Suposto desarmamento é nova corrida armamentista

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Sugestão: Gérsio Mutti

Lançado Ataque Mundial Direto com armas convencionais já modernizadas

Varsóvia – Após as bem ensaiadas produções do governo norte-americano, com epicentro o “sonho do presidente Barack Obama para o desarmamento”, produções montadas por ocasião e para sustentar a nova doutrina nuclear dos EUA – o novo acordo Start – com a Rússia para redução dos arsenais nucleares dos dois países e a conferência para a questão nuclear, brota a essência: o plano Ataque Mundial Direto.

Este é o plano, sobre o qual o presidente Obama deverá decidir nos próximos anos e diz respeito a uma nova e extremamente desenvolvida geração de armas convencionais que será absoluta e rigorosamente capaz de atingir alvos em qualquer lugar do planeta em menos de uma hora e, eventualmente, reduzirá em muito a dependência dos EUA ao seu arsenal nuclear, segundo relatam os principais jornais norte-americanos.

Esta nova geração de armas convencionais que compõe o vetor denominado Ataque Mundial Direto (Prompt Global Strike) destaca-se por sua precisão exata e poder de destruição indiscutível. Será lançada por mísseis que poderão atingir alvos em todo o planeta em menos de uma hora, como o míssil supersônico K-X-51, que poderá ser lançado por um superbombardeiro B-52.

Eis o que foi divulgado sobre os alvos das novas armas. “Poderão atingir o Osama bin Laden dentro de uma caverna, neutralizar um míssil norte-coreano, ou atingir e destruir instalações nucleares iranianas sem serem, na realidade, armas nucleares”. Como se vê, os exemplos específicos citados não são escolhidos por acaso. Mostram também os novos pretextos que serão utilizados.

De acordo com especifico planejamento, trata-se de ogivas de peso elevado que avançam com velocidade contra seus alvos na terra ou contra mísseis balísticos em pleno vôo, enquanto a primeira versão do sistema deverá ser testada em 2014 ou 2015. Pelo menos, em seu estágio inicial, o novo programa será baseado na base aérea de Vanderberg, em Lobok, na Califórnia, onde está sediado o programa espacial militar dos EUA.

Destaca-se que a idéia inicial para o plano Ataque Mundial Direto havia sido proposta pelo governo anterior de Bush Jr, mas, os planos não avançaram. Mas o secretário da Defesa dos EUA do governo de Bush Jr, e do atual governo de Obama e ex-arqui-araponga da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA, Robert Gates, tirou da gaveta o plano e o apresentou a Obama que, por sua vez, o aprovou imediatamente, buscando dar ênfase em armas não nucleares que garantirão a capacidade de dissuasão dos EUA até sob as mais negativas circunstâncias.

O plano provoca procupações e é característico que no novo acordo Start, após a exigência do presidente da Rússia, Dmitri Medevedev, existe a previsão de que os EUA deverão retirar uma arma nuclear por cada arma convencional que entrar em operação. É óbvio que uma nova época de antagonismo endoimperialista está sendo planejada, o que significará gigantescos gastos militares, lucros para as indústrias fabricantes de armas e novas ameaças contra os povos do mundo inteiro.

Alex Corsini

Sucursal da União Européia.

Fonte: Monitor Mercantil

6 Comentários

  1. Q nossas “ortoridades” compreedam q isso é um meio p fragilizar países como o nosso. temos de tomar medidas contra isso, reequipando nossas FAs em tempo hábil,na paz,pios estamos ainda na guerra fria…logo,logo na quente.P ontem.

  2. O continuo desenvolvimento dos mísseis, aumentam cada vez mais sua capacidade de interceptação, ataque e destruição, mesmo utlizando armamento não nuclear, este novos mísseis
    do Prompt Global Strike possuem uma capacidade de destruição semelhante a de uma pequena bomba nuclear.

    Em vista deste continuo desenvolvimento da capacidade bélica dos mísseis , está mais que na hora de o Brasi denunciar o tratado(que nunca deveria ter assinado) que limita os misseis acima dos 300 km e carga superior a 500kg, o Missile Technology Control Regime(MTCR) em 1995, assinado no 1º mandato do desgoverno FHC.

    O Lula poderia aproveitar que está em fim de governo e lá por Novembro, Dezembro…, denunciar este tratado!

