22 Comentários

  1. Vejam , pode-se confiar nesse país? desde a mt tempo já se mostra expansionista, tomou + da metade das terras méxicanas, anexou portorico, e está anexando a colombia..estão em apiay , 100Km de Mato Grosso ; Quanto Vants ,é estão nossas Forças observando os movimentos dos nefasto ianks?Eles ñ são confáveis..

  2. Todo imperio cai um dia e tambem nao seria facil derrota o exercito brasileiro em 6 horas nosso exercito demostrou seu valor com 28 mil soldados na 2 guerra imagine com o efetivo total da força os americanos serião aniquilados .

  3. Eu já vi este assunto em um site da UFJF(Univers Fed Juiz de Fora-MG). Comentou-se, em outra fonte, também que havia sérias intenções de ações belicistas contra o Brasil em 1991. Cabe lembrar que hoje bastaria um bloqueio naval para asfixiar a economia do país. Não duvido que estejamos na mira do Pentágono diante das atuais circunstâncias.

  4. Amigos quanto a essa invasão do Brasil pelos E.U.A na Segunda guerra não vejo nada de mais,era uma possibilidade,assim como a alemanha tb pensava em invadir o Brasil,era uma época conturbada,mas vale ressaltar o papel de Getúio que soube arrancar dos amerecianos o que ele desejava.

  5. Tenho um documentário sobre os planos da Alemanha Nazista de invadir a Europa, depois a China e as ilhas do pacífico. Depois invadiriam os EUA em duas frentes, pelo atlantico e pelo pacífico e por último a América do Sul pelo atlantico… ou seja, o Brasil. Era período de guerra e Getúlio Vargas se simpatizava com ao Eixo!

  6. Ivan,

    Nos encontramos novamente, Xará…

    Eu, apesar de antigo, não era nascido… he he he, mas havia também planos dos aliados de invadir a Suécia, temendo uma ivasão do eixo.
    Fazer planos para contingências é obrigação de qualquer Estado Maior de respeito, pois quando as emergências acontencem (e sempre acontecem) não há tempo para nada.

    Vou lembrar 2 (dois) exemplos de falha de planejamento:
    * Invasão do Eixo na Noruega durante a 2ª Guerra Mundial, meio de improviso, o estado maior alemão teve que usar mapas turísticos para seu planejamento;
    * Guerra das Malvinas em 1982, a Inglaterra simplesmente não tinha dados de inteligência atualizados da América do Sul, muito menos da Argentina, mesmo com as negociações acerca das ilhas em eterno andamento.

    Enfim, fazer planos é obrigação de todo estado maior.

    Abç,
    Ivan, do Recife.

  7. Já tinha lido alguma informação sobre este facto, mas gostei de certa forma como o tema foi abordado.
    Agora pergunto, não haveria razão por partes dos americanos para executarem esse plano? No panorama de uma guerra mundial era mais que natural, sendo o Brasil uma área com grande relevo estratégico e ainda por cima mostrava simpatia pelos Nazistas.
    Ainda não vi ninguém a fazer a critica desta suposta simpatia. Como sempre a cavalaria russa aparece e toca a dizer mal dos americanos.
    O mundo estava em guerra e o Sr. Hitler andava armado em Napoleão.
    Aos críticos:
    Primeiro estamos em 2010… não estamos nos anos 40… nem no século passado. Estas conquistas actualmente não têm lógica nem vão acontecer. Acordem… olhem para um perspectiva actual… da conjuntura Mundial do presente e futuro.
    Mais uma vez e desculpem-me… há comentários que me fazem rir.
    Agradeçam aos americanos por terem nos dias de hoje liberdade de expressão…

