Brasil desenvolve tecnologia espacial para lançamento de foguetes

http://www.iae.cta.br/imagens/vls1_01.jpgNo passado se dizia que dominar os mares era ter autoridade sobre o mundo. Hoje, não se pode dizer o mesmo com o espaço, pois pertence a toda a humanidade. Mas a plena capacidade de acesso e, consequentemente, de participar dos benefícios de se colocar em órbita satélites que servirão para comunicações, meteorologia, observação da Terra e posicionamento, por exemplo, ainda é privilégio de poucos. E o Brasil com a presença da Agência Espacial Brasileira se torna um desses, capaz de fortalecer a soberania nacional com o lançamento de satélites artificiais e até mesmo foguetes.

A importância dos satélites está na observação da Terra através de câmeras, fazendo o mapeamento e o monitoramento ambiental. Conforme o diretor de Política e Investimento Estratégico da AEB, Himilcon Carvalho, a tecnologia espacial permite a previsão da safra, a quantidade de alimentos que será produzida a cada ano e, principalmente, o tempo, ainda mais agora nesse cenário de mudanças globais e climáticas.

“Temos a maior floresta do mundo e nossa responsabilidade ambiental é imensa perante o resto da comunidade internacional. Sem falar em comunicação via satélite, que coloca aquelas comunidades mais remotas, aonde não chega fibra ótica, em contato com o resto do Brasil, e colocar o estado presente nessas comunidades”, afirma o diretor.

Potência Espacial – Para o Brasil ser considerado uma potência espacial é uma questão de tempo. Segundo Carvalho, nesse tema o País pode ser comparado somente aos Estados Unidos, China, Índia e Rússia. Os quatro países dominam a tecnologia de foguetes lançadores, algo que a AEB está a desenvolver. Do ponto de vista tecnológico, o Brasil já possui satélite de observação da Terra e satélite de coletas de dados.

Atualmente, a agência desenvolve o Veículo Lançador de Satélites (VLS). Já ocorreram três tentativas de lançamento e em 2012 será executada a quarta experiência. Com a cooperação da Ucrânia, o Brasil irá lançar um foguete Ucraniano chamado Ciclone 4. O lançamento será através da base de Alcântara, no Maranhão, que é a melhor posicionada do mundo, pois fica muito próximo à linha do Equador, o que proporciona o aproveitamento da velocidade de rotação da Terra. E, principalmente, a base fica de frente para o mar, o que oferece mais segurança ao procedimento, pois o foguete não passa por cima de áreas habitadas.

“Em 2012, será a quarta tentativa de lançamento. A torre de lançamento foi reformulada, e está apta a receber não só o nosso foguete VLS, mas os foguetes futuros e com uma solução que não é completamente nacional, mas uma excelente oportunidade de negócio”, diz Carvalho.

Desde 1988, o Brasil também tem uma cooperação com a China. A partir dessa colaboração já foram lançados três satélites de observação. São satélites de grande porte com tecnologia avançada. Mais dois satélites ainda serão lançados em 2012 e 2014.
Incentivo aos jovens

A Agência Especial Brasileira criou, em 2003, o Programa AEB Escola com o objetivo de atuar como instrumento gerador de iniciativas de divulgação do programa espacial brasileiro e colaborar para a formação de pesquisadores, técnicos e empreendedores para a área. O projeto é direcionado às escolas do Ensino Fundamental e Médio de todo o Brasil.

De acordo com o diretor de Política e Investimento Estratégico da AEB, é importante ter ações voltadas para a juventude. “Nós queremos que a juventude se empolgue, comece a sonhar também com o programa espacial. Mostrar que o Brasil tem capacidade, engenhosidade e bastante criatividade”, diz Carvalho.

Para auxiliar os professores na elaboração de metodologias, a AEB oferece cursos, palestras e oficinas sobre os temas do programa. Conforme Carvalho, por meio da integração entre a comunidade escolar e as ações brasileiras no campo espacial, a AEB pretende fortalecer uma cultura do saber que possibilite ao País responder à sua capacidade de modificar, para melhor, a própria realidade.

