Aeronáutica diz que não lhe cabe decisão política sobre caças

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Em ofício a Jobim, Alto Comando afirma que, sob aspecto técnico, Rafale, Gripen e F-18 atendem à necessidade da FAB

Tânia Monteiro

Após dois dias de reuniões em Brasília, o Alto Comando da Aeronáutica entregou ontem ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, um ofício-resposta em que diz que não é da competência da Força Aérea a decisão política de escolher o novo caça. Na mesma resposta, a FAB reitera que, nos aspectos operacionais e logísticos, os três modelos que participam da concorrência – Gripen, F-18 e Rafale – atendem à Aeronáutica.
Dessa forma, a FAB endossa a possibilidade de o governo escolher o Rafale, da Dassault, mesmo sendo o mais caro dos três concorrentes. Tanto Lula quanto Jobim já disseram em público que a preferência é pelo caça francês porque a Dassault oferece o melhor pacote de transferência de tecnologia.

Depois de avaliar o relatório da comissão da FAB, que analisou os três caças finalistas e pontuou o Gripen em primeiro lugar, o F-18 em segundo e o Rafale em terceiro, Jobim decidiu fazer uma avaliação própria, dentro da estratégia da política de defesa. Sua análise tem como premissa básica a necessidade de o País se capacitar e desenvolver tecnologicamente, o que só é possível com transferência de tecnologia (oferecida de forma irrestrita pela França).

Para os oficiais, o importante é que a questão seja resolvida o mais rapidamente possível, com a opção de compra de qualquer um dos três modelos. Os brigadeiros temem que a decisão acabe sendo atropelada pela campanha eleitoral e o desfecho seja adiado mais uma vez – o assunto se arrasta desde o segundo mandato do governo Fernando Henrique Cardoso (1999-2002).

Ontem mesmo o Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, entregou ao ministro da Defesa a resposta da FAB. Jobim vai agora preparar um relatório, que será entregue ao presidente Lula – ele volta da viagem ao Oriente Médio neste fim de semana. O relatório será levado ao Conselho Nacional de Defesa, a ser convocado pelo presidente Lula.

Fonte: O Estado de São Paulo

36 Comentários

  1. Como o preço do Rafale é maior quem sabe haja algumas vantagens maiores também.
    O Risco de ter um avião caro de adquirir e manter é que ele só voará na parada de 7 de setembro. A Otan recomenda no mínimo 240 horas de vôo para um piloto manter sua proficiência. As forças armadas Brasileiras vivem com dificuldades de caixa.
    Além do mais, essa histórica de melhor pacote de transferência tecnológica é piada. Seria bom saber o grau de transferência tecnologica dos helicopteros da Helibrás. Depois de mais de 30 anos ainda somos apenas montadores. A própria FAB não gosta muito dos franceses como fornecedores ( manuais ruins, peças de reposição caras, não cumprimento de contratos e tudo mais). Mas o guia genial dos povos ( Lula) resolve tudo isso com um churrasco e muita birita.

  2. Helibras atualmente 25% Brasil 75% da França nos modelos Esquilo. A nacionalização da produção do EC 725 deve ser entre 5% e 10% no começo, podendo ser aumentado para até 50% num prazo de seis a dez anos. No entanto, salvo melhor informação, as partes “nacionais” do EC 725 são aquelas de menor conteúdo tecnológico. Toda a parte de design e evolução de projetos continuará na França. Se você sonha com o desenvolvimento de um helicóptero nacional, com motores e eletrônica feitos aqui, esqueça a Helibras.

  3. Notícia sob medida para o Rafale, é acho que meu favorito o Gripen foi abatido, isso já era visto, estão fazendo de tudo para enfiar guela abaixo a tranqueira francesa, vamos tirar do buraco a Dassault…mais uma para a história brasileira, o tempo dirá, o tempo dirá….

