‘Neste momento eu sou a oferta e a aceitação’

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‘Neste momento eu sou a oferta e a aceitação’

Por Cel Eng R/1 Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 31 de Março de 2010

Tudo quanto o Presidente Médici fez nesse fecundo período do seu mandato leva a marca de sua fidelidade ao movimento revolucionário, que abriu para este País perspectivas regeneradoras que nenhum espírito de boa-fé ousaria denegar. Para isso, o General Médici, cujas inclinações democráticas se atestam em palavras e atos, e vêm de sua afinidade com a alma do povo brasileiro, coloca na primeira linha das suas preocupações criar, pela estabilidade econômica, pela justiça social, pela eliminação das contestações ilegais e pela repressão aos delinqüentes da moral administrativa, a segura atmosfera de ordem e de progresso que dará à democracia brasileira a solidez de que tanto tem carecido.
(O
Jornal – 01/11/1970)

– Márcio Moreira Alves e a ‘Ditabranda’

Márcio Moreira Alves, jornalista e político brasileiro, nasceu, em 14 de julho de 1936, no Rio de Janeiro. O ex-deputado é lembrado como o agente catalisador do AI-5. Discursando no Congresso Nacional, em setembro de 1968, propôs um boicote às paradas militares de celebração à Semana da Pátria e solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército. No seu livro ‘O Despertar da Revolução Brasileira’, se referiu ao período 1964-68, do governo do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, antes do AI-5, como ‘ditabranda’. Para ele foi um alívio ver a saída de Jango do governo, pois ‘Achava-o oportunista, instável, politicamente desonesto (…) Aparecia bêbado em público, deixava-se manobrar por cupinchas corruptos (…) e tinha uma grande tendência gaúcha para putas e farras’.

– O Polemico Editorial da Folha de São Paulo

“(…) Mas, se as chamadas ‘ditabrandas’ – caso do Brasil entre 1964 e 1985 – partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça -, o novo autoritarismo latino-americano, inaugurado por Alberto Fujimori no Peru, faz o caminho inverso. O líder eleito mina as instituições e os controles democráticos por dentro, paulatinamente”. (Folha de S. Paulo – 17 de fevereiro de 2009)

Nota da Redação – A Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua ‘indignação’ é obviamente cínica e mentirosa.

O patrulhamento ideológico que se faz contra um periódico que externa seu pensamento mostra que estamos, agora sim, vivendo uma ‘ditabranda’. A democracia e a liberdade de imprensa só são lembradas, pelos ‘petrarcas’, quando defendem os seus direitos e suas posições políticas. Não permitem, jamais, que se estabeleça o contraditório. Parabéns à Folha por tentar mostrar que nem todos os meios de comunicação estão à soldo do ‘governo companheiro.

Emílio Garrastazu Médici

Médici nasceu na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul, no dia 04 de dezembro de 1905. Ingressou, em 1918, no Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), onde permaneceu até 1922 e, em abril de 1924, matriculou-se na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, sendo declarado aspirante a oficial da arma de cavalaria em janeiro de 1927. Em 1957, como coronel, foi Chefe do Estado Maior da 3° Região Militar, com sede em Porto Alegre, comandada pelo general Arthur da Costa e Silva. Promovido a general de brigada, em 1961, foi nomeado comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), no Rio de Janeiro e, em 1964, ainda como comandante da AMAN, apoiou a Revolução de 1964.

Foi delegado brasileiro na Junta internacional de Defesa Brasil-Estados Unidos, em Washington. Em 1967, sucedeu a Golbery do Couto e Silva, assumindo a chefia do Serviço Nacional de Informações (SNI) e, em 1969, o comando do III Exército, atual Comando Militar do Sul (CMS), no Rio Grande do Sul. Após a morte de Costa e Silva foi eleito presidente, pelo Congresso Nacional, em 25 de outubro de 1969, com 239 votos a favor e 76 abstenções.

– Discurso de posse (30/10/1969).

Homens de meu País!

Neste momento eu sou a oferta e a aceitação.

Não sou promessa. Quero ser verdade e confiança, ser a coragem, a humildade, a união. A oferta de meu compromisso ao povo, perante o Congresso de seus representantes, quero-a um ato de reverdecimento democrático. A aceitação da faixa presidencial. Faço-a um auto de justiça e a confissão de minhas crenças.

Faço a justiça de proclamar o equilíbrio e a serena energia, o patriotismo e a grandeza com que se houveram os três Ministros Militares no exercício temporário da Presidência da República, que a mim transmitem, no símbolo dessa faixa, pelas mãos honradas de Sua Excelência, o Almirante Augusto Hamann Rademaker Grünewald.

Faço a justiça de dizer, já agora ouvindo a Nação, à cuja frente o destino me trouxe, faço a justiça de assinalar a total dedicação do grande Presidente Costa e Silva à causa pública, o empenho tanto, que se fez imolação da própria voz.

Venho como sempre fui. Venho do campo, da fronteira, da família; venho do povo, da caserna; venho de minha terra e de meu tempo.

Venho do minuano. ‘Esse vento faz pensar no campo, meus amigos, este vento vem de longe, vem do pampa e do céu’.

Valho-me, ainda uma vez, do poeta augusto do meu Sul, para ver, no vento, o homem do campo de todo o Brasil – o homem que ninguém vê, sem face e sem história – aquela humildade mansa, que a vida vai levando na quietação do caminho abraçando a coxilha.

– Homem do Campo

Homem do campo, creio no homem e no campo. E creio em que o dever desta hora é a integração do homem do interior ao processo de desenvolvimento nacional. E, porque assim o creio, é que tudo darei de mim para fazer a revolução no campo, revolução na agricultura, no abastecimento, na alimentação. E sinto que isso não se faz somente dando terra a quem não tem, e quer, e pode ter. Mas se faz levando ao campo a escola ao campo adequada; ali plantando a assistência médica e a previdência rural, a mecanização, o crédito e a semente, o fertilizante e o corretivo, a pesquisa genética e a perspectiva de comercialização. E tenho a diversificação e o aumento da produção agrícola, a ampliação das áreas cultivadas e a elevação da renda rural como essenciais à expansão de nosso mercado interno, sem o qual jamais chegaremos a ter uma poupança nossa, que nos torne menos dependentes e acione, com o nosso esforço, aliado à ajuda externa, um grande projeto nacional de desenvolvimento.

– Homem da Fronteira

Homem da fronteira, creio em um mundo sem fronteiras entre os homens.

Sinto por dentro aquele patriotismo aceso dos fronteiriços, que estende pontes aos vizinhos, mas não aceita injúrias nem desdéns, e não se dobra na afirmação do interesse nacional.

Creio em um mundo sem fronteiras entre países e homens ricos e pobres. E sinto que podemos ter o mundo sem fronteiras ideológicas, onde cada povo respeite a forma dos outros povos viverem. Creio em um mundo sem fronteiras tecnológicas, onde o avanço científico fique na mão de todo homem, na mão de toda nação, abrindo-se à humanidade a opção de uma sociedade aberta.

