Autor: Konner
Na narrativa da II Guerra Mundial, a Batalha de Briansk é um conflito menor, pouco merecedor de uma nota de rodapé. Mas Bryansk tem outro lugar na história.
Foi lá que um comandante de tanque então desconhecido, chamado Mikhail Timofeevich Kalashnikov, decidiu que seus camaradas russos nunca mais seriam derrotados. Nos anos seguintes, à Grande Guerra, ele foi criar e fabricar uma arma tão simples e tão revolucionária, que iria mudar para sempre a maneira de lutar e ganhar as guerras que seriam travadas no futuro.
Mikhail Timofeevich Kalashnikov
O que foi que ele criou, nada mais nada menos, que ‘uma lenda’ — O fuzil de assalto AK-47, o ” BAD BOY “.
O AK-47 tornou-se a arma de combate do mundo, nenuma outra arma tem influenciado tanto a história do mundo como o AK-47, este fuzil se tornou um ícone na história.
Mikhail Kalashnikov nasceu em 10 de novembro de 1919, na aldeia de Kurya, no Cazaquistão, em uma família de camponeses, era o décimo sétimo filho de Timofel Kalashnikov e Alexandra. Em 1938, ele foi convocado para servir ao seu país em Kiev no Exército Vermelho.
Durante seus primeiros meses no exército, interessou-se em armas de pequeno calibre. Seu comandante logo reconheceu seu espirito ansioso e inventivo, e recomendou Kalashnikov para um curso técnico que o qualificaria como um armeiro, uma vez que ele tinha completado a sua formação de base. Lá, projetou e construiu um dispositivo para medir o consumo de combustível de um tanque, e também desenhou um aparato completo para montagem de metralhadoras em tanques, bem como outras invenções relacionadas com os tanques de combate. Em 1939, Kalashnikov foi promovido a sargento, e enviada para Leningrado, por seu comandante-em-chefe geral GK Zhukov para supervisionar a produção de seu medidor de combustível.
Quando a Alemanha invadiu a União Soviética em 22 de junho de 1941 ele foi enviado até a linha de frente, onde serviu como comandante de um tanque. Em setembro, durante a batalha de Bryansk, o seu veículo foi atingido e Kalashnikov foi gravemente ferido, sendo hospitalizado. De acordo com Mikhail Kalashnikov, ele começou a imaginar o seu fuzil de assalto, enquanto no hospital após ser ferido. Um tema frequente de conversa entre os pacientes era a falta de um fuzil de assalto automático para rivalizar com os dos alemães.
Depois de fazer uns desenhos, ele entrou em uma competição que tinha sido lançada por uma nova arma que levaria o cartucho 7.62x41mm desenvolvido pela Elisarov Semin em 1943. Um requisito especial da competição era a confiabilidade da arma em ambiente enlameado, molhado, e em condições congelantes da linha de frente soviética.
Influenciado pela simplicidade do design do fuzil sovietico PPS Aleksei Sudaev’s-43 e pelo fuzil alemão Sturmgewehr 44 (StG44), que foi o primeiro com estas características, tendo como antecessores os Cei-Rigotti italiano e o russo Fedorov rifles design Avtomat.
Os alemães por meio de estudos haviam verificado que a maioria dos combates de infantaria ocorriam a uma distância inferior a 500 metros. Porém para a realização desse projeto, os alemães viram que teriam que fabricar um novo cartucho de potência reduzida. O resultado foi a munição 7,92 x 33 mm Kurtz (curto). Esse cartucho permitiu a criação de uma arma leve, de recuo reduzido, que pudesse disparar em modo automático por longos períodos de tempo. Assim foi aberto o caminho para a criação do Sturmgewehr 44 StG44.
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“Sturmgewehr” foi a origem do termo “fuzil de assalto.”
O Kalashnikov Avtomat 1947 (AK-47) produzido originalmente pelo fabricante soviético Izhevsk Mechanical Works, foi um dos primeiros fuzis de assalto na verdade, e devido à sua durabilidade e facilidade de utilização, continua a ser o fuzil de assalto mais amplamente utilizado.
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Têm sido produzido mais fuzis do tipo AK, do que qualquer outro tipo de fuzil de assalto existente hoje no mundo. O AK é simples, barato de produzir e fácil de limpar e manter. Sua robustez e confiabilidade são lendários. A eficácia dessa peça de engenharia mecânica e militar já foi mais que comprovada, e a torna uma das mais importantes armas já projetadas e fabricadas, em qualquer época.
AK-74 Romeno
AK-74 foi introduzido em 1974 – A arma já foi adotada por mais de 20 países
Polonês wz88 – “Tantal” – fabricado em 1990
O que é comumente chamado de AK-47, hoje, é realmente AKM (AK-47 modernizado) e seus clones, que são de fabricação mais barata.
Segundo a agencia de noticias RIA Novosti, 90% dos fuzis automáticos do mundo com base no modelo Mikhail Kalashnikov de 1947 são cópias não licenciadas.
O termo comum AK-47 é impreciso. O AK-47 original era branqueado (fabricado a partir de uma barra), tornava sua produção muito mais carar.
Um comprador significativo de fuzis Kalashnikov e munição nos últimos anos tem sido o Departamento de Defesa dos EUA, o Reino Unido é também um centro de armazenamento e distribuição de armas Kalashnikov.
Com a produção de novas variantes, como o AK-100 e outros, a demanda por fuzis Kalashnikov deve se mater forte no futuro, com muitos fabricantes oferecendo a arma agora no calibre da OTAN para os mercados de exportação. Evidências sugerem que a Kalashnikov continuará a ser o fuzil de assalto dominante em muitas partes do mundo, pelo menos para as próximas duas décadas e, provavelmente mais.
Mikhail Timofeevich Kalashnikov
Com a verção mais moderna do AK-74
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