  4. O que importa eh o desempenho na missao, quando o caca for designado. Qual deles inspiraria maior seguranca e eficiencia no efetivo desempenho da missao. Simulacoes de combate, indicam flagrante superioridade dos cacas franceses, que chegam a abater ateh mesmo cacas de 5a. geracao. Se tecnica e operacionalmente, qualquer um atende as necessidades da FAB e, claramente, em termos de tranferencia tecnologica, politica(independencia), economica e estrategicamente(liberdade na comercializacao dos mesmos na America Latina), os cacas franceses, de longe satisfazem melhor as necessidades de defesa da nacao.
    Sds.

  5. Ricardo,

    É isso aí se depois de 30 anos ainda temos 25% de nacionalização em helicópteros leves. Quanto teríamos de conteúdo tecnológico nacional num eventual Rafale feito no Brasil? Quem sabe o bico de calibragem do pneu??? Não digo que os americanos seriam melhores…Segredos tecnológicos não tem preço. Essa histórica de transferência de tecnologia é algo que é vendido pra justificar uma escolha apenas isso. Os caras gostam do Rafale e pronto. Vão emperrar goela abaixo da FAB a terceira opção.

  6. Caro Ricardo,

    Tudo tem o seu tempo certo, tendo dominada a primeira etapa, partiriamos para a segunda, ja com uma boa dose de estrutura e familiaridade com sistemas e melhores condicoes de absorcao tecnologica. Lembre-se que essa foi uma das consideracoes da FAB, na sua infeliz – muito embora, para mim, escolha dos Gripens, a FAB jogou para a galera, jogada psicologica, o “lobby” da Saab+Boeing+Embraer(como grande empregadora de componentes ianques em suas aeronaves)+govs. sueco e ianque, eh poderosissimo e a FAB teve que fazer o que fez, assim, nao da para levar a sua opcao a serio, ainda bem que o Lula vai dar o que a FAB realmente quer e eh melhor para a nacao, nao tenho a menor duvida disso!!!!.
    Abraco

  7. Impressionante commo o Sr. Jobim está conseguindo impor suas vontades.
    A FAB se rendeu a França e nós vamos manter o Rafale na ativa e ainda ter que aturar essa Jaca de asas.
    Não se tem transferencia de tecnologia irrestrita, isso não existe, nenhum País vai gastar milhões em Tecnologia para passar para outro País dessa forma.
    É de conhecimento de muitos que os mIrage são caros de se manter e que tudo da França é complicado.
    A maior prova é de que os F% estão voando até hj em város Paises e nunca faltaão peças ou componentes, o mesmo não não podemos dizer dos Mirage III e outros da mesma linha. A India preferiu os SU30MKI do que os Mirage 2000 devido seu alto custo.
    enfim ficar aqui apontado vários motivos para não se scolher os equipamentos da França e desgantante.

    Um final infeliz para a FAB e seus pilotos.

    Abs.

  8. Temos de seguir o exemplo de Israel,o importante é que poderemos usar qualquer tipo de míssil em nosso avião,e ter a capacidade de fazer a manutenção necessaria,nós temos de investir na fabricação de míssil,bombas,torpedos e tecnologia embarcada.
    abraço.

  9. O Rafale francês também tem componentes americanos entre outros. O assento ejetável é o Martin Baker inglês. A FAB fez uma avaliação e classificou o Rafale em terceiro. Agora se é pra desqualificar a escolha da FAB pra que fazer todo esse processo? Lula que escolhesse logo o que mais lhe agrada. Quanto ao desempenho do avião isso não é nada se não houver um piloto treinado pilotando. Nas guerras áabes-israelenses, a força aérea de Israel era muito melhor treinada e acabou com as forças aéreas árabes apesar delas terem com o melhor do equipamento soviético.

    Por fim aqui vai a experiência do Brigadeiro Teomar Quirico que participou do projeto AMX na FAB
    “Minha experiência com os franceses é a pior possível, vem de longa data, desde o início da minha carreira como piloto de caça, e a não ser que de alguma forma nossos amigos gauleses tenham mudado radicalmente e expressado isso nos documentos apresentados (o que também não garante nada!), minha opinião é de nem levá-los em consideração ab initio!)”

