Esforço do Irã para desenvolver bomba desacelerou, diz general americano

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O general norte-americano David Petraeus disse na terça-feira que o empenho iraniano para desenvolver uma arma nuclear parece ter atrasado “um pouco” e expressou confiança de que o país não conseguiria uma bomba ainda este ano.

“Felizmente, eles atrasaram um pouco e não é para este ano, eu não acredito”, disse Petraeus a um painel do Senado ao ser questionado sobre quando o Irã deverá ter uma arma nuclear.

As declarações feitas pelo chefe do Comando Central dos Estados Unidos, que supervisiona as guerras no Iraque e no Afeganistão, ressaltaram a mensagem do governo Obama a Israel e seus aliados no Golfo – de que há tempo para pressionar o Irã para que o país abandone seu programa de armas nucleares impondo mais sanções econômicas.

Os principais conselheiros militares do presidente dos EUA, Barack Obama, incluindo o secretário de Defesa Robert Gates e o almirante Mike Mullen, chefe do Estado Maior Conjunto, vêm minimizando a eficácia de se usar a força militar contra o Irã, que nega estar tentando desenvolver armas nucleares.

Petraeus disse que, embora Obama tenha “declarado explicitamente não ter tirado da mesa a opção militar”, “o foco do governo está em usar tipos diferentes de sanções para fazer com que Teerã mude de comportamento”.

Petraeus admitiu que um planejamento contingencial estava em andamento caso Obama decidisse pela ação militar, mas não quis discutir os detalhes durante a audiência aberta do Senado.

No mês passado, o diretor de inteligência nacional dos EUA, Dennis Blair, disse que os avanços do Irã no setor de enriquecimento de urânio e em outras áreas mostravam que o governo era “tecnicamente capaz” de produzir urânio altamente enriquecido numa quantidade suficiente para uma arma “nos próximos anos, caso optasse por fazer isso”.

Blair citou uma informação publicada pela Agência Internacional de Energia Atômica mostrando que o número de centrífugas instaladas na planta de enriquecimento iraniana em Natanz havia crescido de 3 mil, no final de 2007, para 8 mil.

Mas ele falou que o Irã parecia estar tendo “alguns problemas” em Natanz e operava apenas metades das centrífugas instaladas, restringindo sua capacidade geral para produzir quantidades maiores de urânio pouco enriquecido. Não estava claro se Petraeus referia-se a esses problemas.

Fonte: Último Segundo

7 Comentários

  1. Senhores,

    na verdade oque acontece, é que os americanos estão provando do seu proprio veneno. Explico, se por ventura não tivessem usado uma deslavada mentira no governo Bush para a invasão do Iraque em 2003 (Aliás não foi só os americanos que mentiram, mas tambem os ingleses na pessoa de Tony Blair) hoje as coisas com certeza estariam mais fáceis para os USA na questão do Irã.

    É aquela velha história, Cachorro picado de cobra tem medo de lingüiça… portanto agora(Que a coisa é muito mais séria) oque mais tem na face da terra, é governo Tomé…

    Pobre de nós.

    Saudação a todos.

  2. COMANDANTE MELK

    Você acha que o EUA iriam tão longe a ponto de detonar uma peqeuan ogiva no Oriente Médio para culpar o iranianos?
    Do jeito que o mundo anda, a perda do poder dos EUA, sei lá.

  3. Luiz (2) :COMANDANTE MELK
    Você acha que o EUA iriam tão longe a ponto de detonar uma peqeuan ogiva no Oriente Médio para culpar o iranianos?Do jeito que o mundo anda, a perda do poder dos EUA, sei lá.

    Meu caro colega Luiz(2),

    creio que não, a ultima coisa que os americanos precisam agora é de mais publicidade negativa a sua imagem, e isso teria um preço politico “impagavel´´.
    Alem disso, eles possuem outros meios(Armamentos) para poderem sobrepujar o regime iraniano. Isso é oque eu penso.

    Um grande abraço, saudação a todos.

  4. Esforço iraniano de desenvolver armas nucleares é ameaça global, precisa ser impedido seja por quais ações forem necessarias.

  5. Existe um ‘pavor’ difundido pela mídia sobre esse ‘caso Irã’, que não faz muito sentido.
    Bombas nucleares são coisas complexas, uma arma dissuasória complicada de se obter efetivamente e de manter.
    Não é só a capacidade de enriquecer urânio que diz sobre a capacidade de se produzir um arsenal nuclear. Enriquecer urânio até 90% não é algo impossível, para qualquer país minimamente industrializado.
    Como eu já comentei, imaginava corretamente que um ‘Irã nuclear’ ainda demora, se vier a acontecer.
    Apesar do conhecimento sobre bombas nucleares ser bastante difundido, confeccionar um arsenal nuclear é complicadissímo. São necessárias algumas dezenas delas, no minimo, e de vários tipos, tamanhos, sistema de ‘entrega’, etc
    Arsenal, não uma bomba de testes, nem duas…
    Não é como na 2a. guerra, em que foram apenas três bombas:uma de teste, a Trinity, duas usadas, a Little Boy (em Hiroshima) e a Fat Man, sendo uma delas, a Little Boy, sem saber se funcionava. Eram enormes, desajeitadas, e foram lançadas de avião, por um ‘céu’ praticamente já sem defesa aérea.
    Nada mais é assim: uma bomba compacta (em comparação aos ‘monstrengos’ da 2a. guerra, o que não quer dizer uma ‘coisinha’ de se levar em maletas…), que poderia ser utilizada por ‘terroristas’ é sofisticadíssima, leva anos (décadas) para se chegar a uma.
    No final dos anos 50, ou inicio dos anos 60, os EUA tinha uma com algo em torno de 70kg, para ser lançada por soldados, a uns poucos quilômetros do alvo. Parece que foi completamente abandonada, por se achar muito arriscado algum uso ‘inadvertido’.
    Por isso, creio que a questão se prolongue mais mesmo.
    Muitas conversas mais, mais alguns avanços e recuos, de parte a parte.
    E muito ‘palavrório’. provocações, bravatas, protestos, ameaças, etc.
    O Irã vai continuar seu programa nuclear, talvez mais controlado, talvez dê uma recuada.
    Penso que esteja mais para o que aconteceu com a Coréia do Norte.
    Testou bombas (foram duas, se não em engano), mas ainda discute situação, com ‘várias idas e vindas’.
    Como disse, bomba(s) isolada(s) é uma coisa, um arsenal é outra, completamente diferente.

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