EMBRAER
Fonte: Tecnologia&Defesa
No primeiro dia da FIDAE 2010, que acontece esta semana em Santiago do Chile, a companhia brasileira Embraer promove um encontro com a imprensa para apresentar um panorama sobre a sua divisão de negócios de Defesa. Estiveram presentes Orlando José Ferreira Neto, vice-presidente Executivo para o Mercado de Defesa e Fernando Ikedo, diretor de Inteligência de Mercado de Defesa e Governo.
A divisão de Defesa da Embraer atua em seis áreas em especial: aviões de ataque leve e treinamento (Super Tucano); sistemas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento- ISR, sigla em inglês- (EMB 145 AEW&C, SR e MP); transporte de autoridades (família Phenom, Legacy, Lineage, E 190 PR); programas de modernização (F-5M, A-1M, A-4M), aviões de transporte militar (KC-390), e sistemas e serviços (C4ISR, datalinks, entre outros – ver matéria em T&D nº 120).
O ano de 2009 foi muito especial para a divisão de Defesa da Embraer, com resultados considerados excelentes e marcos bastante significativos. Os pedidos chegaram a US$ 1,6 bilhão, com receitas de, aproximadamente, US$ 500 milhões. A companhia assinou importantes contratos com o Ministério da Defesa, como o lançamento do programa do cargueiro militar KC-390osos e a modernização dos aviões de ataque A-4, da Marinha.
Foram entregues quatro aviões Phenom 100 para a Força Aérea do Paquistão, o primeiro operador militar dessa aeronave, além dos dois Embraer E 190 PR encomendados pela Força Aérea Brasileira para transporte presidencial, e um Legacy para o Panamá.
Quanto ao Super Tucano, que tem se mostrado bem sucedido no mercado, a centésima aeronave foi fabricada e entregue à FAB, da mesma forma que os primeiros exemplares adquiridos pelas Forças Aéreas da República Dominicana e do Chile. Foi revelada ainda a existência de dois contratos com clientes não identificados para o fornecimento de outras nove aeronaves.
Até o momento, já foram entregues 122 aeronaves, restando ainda 56 unidades na carteira de pedidos. A FAB recebeu 85 unidades das 99 encomendadas. “Baseado na produção de 36 aeronaves por ano, nós podemos nos manter ocupados até 2012 se nós vencermos algumas das campanhas atuais”, disse Orlando Ferreira Neto.
Na área de modernização, ocorreu em 2009 o primeiro voo do protótipo # 1 do programa de modernização dos aviões A-1M, da FAB. O primeiro A-4 Skyhawk, da Marinha do Brasil, já se encontra nas instalações da empresa em Gavião Peixoto (SP), para ser submetido ao processo de modernização contratado em abril de 2009.
Novos mercados
A Embraer apontou as regiões do sudeste da Ásia, África e Américas como mercados em potencial para novas vendas do Super Tucano. Alguns esforços já ocorrem nessas regiões, embora os executivos não tenham feito comentários específicos sobre qualquer delas. Sabe-se, no entanto, que existem campanhas em andamento na Guatemala, Peru e Indonésia, além dos Estados Unidos.
No campo de aeronaves ISR, 18 unidades já foram construídas e entregues, para a FAB (8), Grécia (4) e México (3). Outras três estão em desenvolvimento na Índia, em parceria com a Defence Research and Development Organization (DRDO), com o primeiro modelo devendo voar no ano que vem. A companhia revelou que disputa uma concorrência para aeronaves multimissão na Índia, negócio que, se concretizado, envolveria o fornecimento de nove aviões. Há também, para produtos ISR, oportunidades no sul da Ásia, América do Sul e Oriente Médio.
Cargueiro KC-390
De acordo com Orlando Ferreira Neto, entre o final de 2010 e início de 2011, deverão ser confirmados os parceiros estratégicos e principais fornecedores do programa KC-390, executado pela Embraer em parceria com a FAB. A definição obedece requisitos da própria FAB, que selecionou países com quem mantém fortes laços de amizade e com os quais deseja ampliar a cooperação aeronáutica. O Chile foi citado como um dos parceiros em potencial. Os dois primeiros protótipos do KC-390 devem voar em 2014.
Para ex-presidente da companhia, é inaceitável que empresa esteja fora da disputa para fornecer o avião.
Principal articulador do projeto de criação da Embraer, o engenheiro Ozires Silva considera inaceitável que a empresa brasileira esteja fora da concorrência do programa de aquisição dos caças de combate da Força Aérea Brasileira (FAB). “Não posso aceitar que alguém diga que a Embraer não é capaz de fazer um avião como esse. Esta é uma posição restritiva a uma companhia nacional, líder mundial no seu segmento e que já fabricou mais de 8 mil aviões, que operam hoje em 80 países do mundo.”
