Virgínia Silveira, para o Valor, de Itajubá (MG)
A Embraer, em conjunto com a Força Aérea Brasileira (FAB), já definiu alguns dos parceiros estratégicos que vão participar do desenvolvimento da nova aeronave de transporte militar KC-390. Segundo o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, Chile, Colômbia, África do Sul e Portugal estão confirmados no programa do cargueiro. A França também já demonstrou à FAB seu interesse em participar do projeto.
Avaliado em cerca de US$ 1,3 bilhão, o programa de desenvolvimento e industrialização da aeronave deve receber, este ano, por volta de R$ 100 milhões, informou Saito, durante evento de lançamento da pedra fundamental da nova fábrica de helicópteros da Helibrás, sexta-feira, em Itajubá (MG). De acordo com o chefe da Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (Sefa), brigadeiro Aprígio Eduardo de Moura Azevedo, para 2011 o desembolso previsto para o projeto é de R$ 200 milhões.
“Temos um cronograma de desembolsos para o KC-390 até 2014. A maior parte dos recursos, R$ 600 milhões, será liberada em 2013”, disse Azevedo. No ano passado, o projeto recebeu um aporte de R$ 40 milhões para iniciar as atividades relacionadas aos requisitos técnicos e à configuração da aeronave.
O primeiro voo do protótipo do KC-390, segundo a FAB, está previsto para ocorrer em 2014. No dia 15, a alta cúpula da Aeronáutica e da Embraer se reuniu no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos (SP), para apresentar a maquete, em tamanho real, do compartimento de carga da aeronave.
“Trata-se de um corpo de prova, a partir do qual poderemos testar e conferir os vários tipos de cargas que a aeronave estará capacitada a receber”, explicou o chefe da Sefa. Segundo o brigadeiro Azevedo, este ano está prevista a definição do projeto do ponto de vista operacional, além dos parceiros estratégicos e o nível de participação de cada um no desenvolvimento da aeronave.
De acordo com a Aeronáutica, o novo cargueiro é um avião de transporte que, no futuro, apoiará as Forças Armadas do país e as de outras nações em missões de transporte de tropa, de carga, de veículos militares, busca e resgate, lançamento de paraquedistas e carga e reabastecimento em voo, além de operações de ajuda humanitária pelo mundo, como no caso do Haiti e do Chile.
A Embraer é a responsável pelo desenvolvimento da nova aeronave, gestão dos parceiros estratégicos, fornecedores, projeto e integração da aeronave. Segundo estimativa feita anteriormente pela empresa, o KC-390 vai disputar um mercado de 700 aeronaves, num prazo de 10 anos, o que representa um volume de negócios da ordem de US$ 13 bilhões.
Como o projeto será desenvolvido pelo sistema de parcerias estratégicas, haverá o compartilhamento de custos e riscos, a criação de laços de longo prazo entre as indústrias, as forças armadas e os governos dos países envolvidos, além do estabelecimento de cotas de participação nas vendas dos aviões.
Com 20 toneladas de peso e 35 metros de profundidade do nariz até a cauda, o KC-390 será o maior avião já produzido pela Embraer. A aeronave é quase 50% mais pesada do que o jato 190, atualmente a aeronave de maior porte desenvolvida pela empresa. O KC-390 vai substituir o Hércules C-130, em operação na FAB desde a década de 60.
A FAB também usa outros modelos de aeronave de transporte militar, especialmente na Amazônia. A mais nova delas, o C-105 Amazonas, que iniciou sua operação em 2007, foi comprada do grupo europeu EADS-Casa, para substituir o C-115 Búfalo na Amazônia. Com mais de 30 anos de serviços, o Búfalo foi desativado pela FAB em 2008.
A Aeronáutica possui uma frota de 12 Amazonas, que custaram US$ 300 milhões, e negocia a compra de mais oito aviões da EADS-Casa. “Estamos finalizando as negociações com a empresa e a previsão é de que o contrato seja assinado até o fim do ano”, comentou o brigadeiro Azevedo, da Sefa. As novas aeronaves, segundo ele, vão operar na região Amazônica, atendendo às necessidades do Esquadrão de Busca e Salvamento da FAB, além de ser usadas em atividades de transporte e logística.