  8. kaslus, como você mesmo disse, estamos em outro século. Mas veja como o mundo muda. Imagine que um dia (e chegará) onde os recursos estarão escassos na Europa e Ásia, o mundo estaria a beira do colapso. Guerras por alimentos na África, na China, guerras e mais guerras. Eu sempre dizia isso, os tempos mudam, mas os tempos de guerra não.
    Não creio que seria exatamente uma invasão territorial, mas a influencia externa na politica pode mudar os rumos de uma nação. Imagine que houvesse no futuro uma especie de favorecimento dos recursos minerais e alimentos para a China e os países ocidentais, as pessoas iria dizer “estão favorecendo os risso e se lixando para os pobres”. Aí meu amigo, já iria virar guerra civil.
    Enquanto estivermos no mundo capitalista, eu não retiro a possibilidade de um dia sermos invadidos, mesmo que sejam pelos nossos próprios irmãos latinos, se é que podemos os chamar de irmãos. Acho que uma invasão dos chamados “bolivarianos” seja mais realista do que um invasão americana, chinesa ou europeia
    Só espero que ate lá sejamos uma nação com força militar que preste.

  9. O contingente Brasileira da FEB na II guerra era de pouco mais de 25 mil soldados. Sendo 15 mil pertenciam a 1a. Divisão de Infantaria Expedicionária e 10 mil pertenciam ao Depósito ( esse é o nome) de pessoal – constituíam a reserva para repor feridos, mortos, etc.

  10. À época, uma invasão justificável. É pena que as Forças Armadas Brasileiras não dêem tanta importância a um ponto tão estratégico.

  11. Tens razão, Luiz… essa será as próximas guerras.
    Mas não acho o Brasil um alvo para os EUA, acredito que será um grande aliado para fornecer aquela nação.
    E o Brasil numa guerra mundial, por exemplo, será neutro ou então fará parte de uma aliança onde os EUA estarão; essa é a minha convicção.
    Ver o Brasil ao lado de uma China, Rússia, Irão, Líbia a combater… tenho as minhas dúvidas.
    Os conflitos que surgirão, serão sempre feitos pelos EUA (como sempre e em qualquer parte do mundo; sempre lá com as convicções deles… sejam certas ou não), Rússia (que tem expirações em zonas que já foram suas e a sua dor de cabeça, a Chechênia) e China (Taiwan que está atravessado na garganta). China que está a ser uma dor de cabeça politicamente e economicamente.
    E depois temos as zonas que são um barril de pólvora, Nédio Oriente e agora a zona da América Latina que poderá ficar feia nestes próximos 10 anos. Por paranóias de alguém que se já intitulou-se de salvador da América Latina.
    Agora e quase tenho a certeza, a Rússia, a China e os EUA nunca farão uma guerra directa… estarão sempre nos bastidores (apoios e fornecimento de logística).
    É o negócio que convém a todos eles.

  12. _Pois é Karlus, mas veja só, estou pensando em algumas coisas que deveriam ser levadas em conta quando o assunto do é a América Latina. Fico pensando como seria quando os governos alinhados chamados de “Bolivarianos” se dissolverem e logo após entrarem outros governantes mais próximos à Washington. Não estou totalmente convencido de guerra na região. Vejo que Chavez realmente é um arrumador de confusão, mas no futuro, eu poderia esperar alguma influencia americana na Colômbia. Não estou culpando o governo americano, mas sempre há interesses empresariais em vender armas em áreas de guerra, mesmo que para isso seja necessário criar uma guerra onde não havia.
    _Acredito que se houver algum conflito mais “quente” na região, seria por culpa da Venezuela influenciando seus vizinhos “Bolivarianos” contra a Colômbia. Mas para países como Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, bom, esses ai já se entendem bem. Se acontecer algo no futuro, então que seja quando o Bloco da América do Sul estiver mais forte, quem sabe assim conseguiríamos “frear” esse futuro conflito.
    _Volto a dizer, no futuro, países vizinhos terão que criar seus Blocos De Interesse Mútuo, só assim poderemos equilibrar a balança entre os países muitos ricos para com os blocos e países pobres. Tomo os países africanos como exemplo. Separados são uma ilha, juntos, uma força. Se apoiando, serão um grande bloco.
    _Quanto ao Bloco América do Sul (não existe América Latina nesse caso) as coisas aos poucos estão se arrumando. Acho que a presença e a economia do Brasil são fundamentais para consolidar esse bloco. Quem sabe a economia poderia ser uma espécie de balança para os nossos vizinhos.

