Lula no Oriente Médio: Israel se prepara para atacar Irã

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Imagine um excesso de interesses e conflitos num romance literário, que leva o leitor a não entendê-lo mesmo numa segunda leitura. O romance exige várias releituras. É o caso do Oriente Médio. Não se tem, entretanto,  muitas dúvidas que haverá guerra na região ainda em 2010 em virtude do conflito iraniano-israelense, que superou, em intensidade, o conflito israelo-palestino e o árabe-israelense, reconfigurando a cena. Há uma luta entre xiitas e sunitas dos vários países islâmicos – luta étnica pelo poder, que implica em atacar e agora defender Israel.

O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad – a nova peça-chave desse xadrez – almeja expandir o império persa. Ahmadinejad controla o Hamas, grupo fundamentalista palestino, que tomou para si a Faixa de Gaza e o Hezbollah, organização com atuação política e paramilitar fundamentalista islâmica xiita sediada no Líbano.

Os Estados Unidos trabalham, no âmbito da ONU, para impor sanções econômicas ao Irã em razão de seu programa nuclear – que não possui objetivos apenas pacíficos. Israel descrê da eficácia dessas sanções e se prepara para agir, unilateralmente em último caso. Amadinejad não reconhece o Holocausto (morte dos judeus por Hitler na Segunda Guerra) e pretende destruir Israel.

É nesse cenário que o presidente do Brasil chegou ao Oriente Médio. Luiz Inácio Lula da Silva está em Israel, primeira etapa de sua viagem. Encontrou-se nesta segunda-feira com o  presidente Shimon Peres, de 89 anos, há sete décadas atuando na política israelense e internacional, prêmio Nobel da Paz em 1994, e com o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu no Knesset – o Congresso nacional judaico. Israel é parlamentarista. Peres, ante o empate nas eleições, nomeou Netanyahu em fevereiro de 2009 para formar um governo de coalizão, o que ele fez com sucesso, impondo-se como chefe do governo.

Netanyahu é um político de direita, bastante preparado. Fez sua vida discente nos Estados Unidos, estudando arquitetura, administração de empresas e ciências políticas, em universidades como M.I.T. – Massachussets Institute of Technology – e Harvard. É vinculado ao Partido Republicano e à elite judaico-americana, na qual se incluiu – paradoxalmente – o ministro da Casa Civil Rahm Emmanuel, de Obama, que é avaliado como “fraco” pelo governo israelense. Esse romance intitulado “Oriente Médio” é repleto de paradoxos e contradições.

O Brasil afirma que o programa nuclear iraniano é pacífico e o apoia – quando na verdade ele não o é e o Irã  é uma ditadura violenta. Luiz Inácio Lula da Silva estará também com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, em Ramala e, depois, estará na Cisjordânia.

Israel acelera o programa de assentamento de colonos em territórios palestinos, contrariando a orientação norte-americana e a da ONU. Humilhou o vice-presidente americano Joe Biden, anunciando novos assentamentos, semana passada, durante sua visita a Jerusalém.

Luiz Inácio Lula da Silva parece querer agradar a gregos e troianos. Parece. Os palestinos se opuseram ao Tratado de Livre Comércio Israel-Mercosul, que entra agora em vigor,  por entender que o Mercosul – o quinto PIB do mundo – fortalece Israel na economia global.  Nesse acordo comercial há um ponto estratégico: a permissão de transferência de tecnologia armamentista aos integrantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai).

Os palestinos afirmam que as indústrias israelenses têm estreito vínculo com o exército e são coniventes com seus crimes – haja vista a última invasão de Gaza em 2008/2009. Questionam, sobretudo, a legitimidade que o bloco confere a Israel – que, de verdade, se opõe à criação de um Estado Palestino.

Javier Moreno, do jornal “El País”, observa “Egito, Arábia Saudita e Jordânia sabem que Israel possui arsenal atômico. Entretanto, essas nações não admitem uma bomba atômica xiita (iraniana)”.