Homem da fronteira, conheço o peso específico de nosso País e hei de faze-lo valer em favor do nosso povo. Fronteiriço, não sei, não vejo, não sinto, não aceito, outra posição do Brasil no mundo que não seja a posição da altivez. E sinto que esta nossa América, já na idade da razão, realizado o esforço concentrado e pertinaz de formulação de suas posições, há de receber, em breve, a solidariedade da outra América.

E creio que se pode tornar mais intenso o surto de comercialização de nossos produtos e buscar o comprador na extensão toda do mapa do mundo. E creio na contribuição de nossa gente, para o entendimento, o respeito e a paz entre os povos.

– Homem de Família

Homem de família, creio no diálogo entre as gerações e as classes, creio na participação. Creio que a grandeza do Brasil depende muito mais da família que do Estado, pois a consciência nacional é feita da alma de educador que existe em cada lar. E, porque assim o creio, é que buscarei fortalecer as estruturas de governos municipais e sub-regionais, provendo as comunidades do interior do saneamento básico indispensável à proteção da unidade familiar, pedra angular da sociedade.

– Homem do Povo

Homem do povo, creio no homem e no povo, como nossa potencialidade maior, e sinto que o desenvolvimento é uma atitude coletiva, que requer mobilização total da opinião pública. E, porque assim o creio, e porque o sinto amadurecido para a tarefa global, é que buscarei ouvi-lo sempre.

Homem do povo, olho e vejo o trabalhador de todas as categorias e sinto que, normalizada a convivência entre empregados e patrões, e consolidada a unificação da previdência social, nosso esforço deve ser feito na formação e no aperfeiçoamento de mão-de-obra especializada e no sentido da formulação de uma política salarial duradoura, que assegure o real aumento do salário e não o reajustamento enganador.

Homem do povo, conheço a sua vocação de liberdade, creio no poder fecundante da liberdade.

– Homem da Caserna

Homem da caserna, creio nas virtudes da disciplina, da ordem, da unidade de comando. E creio nas messes do planejamento sistematizado, na convergência de ações, no estabelecimento das prioridades. E, porque assim o creio, é que tudo farei por coordenar, integrar, totalizar nossos esforços – tantas vezes supérfluos, redundantes, contraditórios, dispersivos – em uma tarefa global, regida por um grande plano diretor.

Homem da caserna, creio nos milagres da vontade. E, porque o creio, convoco a vontade coletiva, a participação de todos os que acreditam na compatibilidade da democracia com a luta pelo desenvolvimento, para que ninguém se tenha espectador e todos se sintam agentes do processo.

– Homem de Minha Terra

Homem de minha terra, creio nas potencialidades e na viabilidade econômica e social de meu País.

Creio no desenvolvimento como fenômeno global, interiorizado primeiro na alma de cada homem, para poder ganhar, então, a alma da terra toda.

Creio na função multiplicadora da empresa, e, porque assim o creio, buscarei fortalece-la – sobretudo a empresa nacional – encontrando formas e processos de baratear-lhe os custos de produção, para que se fortifique e mais produza. E me empenharei no sentido da utilização racional e efetiva do território brasileiro, na vivificação das estruturas municipais, na atenuação dos desequilíbrios regionais.

– Homem de Meu Tempo

Homem de meu tempo, tenho pressa. Sei que, no ano 63, antes da Revolução, nosso crescimento era nenhum e que a inflação se aproximava de cem por cento. Sei que hoje nosso crescimento oscila entre 6 e 7% e que a inflação decresce, já agora em nível de alguma estabilidade. Sei que nos últimos anos avançamos no fortalecimento das instituições econômicas, edificando, não só a estrutura, mas a mentalidade de planejamento, programação e orçamentação.

Homem de meu tempo, sei que essa metodologia e esse ritmo de crescimento, por si sós, já não nos bastam, que urge acelerar o processo; que ‘o minuano para enganar a miséria, geme e dança pela rua’; que penso nas vidas que virão; penso nas dores futuras; penso no século que vai nascer.

Homem de meu tempo, creio no surto industrial brasileiro, em bases estáveis, de vivência nossa, de nosso exclusivo interesse, buscando-se a evolução, o mais cedo que se possa, dos tempos de filial para os tempos de matriz.

Homem de meu tempo, creio na mocidade e sinto na alma a responsabilidade perante a História. E porque o sinto e o creio, é que darei de mim o que puder pela melhor formulação da política de ciência tecnologia, que acelere nossa escalada para os altos de uma sociedade tecnológica humanizada.

Homem de meu tempo, tenho fé em que possamos, no prazo médio de meu governo, preparar as bases de lançamento de nossa verdadeira posição nos anos 2000 e assegurar a nossa participação em programas nuclear e espacial, sempre que sirvam para a aceleração do desenvolvimento brasileiro.

– Homem da Revolução

Homem da Revolução, eu a tenho incontestável, e creio no ímpeto renovador e inovador de seus ideais. E, porque a tenho assim, é que a espero mais atuante e progressista. E. depois de aceito o desafio econômico, eis à nossa frente o desafio tecnológico.

Homem da Revolução, é meu propósito revolucionar a educação, a saúde, a agricultura, para libertar o nosso homem de seus tormentos maiores e integrar multidões ao mundo dos homens válidos.

E para isso, convoco a Universidade, chamo a Igreja, aceno à empresa, e brado ao povo para que me ajude a ajudar o homem a ajudar-se a si mesmo.

– Homem da Lei

Homem da lei e do regulamento, creio no primado do Direito. E, porque homem da lei, é que pretendo velar pela ordem jurídica. E, homem, de pés no chão, sinto que, nesta hora, a ordem jurídica se projeta em dois planos. Vejo o plano institucional, destinado a preservar as conquistas da Revolução, vejo o plano constitucional, que estrutura o Estado e assegura o funcionamento orgânico dos Poderes. Estou convencido de que é indispensável a coexistência dessas duas ordens jurídicas, expressamente reconhecida pela Constituição, fundada no imperativo da segurança nacional, e coerente enquanto for benéfica à defesa da democracia e à realização do bem comum.

Homem da lei, sinto que a plenitude do regime democrático é uma aspiração nacional. E, para isso, creio necessário consolidar e dignificar o sistema representativo, baseado na pluralidade dos partidos e na garantia dos direitos fundamentais do homem. Creio em que os partidos políticos valem como forças vivas que atuam sobre a vida nacional, quando a dinâmica das idéias prevalece sobre a pequenez dos interesses pessoais. E sinto que urge fortalecer o Partido da Revolução, para que ele seja, não só o sustentáculo deste governo, mas uma verdadeira escola de política nacional harmonizada com o pensamento revolucionário. E espero da Oposição que nos honre com o cumprimento de seu dever, apontando erros, aceitando acertos, indicando caminhos, fiscalizando e fazendo também a sua escola de democracia, dignidade e respeito mútuo.