    Pra quem quer saber mais
    http://www.aereo.jor.br/2010/01/27/uma-opiniao-sobre-o-fx-2/

  10. Ricardo e Marcelo,

    Há neste blog uma matéria de um novo helicóptero chinês que é a ‘cara’ do Super Frelon frânces…
    Outro dia tinha uma matéria do KAI Surion, um novo helicóptero coreano (do Sul) que é a ‘cara’ do Super Puma frânces…
    Ambos são claramente defasados se comparados aos novíssimos projetos em andamento, mas tem em comum o fato de que seu projeto, know how e até mesmo copyright (que chinês não respeita) são todos de propriedade nacional, China e Korea.

    Esta é a questão que tanto me angustia.
    Fabricar sob licença não transfere tecnologia nem alimenta o desenvolvimento da indústria…
    Ser co-proprietário do projeto, know how e principalmente do copyright dos códigos fonte é essencial, pois aí mora a independência para o futuro. Ser sócio é diferente de ser licenciado.

    Falam muito dos motores… tolice. Fabricar motores aeronáuticos de alto desempenho é um sonho muito distante para o Brasil. Basta olhar o Kaveri Hindu ou mesmo as turbofans Shenyang Liming WS-10A chinês. A quantos anos estão nesta luta? Vão conseguir, mas não é fácil, nem muito menos rápido. Solução mais sábia é a Sueca com a Volvo, que licenciou a manutenção das turbinas F-404.

    Enfim amigos, os franceses no sudeste asiático são mais flexíveis na transferência de tecnologia do que no Brasil… Ou talvez os chineses e coreanos tenham mais pulso ou melhor ‘tino’ comercial que os brasileiros.

    Seja como for, prefiro um monomotor nacional do que um bi-motor que irá um dia ter a tecnologia ‘transferida’.

    Mas já é um jogo de cartas marcadas, mesmo com todas as prorrogações o resultado está garantido, pois já haviam combinado com o trio de arbitrágem (Juiz, dois bandeirinhas e árbitro reserva…).

    Sds,
    Ivan.

  11. Olá a todos. Discutir, não vale a pena, pois foi feita a opção política pelos Rafale, há bastante tempo, portanto, nem faço questão de revelar o meu favorito. No entanto, deixo as seguintes questões, em especial, aos que preferem o Rafale:
    1 – O custo de hora voada do Rafale é maior (aparentemente) que os demais concorrentes. A pergunta é: A Fab receberá dotação orçamentária extra para cobrir estes custos, afinal, avião de caça, não se voa apenas uma vez por mês.

    2 – O pacote de armas do Rafale (aparentemente) não contempla nenhum missil do alcance dos AIM120-C7 dos Ianques (+ de 100 km), mas apenas os MICA que tèm metade deste alcance. A pergunta é: Como faremos se tivermos de lutar contra os AIM120 dos Ianques, ou pior os “R77” russos? Não vale dizer que compraremos os “Meteor” pois este missil é muiito mais caro que os dois.

    Agora, a todos, as seguintes perguntas: Se a FAB realmente, não queria o Rafale:
    1 – Porquê deixou que ele fosse para a “Short List” ?
    2 – Porquê não avaliou os pacotes de armas e, em especial o alcance dos misseis “BVR” de cada um ?

  12. Ivan,

    concordo com vc…A China é uma notória “mão leve” de projetos. Ou seja eles fazem engenharia reversa muito bem. A França vai nos passar a perna e não transferir tecnologia coisa nenhuma. Eles estão desesperados pra manter sua industria aeronáutica e empregos então prometem tudo mas o fato é que não conseguiram exportar nenhum Rafale apesar de já terem participado de várias concorrências pelo mundo afora. Enfim Lula quer nos transformar nos salvadores da industria francesa.
    O ideal seria participar do desenvolvimento de um projeto e não comprar um pacote fechado caro e cheio de incertezas

  13. Intruder,

    Concordo com vc em tudo. Em relação a perguntas que vc fez. Vou tentar responder uma delas:
    Não é que a FAB não queira o Rafale. Hoje ela voa Mirage 2000, F-5 e AMX aviões defasados tecnologicamente. Então é obvio que o Rafale serve. Agora comparando com os concorrentes do FX-2 a FAB o colocou com terceira opção. Não acho que devemos dizer que a FAB não quer apenas ela quer mais os outros.