  13. Já tinha ouvido sobre essa ‘quase’ invasão.
    Em uma guerra daquelas proporções, não seria de se estranhar.
    Vários países foram invadidos, sem a menor cerimônia.
    E seria até compreensível, dada a importância estratégica do local.
    Não se pode fazer um paralelo imediato entre aquele tempo e o atual. Seria meio fantasioso e algo perigoso.
    Apenas a ideia de que não há local ‘intocável’ nem país isento de passar por tais agruras, exceto talvez as grandes potências militares (claro, ninguém se meteria a besta com a China, ou EUA…).
    Quem ainda não pode, como nos, se defender plenamente tem de sobreviver às custas de acertos e acordos. É um jogo de equilíbrio em uma corda bamba, sobre um campo minado. Não se pode errar nenhum passo mesmo.

  14. Luiz :… Acho que a presença e a economia do Brasil são fundamentais para consolidar esse bloco. Quem sabe a economia poderia ser uma espécie de balança para os nossos vizinhos.

    Nem mais amigo Luiz

  15. Acredito que seria interessante destacar alguns pontos e discordar de outros.

    Concordo que a região era absolutamente estratégica naquela época: o Nordeste do Brasil ocupa a região mais central do Atlântico e a área do continente americano mais próxima à África. Seria impossível fazer operações anti-submarino para caçar os U-boat alemães, sem bases permanentes no Nordeste do Brasil.

    Este é o mesmo motivo pelo qual a região hoje seria estratégica no caso de uma guerra regional ou um confronto entre potências de continentes distintos. O melhor ponto do continente americano para lançar operações anti-submarino nas áreas central e sul do Atlântico, continua sendo o Nordeste brasileiro.

    Quanto à Getúlio vargas, é um grande equívoco afirmar que ele tinha reais simpatias pelos países do Eixo. Vargas era um grande estrategista e soube manipular artificialmente os temores americanos, para conseguir barganhar e conseguir o máximo de benefícios para o Brasil, a partir da aliança com os EUA. Vargas sempre soube que, mais cedo ou mais tarde, teria que optar pelo lado dos EUA, pois era inviável tal aliança com o Eixo. Vargas só permitiu a legalidade do movimento integralista-fascista por tanto tempo, por acreditar pragmaticamente que eles eram eram “úteis” para contrabalançar os comunistas. Quando os integralistas tentaram, em 1937, dar um Golpe de Estado no Brasil, com apoio de conexões estrangeiras com Itália e Alemanha, Vargas imediatamente mandou proibir o movimento e no ano seguinte, proibiu, inclusive, associações de estrangeiros no país. A ameaça dos integralistas-fascistas havia se tornado maior do que a utilidade deles, simples assim.

    As poucas declarações feitas por Vargas ou membros do seu governo, feitas em 1940-1941, sobre supostas dúvidas a respeito de que lado da guerra o país deveria apoiar, foram cuidadosamente planejadas, para serem feitas diante da presença de oficiais, diplomatas ou membros do serviço secreto americano. Assim, eles relatariam a governo americano esta “possibilidade”, e acabariam mobilizando esforços para tentar influenciar, ou “comprar” a posição brasileira em prol dos aliados. Vargas criou esta situação de forma muito bem planejada, para poder melhor a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, no que foi classificado por historiadores brasileiros como “estratégia de barganha diplomática”.

    Os serviços de inteligência americanos realmente acreditaram que o Brasil poderia apoiar a Alemanha, e como o Nordeste era absolutamente estratégico, infelizmente, o governo americano criou vários planos envolvendo diferentes cenários em que seria necessário uma invasão ao Brasil, não apenas ao Nordeste, mas alguns também incluiam a Amazônia, única área das Américas que poderia fornecer borracha vegetal aos EUA, já que as zonas produtoras de borracha no sudeste asiático estavam sendo ocupadas pelo Japão.

    Os EUA sempre consideraram a “América Latina” como área estratégica, onde seria inaceitável a existência de países aliados aos seus principais inimigos, ou a formação de coalisões anti-americanas. “Inaceitável”, nestes casos, siginificava que seria necessário recorrer à força para impedir que isto acontecesse, a qualquer tempo.