Analistas internacionais não hesitam em dizer que tais países apoiariam um ataque israelense ao parque atômico nuclear do Irã. Shimon Perez diz com todas as letras que “Ahmadinejad quer estabelecer uma hegemonia persa no Oriente Médio e que, para isso, utiliza o conflito árabe-israelense como mero pretexto para manipular sua expansão”. Provavelmente os Estados Unidos – que não têm condições de iniciar uma nova guerra – estejam agindo na ONU para dar cobertura a um ataque israelense.

O Brasil parece aceitar as políticas de Mahmoud Amadinejad e, ao mesmo tempo, fortalece a economia israelense – o que aumenta o poder bélico do país fundado em 1948. O Brasil é a favor da criação de um Estado Palestino, com fronteiras recuperadas das invasões israelenses e, ao mesmo tempo, firma tal acordo, na presença de 200 empresários brasileiros.

Dizem os analistas que Brasília pretende ser um mediador político global de conflitos. Não é o caso. A visita de Luiz Inácio Lula da Silva fortalece, na verdade, Israel e – óbvio – o Brasil, em termos de expansão de fronteira econômica e não geopolítica, como reza a cartilha oficial.

A verdade está além da retórica e da propaganda oficial e muitas vezes não se compreende numa primeira leitura. No entanto, ela confirma que um mundo de paz não está no horizonte. E que pode ser classificado como um romance de terror.

Fonte:Régis Bonvicino, especial para o Último Segundo

19 Comentários

  1. Opinião distorcida e irresponsável formadora de opinião daqueles menos preparado e incapazes de uma análise imparcial da questão.

  2. Eu torço p q seja verdade, assim acaba de x a hegemonia dos sionistas no oriente médio, o planeta é as econômias q mal sairam da crise vão se afundar…+ é daí?Vão ser oa ianks /sionistas/ingleses contra os Persa…só issoPq se assim ñ for…nada vão conseguir, é tenho minhas dúvidas q todos eles venham conseguir…Qume viver verá.

  3. Israel vai fazer igual na guerra dos seis dias. Rápido, preciso e moral. Estes nazistas travestidos de democratas antiocidentais não aprendem mesmo.

  4. Vamos ver se minha teoria é mais interessante que o artigo acima…… É claro que o Irã tem um programa nuclear com fins militares, está cercado no lado iraquiano pelos EUA e no lado afegão…. surpresaaa! EUA de novo com todo tipo de armas inclusive atômicas. É claro que Israel não quer outra potência nuclear na região, e fara de tudo, menos um ataque armado. No fim o Irã consegue se armar, e Israel e Irã negociarão suas áreas de influência na região. Os persas não são loucos de atacarem um país (Israel) que tem um arsenal nuclear….. quanto ao texto acima… não passa de uma campanha de demonização contra um presidente que não tira sapatos em alfandega america.

  5. Que bom q vai ser rápido é indolor..p quem?Os arabes são péssimos soldados,egipcios,sauditas…+ os persas são outra coisa…cuidado os sionistas podem quebrar a cara de x..se os ianks entrarem nessa aventura + os canideos ingleses…vão se machucar é mt…Quem viver verá.

  6. Vamos com calma porque o ocidente nao faz mais nada a nao ser difamar Mahmoud Ahmadinejad.
    Ele nao reconhece o holocausto, mas reconhece q foram mortos, ele nao reconhece e contesta sao os numeros apresentados e diga-se q nao é apenas ele.
    Ele tb nunca disse q ia varrer israel do mapa, isso foi uma má traducao!

  7. Numa analise superficial
    Penso que o Irão está mais preparado para defender o país do que expandi-lo.
    Leva-la fora de fronteiras implica muita logística e isso não acredito que o Irão conseguiria. Na zona do médio oriente penso que Israel tem um dos melhores exércitos da zona, muito melhor organizado.
    Mahmoud Ahmadinejad faz o seu papel mas também não é estúpido… ao ponto de fazer algo que poderia fazer ruir a estrutura do seu país.
    Em analise esses conflitos nessas áreas são impossíveis de resolver… mesmo com a boa vontade de todos. Será de interesse russo, chinês e americano, pois são os uns grandes compradores de armamento.
    Em relação ao texto… mostro um pouco como é a zona… volátil como sempre… instabilidade não falta nem nunca vai faltar