Homem da lei, creio imperioso dotar o Brasil de novos códigos que reflitam os progressos da ciência jurídica, a atualização dos institutos e as inquietudes de um povo em desenvolvimento.

– Homem de Fé

E, homem de fé, creio nas bênçãos de Deus aos que não têm outros propósitos que não sejam os do trabalho da vida inteira, os da justiça e os da compreensão entre os homens.

E creio nos milagres que os homens fazem com as próprias mãos. E nos milagres da vontade coletiva. Creio na humanização da vida dos severinos do campo. E na solidariedade da família brasileira. Creio na alma generosa da mocidade. Creio na minha terra e no meu povo. Creio na sustentação que me haverão de dar os soldados como eu. Creio no apressamento do futuro.

E creio em que, passados os dias difíceis dos anos 60, amanhecerá, na década de 70, a nossa ora.

E creio na missão de humanidade, de bondade e de amor que Deus confiou à minha gente.

E, porque o creio, e porque o sinto, no arrepio de minha sensibilidade, é que, neste momento, sou oferta e aceitação.

– Posse

E aceito, neste símbolo do Governo da República, a carga imensa de angústias, de preocupações, e vigílias – a missão histórica que me foi dada. E a ela me dou, por inteiro, em verdade e confiança, em coragem, humildade e união. E a ela me dou, com a esperança acesa no coração, que o vento de minha terra e de minha infância, que nunca me mentiu no seu augúrio, está dizendo que Deus não me faltará, está me trazendo o cheiro de minha terra de minha gente. E, com a ajuda de Deus e dos homens, haverei e pôr na mão do povo tudo aquilo em que mais creio”.

Fonte:

ALVES, Márcio Moreira. O Despertar da Revolução Brasileira, Seara Nova, Lisboa, 1974.

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‘Ditabranda’ uma revolução à ‘Brasileira’

Por Cel Eng R/1 Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 31 de Março de 2010

“(…) a democracia brasileira deve afeiçoar-se às exigências de nossas condições sociais e não às exigências de sociedades alienígenas”. (Emílio Garrastazu Médici)

– Le Brésil n’est pas um pays sérieux

Frase atribuída ao presidente francês Charles André Joseph Pierre-Marie De Gaulle, por ocasião da crise diplomática entre Brasil e França em 1962. A apreensão de embarcações francesas que pescavam lagostas em águas territoriais brasileiras teria irritado Charles Gaulle levando-o a afirmar que ‘o Brasil não era um país’. Na realidade o autor da frase é o embaixador brasileiro na França, Carlos Alves de Souza Filho. O embaixador depois de discutir com De Gaulle a questão da ‘guerra da lagosta’, relatou ao jornalista Luiz Edgar de Andrade, na época correspondente do ‘Jornal do Brasil’ em Paris o encontro dizendo-lhe que falaram sobre o samba carnavalesco ‘A lagosta é nossa’ e das caricaturas que faziam do general De Gaulle, terminando a conversa com a seguinte frase: ‘Edgar, le Brésil n’est pas un pays sérieux’. O jornalista, por sua vez, encaminhou o despacho para o jornal e a frase acabou sendo outorgada a De Gaulle. Na época, a frase causou um profunda constrangimento aos brasileiros. Hoje, certamente, teríamos de nos calar e aceitá-la como verdadeira.

– 31 de Março – Com a palavra – a Mídia

Seria rematada loucura continuarem as forças democráticas desunidas e inoperantes, enquanto os inimigos do regime vão, paulatinamente, fazendo ruir tudo aquilo que os impede de atingir o poder. Como dissemos muitas vezes, a democracia não deve ser um regime suicida, que dê a seus adversários o direito de trucidá-la, para não incorrer no risco de ferir uma legalidade que seus adversários são os primeiros a desrespeitar”. (O Globo de 31 de março de 1964)

“(…) Além de que os lamentáveis acontecimentos foram o resultado de um plano executado com perfeição e dirigido por um grupo já identificado pela Nação Brasileira como interessado na subversão geral do País, com características nitidamente comunistas”. (Correio do Povo de 31 de março de 1964)

O Exército e os desmandos do Presidente.

Se a rebelião dos sargentos da Aeronáutica fora suficiente para anular praticamente a eficiência da Arma, a subversão da ordem na Marinha assumia as dimensões de um verdadeiro desastre nacional”. (Estado de São Paulo de 31 de março de 1964)

Aquilo que os inimigos externos nunca conseguiram, começa a ser alcançado por elementos que atuam internamente, ou seja, dentro do próprio País. Deve-se reconhecer, hoje, que a Marinha como força organizada não existe mais. E há um trabalho pertinaz para fazer a mesma coisa com os outros dois ramos das Forças Armadas”. (Folha de São Paulo de 31 de março de 1964)

Basta! Não é possível continuar neste caos em todos os setores. Tanto no lado administrativo como no lado econômico e financeiro”. (Correio da Manhã de 31 de março de 1964).

É cedo para falar dos programas administrativos, da Revolução. Mas é incontestável que um clima de ordem substituiu o que dominava o País, onde nem mesmo nas Forças Armadas se mantinham nos princípios de rígida disciplina hierárquica que as caracterizam”. (Folha de São Paulo de 31 de março de 1964)

– 31 de Março – Com a palavra – Lula Inácio Lula da Silva

D epoimento de Luiz Inácio Lula da Silva, em 03/04/1997, a Ronaldo Costa Couto e publicado no livro Memória Viva do Regime Militar. Brasil: 1964-1985 – Editora Record 1999 .

“(…) o regime militar impulsionou a economia do Brasil de forma extraordinária. (…) Se houvesse eleições, o Médici ganhava. E foi no auge da repressão política mesmo, o que a gente chama de período mais duro do regime militar. A popularidade do Médici no meio da classe trabalhadora era muito grande. Ora, por quê? Porque era uma época de pleno emprego. Era um tempo em que a gente trocava de emprego na hora que a gente queria. Tinha empresa que colocava perua para roubar empregado de outra empresa (…)”

( ) acho que há uma coisa que a gente tem de levar em conta. Depois do Juscelino, que estabeleceu o Plano de Metas, os militares tinham Planos de Metas. O Brasil vai do jeito que Deus quer. Não existe projeto de política industrial, não existe projeto de desenvolvimento. E os militares tiveram, na minha opinião, essa virtude. Ou seja, pensar o Brasil enquanto Nação e tentar criar um parque industrial sólido. indústrias de base, indústrias de setor petroquímico ( ). Isso, obviamente, deu um dinamismo. É por isso que os exilados, quando voltaram tiveram um choque com o Brasil. Porque o Brasil, nesse período, saiu de um estado semi-industrial pra um estado industrial ( )

– Reescrever a História (Alexandre Garcia)

“(…) Eu vivi aqueles tempos. Fui presidente de Centro Acadêmico em 1969. Fui jornalista do Jornal do Brasil de 1971 a 1979. Cobria política e economia e nunca recebi qualquer tipo de ameaça, censura ou pressão. Sei que havia censura. Comigo, nunca houve. Sei que havia tortura. Certa vez me chamaram para identificação no DOPS, de suspeitos presos por um assalto ao Banco do Brasil, que eu havia testemunhado. Os dois estavam no chão, gemendo, com sinais evidentes de tortura. Fiquei revoltado e não fiz o reconhecimento. Nada me aconteceu.