Segundo Silva, se não fosse a competência técnica da empresa, a FAB não entregaria a ela o projeto do cargueiro KC-390, o maior e mais pesado avião já feito pela companhia. “Assim como fez com o KC-390, a FAB deveria discutir o projeto do novo caça com a Embraer e comprar dela o novo avião. O que a empresa não souber fazer, ela pode desenvolver em parceria, garantindo o domínio do projeto em suas mãos.”
A outra hipótese defendida por Silva, mas que ele apresenta como segunda opção, é que a FAB escolha um dos três caças que estão sendo oferecidos pelos competidores do FX-2 (Boeing, Dassault e Gripen) e coloque a Embraer como contratante principal. “A compra do Xavante na década de 70 foi feita dessa forma e, graças a este sistema, a Embraer conseguiu arrancar todas as tecnologias que precisava dos italianos para desenvolver a linha de produção do Bandeirante, que começava a ser fabricado”, explica o ex-executivo da empresa brasileira.
Silva disse que não desistirá de lutar para que o governo brasileiro reconheça que comprar da indústria nacional os caças para a FAB é a melhor alternativa…(retirei parte de um texto;entrevista de Ozires Silva).
se o sr Osires Silva disse isso, é bom q se verifique, é fica aqui o q eu venho dizendo: A EMBRAER está madura o suficiente p criar uma plataforma genuinamente BRASUCA…aí tem coisa.
…esse post eu retirei de parte de uma entrevista de Ozires Silva, no site administradores.com.br,de 16 de novembro de 2009.
…não sei se não vamos ter um fx3, fx4, fx5…. os russos tão querendo voltar ao fx, é gostar de letras e números…,eu acho que até o povo tá gostando disso…
Carlos Argus.
A Embraer é apenas a projetista e contrutura de estrutura, assim como a Boeing.
Mas a diferença é que o Brasil não fabrica Turbina, Aviônica, sistema, e quase nada que tenhatecnologia sensivel no avião.
Outra coisa, a Embraer não sabe contruir estrutura supersônica para caças.
Somente para aeronaves subsônicas (A-1 Tucano e etc).
Hoje a tecnologia está a um paço a frente de nós ainda mais, a não ser que haja uma parceria entre o DCTA, ITA e Embraer (como a Boing e a Lockheed o F-22)
para pelo menos pensar no assunto. Mas claro, tem que have compromisso do governo, um compromisso como nunca existiu antes. Mas qui é o Brasil. ALém do mais, a Embraer anda meia de rabo preso com caças.
Eu francamente acho que já era hora de criarmos uma empresa estatal somente para aeronaves militares, só para tomar conta do S. Tucano e os outros.
Obs: também não fabricamos os intrumentos de painel.
Ia ser como o Gripen, iamos ter que depender dos EUA e Inglaterra, Isreal do mesmo jeito.
Não duvido que a EMBRAER seja capaz de construir um caça… Mas vamos colocar os pingos nos “I”‘s e levar a questão com mais seriedade do que simplesmente “falar”.
O Sr. Ozires é uma pessoa que conhece da empresa e do ramo de negócio, porém a quanto tempo ele não está mais dentro da empresa? Mesmo com todos os contatos que ele tenha o fato é
Não duvido que a EMBRAER seja capaz de construir um caça… Mas vamos colocar os pingos nos “I”’s e levar a questão com mais seriedade do que simplesmente “falar”.
O Sr. Ozires é uma pessoa que conhece da empresa e do ramo de negócio, porém a quanto tempo ele não está mais dentro da empresa? Mesmo com todos os contatos que ele tenha o fato é o que tempo passou e muitas coisas mudaram….
A Embraer não tem condições hoje de fazer um caça de 5ª geração, que seria o mais aconselhável para se ter em mãos hoje.
Então teríamos de fazer um caça de 4ª geração, que sabemos lá se vamos conseguir fazer um 4ª++ ou coisa do tipo.
A Embraer não domina completamente uma série de tecnologias envolvidas em um caça supersônico, o principal problema mora até na última palavra “supersônico”, não é impossível e somos sem dúvida capazes, mas isso demoraria muito tempo, mesmo que viesse através de parcerias.
A EMBRAER ainda não domina por completo a utilização de materiais compostos, não em escala para que essa tecnologia seja utilizada em um caça (onde as resistências teriam de ser muito maiores).
Creio que o caminho de se eventualmente construir sob licença o vencedor do F-X2 é a melhor forma de “queimar” etapas visando conseguirmos ter dentro de 20 à 30 anos condição de termos o nosso caça nacional. O que eu considero insanidade é cancelar um programa de reaparelhamento agora e entregar nas mãos da Embraer para fazer um novo, isso vai nos jogar em uma vala de pelo menos 10 anos sem que o avião sequer saia do chão e isso é um tempo que não podemos esperar, além de que o custo do desenvolvimento pode ser no momento algo que não possamos pagar.