Com capacidade para nove toneladas de carga, o C-105 Amazonas é um avião turboélice, projetado para desempenhar missões de transporte de tropas, transporte aerologístico, evacuação aeromédica, lançamento de paraquedistas, infiltração e exfiltração de forças especiais, Correio Aéreo Nacional (CAN) e apoio aos diversos programas militares e governamentais na Amazônia.
“A principal diferença entre o C-105 Amazonas e o KC-390, além da capacidade de carga, é o fato de que o primeiro foi desenvolvido para operar em regiões mais fronteiriças e com menos apoio e o segundo é mais robusto e preparado para levar grande quantidade de carga para determinada área”, disse o chefe da Sefa.
Este projeto é um fruto do PND. Embora timidamente as coisas vão acontecendo. Antes, nossa opção eram os velhos e bons C-130 ou modelos europeus da EADS-Casa. Mais um motivo para orgulho dos brasisleiros.
Falou Roberto, lentamente essas nossas “Ortoridades” vão nos tirando desse limbo , ie, nossas FAs, a Argentina e um exemplo a ñ se seguir , manter o país bem armado p sua defesa, é ñ sofrer chantagem como os ingleses/ianks estão fazendo com os hermanos…eu é mt outros somos a favor de reservar 2% do PIB p defesa..estariamos com um caça Brasuca , dentro de nossas necessidades. Cuidado , estamos sendo cercados por velhos corsários..o inimigo bate as nossas portas; é na paz q se prepara p a guerra. Sds.
KC-390, três vezes melhor. Maior capacidade, mais rápido, mais econômico.
3*130=390 (risos)
Tem alguns outros mais aí para incluir, mas 3 está bom.
Temos vistos nestas vendas internacionais que nem sempre a melhor aeronave é a que vence. Isto porque muitas das vezes uma aeronave inferior tem o melhor financiamento para compra, maior pressão do país vendedor, ou quase sempre as duas opções juntas. Em projeto, esta aeronave tem tudo para ser o substituto natural do C-130 mundo afora. Mas ser o melhor não é suficiente, tem-se que ser bom vendedor também.
Quando isso em 2030 so um milagre brasil e um pais que não merece consideração
Rogério, isto está acontecendo agora, não em 2030.
E.M.Pinto
Então a Franca entrou? Então já ganhou os Rafales.
Mas, não poderiamos pelo menos usar os gripens modificados para a Marinha?
Era esse aviãoe que o tal do Ministro da Defesa da Franca, Hervé Morin, chamou de “carinho de mão” o nosso KC-390.
É, agora parece que a Franca vai de KC-390, e o Hervé Morin vai engolir essa guela abaixo.
Portugal… 🙂 Pode ser 3… já é bom 🙂
Embraer com a EADS ou a Boeing… embora a minha escolha seria a ultima… pois acredito que iriam em numero agradável para os EUA.
Continuo convicto, pois não tem similar, nem c-130 e muito menos C17 que é muito maior; mas como já referi, não serve para determinados cenários. Seria mais barato operar com o 390 e os custos actualmente são um grande factor de escolha.
Por isso resta este belo avião o K390 e tenho certeza que vai ser um sucesso.
Importante é escolher bons parceiros… isso é a alma do negocio. Pensar com a cabeça e não com o coração.
Pelo jeito esse projeto sairá do papel numa boa, isso já está bem claro…
E quanto ao KC-390 é um belo avião e só espero que a França (EADS) não ‘fraquejem’ o projeto como fizeram com o A400M. Que sejam espertos e apenas atuem como sub-contratada.
Apesar que no caso do A-400 os custos são muitos mais altos, mais isso já é uma outra história…
Em falar nisso é impressão minha ou o peso da carga aumentou? o_O
“Com 20 toneladas de peso e 35 metros de profundidade do nariz até a cauda, o KC-390 será o maior avião já produzido pela Embraer.”
Se for isso mesmo, realmente teremos um pequena vantagem em relação a outro prováveis competidores.
“…Se for isso mesmo, realmente teremos um pequena vantagem em relação a outro prováveis competidores…” por exemplo caro amigo Leandro Mello, isso é um trunfo.