalismo” não é grande coisa, já que lá não há Democracia, só um LIDER maluco.
    Aí sim! Quando tudo está nas mãos de pessoas não empresárias e capitalistas, dende a ser um sistema quase feldal. Onde o Senhor castiga sua população.

    A questão EUA e Oriente Médio é o seguinte:

    Os EUA tem que manter o controle do Petroleo. Sei que tem outros motivos, mas o capital (petroleo) é o mais forte.

    As mortes foram pura ingerencia em identificar os reais terroristas.

    Contudo, eu, particulamente, não consigo mais crer nos EUA.

    É aquela história do mentirosos, que de tanto mentir, um dia ninguém mais acreditou nele.

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    Um abraço amigo e desculpe os erros.

  8. Edu Nicácio

    “Petróleo e armamentos: essa é a base da economia dos EUA.”

    Errado!
    É por meio desses que os EUA sem mantem no poder.
    O que os EUA tem é uma industria completa. De armas a facas. É isso que eles tem e é isso que eles tem que proteger.
    Usando varios instrumentos de manipulação poltica/economica que acarreta na área industrial

    Resultado. “matando” a concorrencia.

  9. Senhor +_-

    Se me permitir, incluo no seu comentário a atual desqualificação que eles fazem da engenharia reversa e estratégia de assimilação por cópia, que tantos países atualmente desenvolvidos praticaram em algum momento para alacançar estágios mais elevados de sofisticação em menos tempo.

  10. Israel apenas se defende à altura, proporcionalmente às açoes terroristas. Se se defender é fomentar o terrorismo. Fomenta o terrorismo quem fornece armas e dinheiro aos terroristas para querer manter influencia na regiao.

  11. “UM ESPIÃO ABALA AS RELAÇÕES EUA-INDIA”

    Sobre esta questão do envolvimento dos serviços secretos estadunidenses com o terrorismo, existem evidencia deste envolvimento no atentado em Mumbai, em Novembro de 2008, no qual morreram 166 pessoas.

    Abaixo texto de MK Bhadrakumar sobre o assunto:
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    “Um espião abala as relações EUA – Índia”
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    M K Bhadrakumar*

    07.Abr.10
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    A notícia de que o Gabinete Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos chegou a um acordo de cooperação com David Coleman Headley, que desempenhou um papel importante no planeamento do ataque terrorista em Mumbai em Novembro de 2008 em que morreram 166 pessoas, provocou grande revolta na Índia.

    O acordo permite que o governo dos EUA se abstenha de apresentar formalmente quaisquer provas contra Headley num julgamento que poderia vir a evidenciar pormenores das suas ligações com os serviços secretos norte-americanos ou levar a acusação a fazer um contra-interrogatório a Headley.

    As famílias das 166 vítimas também não poderão ser representadas por um advogado para interrogar Headley durante o seu julgamento que vai começar em Chicago. Assim, as ligações de Headley aos serviços secretos americanos vão-se manter informações confidenciais e os cidadãos paquistaneses envolvidos nos ataques de Mumbai vão ficar sem qualquer punição. Além disso, o FBI não vai permitir a extradição de Headley para a Índia e vai restringir o seu acesso a fim de que as agências indianas não o possam interrogar sobre as suas ligações com os serviços secretos norte-americanos e paquistaneses.

    Em troca de se considerar como culpado pelas acusações contra ele, Headley receberá uma punição mais leve do que a sentença de morte que seria a mais provável.

    A detenção de Headley em Chicago no passado mês de Outubro pareceu inicialmente constituir uma via rápida para lançar luz sobre as operações e actividades na Índia do Lashkar-e-Taiba (LeT), a organização terrorista com base no Paquistão. Mas, em vez disso, os esforços frenéticos da administração Obama para encobrir os pormenores do processo chegaram à sua conclusão lógica.

    O acordo de cooperação levanta questões explosivas. O LeT começou a planear o ataque a Mumbai por volta de Setembro de 2006. Segundo o acordo de cooperação, Headley fez cinco visitas à Índia em missões de reconhecimento entre 2006 e o ataque de Novembro de 2008, voltando sempre aos EUA via Paquistão onde se encontrou “com diversos co-conspiradores, incluindo membros do LeT, mas não só”.

    O acordo de cooperação refere-se aos cúmplices paquistaneses de Headley apenas por A, B, C e D. Mas quem são eles? Nunca viremos a saber.

    As estreitas ligações do LeT com os serviços secretos do Paquistão (ISI) são inúmeras e é inconcebível que uma operação daquela dimensão – com enormes ramificações internacionais e potencial para desencadear a guerra com a Índia – pudesse ter sido empreendida sem o conhecimento do ISI, chefiado desde Outubro de 2004 até Outubro de 2007 pelo general Ashfaq Parvez Kiani, actual chefe do exército

    O acordo de cooperação declara friamente que, depois da quinta visita de Headley à Índia, “o membro A do Lashkar [LeT] informou o réu [Headley] sobre uma série de pormenores relativos aos ataques planeados, incluindo que havia uma equipa de operacionais a ser treinados numa série de tácticas de combate, que essa equipa se deslocaria a Mumbai por via marítima e usaria o local de desembarque recomendado pelo réu, que a equipa iria combater até à morte e não tentaria fugir após os ataques”.