  14. Intruder,

    Vc tem razão, mas é divertido debater o assunto, ‘exercita o músculo’…

    Sou Gripeiro, os amigos de outros Blogs já me conhecem, mas tenho debatido com amigos Rafalemaníacos as mudanças necessárias para tornar este vetor melhor adaptado para o Brasil (que nos interessa) mas também para outros cenários.

    Na verdade o mesmo se aplica ao SuperHornet.

    Creio que em breve, em face da sinuca de bico que os franceses combinados com o trio de arbitragem deram no processo, o debate no futuro próximo será em torno das modificações necessárias ao Rafale F3 para um padrão F3-Br… he he he.

    O momento está chegando, já ando anotando minhas sugestões… tipo M-88 ECO, Meteor, HMD (Head Mounted Display), vidro elétrico e outras coisinhas que lhe faltam. Mas deixa chegar a hora, vai ser divertido.

    Abç,
    Ivan, do Recife.

  15. Também acho que isto é uma novela que nunca mais acaba.
    Os pilotos brasileiros já se prenunciaram em relação á preferência? Acho que eles são uma pedra fundamental nesse FX2.
    Ou então isto anda com algumas guerras internas, porque uns preferem determinado avião e outros puxam em outro sentido.

  16. O brasil não tem opção vai ter que aceitar ,frances,ou americano que seja ,pois este pais perfeito sem defeito com politicos ainda mais perfeitos que e nosso não valoriza nada se esqueceram da engesa deixaram ela na pior que garantia teremos quando trocarmos de politicos de 8 em 8 anos que se tera uma continuidade sem frescuras tipo vou mudar tudo do jeito que interessa meu partido e meus aliados prejudicando o pais

  17. Ivan,

    Os Chinês copiam…tudo!!!! As vezes por bem outras nem tanto. E o pior é que ninguém quer se indispor com alguém tão poderoso e muitos nem abrem a boca. A Embraer estava enfrentando alguns problemas com isso em Harbin. Se o Rafale ganhar o Lula vai ser o papai noel da Dassault e de seus empregados.

  18. Temos uma guerra interna sim, mas é entre o governo e os militares.
    Reconheco que temos generais safados que não comprar armamento nacional que ´muito mais barato,e preferem o armamento caro de fora. Acho que esse p%lantr@as estão é com caixa 2 no governo. Fabricamos armas aqui que não usamos, apenas vendemos para fora. Eu pergunto: Será que nossos militares são tão santos assim? Eu acho que tem gente lá dentro ganhando muito com a defasagem das nossas forças.

  19. O que até agora muitos não conseguiram explicar é sobre os reais riscos do Gripen NG, todos elogiam esse ‘projeto’, mais não explica sobre seus custos verdadeiros…