Nesse último carnaval, contou-se que o governador do Rio preparou uma claque para afastar o temor de vaia para o presidente Lula – que no Rio já havia sido vaiado na abertura do Pan, no Maracanã. O temor existia, mesmo com o alto índice do presidente nas pesquisas de popularidade. Lembro que o general Médici foi o mais duro entre os generais-presidentes. Mas ele entrava no Maracanã, de radinho no ouvido e cigarro no canto da boca, e quando aparecia na tribuna o estádio inteiro o aplaudia. E ele estava reprimindo os grupos armados de esquerda que seqüestravam e assaltavam bancos. Os carros dos brasileiros andavam com um plástico verde-e-amarelo que dizia ‘Brasil – ame-o ou deixe-o’. Alguém explica isso?

Os generais-presidentes foram todos eleitos pelo Congresso, onde havia oposição. O último deles, ao contrário de Fidel e Chavez que negam suas ditaduras, assumiu fazendo uma promessa: ‘Eu juro que vou fazer deste país uma democracia’. Coisa rara, um suposto ditador reconhecer que não governava numa democracia. Por tudo isso, já está em tempo de se esquecer a propaganda, os rancores, as mentiras, e reescrever nossa História recente. História sem verdade não é ciência, é indecência”.

– Lula deixa o Maracanã sem comentar vaias

Ao lado da primeira-dama, Dona Marisa, e outras autoridades, Lula assistiu à cerimônia. O presidente foi vaiado quatro vezes durante a festa. A primeira manifestação das mais de 90 mil pessoas aconteceu quando uma imagem do presidente apareceu nos novos telões do Maracanã no início da festa. Neste momento, a maioria dos presentes ao estádio protestou. Outro momento em que foram ouvidas vaias aconteceu quando o sistema de som anunciou a presença de Lula.

No fim da cerimônia, o público presente protestou contra Lula mais duas vezes, constrangendo-o. Primeiro quando Nuzman agradeceu à presença do presidente, única autoridade citada por Nuzman vaiada. Por último, Lula foi novamente vaiado quando teve o seu nome citado por Vázquez Raña, que teve de fazer uma pausa no seu discurso por causa do barulho. Lula deveria declarar abertos os Jogos Pan-Americanos após o discurso de Raña. Mas não o fez”. (Globo Esporte.com – Rio de Janeiro (13/07/2007 )

– Nomes e Homens

É preciso não esquecer o que houve nas ruas de São Paulo e dentro do Morumbi. No Estádio Mário Filho, ex-Maracanã, vaia-se até minuto de silêncio e, como dizia o outro, vaia-se até mulher nua. Vi o Morumbi lotado, aplaudindo o Presidente Garrastazu. Antes do jogo e depois do jogo, o aplauso das ruas. Eu queria ouvir um assobio, sentir um foco de vaia. Só palmas. E eu me perguntava: ‘E as vaias? Onde estão as vaias?’ Estavam espantosamente mudas”. (crônica de Nelson Rodrigues)

– Lulinha – o ‘bem-sucedido Ronaldinho’

Fábio Luís Lula da Silva, de 30 anos, um dos cinco filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, experimentava, até 2003, uma situação profissional parecida com a de muitos brasileiros: a do subemprego. Formado em biologia, Lulinha, como é chamado pelos amigos, fez alguns poucos trabalhos na área, todos com baixa ou nenhuma remuneração. Para ganhar a vida, dava aulas de inglês e informática.

Atualmente, o primeiro filho do casal Lula e Marisa Letícia da Silva é sócio de três empresas que, além de prestar serviços de propaganda (pelo menos no papel), produzem um programa de games para TV. Somados, os capitais das empresas ultrapassam os 5 milhões de reais. Individualmente, de acordo com sua participação societária, Fábio Luís tem 625.000 reais em ações – mais do que os 422.000 reais que seu pai presidente amealhou ao longo de toda a vida, segundo a declaração de bens que apresentou em 2002 ao Tribunal Regional Eleitoral. Melhor que tudo: nessa fulgurante trajetória, Fábio não teve de investir um único real. O negócio foi bancado quase que integralmente pela Telemar, a maior companhia de telefonia do país. Com base em documentos obtidos em cartórios de São Paulo, e em entrevistas com profissionais do setor”. (Marcelo Carneiro, Juliana Linhares e Thaís Oyama – 13/07/2005)

– Elio Gaspari

Quando Lula defendeu o filho, que recebeu R$ 5 milhões da Telemar para tocar sua empresa, o jornalista Elio Gaspari, do Jornal O Globo, um dos maiores críticos dos governos militares, publicou a seguinte história:

“Em 1965, o marechal Castelo Branco leu no jornal que um de seus irmãos, funcionário da Receita Federal, ganhara em cerimônia pública um automóvel Aero Willys! Era o agradecimento de sua classe pela ajuda que dera na elaboração de uma lei que organizava a carreira. Paulo Castelo Branco, filho do presidente, costumava contar que o marechal telefonou para o irmão, dizendo-lhe que deveria devolver o carro. Ele argumentou que se cada fiscal da Receita tivesse presenteado uma gravata, o valor seria muito maior.

Castelo interrompeu-o:

– Você não entendeu. Afastado do cargo você já está! Estamos decidindo agora se você vai preso ou não”.

Referindo-se ao presidente Médici, em seu livro A Ditadura Escancarada”, na página 133, escreve:

Passou pela vida pública com escrupulosa honorabilidade pessoal. Da Presidência tirou o salário de Cr$ 3.439,98 líquidos por mês (equivalente a 724 dólares) e nada mais. Adiou um aumento da carne para vender na baixa os bois de sua estância e desviou o traçado de uma estrada para que ela não lhe valorizasse as terras. Sua mulher decorou a granja oficial do Riacho Fundo com móveis usados recolhidos nos depósitos do funcionalismo de Brasília .”

