Conselheiro de Obama classifica anúncio israelense de ‘destrutivo’

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O anúncio israelense da construção de outras 1600 casas para judeus em Jerusalém oriental foi “destrutivo” para o processo de paz, disse neste domingo um dos principais conselheiros do presidente americano, Barack Obama.

David Axelrod disse que o anúncio, feito durante a visita do vice-americano, Joe Biden, à região para tentar reavivar as negociações entre israelenses e palestinos, foi um “insulto” para os Estados Unidos.

“Foi uma afronta, um insulto, mas acima de tudo, sabota esse esforço já bastante frágil de levar paz à região”, disse ele à rede NBC.

“Acabamos de iniciar negociações indiretas para uma reaproximação entre israelenses e palestinos e o anúncio ser feito nesta hora foi muito destrutivo”, completou.

Na sexta-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse à rede de TV CNN que “o anúncio dos assentamentos no dia da visita do vice-presidente foi um insulto”. No mesmo dia, em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, Hillary afirmou que a medida abalou a relação entre os dois países.

‘Calma’

Netanyahu, convocou uma reunião de seu gabinete neste domingo para discutir a crise com os EUA.

“Proponho que nos acalmemos. Sabemos como lidar com estas situações, com calma, responsabilidade e seriedade”, disse Netanyahu que afirmou reconhecer que o anúncio foi ofensivo, mas disse ter sido um acidente.

O correspondente da BBC em Jerusalém Paul Wood disse que está claro que os americanos não aceitam a justificativa israelense de erro burocrático e sabem que o momento escolhido para fazer o anúncio ajudou Netanyahu a satisfazer os setores mais à direita em sua coalizão de governo.

A comunidade internacional considera Jerusalém oriental um território ocupado e diz que as construções israelenses no local são ilegais mas Israel considera a região, anexada em 1967, parte de seu território.

Cerca de meio milhão de judeus vivem em mais de 100 assentamentos construídos na Cisjordânia e Jerusalém oriental.

Os palestinos reivindicam a parte oriental de Jerusalém como a capital de um futuro Estado Palestino. Uma das condições que os palestinos estabeleceram para a retomada das negociações era o congelamento das construções israelenses em assentamentos tanto na Cisjordânia como em Jerusalém.

Israel disse que não interromperia as construções na cidade. Fora as 1600 residências anunciadas para o bairro de Ramat Shlomo, em novembro foram aprovadas novas 850 casas no bairro de Gilo e em janeiro de 2010, outras 600 no bairro de Pisgat Zeev.

Nos últimos 18 meses várias famílias palestinas foram despejadas para que sejam construídas casas para judeus, após decisão judicial. No bairro de Silwan, 88 residências palestinas foram demolidas após o anúncio de um polêmico processo de renovação da área.

Fonte: BBC Brasil

13 Comentários

  1. Senhores,

    “Mas Israel considera a região, anexada em 1967, parte de seu território.´´

    E ponto final, os israelenses sabem muito bem oque querem com este tipo de ação(Anuncio). Não há como Jerusalém ser dividida em duas….NUMCA!!!

    Saudação a todos.

  2. De onde vem tanto israelence para morar anquele lugar?
    Devem ser aqueles judeus (meia boca) europeus importados, todo apenas seguidores da “toráh”, eles querem morar em Israel, mas pouco se importa com o genocidio dos palestinos.

  3. Triste notícia…
    Pelo jeito mais mil gerações passarão e a paz não será alcançada.
    Não há boa vontade para tentar acabar com o ódio.
    Ainda bem que, neste ponto, podemos nos orgulhar de morar num paraíso que, bem ou mal, é um lar para todos. Viva o BRASIL !!!!

  4. É eles continuam a tomar as terras do Palestinos…são um canalhas, pois nem armaS OS PALESTINOS podem ter,,,um animas covardes. O triste é q os iaks , de maneira proforma finge estar zangados com seu aliado sionista…Cadê a ONU é seu CS?

  5. Jerusalem é a Capital, Eterna e Indivisível do Estado de Israel. Foi anexada e jamais será dividida novamente. Os árabes nem a chamam assim, chamam-na Al Kuds. As colonias fazem parte de uma estratégia de segurança. Já foi entregue o Sinai, Gaza, é sinal inequivoco de se querer a paz. Quem mais o que, Israel inteiro ? Impossible, Never !