No nível universitário a AEB também possui dois programas, o Microgravidade e Uniespaço. Esses projetos têm como objetivo integrar o ensino superior à realização de pesquisas para o desenvolvimento de núcleos especializados capazes de executar projetos na área espacial. “É importante ressaltar também que o ITA começou o curso de graduação de engenharia espacial”, conclui o diretor.

Fonte: Panorama Espacial

9 Comentários

  1. Temos que investir em marketing.
    Somos o únicos país do mundo cuja própria população não sabe que nós fabricamos e lançamos foguetes. Isso é uma vergonha!
    Marketing é tudo hoje em dia.

  2. Quem disse que não temos os nossos Misseis Balisticos Intercontinetais?

    Aos poucos estamos desenvolvendo o sistema inercial para ps VLS.

    Eles estão almentando a carga para levar satélites maiores.

    Daqui a uns 10 anos, já teremos a tecnologia apra o nosso Missil Balistico.

    O negócio não é ter, é mostrar que podemos ter.

  3. Nosso programa espacial sofre fortes pressões por conta desse VLS.
    Isso não é novidade, e devemos nos manter firmes e aumentar o investimento nessa área.
    Nosso ICBM, ops, quer dizer, VLS projeta para um futuro próximo a independência total em questões espaciais, que abrangem satélites e demais componentes de vigilância e segurança.

    Mas estamos muito devagar, muito tímidos.

  4. carlos argus :
    Então tá, é o nosso GPS , pode ser p hoje?

    Creio que isso já está sendo resolvido, as parcerias na Índia, Itália, Russia, também trata desse assunto.

  5. Salve Luiz,
    Serah que ja temos ???? Motores de foguetes e ateh de avioes ja temos visto aos montes, mas quase sempre fora de foguetes e avioes…rs..rs.. Se nos falta a tecnologia do sistema inercial, que soh ha poucos meses conseguimos dominar, eh tentador pensarmos que nao temos ainda. Com GPS alheio e sistema de navegacao por empenas acho que nao chegariamos a lugar algum, cai na nossa propria cabeca..rs.rs
    Ter ou nao o ter, eis a questao??? Acho que eh necessario ter sim, podemos ficar esperando um ataque desde que tenhamos a capacidade retaliacao em genero numero e grau suficiente, para dissuadir. Isso vale para os MBI, como para as ogivas nucleares, devemos deixar claro que podemos responder a um ataque tanto convencional como nuclear. Embora devamos negar a existencia de MBI e a existencia de artefatos nucleares sempre!
    Os ataques podem ser devastadores, nos lugares certos, mesmo que seja com armas convencionais, bem planejados. Como iremos fabricar alguma coisa sem energia, alem de estar no escuro, uma vez que, sem ser pessimista, as linhas de transmisso de energia foram rompidas .rs..rs..????
    Os MBI tem que estar prontos e em silos subterraneos, nao virtualmente, nos computadores da vida ou tampouvo nas torres moveis de Alcantara. Logico que nao precisamos de tantos, como os ianques que querem nos matar 34 ou 80 vezes !.rs.rs.r
    Soh alguns estrategicamente posicionados, nucleares e convencionais bem protegidos e em locais desconhecidos. Logico que isso eh uma coisa que soh podemos especular, mas serah que ja temos algo assim ??? Serah que aquelas forcas que comentamos podem e conseguirao impedir isso????
    Abraco amigo

  6. Eu notei o seguinte, os países latinso Brasil e Arentina estava proparando-se para fabricar suas armas cucleares.
    Me espanta o fato de não termo sido alvo de gigantescas critica pelos ocidentais. Isso é muito estranho.
    Ainda aho que no futuro, esse papo do Brasil er “buracos” apra testes de bomba, mas a suposta “denuncia” da TNP masi outras cosias, acho que poderemos ser acusados no futuro de esconder armas nucleares. E o qué é pior, apoiar o fim da TNP.

    Você muito bem como éa imprensa alheia.

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