– ‘O Supremo Apedeuta’

“Bem sabemos que nosso ilustre presidente não consegue falar direito a língua pátria e nenhuma outra, embora fale com loquacidade e eficiência à alma do povo idiotizado. Lula é o apedeuta por antonomásia. Aqui que mora o perigo: um cego guiando a multidão de cegos”. (José Nivaldo Cordeiro)

O Presidente “ não sabia e nem sabe de nada do que acontece” no país tupiniquim e o que fazem seus ‘ companheiros’ e familiares, ele está sempre viajando. Para os companheiros palacianos tudo é normal e legal quando se refere aos seus correligionários.

– Conclusão

“O Brasil deve ser pensado daqui ‘pra frente. A anistia apagou as marcas dos dois lados. Se houver punição terão de ser revistas também as ações da esquerda, a exemplo do atentado a bomba no Aeroporto de Guararapes (Recife), em 1966”. (General Leônidas Pires Gonçalves)

As manobras dissuasórias, da camarilha palaciana, visam desviar a atenção, dos brasileiros incautos, das maracutaias institucionalizadas e os desmandos do governo federal. Ecoam cada vez mais fortes, na nossa memória, as palavras atribuídas ao general de Gaulle – “Le Brésil n’est pas um pays sérieux”.

Penso que suas palavras, hoje, soariam amáveis demais frente ao maior desgoverno republicano de todos os tempos. Acorda, nação brasileira! Até quando permanecerás deitada em berço esplêndido? Onde estão os caras pintadas? Precisam eles da mídia aliciada para mostrar suas caras!

Solicito publicação

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)

Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)

Rua Dona Eugênia, 1227

90630 150 – Petrópolis – Porto Alegre – RS

Telefone:- (51) 3331 6265

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E-mail: hiramrs@terra.com.br

27 Comentários

  1. Minha opinião:

    Um texto ruim.
    Antidemocrático e elitista, profundamente. Ainda se sente nele o mofo da visão de que seriam uns poucos ‘iluminados’ os guias da plebe ignota.
    Ainda vê o povo como ‘cego’, como se necessitasse de ‘guias’
    Recentemente um ‘douto, sorbonnesco e poliglota’ senhor foi presidente.
    Foi melhor que o atual por isso?
    O despotismo esclarecido já passou…
    Essa é uma visão típica de governantes autoritários, como Fidel por exemplo.

    Curioso que o texto não criva mesmo povo como ‘cego’ ao aplaudir ditadores…

    A ditadura teve sim o mérito de alçar o país a uma situação industrial boa.
    Vários governos autoritários e truculentos pelo mundo também o fizeram em seus países ao longo do século XX.
    De imediato, URSS e China nos vem a mente.
    E várias nações também fizeram o mesmo, democraticamente.

    O presidente tem sim má formação escolar, reflexo de um sistema educacional abandonado, inclusive pela ditadura.

    Homens honestos e desonestos existem isso é caráter, não ideologia.
    Ou então há alguma outra explicação para o prefeito de São Paulo, nomeado por Brasília, nos anos 70? Passou a ditadura incólume por usar indevidamente o dinheiro público, sendo condenado por isso somente após o término da mesma.
    Alem disso, não se denunciava a corrupção, pois era coisa de ‘comunista’.
    A imprensa não podia noticiar nada além do que os censores governamentais permitissem.
    Fica então a impressão que a ditadura foi um exemplo de ‘governos ilibados’, mas o que houve foi um período de ‘cala a boca’ geral.
    Simplesmente não se denunciavam os corruptos, como é praxe em todas as ditaduras.

    Ao citar palavras presidente como para engrandecer a ditadura, o texto só engrandece o próprio presidente, pois esse é capaz de ver aspectos positivos numa época lamentável de nossa história, à qual ele foi contrário.
    Chama-se humildade e auto-crítica, algo que falta aos que se consideram ‘iluminados e superiores’.
    Raro ver um ‘direitista’ com essa postura de crítica e auto-crítica.

    Finalmente, ainda devem os ditadores existentes dessa época ‘maravilhosa’ a explicação acerca do assassinato de prisioneiros feitos em combate.

    Ou nesse caso toda propalada ‘honradez’ dos ditadores deve ser esquecida ?

    Infelizmente o passionalismo político leva a torpeza de ‘analises’ como nesse caso.

    Essas são minhas opiniões pessoais, e, contrariamente aos ditadores do período 64-85, ninguém será preso, torturado, exilado nem executado por discordar delas.

  2. Tudo bem. Foram tempos de desgraça.
    Mas estamos melhor que nossos vizinhos.
    É preciso analizar os dois lados da “ditabranda”.
    Por um laod houve um enor repreção contra a população brasileira. Mas,houve também uma diminuição muito grande nos crimes.

    Não quero fazer apologia ao regime militar, mas por incrivel que pareça, foi o mias próximo que chegamos da “paz” nesse país.

    espero eu, um dia, que voltemos a ser mais duros com os que não seguem as leis. Estamos saturados de vagabundos que abusam desses país e saem impunes.

    Não digo que bandido tem que morrer, mas cetamente, deve paga, não com 30 anos, mas por toda a via. Não presos, mas trabalhando contruindo estradas, prédios e etc.

    Lugar de bandido, é dar lucros para o páis.

    Chega de bandido passar a vida toda com as pernas para cima na cadeia. Essa gente tem que ralar feito o povão!

    Mas trabalhar preso.

    🙂

  3. Antes de virem me criticando, já aviso que reconheço as barbáries que os militares fizeram, assim como reconheço o inferno que os “guerrilheiros” fizeram.

    O que eu quero dizer é que quando a repressão é muito forte, ninguém se mete.

    Então, se houvesse uma repressão muito forte contra a criminalidade, veriamos esses casos de roubo, assalto, estupro carírem mais rapido do que nunca.

  4. Tem toda razão o Eduardo Carvalho.

    Ultimamente os textos escritos neste blog estão tendo um viés preconceituoso e recheado de mentiras da extrema direita.

    Começo a achar que terei de despreza-lo.

    Já basta a falação besta do PIG que somos obrigados a ouvir todo dia.

  5. Eduardo Carvalho e Hugo Hermida,

    Concordo 100% com vocës!! Pensei que aqui estaria livre da loucura e da demëncia de alguns, mas até no Plano Brasil a coisa ficou feia. Algum outro lugar para ir??

    Os militares ajudaram a industrializar o Brasil. É verdade! E?? O que mais?? Endividaram-nos com excessos de créditos exteriores que até hoje pagamos, formaram máfias políticas que continuam no poder atual, reprimiram as artes, a diversidade política e social, etc, etc!

    “o General Médici, cujas inclinações democráticas se atestam em palavras e atos…”

    Esta frase foi para rir, ou para chorar??

    Senhor E.M. Pinto, senhor E.M Pinto! É alguma brincadeira sua??

