Israel está brincando com fogo, diz rei da Jordânia

http://www2.pictures.gi.zimbio.com/Merkel+Welcomes+King+Abdullah+II+Jordan+2JLqApA7kDWl.jpgSugestão: Gérsio Mutti

O rei da Jordânia, Abdullah 2º, afirmou nesta quinta-feira que Israel “está brincando com fogo” ao insistir em novas construções na Jerusalém Oriental ocupada e que o Estado deve decidir se quer paz ou guerra com oa palestinos.

“Já advertimos em várias oportunidades que Israel está brincando com o fogo e a Jordânia rejeita e condena todas as medidas que buscam mudar a identidade de Jerusalém, desocupando a cidade de seus habitantes árabes cristãos e muçulmanos”, disse o rei à imprensa jordaniana.

“Jerusalém Oriental deve ser a capital de um Estado palestino independente que deve ser estabelecido o quanto antes. Jerusalém faz parte dos territórios palestinos ocupados por Israel em 1967, e tal como acontece com outros territórios enfrenta ações israelenses unilaterais que são ilegítimas e ilegais, e resultarão em novos conflitos”, alertou Abdullah 2º, cujo país assinou um tratado de paz com Israel em 1994.
Os comentários do rei jordaniano mostram sua frustração com os recentes anúncios de novas construções israelenses em territórios ocupados de Jerusalém Oriental, que os palestinos pleiteiam como capital do futuro Estado.

Os planos de Israel foram anunciados em meio aos esforços por negociações indiretas, que deveriam começar sob mediação americana. As novas casas, contudo, enfureceram os palestinos, que suspenderam o diálogo, e levaram a grave condenação de Washington e da comunidade internacional.

Abdullah afirmou que Israel “precisa decidir se quer conflito ou paz” e que, se a escolha for pela paz, precisa “tomar ações tangíveis” pelo fim dos assentamentos e o retorno das negociações com os palestinos.

“As pessoas estão cansadas de um processo que não leva a resultados”, disse.

Abdullah defendeu ainda a criação de um Estado palestino como “única solução” à crise e alertou que se nenhum progresso for feito rumo a paz no curto prazo, um novo ciclo de violência começará e “todo o mundo pagará o preço”.

Apesar da intensa pressão dos EUA e da comunidade internacional, Israel recusou congelar a construção de 1.600 novas casas em Jerusalém Oriental, insistindo que a cidade sagrada é capital de Israel.

Abdullah discursou dias antes da conferência árabe deste fim de semana, na Líbia, onde os líderes árabes vão decidir se dão reconhecimento a Israel em troca da devolução de terras ocupadas.

Ele também reiterou sua rejeição ao que chamou de “opção jordaniana”, uma ideia lançada por alguns israelenses linha-dura para construir o Estado palestino em território jordaniano.

“Ninguém pode aplicar tal solução e quem quer que fale de tais ilusões está falando de um cenário impossível”, disse.

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Fonte: Bol

10 Comentários

  1. Se continuar assim, bem antes,é sem o apoio dos ianks/ingleses, vai sobrar sionistas por td os pontos do planeta, espero q ñ, e vivam em paz lado a lado ,um respeitando o outro.Paz/Shalom/Pax.

  2. “todas as medidas que buscam mudar a identidade de Jerusalém, desocupando a cidade de seus habitantes árabes cristãos e muçulmanos”, disse o rei à imprensa jordaniana.”

    “Apesar da intensa pressão dos EUA e da comunidade internacional, Israel recusou congelar a construção de 1.600 novas casas em Jerusalém Oriental, insistindo que a cidade sagrada é capital de Israel.”

    Só prepotencia, ganancia, racismo, fanatismo e fundamentalismo religioso explicam estas atitudes.

    Israel é o túmulo da Torá…

  3. Jerusalem nao é assentamento, é a capital, eterna e indivísível do Estado de Israel. Toda essa situaçao atual, terrivel do ponto de vista humanitário, foi criada pelos proprios árabes em 48 e mesmo reconhecendo Israel agora com uma previsivel decisao tardia nao altera o status quo.

  4. “Jerusalém nao é assentamento, é a capital, eterna e indivisível do Estado de Israel.”

    Não é o que a história nos prova, Jerusalem, que é uma das mais antigas cidades do mundo. É também uma das cidades mais divididas e instáveis do mundo ao longo de sua
    história.

    E bota dividida e instável nisto…
    —————–

    wikipedia:

    No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.

    Jerusalém, desde a Idade do Cobre, ao redor do Quarto milênio a.C. tem evidências de assentamentos permanentes durante o começo da Idade do Bronze, 3000-2800 a.C.

    Os jebuseus, (os fundadores de Jeresulém) foram, de acordo com a Bíblia hebraica, uma tribo cananeia que viviam em Jerusalém, cidade que haviam fundado.