    Mais do que nunca, com estas novas possibilidades de entregar destruição com precisão, sem necessidade de recorrer ao armamento nuclear, o Brasil precisa desenvolver mísseis com esta capacidade, como arma dissuasiva…

  3. Corrigindo:

    “…assinado em 1995, no 1º mandato do desgoverno FHC.”
    _____________________

    Abaixo, um texto que apesar de escrito em 2004, permanece um texto atual sobre o assunto.
    ———————————–

    Artigo na Science integra campanha de ‘apartheid tecnolóico’ contra Brasil

    28 October, 2004

    O agressivo artigo de Liz Palmer e Gary Milhollin (“O enigma nuclear do Brasil”) publicado na revista Science de 22 de outubro, que acusa o Brasil de estar ocultando a intenção de produzir ogivas nucleares com o urânio enriquecido nas instalações das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende (RJ), não é um mero texto de acadêmicos desinformados. Na verdade, trata-se de mais uma peça da campanha de “apartheid tecnológico” que o Establishment oligárquico dos EUA tem se empenhado em impor ao País e ao Hemisfério Ocidental, como elemento fundamental da sua estratégia hegemônica. A ofensiva, iniciada no final da década de 1980, tem como alvos preferenciais os programas de desenvolvimento da energia nuclear e de atividades aeroespaciais, especialmente os projetos de mísseis avançados, que os estrategistas de Washington vêem como ameaças à sua supremacia tecnológica e militar.

    Gary Milhollin, fundador e diretor do chamado Projeto Wisconsin de Controle de Armas Nucleares (www.wisconsinproject.org), é um veterano agente desse esquema, sendo responsável por levar ao público em geral as diretrizes dos círculos hegemônicos, sob o maldisfarçado rótulo da “não-proliferação de Armas de Destruição em Massa”, por meio de artigos na imprensa e conferências, que costumam receber grande divulgação, como ocorreu agora. Entre as suas façanhas, destacam-se participações fundamentais nas seguintes operações:

    * O desmantelamento do projeto do míssil Cóndor II, que estava sendo desenvolvido em conjunto pela Argentina, Egito e Iraque. Em Buenos Aires, a operação foi supervisionada pelo oficial do Departamento de Assuntos Latino-Americanos da CIA Frank Holder, atual diretor mundial de investigações da empresa Kroll Associates (que defendeu na imprensa brasileira a lisura dos métodos da empresa no recente caso Opportunity-Brasil Telecom).

    * A virulenta campanha de difamação do brigadeiro Hugo de Oliveira Piva e sua equipe de especialistas em mísseis, que estavam desenvolvendo um míssil ar-ar para o Governo do Iraque, antes da Guerra do Golfo de 1990-91. Em um artigo no New York Times de 29 de julho de 1990, antes mesmo da invasão do Kuwait pelo Iraque, Milhollin qualificava Piva e sua equipe como “mercenários high-tech” e afirmava que a pretendida venda de um supercomputador IBM à Embraer ajudaria os esforços brasileiros para construir artefatos nucleares.

    * A campanha contra os projetos de mísseis balísticos e foguetes lançadores de satélites brasileiros, que resultou no cancelamento de quase todos eles e na adesão do País ao Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (RCTM), no Governo Fernando Henrique. Entre os “sucessos” da campanha, inclui-se o cancelamento do acordo com um consórcio europeu para transferir ao Brasil a tecnologia do motor Viking de combustível líquido, por pressões de Washington.

    * Após a Guerra de 1990-91, foi um dos principais integrantes da campanha de propaganda sobre as supostas Armas de Destruição em Massa do Iraque. Posteriormente, a campanha voltou-se contra o Irã, China, Coréia do Norte e Paquistão.

    No “Relatório de Risco” sobre o Brasil, divulgado em abril de 1995, Milhollin se jacta do êxito da campanha contra o País: “Os sonhos de mísseis de Hugo Piva foram rudemente interrompitos pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que cortou as verbas para o desenvolvimento de mísseis… De fato, o Brasil foi forçado a fazer uma escolha. O grande foguete lançador que está desenvolvendo, o VLS, não será capaz de competir com lançadores de satélites estadunidenses, russos, chineses ou europeus, a menos que seja aperfeiçoado. Mas ele não poderá ser aperfeiçoado sem importações. E o Brasil não pode obter material importado sem desistir do seu programa de mísseis… Então, a decisão de Cardoso de desistir dos mísseis brasileiros foi uma vitória para o controle de exportações.”

    No “Relatório” de março-abril de 2004, ele comenta: “A tentativa do Brasil de desenvolver um programa nacional de lançamentos espaciais continua a experimentar reveses. A terceira tentativa de lançar o primeiro grande foguete espacial brasileiro fracassou em agosto de 2003… O Brasil é membro do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis e, pouco antes de aderir a ele, o então presidente Fernando Henrique Cardoso declarou que o Brasil não pretende produzir, importar ou exportar mísseis balísticos de longo alcance… Não obstante, uma operação de lançamento bem-sucedida poderá adiantar o dia em que o VLS brasileiro possa ser convertido num míssil balístico com alcance intercontinental.”

    Tais diatribes são auto-explicativas.

    Milhollin, que é professor de direito na Universidade de Wisconsin, é estreitamente vinculado ao aparato “neoconservador” baseado no American Enterprise Institute, formulador do Projeto para um Novo Século Americano, que domina o Governo George W. Bush. Além disso, é assíduo depoente das comissões especializadas do Congresso sobre temas de “não-proliferação”. Entre os financiadores do seu Projeto Wisconsin, encontra-se a rede de fundações ligada aos “neoconservadores”, como a Fundação Smith Richardson e outras.