    • Senhores, o texto é de autoria de um militar que me pediu a publicação, aliás ele é um velho colunista e colaborador do Blog Plano Brasil, mas não foi por isto que postei a matéria.
      Postei como já postei inúmeras outras de outras fontes as quais já até me chamaram de comunista, MST, FARC e só faltou alqaeda, mas agora eu sou da direita? como as opiniões mudam de acordo com o interesse da matéria…
      A Vontade aos que não estão contente com a linha do blog é um direito de todos ir e vir.
      Isto tudo para lhes informar que por este blog estar livre de pensamentos e ideologias é que ele posta a s matérias que julga serem importantes, independente das fontes, agora o importante acima de tudo é que senhores analisem as matérias e comentem sobre seus conteúdos de forma técnica.
      Fico triste em saber que quando as matérias são de seu agrado, o editor tem o melhor blog da galáxia, porém se não estão de acordo o editor é isso ou aquilo.
      Decidam, sou comunista ou nazista?

      Sugiro que façam uma busca no blog sobre o tema e vejam antes de comentar que estou tendenciando matérias, busquem matérias publicadas no blog de mesmo tema e analisem, depois digam se estou tendenciando matérias.

      Cumprimentos
      E.M.Pinto

  6. Hugo Hermida :
    Tem toda razão o Eduardo Carvalho.
    Ultimamente os textos escritos neste blog estão tendo um viés preconceituoso e recheado de mentiras da extrema direita.
    Começo a achar que terei de despreza-lo.
    Já basta a falação besta do PIG que somos obrigados a ouvir todo dia.

    Não vem com essa de “cri cri” não amigão. Esse Blog é bem democrático. Além do mais, as noticias são publicadas, somente, a responsabilidade fica a cargo de quem o escreveu.

    O Blog apenas cumpre o seu papel de mídia, dando informações.

    Fica a cargo do leitor interpretar.

    Já vi que você é daqueles que só gostam quando o assunto lhe é do seu agrado. Um exemplo de parcialidade automática e alienada elitista.

    Pense no que quiser, mas não venha acusando o blog apenas por posta ao que ofendeu a sua moral, religião, pensamento, ideologia e o que for.

  7. “Ecoam cada vez mais fortes, na nossa memória, as palavras atribuídas ao general de Gaulle – “Le Brésil n’est pas um pays sérieux”.

    Todos já estão cansados de saber, más…Esta frase não é do De Gualle…

    Pela coleção de factoides anti-Lula, citados pelo Coronel, (evidentemente um nacionalista) ele deve ser assinante e leitor assíduo da Veja e Folha de São Paulo, irônica mente duas publicações a serviço dos interesses anglo-americanos no Brasil, assim como as organizações Globo.

    Fora isto, texto longo, prolixo, cansativo…

  8. E.M.Pinto,

    concordo com suas considerações, o blog tem postado noticias de matizes políticos diversos e espero que continue assim, pois são poucos os espaços como o Plano Brasil.

    Os blogs de defesa, em geral evitam geopolitica, se restringindo à área militar.

    O ‘Plano Brasil’, ao abordar assuntos diversos e principalmente de geopolitica, naturalmente atrai polêmicas, pois são assuntos controversos. Mas estes temas é que fazem a riqueza do seu blog.

    Parabéns pelo trabalho realizado!

  9. O blog mantém uma linha editorial coerente, ao contrário da maioria dos blogs dedicados a assuntos militares e defesa, não segue a linha dos zumbis da guerra fria, aqui consigo ler os posts e ver os comentários sem vontade de usar minha Desert Eagle nesses caras.
    Quanto ao texto, ridículo, esse maluco deve viver numa cápsula do tempo, ou é autista, sei lá.

  10. E.M.Pinto :
    Senhores, o texto é de autoria de um militar que me pediu a publicação, aliás ele é um velho colunista e colaborador do Blog Plano Brasil, mas não foi por isto que postei a matéria.
    Postei como já postei inúmeras outras de outras fontes as quais já até me chamaram de comunista, MST, FARC e só faltou alqaeda, mas agora eu sou da direita? como as opiniões mudam de acordo com o interesse da matéria…
    A Vontade aos que não estão contente com a linha do blog é um direito de todos ir e vir.
    Isto tudo para lhes informar que por este blog estar livre de pensamentos e ideologias é que ele posta a s matérias que julga serem importantes, independente das fontes, agora o importante acima de tudo é que senhores analisem as matérias e comentem sobre seus conteúdos de forma técnica.
    Fico triste em saber que quando as matérias são de seu agrado, o editor tem o melhor blog da galáxia, porém se não estão de acordo o editor é isso ou aquilo.
    Decidam, sou comunista ou nazista?
    Sugiro que façam uma busca no blog sobre o tema e vejam antes de comentar que estou tendenciando matérias, busquem matérias publicadas no blog de mesmo tema e analisem, depois digam se estou tendenciando matérias.
    Cumprimentos
    E.M.Pinto

    Liberdade e Democracia é ser respeitado e respeitar.
    que quiser

    E.M.Pinto :
    Senhores, o texto é de autoria de um militar que me pediu a publicação, aliás ele é um velho colunista e colaborador do Blog Plano Brasil, mas não foi por isto que postei a matéria.
    Postei como já postei inúmeras outras de outras fontes as quais já até me chamaram de comunista, MST, FARC e só faltou alqaeda, mas agora eu sou da direita? como as opiniões mudam de acordo com o interesse da matéria…
    A Vontade aos que não estão contente com a linha do blog é um direito de todos ir e vir.
    Isto tudo para lhes informar que por este blog estar livre de pensamentos e ideologias é que ele posta a s matérias que julga serem importantes, independente das fontes, agora o importante acima de tudo é que senhores analisem as matérias e comentem sobre seus conteúdos de forma técnica.
    Fico triste em saber que quando as matérias são de seu agrado, o editor tem o melhor blog da galáxia, porém se não estão de acordo o editor é isso ou aquilo.
    Decidam, sou comunista ou nazista?
    Sugiro que façam uma busca no blog sobre o tema e vejam antes de comentar que estou tendenciando matérias, busquem matérias publicadas no blog de mesmo tema e analisem, depois digam se estou tendenciando matérias.
    Cumprimentos
    E.M.Pinto

    Pinto, minhas ideologias nunca mudam. Só mundo de humor e de interesse e fazer mais bem feito quando também não vejo interesse dos outros comentários.

    Confesso também que sou um cara chato e responto a “altura” dos outros comentários. Não com o mesmo nível de palavreado, pois sei que isso desmerece o comentário, mas do mesmo nível de “humor” ou respeitabilidade do outro comentário.

    Quando vejo comentários bem pensados, estruturado e etc, me vejo obrigado a seguir o mesmo caminho, não para “puxar saco”, mas penso que um assunto muito serio merece ser tratado de uma forma critica, construtiva, mas ao mesmo tempo, sem perder o respeito.

    Se percebo um ou outro “revoltado” falando besteira de forma a denegrir e ridicularizar sem “provas” ou pelo menos de conhecimento publico, eu “meto o pau mesmo”.