  20. Caro Leandro,
    Verdade, concordo contigo, ha poucos dias atras, foi amplamente divulgado na midia, que o F- 35 estaria saindo fora do custo em 50%, para cima e assim estaria sendo descontinuada a sua producao. Este caca ha muito ja saiu do papel, imaginem entao um caca como o Gripen NG, que nem se quer saiu do papel. Eh um total absurdo a FAB optar por um caca que nem se quer sabe o preco e dizer que eh mais barato. Certamente nao eh para se levar a FAB a serio nessa opcao. Me parece que ela abracou o parecer do “lobby” e boa, fica de bem com todo o mundo e o lula nos salva, com a escolha do melhor vetor – RAFALE, 4.5 geracao e capaz de abater o F-22, imaginem o que essa maquina nao faz com SH??? O que importa, realmente eh o desempenho na missao, mesmo que custe um pouco a mais, ateh porque o custo adicional um tanto maior (pouca coisa)das aeronaves estara incluido no orcamento. Alem disso, TT irrestrita para uma geracao 4.5 e NAO 4.0. Eh muito facil alguem dizer que nao havera TT, que isso tem custo,…etc…Eh bom lembrar que os cacas nao serao doados ao Brasil, os franceses terao que garantir que transferirao a tecnologia, sem restricoes, mediante contrato. Alem disso ha uma alianca estrategica entre os dois paises e isso conta muito!!!
    Um abraco

  21. E.M.Pinto vc poderia, por favor publicar essa matéria?

    “Brasília, 18 mar (EFE).- O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quinta-feira que os caças da francesa Dassault têm vantagem sobre os aviões suecos e americanos que também disputam a licitação para a compra de 36 aeronaves para a Força Aérea Brasileira.
    “A Força Aérea considera os três aviões satisfatórios” e “pesará a transferência de tecnologia e a redução da dependência”, dois assuntos nos quais a empresa francesa oferece melhores condições, declarou o ministro a jornalistas.”

    http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5gXdP1EyR89tLiVAKfkzTqP0iBo5Q

  22. Intruder,

    eu acho o seguinte sobre suas questões (e estou partindo de discussões feitas com o próprio E. M. Pinto, com amigos do CRE de Brasília e amigos do NEE da Unicamp, que acompanham de perto o FX2).

    A questão da verba e do orçamento da FAB não será problema (assim como não está sendo problema na MB e no EB). O receio que o Rafale não venha a ter verba para voar não condiz com o planejamento do MD, que prevê disponibiulização orçamentária para a modernizaão das forças de acordo com as necessidades e de acordo com a mudança que a END faz nas estruturas das forças. Traduzindo em miudos: quem tem F-5 ganha verba de F-5, quem tem Rafale (o que incluirá a MB também) ganhará verba de Rafale. Mas na medida que for necessário (hoje não adianta disponibilizar mais verbas para a FAB, não é agora que isso ocorrerá). E esse processo de transformação das FAs via END foi e está sendo votado e aprovado pelo Congresso (como por exemplo, a lei que proíbe cortes orçamentários destinados as FAs entre outras – ou seja, a END é um processo, não adiata querermos pensar nas FAS do futuro com a cabeça de hoje, pois serão coisas diferentes e bem diferentes).

    O MD quer o Meteor. E é como eu disse, essa preocupação com custos não está no MD, está mais nos comentários de blogs e imprensa. O MD disponibilizará os recursos que forem necessários para a real e completa modernização das FAs.

    Os caças da Short List foram apostas da FAB e do MD. Apostas para negociação. Os focos principais do alto comando da FAB e do MD, para a shor list, foram e são dois caças: Super Hornet (defendido pelo alto comando da FAB) e Rafale (defendido desde o início pelo MD). As negociações foram feitas com EUA e França, mas não avançaram com os EUA (devido a tradicional restrição em TT por parte dos EUA) e avançaram com a França.

    No caso do NG, ele não está nos planos. Todo esse barulho em torno dele é por causa do tal vazamento da COPAC e dos lobbies.

    Assim, pra resumir: o Rafale era o favorito desde o início (por motivos estratégicos que o MD defende e tem muita lógica em defender e realizar) e será ratificado oficialmente. O Super Hornet corria como alternativa, mas dependia de as negociações com os EUA avançarem, o que não ocorreu a contento. E o NG, apesar de sua preferêencia por parte da COPAC e parte da indústria brasileira(que quer lucros e não defesa aérea), sempre foi a terceira opção dentre os caças da short list (uma terceira opção, inclusive, que nem era para existir, pois o terceiro caça da short list era para ser o SU-35, que foi cortado para colocarem o NG em seu lugar, por motivos políticos de dentro da FAB).