    Nos início dos anos 1960, outros Presidentes brasileiros, menos habilidosos que Vargas, tentam repetir sua estratégia de barganha diplomática, sem sucesso. A margem de manobra era mais estreita e a conjuntura da Guerra Fria mais maniqueísta. Um Presidente renunciou outro foi derrubado em um Golpe.

    Quando em 1964, os EUA apoiaram o Golpe de Estado no Brasil, consideraram novamente a possibilidade de invasão, pois consideravam inaceitável que o país se tornasse uma país pró-soviético. Neste caso, é pouco lembrado o papel dos militares mais nacionalistas que se opuseram á participação das Forças Armadas em um golpe pró-EUA e foram taxados de comunistas e muitos foram execrados publicamente.

    Nos anos 1980 a tensão entre EUA e Brasil, incluindo desde as rivalidades comerciais, político-diplomáticas até as rivalidades estratégicas, foram ampliadas significativamente. Os EUA haviam vetado a transferência de tecnologia nuclear do Japão para o brasil, e na sequência do acordo com a Alemanha (1977) passam a criticar duramente o Brasil por desrespeito aos “direitos humanos”, justamente quando a repressão começava a ser reduzida. O Brasil estabeleceu um programa nuclear paralelo com o Iraque, que nunca foi visto com bons olhos por Israel, mas era tolerado pelos EUA devido à guerra do Iraque contra o Irã. O Brasil “ganhava asas” que ampliaram a rivalidade Brasil-EUA, como descrito pelo historiador Moniz Bandeira. Na África, desde 1975 o Brasil apoiava os governos dos países lusófonos, mesmo que estes fossem comunistas e pró-soviéticos, o que desagradava profundamente os neoconservadores americanos que voltavam ao poder nos EUA nos anos 1980, com Nixon e depois Bush (pai). O Brasil apoiou a Argentina na Guerra desta contra a Inglaterra, pelas Malvinas, em 1982. O Brasil tinha um programa nuclear autônomo, um programa espacial, estava finalmente desenvolvendo indústrias automobilísticas e aeronálticas nacionais com grande capacidade produtiva e de inovação, e formava um parque industrial bélico que poderia se tornar um complexo industrial-militar brasileiro.

    Os ataques da mídia internacional ao regime militar brasileiro tornou-se ainda mais forte. “Curiosamente”, as críticas ao Brasil na imprensa internacional não cessaram com o fim do regime militar. Mesmo no governo civil, o Brasil passava a ser acusado de tudo, desde contribuir para desestabilizar as economias da região, até desmatar excessivamente a Amazônia, ou ainda, de pretender desenvolver armas nucleares. O “protecionismo” às indústrias nacionais era visto como uma ameaça à livre concorrência, ou seja, à dominância dos produtos americanos. O Brasil protegia setores estratégicos como energia, comunicações e informática. Por fim, o Brasil liderava a criação do Mercosul, o que também não era visto com “bons olhos” pelos estrategistas mais paranóicos dos EUA.

    As exigências do FMI já no fim do governo Sarney eram claras: o país precisava acabar com toda a forma de subsídio ou proteção às indústrias nacionais estratégicas.

    O fim do governo Sarney talvez tenha sido o ápice deste processo, mas o fim da Guerra Fria, percebido por muitos como o início de uma nova ordem de paz e prosperidade traria algumas supresas. Estava nos planos dos neocons dos EUA atacar uma potência regional fragilizada e dividida internamente, com alguma capacidade militar e pretensões de liderança regional, única e exclusivamente para consolidar a imagem de única superpotência mundial.

    Em 1990-1991, quando o Iraque “mordeu a isca” e invadiu o Kuwait. Curiosamente, a situação piorou muito para o Brasil, que se tornou alvo da mídia internacional, novamente. As tensões com os EUA cresceram novamente, afinal o Brasil era o único país que havia contribuído significativamente para construção do aparato militar iraquiano, e não era uma grande potência. Empresas brasileiras haviam construído até mesmo algumas das redes de comunicação subterrânea para o sistema de defesa anti-aérea iraquiano. Quando os mísseis iraquianos começaram a cair sobre Israel, a situação piorou muito. Afinal, era necessário encontrar um culpado, e o Brasil tinha vendido os mísseis ao Iraque. A ameaça de que o Iraque poderia ter tido acesso a material radioativo parcialmente enriquecido piorava o cenário. Afinal, foi um pequeno grupo de meia dúzia de militares brasileiros que contrabandeou o yellow cake para o Iraque em meados dos anos 1980.

