Aggression Link: War on the Horizon na América Latina

http://racismandnationalconsciousnessnews.files.wordpress.com/2009/08/us-imperialism-latuff-latin-america-racism.jpg

Sugestão: Roberto Correia Matos

Por Emir Sader

Global Research, 12 de março de 2010
Postcards from the Revolution – 2010/03/11

O império vai parar em nada de encontrar mecanismos e as técnicas para atingir o seu objetivo final, e não podemos desconsiderar a possibilidade de um conflito militar no futuro próximo. Se os E.U. lugares a Venezuela na lista “terrorista” este ano, poderíamos estar na iminência de uma guerra regional.

A América Latina tem sofrido constantes agressões executados por Washington durante os últimos duzentos anos. Estratégias e táticas de guerra aberta e encoberta foram aplicadas contra as diferentes nações da região, que variam de golpes de estado, assassinatos, desaparecimentos, torturas, as ditaduras brutais e atrocidades, perseguições políticas, a sabotagem económica, operações psicológicas, a guerra de mídia guerra, biológicos , subversão, contra-insurgência, infiltração paramiliary, terrorismo diplomático, bloqueios, intervenção eleitoral para as invasões militares. Independentemente de quem está na Casa Branca – o democrata ou republicana – quando vem à América Latina, as políticas do Império continuam as mesmas.

No século XXI, a Venezuela tem sido uma das metas principais para essas constantes agressões. Desde o golpe de abril de 2002, houve uma perigosa escalada de ataques e tentativas de desestabilização contra a Revolução Bolivariana. Embora muitos caíram sob o sorriso sedutor e palavras poéticas de Barack Obama, não é necessário olhar para além do ano passado para ver a intensificação das agressões de Washington contra a Venezuela. A maior expansão militar na história da região – através da ocupação E.U. da Colômbia – a reativação da Quarta Frota da Marinha E.U., bem como uma maior presença E.U. militares no Caribe, Panamá e da América Central durante todo o ano passado, pode ser interpretados como uma preparação para um cenário de conflito na região.

Escalada de agressões

As declarações hostis de vários representantes de Washington, durante as últimas semanas, acusando a Venezuela de fracasso no combate às drogas, violando os direitos humanos “, que não contribuem para a democracia ea estabilidade regional”, e de ser o “anti-líder regional US”, fazem parte de uma campanha coordenada que visa justificar uma agressão direta contra a Venezuela. Logo, Washington irá publicar sua lista anual de “Estados patrocinadores do terrorismo”, e se a Venezuela é colocado na lista deste ano, a região poderia estar à beira de um conflito militar sem precedentes.

A evidência parece indicar um movimento nesse sentido. A E.U. Air Force documento justificando a necessidade de aumentar a presença militar na Colômbia, afirmou que o Washington se prepara para “guerra expedicionária” na América do Sul.

O documento da Força Aérea 2009, enviado ao Congresso, em maio passado (mas posteriormente modificada em novembro, depois que foi utilizado para demonstrar as verdadeiras intenções por trás do acordo militar entre os E.U. e Colômbia), explicou, “O desenvolvimento deste CSL (Cooperativa de Segurança Local) ainda mais a parceria estratégica entre os E.U. forjado com a Colômbia e é do interesse de ambas as nações … A presença também vai aumentar a nossa capacidade de condução de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR), melhorar o alcance global, as necessidades de apoio logístico, melhorar as parcerias, melhorar a cooperação em segurança de teatro e expandir a capacidade expedicionária guerra “.

On the Verge of War

O primeiro relatório descrevendo a defesa e as prioridades de inteligência do governo Obama dedicou atenção substancial à Venezuela. O Relatório Anual de Avaliação do Threat Intelligence E.U. comunitário – que mencionou Venezuela no ano passado, mas não quase com a mesma ênfase e extensão – sobretudo fora sinalizou o presidente Chávez como uma “ameaça importante” para os interesses E.U.. “O presidente venezuelano, Hugo Chávez, estabeleceu-se como uma das principais dos EUA detratores internacional, denunciando a democracia liberal eo capitalismo de mercado e políticas opostas E.U. e interesses na região”, disse o documento da inteligência, Venezuela colocação na mesma categoria como Irã, Coréia do Norte e Al Qaeda.