    Então, o que eu sei (com fontes relativamente seguras e fontes diversas) é isso.

    Um ponto que eu sempre falo aqui é o seguinte: vale a pena esperar as justificativas e também os esclarecimentos que serão feitos tanto pelo Jobim como pelo Saito, após o anúncio oficial do Fx2. Tem muita coisa que está sendo distorcida por meio de lobbies…a situação não é bem essa que se apresenta na imprensa.

    abração

  23. Claríssimas as tuas ponderações, Hornet: Respondestes integralmente aos meus questionamentos! 🙂
    Concordo contigo em que tudo agora fica com o MD e o Governo. Devemos pois, torcer e confiar em que o Brasil seja um pouco mais sério com as questões de defesa e soberania, do que o tem sido nos governos anteriores. Os meus questionamentos partiam desse pressuposto aliás:
    Se a verba chegar no nível necessário, não vejo nenhum problema quanto ao vetor Rafale. Aliás, se não chegar, nem o Gripen D, nos serviria, pois seria excessivamente caro também!

    Apenas me causou surpresa (e satisfação) a tua afirmação de que o MD já tenha se manifestado a respeito do Meteor! De fato é um belo missil e, muito necessário, pois, de que vale radares com 180Km ou mais de alcance e misseis de 50/60Km de range??
    Para finalizar, sabes de mais alguma informação sobre planos de aquisição do BVR Meteor? Este sim, valeria ter uma linha de montagem aqui em nosso País!

    Abraços,
    Intruder

  24. Marcelo :
    Como o preço do Rafale é maior quem sabe haja algumas vantagens maiores também.
    O Risco de ter um avião caro de adquirir e manter é que ele só voará na parada de 7 de setembro. A Otan recomenda no mínimo 240 horas de vôo para um piloto manter sua proficiência. As forças armadas Brasileiras vivem com dificuldades de caixa.
    Além do mais, essa histórica de melhor pacote de transferência tecnológica é piada. Seria bom saber o grau de transferência tecnologica dos helicopteros da Helibrás. Depois de mais de 30 anos ainda somos apenas montadores. A própria FAB não gosta muito dos franceses como fornecedores ( manuais ruins, peças de reposição caras, não cumprimento de contratos e tudo mais). Mas o guia genial dos povos ( Lula) resolve tudo isso com um churrasco e muita birita.

    Perfeito Marcelo onde assino???????? Triste vermos mais uma vez o bonde da história passar…quem defende um negócio desses com os franceses só pode estar de brincadeira, ou não conhece o mínimo da história de contratos de defesa no Brasil…o Jobim já disse que é Rafale na cabeça, logo, foi-se o boi com as cordas…..