    OBS: Apesar de não gostar muito de comentários do tipo “esses yanks são O e X e etc, etc, etc”, percebo que eles também são do grupo que não gosta da politica externa americana, eu também não. Daí eu “deixo” pra lá, tem gente que não aguenta mesmo.
    Ouviu Argus? Rsrsrsrr
    Até esse momento, eu não me importo, pois é de conhecimento mundial que a politica externa deles é um lixo.

    Mas para qualquer um que venha com fatos bizarros como “árabes invejam israel” (o que é errôneo, pois lá tem muito mais que “inveja” (se é que existe, pois se fosse, já teriam atacado a China) mesmo que a opinião seja “construtivas” (tem gente que pensa que construtivo e só escrever corretamente o português), mas se não tiver fatos para comprovar, eu me dou a “liberdade” Democrática de opinar a respeito de outra opinião.

    Eu não tenho sou filiado a nenhuma religião. Sou um estudioso, crítico e “chato” rsrs.

    Não me venham me chamar de anti-XXXXXXX, isso é a desculpa mais manjada dos EUA para com seus criticos.

    Luis. Rocha
    25 anos
    Arquiteto
    Robby: aeromodelismo o/

    Pinto e Cia

    Parabéns pelo Blog.
    Podiam da uma separada entre aviação, terrestre, naval, politica, curiosidade e etc, pois na hora procura no histórico do site vem muita coisa que não tem nada relacionado.

    😉

  11. Realmente estava interessado em informações da área militar, porém continuo achando que o blog está pendendo excessivamente, não para a direita mas, para a direita preconceituosa, o que me desistimula a le-lo.

    Esta é apenas a minha humilde opinão, não influi. Esperava que contribuisse para um ambiente mais salutar.

  12. Espero que tenha sido bem claro que a minha critica é dirigida ao texto e as ideias nele contidas.

    Quanto a publica-lo, aplaudo a iniciativa, pois não se tem progresso onde não existem opiniões e ideias diferentes.

    Ao blog parabéns pela oportunidade de se exercer diálogos.
    Que continuemos a ter contato com todas ideias e matizes.

  13. Em um momento como esse que me questiono se o termo de “não somos um país sério” é tão incorreta assim.

    Só para completar isso, o cidadão Charles de Gaulle quando veio ao Brasil, foi hospedado em um hotel onde a cama era pequena demais e ele mal cabia nela… Lenda ou não? Bem… Fica aí para “descobrirem”.

    A seriedade ou não de nosso país se mostra na falta da democracia quando o assunto é justamente ela!
    Por que quando olhamos para o passado, tudo que se fez no Regime Militar foi tão errado? Tão incorreto?
    Eles erraram, falharam é claro! Mas fizeram sua parte e sinceramente, acho um exemplo a postura de alguns que passaram pela vida pública sem aumentar seu patrimônio.
    E não só militares fizeram isso.

    Importante é também ressaltar as IDÉIAS, e estas expostas no texto de posse de Médici são ainda atuais e pertinentes, nós precisamos ainda de tudo aquilo que ele ali falou. Os homens ali citados ainda precisam de trabalhar e seguir adiante, a muito por se fazer e o que já foi feito tem que ser mantido, melhorado e ampliado.

    O Brasileiro insiste em ver que Tiradentes foi um herói e não sabe que ele não passou de um bode espiatório.
    O Brasileiro insiste em achar que sua independência foi pacífica e ordeira, insiste em achar que a Revolução Constitucionalista foi um levante contra o Regime clamando por democracia quando não passou de um “contra-golpe”, insiste ainda em ver Olga Bienário como injustiçada e Getúlio como Vilão, e ainda insiste em achar que nossa esquerda durante a ditadura foi um grupo seleto de heróis.

    Não se pode ver o outro lado, não se pode acreditar que existem virtudes naquilo que “não era correto”, então eu me pergunto, o que teria sido sem o Regime Militar?
    Poderíamos ter virado Cuba, ou pior poderíamos ter sido atacados, o país podia estar retalhado e viveriamos até hoje o peso daqueles dias.

    Mandados e desmandos dos governos sempre existiram e continuaram existindo, antes não eram noticiados, hoje já o são e investigado e vez por outra temos resultados, é um processo, lutamos hoje contra a corrupção que países centrais enfrentaram à 50, 60, 70, 80 anos atrás, estamos tirando o atraso e por isso tenho fé ainda em nossa justiça mesmo que com leis tão infelizes.

    Ah! E nem falei das vaias, é fácil dizer que o povo é cego aplaudindo um ditador não é? Mas por que não pensarmos que o povo do período de nossa Ditadura era um pouco mais educado?
    O que vimos com o Lula no Pan foi uma enorme demonstração de ignorância e falta de educação, mal que atinge o nobre Coronel que escreveu este artigo, que sabe seja pela ordem militar ou pela educação que teve, que este tipo de coisa é inaceitável.

    Em momento algum o texto ataca as bases da política de esquerda ou do regime vigente, em momento algum coloca seus fatos como verdade sobre os demais, mas por expor “contradições” de pontos da esquerda, aí temos uma série de chorosos para usarem de seus mais refinado vocabulário para dizer que é Projeto de Imprensa Golpista (me recuso a usar o termo Partido).

    Por favor… Onde está a liberdade de expressão? Precisamos atacar aquelas idéias com as quais não concordamos?

    Sei que serei atacado pelo meu comentário, mas gostaria de pedir que se respeitasse um pouco mais o cel Hiram que está colocando uma opinião e informações que são sim relevantes, se observadas sem preconceito ou sem “patrulhamento ideológico”.

  14. É muito legal citar a Folha de São Paulo, além de criar factóides como Estupro do Presidente Lula, A ditabranda, Ficha falsa da Ministra Dilma. Nos anos de chumbo a Folha teria cedido as suas caminhonetes aos membros da Oban, na repressão aos opositores da ditadura.

    Vejam o filme o filme Cidadão Boilesen,
    O filme retrata a trajetória sinistra de Henning Boilesen, dinamarquês naturalizado brasileiro, executivo do Grupo Ultra (Ultragaz, Ultralar, etc.), e revela os porões da Operação Bandeirantes, a Oban, o principal centro de tortura montado pelo Exército durante os tempos sombrios da ditadura militar no país.

  15. tem gente que so querem ver um lado da moeda, isso e triste

    eu leio tanto folha quanto Paulo Henrique Amorim,

    n quer dizer que eu leia e concorde, criticar o texto tudo bem, agora criticar o editor, eu acho que um pouquinho de mais, visito sempre o blog, e ele reune texto de todos os contexo, inclusse vcs falando que o blog e de direita, mais outro dia, alguem chamou o blog de esquerda, então antes de critar o blog, analise o todo, e não, analisar um blog tão completo como este, por um post!

    vc esta de parabéns,

    Abraço!