    Mas, se bem que a parte operacional do acordo de cooperação exclua a extradição de Headley para a Índia, não evidencia que Headley tenha dado qualquer garantia formal ao FBI para se sujeitar a ser interrogado pelos indianos. Apenas concordou em prestar declarações em qualquer processo judicial estrangeiro que seja realizado em território norte-americano.

    Na sua essência, os americanos estão a dizer que vão transmitir aos indianos o que Headley disser e que não há necessidade de o interrogar cara a cara. Isto é diametralmente oposto à posição dos EUA no julgamento Lockerbie depois de um avião da Pan Am se ter despenhado na cidade escocesa de Lockerbie em 1988, na sequência da explosão de uma bomba. Morreram ao todo 270 pessoas. O líbio Abdelbaset Ali Mohmed al-Megrahi foi condenado por envolvimento na explosão bombista.

    O acordo de cooperação confirma ainda que Headley tinha cadastro criminal nos EUA desde 1989 como conspirador na importação de heroína e passou um total de seis anos na prisão em consequência de quatro condenações. Posteriormente foi recrutado como agente pelas autoridades americanas de combate à droga que, após os ataques de 11/Set nos EUA, ficaram estreitamente ligadas à Central Intelligence Agency (CIA).

    O que é que a CIA sabia?

    O acordo de cooperação especifica que, embora trabalhando como agente americano, Headley frequentou pelo menos cinco “cursos de treino” dirigidos pelo LeT no Paquistão, incluindo sessões sobre o uso de armas e granadas, tácticas de combate corpo a corpo e técnicas de contra-vigilância, de Fevereiro de 2002 a Dezembro de 2003.

    Os cursos de formação de Abril e de Dezembro de 2003 tiveram a duração de três meses cada e foram tão próximos dos ataques de 11/Set que dificilmente se acredita que a CIA não estivesse preocupada em saber o que é que o seu agente andava a fazer nos campos de treino do LeT.

    Neste momento, o cerne da questão é apurar o que é que a CIA sabia antecipadamente acerca do ataque terrorista de Mumbai e se a administração Obama informou Delhi de todas as “informações pertinentes”.

    Um editor indiano veterano escreveu no domingo passado, “Headley… foi condenado por acusações de drogas e mandado para a prisão nos EUA. Também sabemos que ele foi subsequentemente libertado e entregue à Administração de Combate à Droga, que disse que queria enviá-lo para o Paquistão como agente secreto. Tudo isto faz parte do conhecimento público. Mas que aconteceu entre a altura em que os EUA enviaram Headley para o Paquistão e a sua detenção no aeroporto de Chicago alguns meses depois? Como é que um agente americano passa a ser um terrorista? Os EUA nunca vão revelá-lo”.

    No entanto, a cooperação na luta contra o terrorismo está inserida no principal círculo da cooperação estratégica EUA-Índia. Os ataques de Mumbai motivaram uma cooperação contra-terrorista sem precedentes entre a Índia e os EUA – “derrubando muros e obstáculos burocráticos entre os serviços secretos e agências de investigação dos dois países”, conforme sublinhou uma conhecida especialista americana de segurança, Lisa Curtis, num depoimento ao Congresso americano em 11 de Março, relativo aos ataques de Mumbai e a Headley.

    Citando Curtis, “O mais inquietante no processo de Headley é o que ele revelou sobre a proximidade entre as forças militares paquistaneses e o LeT”.

    Curtis pôs o dedo na ferida quanto à política deliberada do governo dos EUA em encarar o LeT através do prisma das ligações adversárias Índia-Paquistão. Isto, apesar de todos os indícios do significativo papel do LeT desde 2006 como cúmplice das operações dos talibãs no Afeganistão, fornecendo uma permanente corrente de combatentes – recrutando, treinando e infiltrando rebeldes através da fronteira das áreas tribais paquistanesas.

    A política dos EUA é de uma lógica impecável. Dá prioridade em garantir a cooperação de Islamabad naquilo que afecta directamente os interesses americanos em vez de pôr em perigo as boas graças paquistanesas através do apoio de Washington aos indianos.

    Esta chicana política está no cerne do esclarecimento do drama Headley. O que aparece à superfície, mesmo que se queira dar o benefício da dúvida à CIA, é que Headley era seu agente mas que possivelmente se envolveu com organizações terroristas com base no Paquistão e passou a ser um agente duplo.

    Sem dúvida, a administração dos EUA está a ter um comportamento muito estranho. Deve ter alguma coisa muito explosiva a esconder dos indianos e o que é que há-de fazer senão colocar Headley sob custódia segura e não se arriscar a denunciá-lo aos serviços de informações indianos?