  25. Hornet :Intruder,
    eu acho o seguinte sobre suas questões (e estou partindo de discussões feitas com o próprio E. M. Pinto, com amigos do CRE de Brasília e amigos do NEE da Unicamp, que acompanham de perto o FX2).
    A questão da verba e do orçamento da FAB não será problema (assim como não está sendo problema na MB e no EB). O receio que o Rafale não venha a ter verba para voar não condiz com o planejamento do MD, que prevê disponibiulização orçamentária para a modernizaão das forças de acordo com as necessidades e de acordo com a mudança que a END faz nas estruturas das forças. Traduzindo em miudos: quem tem F-5 ganha verba de F-5, quem tem Rafale (o que incluirá a MB também) ganhará verba de Rafale. Mas na medida que for necessário (hoje não adianta disponibilizar mais verbas para a FAB, não é agora que isso ocorrerá). E esse processo de transformação das FAs via END foi e está sendo votado e aprovado pelo Congresso (como por exemplo, a lei que proíbe cortes orçamentários destinados as FAs entre outras – ou seja, a END é um processo, não adiata querermos pensar nas FAS do futuro com a cabeça de hoje, pois serão coisas diferentes e bem diferentes).
    O MD quer o Meteor. E é como eu disse, essa preocupação com custos não está no MD, está mais nos comentários de blogs e imprensa. O MD disponibilizará os recursos que forem necessários para a real e completa modernização das FAs.
    Os caças da Short List foram apostas da FAB e do MD. Apostas para negociação. Os focos principais do alto comando da FAB e do MD, para a shor list, foram e são dois caças: Super Hornet (defendido pelo alto comando da FAB) e Rafale (defendido desde o início pelo MD). As negociações foram feitas com EUA e França, mas não avançaram com os EUA (devido a tradicional restrição em TT por parte dos EUA) e avançaram com a França.
    No caso do NG, ele não está nos planos. Todo esse barulho em torno dele é por causa do tal vazamento da COPAC e dos lobbies.
    Assim, pra resumir: o Rafale era o favorito desde o início (por motivos estratégicos que o MD defende e tem muita lógica em defender e realizar) e será ratificado oficialmente. O Super Hornet corria como alternativa, mas dependia de as negociações com os EUA avançarem, o que não ocorreu a contento. E o NG, apesar de sua preferêencia por parte da COPAC e parte da indústria brasileira(que quer lucros e não defesa aérea), sempre foi a terceira opção dentre os caças da short list (uma terceira opção, inclusive, que nem era para existir, pois o terceiro caça da short list era para ser o SU-35, que foi cortado para colocarem o NG em seu lugar, por motivos políticos de dentro da FAB).
    Então, o que eu sei (com fontes relativamente seguras e fontes diversas) é isso.
    Um ponto que eu sempre falo aqui é o seguinte: vale a pena esperar as justificativas e também os esclarecimentos que serão feitos tanto pelo Jobim como pelo Saito, após o anúncio oficial do Fx2. Tem muita coisa que está sendo distorcida por meio de lobbies…a situação não é bem essa que se apresenta na imprensa.
    abração

    Meu caro colega Hornet,

    muito bem colocado suas observações, são as mesmas impressões que eu tenho a respeito do asssunto FX2 RETA FINAL. Quem viver, vera boas noticias ainda sobre este assunto…

    Grande abraço, saudação a todos.

  26. Intruder,

    vou procurar mais informações e se as tiver coloco aqui no bblog. O E. M. Pinto deve saber de algo também…

    Mas o que eu sei, como disse, é que o MD (é um assunto tratado no MD e não na FAB) quer o Meteor para compor as armas do Rafale da FAB.

    Vamos ver o que acontece, mas acho que está tudo dentro do planejado (com um atraso aqui ou ali, mas nada fora do normal em se tratando de negócios desta natureza).

    abração

  27. Olá amigos,

    algumas humildes opiniões desse leigo infectado por virus Aerococcus há 30 anos :

    1-Muito boas suas observações, como sempre. Teria mais algumas informações p/ compartilhar sobre o resto do pacote de armamentos que viria c/ o Rafale ?

    2-Alguém sabe se existe algum documento obrigando os franceses a fabricar na Helibras c/ um percentual ‘x’ e eles então estariam desrespeitando essa cláusula ? Se há devemos exigir medidas dos órgãos competentes medidas p/ o seu cumprimento, senão estão no direito capitalista de agir como querem. Outra coisa vc pode transferir tecnologia p/ fabricar algo, mas isso não significa que tenha obrigação de fazê-lo ( a fabricação efetiva ) uma vez que outras variáveis entram nessa equação como relação custo/benefício ( o custo do item nacional poderia ser muito alto, tornando uma alternativa inviável economicamente, até pela questão de economia de escala ) – ou seja eu posso saber fazer, mas posso concluir que não vale a pena – e transferencia de tecnologia pressupõe disposição p/ transferi-la, mas também capacidade p/ absorvê-la, enfim não é uma questão tão simples assim.

