Ciência e tecnologia: Instituto de Estudos Avançados apresenta motor de Hipersônico

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O Instituto de Estudos Avançados apresentou, neste mês, o motor “scramjet” que será integrado ao Veículo Hipersônico 14-X.


O 14-X, concebido, em meados de 2005, pelo Coronel Marco Antonio e pelo Dr. Paulo Gilberto de Paula Toro, foi projetado, em 2006 pelo 1º Tenente Engenheiro Tiago Cavalcanti Rolim, pesquisador do IEAv. A aerodinâmica do Veículo Hipersônico 14-X, que incorpora as tecnologias “waverider” (que possibilita sustentação) e “scramjet” foi realizada experimentalmente no Túnel de Choque Hipersônico T3, do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica Prof. Henry Nagamatsu (IEAv), com financiamento da FAPESP.

Um dos módulos do motor “scramjet” (primeiro a ser desenvolvido no Brasil), medindo cerca de 1,0 m de comprimento, foi projetado por Gabriela Silva Moura, doutoranda do ITA, e fabricado pela OxTig (Usinagem Industrial e Engenharia). Planeja-se instalar o módulo do motor “scramjet”, em junho de 2010, na seção de teste do Túnel de Choque Hipersônico T3, o qual possibilita simular as condições de pressão e temperatura, assim como de número de Mach (velocidade) correspondentes ao vôo real em regime hipersônico do Veículo Hipersônico 14-X.

Basicamente, o motor “scramjet” é composto por uma entrada de ar supersônica, pelo combustor (isolador e câmara de combustão) e pela tubeira ou superfície de expansão (bocal). A entrada de ar desacelera o escoamento para velocidade supersônica, transformando a energia cinética associada em pressão. A geometria da entrada de ar é responsável para que o ar a ser aspirado pelo combustor esteja nas condições necessárias para a ignição da mistura ar-combustível. O processo de compressão varia de acordo com a faixa de velocidade, comprimento disponível do veículo, entre outros parâmetros geométricos do veículo.

No combustor, ao escoamento supersônico é adicionado o combustível, em geral um hidrocarboneto ou mesmo hidrogênio. Então, os produtos da combustão são acelerados pela tubeira, uma superfície de expansão livre, onde o empuxo é gerado.

Fonte: IEAv

10 Comentários

  1. Primeiramente, gostaria de parabenizar aos pesquisadores brasileiros, mostrando mais uma vez, a qualidade das nossas instituições de ensino superior, o que não pode faltar agora é investimento a longo prazo, para que o projeto devidamente decole.

    Abraço.

  2. Fantástico! Pensava que ainda estavam na parte teórica e de cálculos mas, não! Já existem protótipos em teste!
    Certamente, isso não agradará muito aos Ianques o que, por outro lado, me faz muito mais feliz 🙂

  3. Boas novas são um alívio nesses tempos de FX zzzzzzzzz….
    Felizmente nossos centros de excelência fazem por merecer.
    Parabéns a todos, desse e dos demais projetos de ponta que a gente vê por aqui.
    Se não faltar grana, dependendo desse pessoal logo estaremos bem menos defasados em tecnologia de ponta.

    E concordo com a citação do trabalho das mulheres.
    Importante também seria vincular mais na mídia essa imagem das brasileiras.

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