  16. …”Fábio Luís Lula da Silva”, essa eu gostei do filho do lula(não tenho nada contra o lula,que fez um ótimo governo, mas o dinheiro que o sustenta é do contribuinte…então eu posso aplaudir a matéria);“O Brasil deve ser pensado daqui ‘pra frente. “A anistia apagou as marcas dos dois lados. Se houver punição terão de ser revistas também as ações da esquerda” eu também concordo com isso porque o exército nos livrou da loucura do comunismo(que matou milhões nos paises onde foi implementado)…e as familias já receberam ou estão recebendo indenização da união…pelos seus parentes falecidos na ditadura.

  17. A cama de Gaulle devia ser mesmo especial, pois ele era bem alto.

    Quanto ao texto, continuo com minha opinião.

    Democracia e liberdade de expressão são os pilares de uma sociedade justa, livre e que se aperfeiçoa continuamente.

    Temos mesmo que cuidar de aperfeiçoar nossas instituições pela prática do dialogo e do entendimento.
    Isso nunca será possível em regimes fechados, apenas em regimes onde opinião não é crime e expressa-la é um direito livre e assegurado pelas leis.

    Conviver com diferenças, de todos os tipos e principalmente de opinião, é a tônica de uma sociedade democrática.

    Não foi assim durante a ditadura, como de resto não é em nenhuma das muitas que existiram e existem pelo mundo.
    Hoje no Brasil é assim, liberdade de expressão existe e é de fundamental importancia para nosso aperfeiçoamento social.
    Essa é uma grande e importante diferença, entre o hoje e os tempos de 64/85.

    Tem os que admiram e apoiam governos autoritários e não-democráticos.
    O problema é que esses estão sempre prontos a oprimir e calar a boca dos que não pensam como eles, sob pretextos e ideais que são tomados como verdades inquestionáveis e por métodos geralmente condenáveis.

    Não defendo mesmo o regime de 64/85, sob nenhum ponto de vista.
    Tudo que se fez nesse período é passível de ser feito em uma democracia e sob estado de direito.

    Mas uma democracia e um estado de direito não fazem o que se pratica contra o individuo e as instituições em uma ditadura.
    Excessos e falhas são denunciados e passíveis de punição e correção, ao contrário de regimes autoritários.

  18. E novamente , deixo bem claro.

    Jamais defenderia a exclusão de qualquer tipo de opinião, nem agrego às opiniões valores ou julgamento sobre a pessoa que opina.

    Toda opinião deve ser dada, se assim seu autor julgar devido.
    E ninguém deve ser pessoalmente julgado quanto ao seu caráter ou honradez pessoal pelas opiniões que tem, nem pela ideias que professa.

    Especificamente quanto ao texto, não conheço o autor, sua vida e sua postura pessoal.
    Não concordo com as ideias que ele enunciou ou deixou transparecer nesse texto, e somente isso.
    Provavelmente em muitos outros assuntos concordaremos, e em outros mais divergiremos.
    Isso é normal e salutar, afinal pensa-se cada qual individualmente..

    Mas que as opiniões sejam colocadas, livremente, sem constrangimentos nem preconceitos.
    E que também possamos discuti-las, sempre de modo respeitoso, coerente e objetivo.

  19. Luiz :
    Tudo bem. Foram tempos de desgraça.
    Mas estamos melhor que nossos vizinhos.
    É preciso analizar os dois lados da “ditabranda”.
    Por um laod houve um enor repreção contra a população brasileira. Mas,houve também uma diminuição muito grande nos crimes.
    Não quero fazer apologia ao regime militar, mas por incrivel que pareça, foi o mias próximo que chegamos da “paz” nesse país.
    espero eu, um dia, que voltemos a ser mais duros com os que não seguem as leis. Estamos saturados de vagabundos que abusam desses país e saem impunes.
    Não digo que bandido tem que morrer, mas cetamente, deve paga, não com 30 anos, mas por toda a via. Não presos, mas trabalhando contruindo estradas, prédios e etc.
    Lugar de bandido, é dar lucros para o páis.
    Chega de bandido passar a vida toda com as pernas para cima na cadeia. Essa gente tem que ralar feito o povão!
    Mas trabalhar preso.

    concordo comtigo criminoso tem que dar lucro (trabalhar, até para a saúde mental deles).

  20. Luiz :
    Tudo bem. Foram tempos de desgraça.
    Mas estamos melhor que nossos vizinhos.
    É preciso analizar os dois lados da “ditabranda”.
    Por um laod houve um enor repreção contra a população brasileira. Mas,houve também uma diminuição muito grande nos crimes.
    Não quero fazer apologia ao regime militar, mas por incrivel que pareça, foi o mias próximo que chegamos da “paz” nesse país.
    espero eu, um dia, que voltemos a ser mais duros com os que não seguem as leis. Estamos saturados de vagabundos que abusam desses país e saem impunes.
    Não digo que bandido tem que morrer, mas cetamente, deve paga, não com 30 anos, mas por toda a via. Não presos, mas trabalhando contruindo estradas, prédios e etc.
    Lugar de bandido, é dar lucros para o páis.
    Chega de bandido passar a vida toda com as pernas para cima na cadeia. Essa gente tem que ralar feito o povão!
    Mas trabalhar preso.

    concordo comtigo criminoso tem que dar lucro (trabalhar, até para a saúde mental deles).

    Luiz :

    Hugo Hermida :
    Tem toda razão o Eduardo Carvalho.
    Ultimamente os textos escritos neste blog estão tendo um viés preconceituoso e recheado de mentiras da extrema direita.
    Começo a achar que terei de despreza-lo.
    Já basta a falação besta do PIG que somos obrigados a ouvir todo dia.

    Não vem com essa de “cri cri” não amigão. Esse Blog é bem democrático. Além do mais, as noticias são publicadas, somente, a responsabilidade fica a cargo de quem o escreveu.
    O Blog apenas cumpre o seu papel de mídia, dando informações.
    Fica a cargo do leitor interpretar.
    Já vi que você é daqueles que só gostam quando o assunto lhe é do seu agrado. Um exemplo de parcialidade automática e alienada elitista.
    Pense no que quiser, mas não venha acusando o blog apenas por posta ao que ofendeu a sua moral, religião, pensamento, ideologia e o que for.

    …concordo contigo luiz, o blog é democrático…cada um que faça o seu comentário….

  21. Em Portugal passa-se o mesmo, chama-se “Amnésia Colectiva”. Ou “Duplipensar”.

    Com o passar do tempo as pessoas esquecem, os que sofreram na pele a ditadura morrem, deixam de contar as suas histórias de horror, e a imprensa em busca de novos modelos romanceia os antigos, que parecem cada vez mais justos e acertados aos olhos dos leitores.
    O “Renascimento” de tais políticas bafientas dá-se pela pena de alguns “historiadores” que se esforçam e, ulteriormente, conseguem reescrever a História.

    Bem-vindos a 1984.

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