    3-Será que não temos o fim óbvio dessa novela porque o Ministro adora dar entrevistas sobre o assunto ? rs

  28. Eita novela sem fim.
    Quanto aos aviões, embora seja completamente leigo no assunto, vou cometer uns chutes.
    Primeiramente, qualquer dos três será muitíssimo bem vindo.
    F-5 ‘era flintistone’ e mais alguns pterodáctilos que a FAB tem, não dá.
    Apesar de certa simpatia pelo gripen, sou rafale.
    Se não estivéssemos tão atrasados em aviões de caça, seria aceitável um projeto.
    Mas necessitamos de uns aviões bons e prontos, por isso, ou rafale ou f18.
    Tecnologia é um assunto delicado, acho que não haverá grandes tranferências em nenhum dos três, não pelo menos quanto se pensa e se quer.
    Para se assimilar uma tecnologia avançada, é preciso estar quase no patamar de quem a desenvolveu. Quem está nesse nível, pode até ‘copiar’.
    Em casos assim, a tal TT é apenas um meio de se evitar ‘re-inventar’ a roda’, diminuir os gastos em P&D e ‘queimar’ uma etapas.
    Mas quem tem condições de assimilar totalmente uma tecnologia, teria condições de desenvolvê-la.
    Quem não tem condições nem de ‘copiar’, dificilmente vai assimilar muito.
    Não é uma questão de ter ou não centros de excelência (até temos alguns), mas de toda a capacidade e mentalidade da industria. Nossa industria não tem um nível dos mais altos de P&D.
    Assim, vamos assimilar muito menos do que desejamos.
    E se quisermos realmente aprender, temos de fazer como outros países fizeram: engenharia reversa, cópias, etc…Para isso, é preciso ter um nível altíssimo de excelência.
    Será que já estamos adiantados assim?
    E o avião, por que um mais desenvolvido?
    Porque precisamos de caças com certa urgência, não dá para arriscar em um projeto.
    Talvez a próxima compra, daqui uns bons anos, já tenhamos de escolher algo mais para desenvolvimento, ou até embarquemos em algum projeto nos próximos anos.
    Mas de imediato, temos de ter um avião já pronto e operacional, com capacidade superior.
    Quanto a dinheiro para manter os ‘bichinhos’ voando, acho que entendo a angústia da FAB. Infelizmente existe sim um risco de não ter dinheiro
    Mas tem o mesmíssimo risco de não conseguir voar os gripen. A África do Sul está com dificuldades de voar gripen, o que mostra que a ‘economia’ desse avião não é assim tão imensa.
    Espero que esses chutes não acabem com a ‘canela’ de quem entende. Como disse, sou leigo, apenas gosto de acompanhar o assunto.

  29. Comandante Melk,

    que bom lhe ver (ler, no caso..hehe) por aqui. Fazia tempo que não nos falávamos, mas agora podemos trocar uma idéia novamente.

    vamos nos falando.

    um abração pra vc

  30. Con todo o carinho que merecem os suecos, e os vikings em geral (lembro Amundsen) deixando de lado o país, Suécia, acho que o problema é a Saab, acho que a Saab errou na proposta, deberia ter feito uma proposta muito mais realista, ja que ela não é Boeing nem Dassault, nem a Suécia é França ou os EUA.
    A Saab não tinha pronto um carro para esta corrida, então deberia ter proposto uma parceria real, convidar ao Brasil desenvolver conjuntamente um caça com un novo nome obviamente, nada de grifo, uma parceria real para desenvolver um caça sueco-brasileiro. Faltou humildade ou subestimam ao Brasil e aos brasucas.

    É a hora do Brasil mostrar seu jeito de ser potência, um jeito baseado no respeito a todos os países raças e culturas do mundo.

    O Brasil herdeiro do imperio português, mostrará nesse século XXI que a política americana do big stick já não é mais aceitada por ninguém, que essa política será superada por a diplomacia de Itamaraty, deste novo Itamaraty respeituoso das diversidades.
    Éste é o Itamaraty que o Brasil precisava para conquistar adhesões em todos os cantos do Globo.

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