  6. Prezados:

    Creio que o problema com todos seus desdobramentos e sua eventual solução, envolveria básicamente 3 partes: US, Israel e Palestina, seus respectivos prós e contras internos e os interesses específicos.
    Este é um rápido apanhado garimpado na internet como curioso do assunto, de uma parte que é pouco ou quase nada divulgado pela Mídia brasileira.

    What future for ‘Greater Israel’?

    Six decades after its founding, Israel has grown into one of the world’s top 20 industrial states, with GNP (General National Product) superior to all its neighbours combined.
    With an estimated 200 nuclear warheads, and one of the most advanced air forces in the world, Israel promotes itself as the Middle East’s most powerful military and one of the world’s five leading arms exporters.

    Priding itself on being a Western-type democracy; Israel has always sought close relations with empires and superpowers, underlining its estrangement within its own region.

    Thanks to decades of preferential treatment by Western superpowers, Israel has had its cake and eaten it too. It has occupied, annexed and exploited Palestinian and Arab lands with impunity, and at the same time received over $100bn as the West’s foremost ally in the Middle East.
    Israel’s control over the Occupied Territories has radicalised its own society and identity as much as it has deformed that of the Palestinians. And yet, despite all, Israel’s borders remain undrawn, its capital unrecognised, its Jewishness unaccepted, and its security in question.
    http://www.youtube.com/watch?v=25yTZ3r6Gs8

    Part two
    Today, after two failed wars in Lebanon and Gaza and a deadlocked peace process, Israel’s moment of truth has come …
    A radical right-wing coalition government in Israel is determined to press ahead with the expansion of settlements in East Jerusalem and Palestinian territories occupied in 1967.
    Palestinians refuse to accept anything less than a total freeze on all settlements but they are divided on the best way forward – diplomacy or resistance.

    The all-powerful US is powerless. Since the election of Barack Obama, the US president, and Binyamin Netanyahu, the Israeli prime minister, relations have become stifled.

    Is Israel still a strategic asset? Was it ever? Or is it a strategic burden? Obama staked his presidency on a breakthrough, but his efforts have stumbled at the first hurdle.

    The United Nations continue to issue toothless resolutions with no impact on the ground. Is it left to the European Union to make the running with yet another vague overture?

    The diplomatic vacuum leads to more unilateral policies and a radicalisation of both sides that could escalate the conflict even further. So how can the international community end an illegal occupation that has lasted for four decades? Is a two state solution still possible, or one state or no state!

    http://www.youtube.com/watch?v=9O227HSfkCk

    http://www.jewsagainstzionism.com/
    http://www.nkusa.org/
    http://www.jewsnotzionists.org/
    http://www.ifamericansknew.org/
    http://www.stopthewall.org/
    http://www.normanfinkelstein.com/

    Aliás, parece que o Pres. Lula não assimilou muito bem a idéia de visitar nesta Terça, o mausoléu e homenagear Theodor Hezl, “pai” do sionismo e considerado como fundador de Israel.

  7. Então jamais terão paz, é os ianks se provaram uns nada, uma nulidade ou cumplices…o tempo vai cobrar, com sangue de ambos os lados…+ vai te mt sangue.alguém terá de ceder.

  8. Concordo plenamente com você Jose,e outra mesmo se os palestinos tivessem armas dificilmente ganhariam qualquer conflito contra o povo JUDEU.

  9. Na minha opnião, ISRAEL – PALESTINA E JORDÂNIA deveriam ser um só… Tira aquele rei meia boca da Jordânia e dê um futuro decente para essa região, vai lá ISRAEL!

  10. Creio que o problema e sua eventual solução envolveria 3 partes principais: US, Israel e Palestina com seus respectivos prós e contras internos e interesses específicos.
    Abaixo algumas indicações obtidas na internet sobre uma parte que é pouco ou quase nada divulgada pela Mídia brasileira.
    What future for ‘Greater Israel’?
    http://english.aljazeera.net/programmes/empire/2009/12/2009122284925717630.html
    http://www.youtube.com/watch?v=25yTZ3r6Gs8
    http://www.youtube.com/watch?v=9O227HSfkCk

    Outros:
    http://www.jewsagainstzionism.com/
    http://www.nkusa.org/
    http://www.jewsnotzionists.org/
    http://www.ifamericansknew.org/
    http://www.stopthewall.org/
    http://www.normanfinkelstein.com/

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