    O resultado foi desastroso para o Brasil. A presão pelo fechamento definitivo de nossos programas estratégicas tornou-se insuportável. Nossos programas nuclear e espacial foram definitivamente inviabilizados. Levaria uma década para retomar o programa espacial, e o programa nuclear nunca mais tornou-se viável.

    O governo Collor já havia iniciado o processo de “abertura econômica”, que na prática significou a desnacionalização da industria brasileira. Mas a Guerra do iraque contribuiu para aumentar as pressões de todas as agencias internacionais, Banco Mundia, FMI, etc, pelo fim dos programas estratégicos brasileiros, e pelo fim de qualquer tipo de proteção à nossa indústria bélica.l Mesmo empresas civis que tinham capacidade de produzir equipamentos militares ou alguma capacidade dual, foram liquidadas no início dos anos 1990. O governo subserviente de Fernando Collor não prestou qualquer ajuda às empresas militares ou civis brasileiras que estavam na “lista negra” do FMI/Banco Mundial. O que não foi desnacionalizado ou foi à falência, as empresas estatais, acabaria por ser privatizado em seguida.

    O nível de desnacionalização da nossa indústria, e o desarmamento que o Brasil sofreu nos anos 1990, se analisados friamente, parecem mais algo sofrido por um país que foi invadido e ocupado por exércitos estrangeiros. A diferença, é que, se ocorreu uma guerra “invisível”, nós levamos tempo demais para perceber, pois imaginávamos que seria uma guerra tradicional. Mas o fim da Guerra Fria marcou o fim das guerras tradicionais, pelo menos por enquanto.