    • Salve Karlos 73, compartilho desta análise.
      Acho descabido pensar no Irã atacando Israel com armas nucleares ou mesmo convencionais, os iranianos sabem que seriam varridos do mapa ou por Israel ( via armas atômicas) ou pelo seus aliados e a questão logística seria sim o seu “calcanhar de aquiles”.
      O maior inimigo do Irã não é Israel ao contrário do que dizem, e sim a liga Árabe que sempre temeu o surgimento de um Irã poderoso, se observarmos o fortalecimento militar dos Emirados, Qatar, Dubai e Sauditas teremos uma noção dos desdobramentos em curso.
      Acredito sim que o temor de Israel não é pelo Irã em si, não se resume a impedir que o Irã acesse a bomba atômica e sim que uma vez que o Irã a possua esta bomba caia nas mãos de grupos considerados terroristas pelo estado de Israel.
      A ameaça assimétrica assusta mais Israel do que o perigo de um confronto entre nações, e é nesse sentido que Israel tenta paralisar toda e qualquer tentativa de se obter material para isto.
      SDS
      E.M.Pinto

  8. ………eu acho que israel e os E.U.A já deveriam ter atacado o irã á uns 2 anos atraz o irã nuclear é uma ameaça ao mundo e ao equilibrio de forças no oriente médio…nem os arabes querem eles(uma nação que prega a morte e a destruição de outra não dá para ser subestimada) com armas nucleares …e o programa nuclear deles nkão é pacifico…até as crianças sabem disso….

  9. Existem certos assuntos considerados tabu e que, desde que surgiram, arrastam-se pelos anos até hoje sempre envoltos em uma esfera de polêmica e de propósitos extremistas. Não se prestam a discussões fundadas na lógica e no bom senso, os comentaristas partem logo para as agressões recíprocas e o assunto perde-se no meio da neblina dos ânimos exaltados. Assim se dá com assuntos ligados a idéias de supremacia racial. Ou quando se tece crítica a uma religião ou a seus representantes. Ou quando se lembra que a França foi uma das perdedoras da Segunda Guerra Mundial. Ou quando se fala do aumento das populações estrangeiras em um determinado país. Ou então quando se fala de Israel ou da chamada “questão judia”. Imediatamente surgirão vozes do mundo inteiro (bem concertadas, evidentemente) para relembrar os mesmos argumentos de sempre (Holocausto, antisemitismo, antisionismo, etc etc) e as pessoas se cansam, diante da obtusidade dos comentários a matéria perde seu interesse e os leitores mais inteligentes passam a outros assuntos. E o tabu continua. E não se fala mais em Israel e que esse Estado continue a fazer o que vem fazendo desde sua criação, sobrevoando, como um deus grego alado, ou um personagem de história em quadrinhos, toda e qualquer crítica. Amém.

  10. Acho que o autor do texto pode ser um jornalista “padrão” que não tem conhecimento sobre o assunto e que apenas seguiu a ordem da “chefia”, difamar e criticar.

    Ou é um “semi jornalista” daqueles que pensam que sabem de alguma coisa, mas todo o se “saber” se baseia em opinião alheira e de outros que também pensam serem inteligentes.

    O que eu mais repudio é o jornalista que pensa que é inteligente ou o que só faz o que o mandam. Esses jornalistas são os principais responsáveis por espalhar a discórdia na mídia, manipulando os fatos, construindo inverdades e inventado histórias, tudo isso para vender e dar “audiência” ou ser reconhecido.

    Eu me recuso a falar aquela frase “antigamente era tudo diferente, não era assim”. Certamente, não era assim mesmo, era uma coisa mais descarada que antes.

    Quem tem TV a cabo e pode assistir a CNN e outros canais de noticia americanos, a primeira vista pode reparar que é totalmente diferente do “modo” Jornal Nacional, om musiquinha bonita e tudo mais. Bem, para que sabe inglês e ouve como eles falam, pelo menos que for inteligente percebe, o jeito que eles falam e a parcialidade também, é de dar nojo.

