Aviões de Israel bombardearam alvos na Faixa de Gaza nesta quinta-feira, 18, sem que até o momento fossem registradas vítimas, informaram responsáveis da segurança palestina e fontes locais.
O ataque ocorreu horas depois de que foguets lançados de Gaza ao sul de Israel mataram um agricultor tailandês.
Um grupo desconhecido de Gaza chamado Ansar al-Sunna se responsabilizou pelo atentado, realizado um dia antes da reunião do Quarteto para o Oriente Médio em Moscou, onde se discutiriam formas para restabelecer as negociações de paz na região.
Segundo a Polícia israelense, o míssil atingiu a comunidade agrícola de Netiv Ha’asara, no deserto do Neguev. Apenas o tailandês foi morto e não houve notícias de mais feridos ou mais ataques.
Os aviões israelenses miraram em um escritório da cidade de Gaza, em túneis usados para o contrabando na fronteira egípcia e em um terreno baldio.
O exército israelense não se pronunciou sobre o bombardeio até o momento.
Crise
Os enfrentamentos em Gaza ocorrem em meio a pior crise vivida por Israel e seu aliado estratégico, os Estados Unidos, em décadas.
O atrito entre americanos e israelenses começou na semana passada, durante visita a Israel do vice-presidente dos EUA, Joe Biden.
Na ocasião, o Estado judeu anunciou a construção de 1,6 mil casas em Jerusalém Oriental, região de maioria árabe e reclamada pelos palestinos como a capital de seu futuro Estado.
A área também faz parte do território ocupado por Israel na Guerra dos Seis dias em 1967, não reconhecido pela ONU.
O anúncio de Israel já foi condenado pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pelo próprio Biden e até pelo presidente Barack Obama.
O líder afirmou em entrevista à Fox News que as novas construções “eram uma escolha lamentável” do país, a qual não ajudará o processo de negociações de paz entre Israel e palestinos.
Telefonema
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, telefonou nesta quinta para a secretária de Estado americana Hillary Clinton, e acordou com ela um encontro em Washington na próxima semana, com o objetivo de amenizar as tensões entre os dois países.
“Eles discutiram ações específicas que podem melhora a atmosfera para o progresso do processo de paz”, afirmou em um comunicado o porta-voz do Departamento de Estado, P.J Crowley.
Segundo o porta-voz, o enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, viajará à região neste fim de semana para manter conversações em separado com autoridades isralenses e palestinas.
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