  16. Lucas :
    Acredito que seria interessante destacar alguns pontos e discordar de outros.

    Concordo que a região era absolutamente estratégica naquela época: o Nordeste do Brasil ocupa a região mais central do Atlântico e a área do continente americano mais próxima à África. Seria impossível fazer operações anti-submarino para caçar os U-boat alemães, sem bases permanentes no Nordeste do Brasil.
    Este é o mesmo motivo pelo qual a região hoje seria estratégica no caso de uma guerra regional ou um confronto entre potências de continentes distintos. O melhor ponto do continente americano para lançar operações anti-submarino nas áreas central e sul do Atlântico, continua sendo o Nordeste brasileiro.
    Quanto à Getúlio Vargas, é um grande equívoco afirmar que ele tinha reais simpatias pelos países do Eixo. Vargas era um grande estrategista e soube manipular artificialmente os temores americanos, para conseguir barganhar e conseguir o máximo de benefícios para o Brasil, a partir da aliança com os EUA. Vargas sempre soube que, mais cedo ou mais tarde, teria que optar pelo lado dos EUA, pois era inviável tal aliança com o Eixo. Vargas só permitiu a legalidade do movimento integralista-fascista por tanto tempo, por acreditar pragmaticamente que eles eram “úteis” para contrabalançar os comunistas. Quando os integralistas tentaram, em 1937, dar um Golpe de Estado no Brasil, com apoio de conexões estrangeiras com Itália e Alemanha, Vargas imediatamente mandou proibir o movimento e no ano seguinte, proibiu, inclusive, associações de estrangeiros no país. A ameaça dos integralistas-fascistas havia se tornado maior do que a utilidade deles, simples assim.
    As poucas declarações feitas por Vargas ou membros do seu governo, feitas em 1940-1941, sobre supostas dúvidas a respeito de que lado da guerra o país deveria apoiar, foram cuidadosamente planejadas, para serem feitas diante da presença de oficiais, diplomatas ou membros do serviço secreto americano. Assim, eles relatariam a governo americano esta “possibilidade”, e acabariam mobilizando esforços para tentar influenciar, ou “comprar” a posição brasileira em prol dos aliados. Vargas criou esta situação de forma muito bem planejada, para poder melhor a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, no que foi classificado por historiadores brasileiros como “estratégia de barganha diplomática”.
    Os serviços de inteligência americanos realmente acreditaram que o Brasil poderia apoiar a Alemanha, e como o Nordeste era absolutamente estratégico, infelizmente, o governo americano criou vários planos envolvendo diferentes cenários em que seria necessário uma invasão ao Brasil, não apenas ao Nordeste, mas alguns também incluíam a Amazônia, única área das Américas que poderia fornecer borracha vegetal aos EUA, já que as zonas produtoras de borracha no sudeste asiático estavam sendo ocupadas pelo Japão.
    Os EUA sempre consideraram a “América Latina” como área estratégica, onde seria inaceitável a existência de países aliados aos seus principais inimigos, ou a formação de coalizões anti-americanas. “Inaceitável”, nestes casos, significava que seria necessário recorrer à força para impedir que isto acontecesse, a qualquer tempo.
    Nos início dos anos 1960, outros Presidentes brasileiros, menos habilidosos que Vargas, tentam repetir sua estratégia de barganha diplomática, sem sucesso. A margem de manobra era mais estreita e a conjuntura da Guerra Fria mais maniqueísta. Um Presidente renunciou outro foi derrubado em um Golpe.
    Quando em 1964, os EUA apoiaram o Golpe de Estado no Brasil, consideraram novamente a possibilidade de invasão, pois consideravam inaceitável que o país se tornasse uma país pró-soviético. Neste caso, é pouco lembrado o papel dos militares mais nacionalistas que se opuseram á participação das Forças Armadas em um golpe pró-EUA e foram taxados de comunistas e muitos foram execrados publicamente.
    Nos anos 1980 a tensão entre EUA e Brasil, incluindo desde as rivalidades comerciais, político-diplomáticas até as rivalidades estratégicas, foram ampliadas significativamente. Os EUA haviam vetado a transferência de tecnologia nuclear do Japão para o Brasil, e na sequência do acordo com a Alemanha (1977) passam a criticar duramente o Brasil por desrespeito aos “direitos humanos”, justamente quando a repressão começava a ser reduzida. O Brasil estabeleceu um programa nuclear paralelo com o Iraque, que nunca foi visto com bons olhos por Israel, mas era tolerado pelos EUA devido à guerra do Iraque contra o Irã. O Brasil “ganhava asas” que ampliaram a rivalidade Brasil-EUA, como descrito pelo historiador Moniz Bandeira. Na África, desde 1975 o Brasil apoiava os governos dos países lusófonos, mesmo que estes fossem comunistas e pró-soviéticos, o que desagradava profundamente os neoconservadores americanos que voltavam ao poder nos EUA nos anos 1980, com Nixon e depois Bush (pai). O Brasil apoiou a Argentina na Guerra desta contra a Inglaterra, pelas Malvinas, em 1982. O Brasil tinha um programa nuclear autônomo, um programa espacial, estava finalmente desenvolvendo indústrias automobilísticas e aeronáuticas nacionais com grande capacidade produtiva e de inovação, e formava um parque industrial bélico que poderia se tornar um complexo industrial-militar brasileiro.
