JERUSALÉM – O diplomata israelense que a Grã-Bretanha pretende expulsar por conta de passaportes britânicos falsificados usados por supostos assassinos do comandante do Hamas em Dubai é um agente do Mossad que Israel poderá substituir, informou a mídia israelense nesta quarta-feira.
O Yedioth Ahronoth, o jornal mais lido em Israel, disse que o agente da inteligência que estava sendo expulso retornaria a Israel depois do feriado da Páscoa judaica, que termina no início do próximo mês.
Israel pode substituir o agente por outro, considerando que os laços entre os dois países não foram gravemente prejudicados, disse o jornal. A Rádio do Exército também divulgou informações semelhantes.
Yigal Palmor, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores israelense, negou-se a comentar as afirmações.
O ministro de Relações Exteriores britânico, David Miliband (foto), disse ao Parlamento na terça-feira que havia solicitado que um membro da embaixada israelense “fosse retirado”.
Israel não confirmou nem negou participação em janeiro do assassinato de Mahmoud al-Mabhouh, um comandante militar da organização palestina Hamas, em um hotel em Dubai.
O chefe da polícia de Dubai afirmou ter certeza quase absoluta de que agentes israelenses estavam envolvidos no caso e acusou a agência de inteligência Mossad de insultar Dubai.
Autoridades do emirado entregaram nomes de 27 supostos membros da equipe que matou o palestino e disseram que passaportes britânicos, irlandeses, franceses, alemães e australianos falsificados haviam sido usados para que eles entrassem e saíssem de Dubai.
Miliband disse que havia “motivos convincentes” para acreditar que Israel era responsável por forjar os 12 passaportes britânicos usados e disse ter buscado garantias de Israel de que não aconteceria novamente.
Israel disse que lamentava a decisão da Grã-Bretanha, mas analistas disseram nesta quarta-feira que acreditam que o incidente não prejudicaria de forma significante os laços bilaterais.
“Atribuímos grande importância às relações com a Grã-Bretanha”, afirmou em comunicado o ministro de Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, na terça-feira. “Não recebemos nenhuma prova apontando o envolvimento de Israel na questão (do assassinato de Mabhouh),” disse ele.
Só vão trocar seis por meia dúzia..nada vai acontecer, são cúmplices.
Essas práticas vão continuar, com todo cinismo que lhes são pertinentes.