O Comando de Sistemas Navais dos Estados Unidos retirou temporariamente de operação 104 caças F/A-18 Hornet da U.S. Navy e do U.S. Marine Corps nessa sexta-feira, dia 12, após inspetores descobrirem que as fuselagens estavam apresentando fissuras muito antes do que os engenheiros haviam pensado.
A ordem de retirada de operação dessas aeronaves afeta as quatro primeira versões do Hornet — do modelo A até o D — e não se aplicam as aeronaves que atualmente estão voando em missões de combate no Iraque e no Afeganistão. O número de caças Hornet afetados chega a 16% da frota de modelos A à D da Marinha e dos Fuzileiros.
Não houve quebras ou perdas de peças relacionadas ao problema detectado, disse o porta voz da U.S. Navy Tenente Nate Christensen. A queda na quarta-feira de um F/A-18D dos Marine, do Esquadrão de Ataque dos Marines 224 na costa da Carolina do Sul — no qual os dois tripulantes foram resgatados com vida (veja aqui no Cavok) — não está relacionado a este problema, ele disse.
Dos 104 jatos fora de operação, 77 estavam em condições de voo. Destes, 23 são da frota de esquadrões da Marinha e do Corpo de Fuzileiros; cinco são aeronaves deslocadas na Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros em Iwakuni, no Japão; cinco pertencem ao esquadrão de demonstração aérea Blue Angels; e 44 são da frota de esquadrões substitutos. Os outros 27 caças Hornet estão atualmente parados em manutenção.
A informação da retirada de operação desse número de caças vindo da NavAir pegou a U.S Navy de surpresa, pois os engenheiros já tinham conhecimento qu este problema poderia ocorrer, mas não tão de repente. A NavAir emitiu uma série de instruções para as aeronaves afetadas.
Os esquadrões foram ordenados a efetuarem uma inspeção de campo magnético nos jatos incluidos na lista de retirada de operação. Se não forem encontradas fissuras, seus caças Hornet voltam para a operação aérea sem restrições, embora as tripulações deverão inspecionar visualmente as asas após cada 100 horas de voo.
Se um esquadrão não fizer a inspeção magnética num jato incluido na lista, sua tripulação foi ordenada a inspecionar as asas visualmente. Mesme se não forem encontradas fissuras, os pilotos dos caças Horner não terão permissão para puxar mais do que 4G’s durante o voo.
Christensen disse que a maioria dos problemas foram reportados nos modelos C e D dos caças Hornet da Marinha e dos Fuzileiros Navais, embora possam existir potenciais fissuras em todas versões do caça. Ele disse que as fissuras ocorreram “na parte posterior onde a asa se encaixa na fuselagem”.
Atualamente em operação existem um total de 635 caças F/A-18 Hornet entre os modelos A até D na frota da U.S. Navy e do U.S. Marine Corps.
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