    Os ataques da mídia internacional ao regime militar brasileiro tornou-se ainda mais forte. “Curiosamente”, as críticas ao Brasil na imprensa internacional não cessaram com o fim do regime militar. Mesmo no governo civil, o Brasil passava a ser acusado de tudo, desde contribuir para desestabilizar as economias da região, até desmatar excessivamente a Amazônia, ou ainda, de pretender desenvolver armas nucleares. O “protecionismo” às indústrias nacionais era visto como uma ameaça à livre concorrência, ou seja, à dominância dos produtos americanos. O Brasil protegia setores estratégicos como energia, comunicações e informática. Por fim, o Brasil liderava a criação do Mercosul, o que também não era visto com “bons olhos” pelos estrategistas mais paranóicos dos EUA.
    As exigências do FMI já no fim do governo Sarney eram claras: o país precisava acabar com toda a forma de subsídio ou proteção às indústrias nacionais estratégicas.
    O fim do governo Sarney talvez tenha sido o ápice deste processo, mas o fim da Guerra Fria, percebido por muitos como o início de uma nova ordem de paz e prosperidade traria algumas surpresas. Estava nos planos dos neocons dos EUA atacar uma potência regional fragilizada e dividida internamente, com alguma capacidade militar e pretensões de liderança regional, única e exclusivamente para consolidar a imagem de única superpotência mundial.
    Em 1990-1991, quando o Iraque “mordeu a isca” e invadiu o Kuwait. Curiosamente, a situação piorou muito para o Brasil, que se tornou alvo da mídia internacional, novamente. As tensões com os EUA cresceram novamente, afinal o Brasil era o único país que havia contribuído significativamente para construção do aparato militar iraquiano, e não era uma grande potência. Empresas brasileiras haviam construído até mesmo algumas das redes de comunicação subterrânea para o sistema de defesa anti-aérea iraquiano. Quando os mísseis iraquianos começaram a cair sobre Israel, a situação piorou muito. Afinal, era necessário encontrar um culpado, e o Brasil tinha vendido os mísseis ao Iraque. A ameaça de que o Iraque poderia ter tido acesso a material radioativo parcialmente enriquecido piorava o cenário. Afinal, foi um pequeno grupo de meia dúzia de militares brasileiros que contrabandeou o yellow cake para o Iraque em meados dos anos 1980.
    O resultado foi desastroso para o Brasil. A pressão pelo fechamento definitivo de nossos programas estratégicas tornou-se insuportável. Nossos programas nuclear e espacial foram definitivamente inviabilizados. Levaria uma década para retomar o programa espacial, e o programa nuclear nunca mais tornou-se viável.
    O governo Collor já havia iniciado o processo de “abertura econômica”, que na prática significou a desnacionalização da indústria brasileira. Mas a Guerra do Iraque contribuiu para aumentar as pressões de todas as agencias internacionais, Banco Mundial, FMI, etc, pelo fim dos programas estratégicos brasileiros, e pelo fim de qualquer tipo de proteção à nossa indústria bélica.l Mesmo empresas civis que tinham capacidade de produzir equipamentos militares ou alguma capacidade dual, foram liquidadas no início dos anos 1990. O governo subserviente de Fernando Collor não prestou qualquer ajuda às empresas militares ou civis brasileiras que estavam na “lista negra” do FMI/Banco Mundial. O que não foi desnacionalizado ou foi à falência, as empresas estatais, acabaria por ser privatizado em seguida.
    O nível de desnacionalização da nossa indústria, e o desarmamento que o Brasil sofreu nos anos 1990, se analisados friamente, parecem mais algo sofrido por um país que foi invadido e ocupado por exércitos estrangeiros. A diferença, é que, se ocorreu uma guerra “invisível”, nós levamos tempo demais para perceber, pois imaginávamos que seria uma guerra tradicional. Mas o fim da Guerra Fria marcou o fim das guerras tradicionais, pelo menos por enquanto.

  17. COMCORDO COM KARLUS73, AI DE NÓS SE Ñ FOSSE OS AMERICANOS NO SENARIO MUNDIAL, MELHOR OS AMERICANOS POR PERTO DO QUE ” A VENEZUELA”

  18. EU NÃO ACREDITO QUE OS EUA INVADIRÃO O BRASIL NUMA TOMADA DE ASSALTO COMO QUEM ROUBA A CASA DE UM VISINHO!. SERIA UMA TREMENDA FALTA DE CONSIDERAÇÃO COM O SER HUMANO EM GERAL E COM AS OUTRAS NAÇÕES QUE TERIAM QUE SE PREPARAR PORQUE O IMPERADOR ESTARIA QUERENDO O MUNDO SÓ PARA ELE. NÃO ACREDITO NESSA HISTORINHA DE CASERNA. PAREM DE SER CAGÕES E AMEM E PROTEJAM O SEU PAÍS QUE É MARAVILHOSO !

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