    Como a mídia chegou a esse ponto? Jornais parcialista é mais comum do que se imagina. O problema é quando o assunto é gerra, eles realmente distorcem os fatos. Você normalmente não percebe quando é de um assunto que você não conhece. Mas quando se fala no programa F-X2, podemos ver o erros grotescos que eles cometem, total falta de bom senso.

    Eles não tem ideia de que suas noticias pode mudar a opinião da pessoas. Em vez de serem imparciais e deixar o leitor livre para questionar ao seu modo, as frases criticas pegam o leitor “burro” (com perdão da palavra) sem saída, e é obvio que os alienados vão pensar como o Jornalista. “O Irã vai atacar os EUA, eles querem a bomba atômica para varrer Israel do mapa”.
    Uma campanha de “demonização” pode contribuir para a guerra, sem falar que pode “amortecer” o o “choque” que o cidadão leva ao ler que no ataque dos EUA mataram 700 inocentes, essa noticia é “amortizada” quando se fala “EUA cumpriram se objetivo de destruir “alvos específicos” mataram os “terroristas” aí todos já ficam aliviados. Mas ninguém pensa que os familiares dos parentes mortos é que se tornam guerrilheiros. Eles alimentam seus inimigos.

    Imagine que tática de guerra é esse, matar centenas de inocente para matar um único terrorista. Não se fala no CNN que alguns familiares da vítima e unem aos terroristas para atacar os EUA.

    Pergunte a algum americano alienado o que seus soldados estavam fazendo no Vietnã, vão dizer “defendendo o nosso país” de um bando de pobres coitados que viram suas mulheres sendo mortas e torturada pelos soldados americanos, isso sem falar noa busos sexuais que alguns dos soldados de lá da denunciaram ao mundo, mas a mídia como sempre não quer perder o seu $$$$ cachê.

    Ah, antes de me criticarem, eu quero reconhecer que há sim jornalistas sérios, que cumprem o seu trabalho. E que minha opinião é uma critica a manipulação da mídia em favor de interesses dos poderosos.

  11. hum ..”Não se tem, entretanto, muitas dúvidas que haverá guerra na região ainda em 2010″ sera em outubro? ca pra mim esse Mahmoud Ahmadinejad e so mais um chavista e mais um mogabe ou la o chakaqualquer coisa da georgia que fumenta odios faz ameças diz que faz e nao faz nada so pa mater o ze povinho sobre asas.. tal cm a russia fez a georgia e ng na nato se mexeu vai acontecer a msm coisa se israel atacar o iran vai ter apoio dos americanos e quem vai fazer alguma coisa?ninimguem .pk nao vale a pena correr esse risco de levar po tabela!o maximo que vai acontecxer é a china mexer se em taiwan e outras zonas e a russia usar e abusar das antigas republicas! e pena ver mt gente em pelo ano 2010 parada no tempo com crenças la do tempo dos dinoussauros aprecem burros com pala pa nao olhar de lado e usarem religiao pa paranoias! o mal do Mahmoud Ahmadinejad e nao ter mulher pa fazer amor!! ahahaha.. algeu k lhe arranje um estitista por favor!!

  12. Concordo com as opiniões aí de cima que os mais preocupados com o Irã na região são os países árabes, nem tanto Israel.
    Também não creio que Ahmadinejad seja estúpido e vá se auto destruir. Não acredito que suas falas se dirijam senão para ‘consumo interno’.
    Israel atacando o Irã?
    Bom, só se for por vias nucleares, pois soldados estarão muito longe de casa. Israel vai se arriscar transportar tropas pelos países da região?
    Vai via marítima?
    Não é tão simples assim, vai atacar e ‘acabar’ com o Irã…Não é a Jordânia ou a Síria, nem está ali do lado.
    A Guerra dos Seis Dias foi na região de Israel, assim como a seguinte.
    Uma ataque nuclear não será permitido, por ninguém no mundo, e Israel sabe disso. Nem creio que tenha sido cogitado.
    Nem o Irã será destruído, apoiado na China.
    A força e a presença da China aumenta em todos o mundo, e penso que não iria permitir uma ‘ocupação pró-ocidente’ em uma área de seu interesse.
    Os países, principalmente da região, não vão permitir o Irã nuclear, até aí, bastante claro. Até o Brasil tem posição definida sobre isso (é contra, como todos), apesar de se dizer que Lula ‘apoia’ o Irã, o que é um exagero perto de uma besteira.
    Além disso, o Irã não está perto de um arsenal nuclear operacional mesmo, todos também sabem disso.
    Se for preciso, Ahmadinejad recua uns passos.
    Não sei, mas acho que vai durar ainda muito tempo nesse ‘bate-boca’ que alimenta a industria bélica pelo mundo.
    Para uma guerra ainda é cedo, deixem que os países comprem mais armas primeiro.
    Uma coisa parece clara, o Brasil tem interesses na região e faz o que é preciso para defendê-los.
    Não se compromete, apenas ‘conversa’ com todo mundo.
    E faz acordos econômicos. Nada de errado.
    Já que a ‘briga’ ainda vai longe, vamos lucrar com ela.