    Em 1800 a.C. os Jebusitas constroem a muralha Jebus (Jerusalém)

    Devido à vantagem militar que possuíam e à segurança garantida pelas muralhas da cidade, também conhecida por fortaleza de Sião, os jebuseus não foram expulsos durante a conquista de Canaã pelos israelitas, tornando-se então um território neutro na fronteira entre as tribos de Benjamim e de Judá.

    As cidades cananéias do interior incluíam
    Jericó, Nablus (Shikim) e Jerusalém (Jebus). Esses povos semitas de Canaã formaram a base do
    tronco do qual descendem os palestinos de hoje.

    Nos contos bíblicos, Jerusalém era uma cidade Jebusita até o século X a.C., quando David conquistou-a e fez dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá.

    Foi o periodo de maior glória e domínio judeu sobre Jerusalém. Mesmo assim, neste período de auge do poder judeu sobre Jerusalém, foram cerca de 1000 anos de idas e vindas, de alternâncias no poder sobre Jerusalém com outros povos e impérios.

    “Os amplos reinos de Davi e Salomão, nos quais os sionistas baseiam suas reivindicações territoriais (Palestina), duraram apenas uns 73 anos… Posteriormente se desmembraram… (Inclusive) se consideramos independentemente a história inteira dos antigos reinos judeus, desde a conquista de Canaã por Davi em 1000 A.C. até a erradicação da Judéia em 586 A.C., concluímos que o regime judeu foi de (somente) 414 anos.” (Obs: 414, numa história de quase 5 mil anos) —”
    *Árabes e judeus no país de Canaã, Illene Beatty.

    —————–

    Do começo da era cristã em diante, o controle judeu sobre Jerusalém é perdido de vez, até o século XX…

    Irônica mente após o advento do Islã, sempre foram os muçulmanos os que permitiram e possibilitaram a volta dos judeus à Jerusalém, a cada vez que eram expulsos ou tinham o acesso proibido pelos cristãos por ex.

  5. Caro Wi,

    vi seu excelente post sobre Jerusalém. E gostaria de fazer alguns comentários. No post está escrito que o regime Judeu durou 414 anos até 586 a.C. Correto? 586 a.C. é a data da primeira diáspora devido a invasão dos babilônios.Os judeus só voltam quando os persas dominam a Babilônia e Ciro lhes concede a liberdade para voltar para casa em 539 a.C. Depois vem Alexandre o Grande, No período de 167 a.C. até 63 a.C. é comprovada a existência de um reino Judeu independente conhecido como reino Hasmoneu antes disso os Judeus viveram com relativa autonomia dentro de um dos reinos originário do império de Alexandre o Grande. A partir de 63 a.C. a região é dominada pelo império Romano. Na época do Nascimento de Jesus Cristo é notória a presença de Judeus em vários relatos da Bíblia e Jesus era Judeu!!!!!
    Em 70 d.C. depois de uma revolta esmagada pelos Romanos os Judeus são expulsos pela segunda vez de seu território iniciando a 2a. diáspora. Prova disso é que o muro das lamentações é a única parte restante do templo de Salomão destruido por tito em 70 a.C. O muro das lamentações e a mesquista de al Aqsa ( o terceiro lugar mais sagrado do islamismo e o lugar de onde Maomé ascendeu aos céus)estão lado a lado.
    O que devia ser um sinal de paz e concordância é motivo pra tanta guerra.
    Então a presença Judaíca na região da palestina tem mais de 414 anos. O fato de não terem independência não os elimina da região. é como dizer que não há palestinos na região pois eles não tem um estado.

  6. “Então a presença Judaíca na região da palestina tem mais de 414 anos.”

    A presença judaica na Palestina tem muito mais de 414 anos, segundo a Biblia, os ancestrais do modernos judeus estiveram na região desde a época posterior ao êxodo do Egito. E isto dá mais 3000 anos(não existe consenso quanto a datas exatas…).

    Más os ancestrais dos palestinos modernos também já estavam por lá, na verdade estavam lá antes da chegada dos judeus…

    O que o autor(*Árabes e judeus no país de Canaã, Illene Beatty) quis dizer com “414 anos de regime judeu”, foi que este foi tempo em os Judeus realmente mandaram, que tiveram um nação, um estado, efetivamente soberano e independente.

  7. Neste texto, o mais importante para os dias atuais é este trecho:

    “Os amplos reinos de Davi e Salomão, nos quais os sionistas baseiam suas reivindicações territoriais (Palestina), duraram apenas uns 73 anos…”

    O que desmonta a tese de direito bíblico/ancestral sobre o território da “Grande Israel”, que abarcariam os territórios palestinos de hoje, 73 anos de ocupação há cerca de 3000 anos atrás… não dá direito algum de ocupação dos territórios palestinos, que ficam fora da área reservada pela ONU para Israel, por ocasião de sua fundação.

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