    Fonte:

    http://www.msia.org.br/ibero-am-rica-iberoam-rica/brasil/47.html

  4. Wi:

    Sempre de alto conteudo informativo os teus posts !

    O mais incrível de tudo é ver brasileiro defendendo Yankees e direita entreguista no Brasil, certamente a ingnorância ou má-fé destes elementos supera as mais remotas expectativas do nosso país conseguir ser um dia uma potência, estes elemnetos desejam a venda total do nosso país ao interesse estrangeiro, pouco se importano com o destino de milhões de brasileiros se sentirão as consequências destes atos anti patrióticos, defendidos por ests párias “nacionais”…. Traição é pouco pre estes defensores dos estrangeiros e seus “modelos de vida” para o nosso país!!

    Mas mesmo com todas as evidências dos fatos estes elementos ainda não admitem que os Yankees querem somente nos escravizar, controlar, manipular e ainda matar se decidimos não aceitar imposições e sermos independentes!

    Mas para os párias isso tudo é somente intrigas comunistas… e tentam sempre desviar a atenção ao FATO E PROVAS das coisas que realmente estão acontecendo, aos fatos que os Yankees estão mesmo é realizando a global domination sem nenhum pudor, e que estes senhores estão traindo o Brasil, pois estão trazendo e ainda defendendo esta dominação estrangeira em nossa pátria, se lixando das consequências de longo términe, em uma cegeira completa e absoluta, ou má-fé como dito antes, defendendo TODOS os pontos de vista de uma nação estrangeira em detrimento do ineresse nacional, independente de partidos políticos, mas lembrando que os partidos só governão atualmente no Brasil por decisão do povo brasileiro, então em uma democracia o respeito ao governo de turno deve ser absoluto, e quem malha a autoridade do governo eleito pelo povo dizendo defender a democracia é um mentiroso, pois a democraia real existe aqui no Brasil!!

    Restando o fato que foi um governo eleito pelo povo que entregou o “leite” da independência da defesa nacional aos interesses Yankees, descisão esta que somente reduziu o número de empregados brasileiros , empresas nacionais de alta tecnologia, influência do Brasil na região, e difamação a cidadãos patriótas como o senhor brigadeiro Hugo de Oliveira Piva, tudo isso feito por um LEGITÍMO representante do povo, e seus seguidores apátrias.

    Então devemos ter cuidado com as eleições, e lembrar sempre dos precedentes históricos dos partidos no Brasil, no exterior pouco importa, pois é do Brasil que nós importa.

    Lembren-se sempre deste precedente do partido do ex-presidente entreguista quando for decidir em quem votar, e existem muitos outros precedentes ainda para este partido de covardes entreguistas e traídores do interesse nacional !!!!!!!!!!

    Eu começei falando de uma coisa e acabei falando em outra… mas não é verdade isso, pois as duas coisas estõ relacionadas !!

    Valeu !!

  5. Francoorp, falou tudo !

    existem os mal intencionados, os traidores profissionais, que se vendem por “trinta moedas” e existem os lobotomizados (os inocentes úteis) pela invasão cultural e constante bombardeio midiático, ainda são muitos, más com o advento da internet e a perda de influencia dos jornalões e Organizaçãoes Globo, estão diminuindo e perdendo poder e influencia.

    Já o “Partido Sabotador Do Brasil”( em sua cúpula dirigente…) junto com a velha grande mídia, são meros instrumentos de poder implantados pelos Yankes no Brasil, para trabalharem por seus interesses.

  6. Os EUA não precisam entrar em guerra conosco: eles controlam nossa elite há tempos.

    O que deveríamos fazer, de mais urgente, enumero abaixo:

    1º – Denunciar o TNP, pois nunca atingiu seus objetivos;
    2º – Denunciar o Tratado de Mísseis, pois temos que dominar o projeto, construção e a produção em massa de mísseis de cruzeiro a serem usados em nossas futuras escoltas e submarinos nucleares (qualquer coisa entre 600 e 1000 km está de bom tamanho para o começo);
    3º – Garantir, constitucionalmente, um orçamento mínimo pra reequipamento das nossas forças armadas, como é feito no Chile. Devíamos garantir no mínimo 2,5% do PIB ao ano só para compras de armamentos e manutenção;
    4º – Precisamos definir um percentual do PIB em torno de 1,5% para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias (preferencialmente duais), em parceria entre a iniciativa privada e nossas universidades;

    Mas, antes de tudo, precisamos garantir que o brasileiro desenvolva ideais patrióticos, rechasse a corrupção, desenvolva senso crítico e lógico, e comece a cobrar dos políticos eleitos por trabalhos e investimentos em prol do nosso país… Sem investimentos pesados em educação de base, estaremos criando a maior bolha de nossa história, uma bolha de analfabetos funcionais que farão com que o país, em algum ponto no futuro, não consiga entregar produtos e serviços com alto valor agregado e deixe de ser atrativo para investimentos públicos ou privados…

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