  13. …sadan não tinha aramas químicas e foi atacado ,com o irã pode acontecer a mesma coisa ,os e.u.a e a europa teriam acesso ao petróleo e instalariam um governo simpático a eles, o único bobo nesse contexto é o próprio Ahmadinejad que ainda não caiu na real (concordo com o “cos” ele devia arrumar uma mulher),que ele tá dando a oportunidade que a europa e os e.u.a querem……….

  14. URSS :
    Vamos com calma porque o ocidente nao faz mais nada a nao ser difamar Mahmoud Ahmadinejad.
    Ele nao reconhece o holocausto, mas reconhece q foram mortos, ele nao reconhece e contesta sao os numeros apresentados e diga-se q nao é apenas ele.
    Ele tb nunca disse q ia varrer israel do mapa, isso foi uma má traducao!

    Concordo em gênero e número. O grande problema é a mídia ocidental, que raro algumas exceções são totalmente alinhada com interesses estadunidenses.

    Eu posso parecer demasiadamente antiamericano, mas se eu fosse polônes ou de países adjacentes a URSS, estaria falando mal dos russos da mesma forma.

  15. Ahmadinejad não reconhece o Holocausto contra os Judeus em 1945, mas quer fazer um agora.
    Na verdade, Ahmadinejad acredita que, com um 2º Holocausto, a solução definitiva de Hitler será alcançada.
    É mais triste ainda constatar que pessoas, dos mais variados cantos do mundo, apoiem Ahmadinejad.
    Quem crÊ na Bíblia, e gosta de Escatologia, deveria ler os Livros de Isaías, Jeremias, associados ao último Livro, Apocalipse.
    Provavelmente Israel vá passar outra grande dificuldade, após 1945; e é isto que o 1ª Ministro,Binyamin Netanyahu, não admite que aconteça.
    Se a Comunidade Internacional não quer que Israel ataque, tem de fazer alguma coisa para “segurar” o Irã.
    A situação já está “quase sem volta”.

  16. Parafraseando Avram Noam Chomsky,

    “O Irã é percebido como uma ameaça porque não obedeceu às ordens dos Estados Unidos. Militarmente essa ameaça é irrelevante. Esse país não se comportou agressivamente fora de suas fronteiras durante séculos. O único ato agressivo se deu nos anos 70 sob o governo do Xá, quando, com apoio dos EUA, invadiu duas ilhas árabes. Naturalmente ninguém quer que o Irã ou qualquer outro país disponha de armas nucleares. Sabe-se que esse Estado é governado hoje por um regime abominável. Mas apliquem-se os mesmos rótulos aplicados ao Irã a sócios dos EUA como Arábia Saudita ou Egito e só se poderá o Irã em matéria de direitos humanos. Israel invadiu o Líbano, com o beneplácito e a ajuda dos EUA, até cinco vezes em trinta anos. O Irã não fez nada parecido.
    […] A maioria dos países do mundo pertence ao bloco não alinhado e apóiam energicamente o direito do Irã de enriquecer urânio para fins pacíficos. Tem repetido com freqüência e abertamente que não se consideram parte da denominada “comunidade internacional”. Obviamente pertencem a ela só aqueles países que seguem as ordens dos EUA. São os EUA e Israel que ameaçam o Irã. E essa ameaça deve ser tomada seriamente.”

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