    A especulação que vai ganhando crédito em Delhi é que Washington teve conhecimento antecipado do ataque de Mumbai e optou deliberadamente por não transmitir pormenores a Delhi.

    Com efeito, Washington teve conhecimento das repetidas missões de Headley na Índia a partir de 2006 mas não transmitiu essas informações aos indianos. Na verdade, Headley chegou mesmo a visitar Mumbai uma vez depois de a cidade ter sido atacada.

    Nitidamente, a administração Obama ficou com medo de que Headley pudesse abrir a boca se os indianos o apanhassem e o rasto pudesse levar às suas ligações com a CIA, o LeT e os militares paquistaneses. E em que situação iriam ficar os EUA?

    Obviamente, Obama não está em posição de “pressionar” a chefia militar paquistanesa. A obsessão dos EUA é acabar de qualquer maneira com a guerra no Afeganistão antes da campanha eleitoral presidencial que começa em 2012. Torna-se evidente até que ponto os EUA estão em dívida actualmente para com os militares paquistaneses a partir da recente reviravolta de um auto-denominado “agnóstico” como é o representante especial do AfPak, Richard Holbrooke, sobre o comprometimento dos lideres militares paquistaneses na luta contra o terrorismo.

    Uma política externa em farrapos

    Mas, apesar de tudo, parece que os americanos confiam na sua capacidade de manipular a elite indiana. Robert Blake, secretário de estado adjunto dos EUA para o sul da Ásia, que foi vice-chefe da Embaixada americana, visitou Delhi na semana passada num exercício de controlo de danos. Acamaradou com o sector corporativo indiano, que é extremamente influente na classe política.

    No entanto, será que a estratégia de investir no lobby pró-EUA em Delhi vai aliviar a tensão na “parceria” EUA-Índia? O ataque terrorista de Mumbai deixou profunda cicatrizes na psique pública indiana. Pela primeira vez nos últimos anos o público indiano cerrou fileiras com a opinião predominante no Paquistão que vê os EUA como uma potência diabólica, egocêntrica, que atraiçoa os seus parceiros, amigos e aliados na prossecução obcecada dos seus interesses.

    Esta percepção tem consequências para o governo democraticamente eleito em Delhi. A grande questão é se o partido governante na Índia pode continuar a permitir-se ser visto a partilhar o forte entusiasmo do primeiro-ministro indiano Manmohan Singh por uma política externa centrada nos EUA.

    Foi um sopro devastador para o prestígio pessoal de Manmohan o facto de o acordo de cooperação do FBI ter acontecido na semana que ele tinha reservado para apresentar no parlamento legislação que facilitaria a entrada de companhias americanas no mercado indiano do comércio nuclear.

    Esperava-se que a visita de Manmohan a Washington, para assistir a uma cimeira nuclear apresentada por Obama a 12 de Abril, constituísse um estímulo às relações EUA-Índia, mas Headley ensombra o ambiente que rodeia essa visita.

    O caso Headley denuncia as falácias subjacentes à política externa da Índia desde que Manmohan tomou posse do cargo de primeiro-ministro em 2004 – de que a “parceria estratégica” com os EUA podia ser importante porque os contactos com o Paquistão seriam mais bem conduzidos sob os olhos dos EUA e os interesses de Delhi, enquanto potência emergente, se baseiam na harmonização com as políticas regionais dos EUA.

    Agora tornou-se quase inevitável repensar a política externa. Delhi desenrolou recentemente a passadeira vermelha para o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin. Delhi pode vir a aproximar-se fortemente de Teerão, apesar da manifesta indiferença de Manmohan para com as relações Índia-Irão. O primeiro-ministro vai achar agora ainda mais difícil “tornar operacional” o acordo nuclear Índia-EUA de 2008, devido à incapacidade de legislar uma lei de comprometimento que a indústria nuclear americana pretende como pré-requisito para fazer negócios na Índia.

    Não se sabe bem até que ponto as expectativas dos EUA de monopolizar uma grande fatia do mercado de armamento da Índia se irão concretizar, qualquer que seja o golpe dos fabricantes de armas norte-americanos com a comunidade militar indiana. Em Delhi, os olhos estão todos postos no diálogo estratégico EUA-Paquistão em Washington na quarta-feira em que se espera que Kiani estabeleça uma parceria estratégica de longo prazo entre os dois países que reconheça devidamente o papel de pivot do Paquistão na política americana.

    Quase de certeza que Delhi vai agora pôr o pé no acelerador para resistir ao planeado jogo EUA-Paquistão para aliciar os talibãs e reintegrá-los nas estruturas de poder afegãs. A saga Headley sublinha que o eixo EUA-Paquistão no Afeganistão tem um potencial letal para os interesses da segurança nacional da Índia.

    * O embaixador M K Bhadrakumar foi diplomata de carreira nos Serviços Estrangeiros da Índia e é hoje analista político em Ásia Times.

    Este texto foi publicado em http://www.atimes.com/atimes/Front_Page.html

    Tradução de Margarida Ferreira

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