Jobim quer aumentar em 2/3 cargos na Defesa

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Ministro diz que atual estrutura está aquém das necessidades criadas por ‘novos desafios’ da pasta

Evandro Éboli

BRASÍLIA. O projeto de reestruturação das Forças Armadas, que é parte da Estratégia Nacional de Defesa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê a criação de 647 novos cargos de confiança na estrutura do Ministério da Defesa. Com o argumento de que as atribuições de sua pasta irão aumentar com os novos “desafios” nessa área, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, encaminhou a Lula, em fevereiro, minuta do decreto com esse aumento do número de cargos. São os chamados Direção e Assessoramento Superior (DAS), vagas de livre escolha do ministro, sem concurso. O pleito de Jobim está sendo analisado na Casa Civil da Presidência da República.

O Ministério da Defesa conta hoje com 931 cargos de DAS. Esses 647 novos postos representam 70% da atual estrutura. Um contingente que representa quase um novo ministério. Na justificativa, Jobim afirma que as atribuições do ministério hoje são outras e serão ainda maiores com a reformulação em curso. O ministro diz ainda que o Ministério da Defesa continua com a mesma estrutura desde que foi criado, há dez anos, considerada insuficiente.

“A atual estrutura está aquém das necessidades criadas pelos desafios atualmente enfrentados pelo Ministério da Defesa e essa insuficiência se agravará com o atendimento aos marcos estabelecidos pela Estratégia Nacional de Defesa”, argumenta Nelson Jobim em exposição de motivos enviada a Lula.

Jobim diz ainda que o crescimento dessas obrigações e das atribuições geradas pela Estratégia Nacional de Defesa “acarretarão demandas adicionais à já ultrapassada capacidade de ação do Ministério da Defesa e se torna imperiosa a ampliação da força de trabalho”.

O ministro afirma que a reestruturação que pretende implementar é resultado de um profundo estudo feito na Defesa e levou em conta questões estratégicas. Segundo Jobim, é preciso considerar uma “peculiaridade” da pasta em relação a todas as outras da Esplanada: “a convivência de duas vertentes, a institucional, como ministério civil, e a operacional, como condutor das ações militares da Defesa”. O objetivo da reestruturação é integrar as ações dessas duas áreas.

Jobim: projetos novos justificam ampliação

Para justificar o aumento de cargos, Nelson Jobim também argumentou que o ministério assumiu incumbências de tocar projetos de interesse do governo mas que que não eram de sua competência original. Ele citou os projetos Calha Norte, Soldado-Cidadão e o Projeto Rondon, que consomem recursos da Defesa.

“Todos vêm sendo conduzidos com bons resultados, embora acarretem ônus considerável para a estrutura do Ministério da Defesa, que se mantém inalterada, em termos de força de trabalho, desde sua criação, em 1999”.

As mudanças que Jobim pretende fazer incluem a reformulação do papel do Estado-Maior de Defesa e a definição de novas secretarias. O projeto aprovado na Câmara dos Deputados, semana retrasada, criou a figura do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

No entendimento de Jobim, o Ministério da Defesa, quando inaugurado, recebeu uma estrutura reduzida tanto em número de secretarias – quatro ao todo – quanto do número de cargos comissionados. Entre as secretarias que estão sendo criadas está a de Produtos de Defesa, que será uma das principais, considerada estratégica pelo ministro. Segundo Jobim, outras novas secretarias surgirão. Será preciso aumentar os quadros para dar conta desse trabalho.

Fonte: O Globo via CCOMSEX

12 Comentários

  1. Se é assim, os Rafale mal vão voar e os scorpene não vão navegar por falta de dinheiro… Mais 647 preguiçosos para mamar nas tetas do governo e ganhar pensão no final.

    Foi isso que faliu as forças armadas e vai falir de novo.

    • Acho que os cargos são importantes sim, mas desde que o ministério prepare estes profissionais, com formação em diversos campos e o mais importante aperfeiçoamento constante.
      Quem sabe até incorporando militares da ativa e da reserva para compor os grupos de trabalho.
      também acho que há um papel ai a ser desempenhado por civis formados nos núcleos preparatórios de oficiais da reserva e da escola superior de guerra.
      É preciso progredir e deixar de lado esta imagem de que estão criando cargos para amigos, estes sim estão no senado e câmara, funcionários civis e militares para o MD são urgentes e falta gente preparada para isto.
      E.M.Pinto

  2. O Brasil precisa criar uma estrutura de defesa integrada. Hoje exercito, marinha e FABa trabalham muito individualmente. Por exemplo ainda não temos uma escola de pilotagem de helicopetros que sirva as tres forças. Cada uma treina seus pilotos dispersando recursos humanos e materiais valiosos. Poderíamos avançar na manutenção de aeronaves e outros equipamentos. E poderia haver mais integração e processos de compras. Se este cargos estiverem envolvidos com essas integração já terão se pagado.

  3. O próximo passo deveria ser a reestruturação dos gastos das pensões. Tem bisneto de general quee está ganhando até hoje.
    Acho que deveria existir um limite, assim como existe nas pensões comuns.
    Virou festa agora, tem muito militar ganhando por fora.
    vamos lá Brasil, estamos no rumo certo.

  4. E. M. Pinto,

    só não passa se o concurso for “bichado”…hehehe (o que não deve ser o caso)

    Pode prestar tranquilo. E seria legal ver vc e o Francoorp no MD. Eu ficaria contente com isso.

    abração

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