Dias depois que o relatório foi publicado, o Departamento de Estado apresentou o seu orçamento de 2011 para o Congresso. Além de um aumento do financiamento através da USAID e do National Endowment for Democracy (NED) para financiar grupos de oposição na Venezuela, – mais de US $ 15 milhões de dólares – havia também um pedido de 48 milhões dólares USD para a Organização dos Estados Americanos (OEA) ” implantar equipes especiais “promotor da democracia” para países onde a democracia está ameaçada pela crescente presença de conceitos alternativos como a “democracia participativa” promovida pela Venezuela e Bolívia “.

Uma semana depois, o Banco Interamericano de Comissão de Direitos Humanos da OEA, – financiado por Washington – emitido um relatório de 322 whopping página bater a Venezuela por violações dos direitos humanos, a repressão da imprensa e minando a democracia. Apesar do fato de que era um relatório – e um Commission – dedicado ao tema dos direitos humanos, o estudo detalhado apenas mencionou o imenso realizações do governo de Chávez na promoção dos direitos humanos; avanços que foram reconhecidos e aplaudidos nos últimos cinco anos pela Organização das Nações Unted. As provas utilizadas pela OEA para elaborar o relatório veio da oposição, depoimentos e tomadas tendenciosa mídia, uma clara demonstração da subjetividade perigosa.

Simultâneo a estas acusações, um tribunal espanhol acusou o governo venezuelano na última semana de apoiar e colaborar com as Farc e ETA – organizações consideradas terroristas por ambos os E.U. e Espanha – provocando um escândalo internacional. Presidente Chávez reiterou que seu governo não tem absolutamente nenhum vínculo com qualquer grupo terrorista no mundo. “Este é um governo de paz”, declarou Chávez, depois de explicar que a presença de membros do ETA na Venezuela é devido a um acordo feito há 20 anos pelo governo de Carlos Andrés Pérez, a fim de auxiliar a Espanha em um tratado de paz com a O grupo separatista basco.

O Império não tem cor

Na semana passada, em turnê na América Latina, o secretário de Estado E.U. Hillary Clinton não poderia deixar de atacar Venezuela durante seus diferentes declarações feitas antes da mídia internacional. Ela expressou sua preocupação “grande” para a democracia e os direitos humanos na Venezuela, acusando o presidente Chávez de não “contribuir de forma construtiva” para o progresso regional. Em tom cínico, Clinton aconselhou o presidente Chávez para “olhar mais para o sul” de inspiração, em vez de em relação a Cuba.

Viagem regional de Clinton era parte de uma estratégia anunciada pela administração Obama no ano passado, para criar uma divisão entre a chamada “esquerda progressista” e da “esquerda radical” na América Latina. Não é coincidência que sua primeira turnê da região coincidiu com o anúncio de uma nova América Latina e Caribe da Comunidade de Estados, que exclui a presença de os E.U. e Canadá.

The Coming Conflict

Um conflito militar não é iniciada a partir de um dia para o outro. É um processo que envolve o primeiro influenciando a opinião pública ea opinião – demonizar o líder do alvo ou do governo para justificar a agressão. Posteriormente, as forças armadas estão estrategicamente implantados na região, a fim de garantir uma ação militar eficaz. Táticas, como subversão e de contra-insurgência, são utilizados a fim de enfraquecer e desestabilizar o país de destino do interior, aumentando a sua vulnerabilidade e enfraquecendo suas defesas.

Este plano tem sido ativo contra a Venezuela durante vários anos. A consolidação da unidade e integração regional latino-americana ameaça E.U. possibilidades de recuperar a dominação e controle no hemisfério. E o avanço da Revolução Bolivariana têm impedido a sua “auto-destruição”, provocada pela subversão interna financiado e dirigido por agências E.U.. No entanto, o Império não cessará suas tentativas de alcançar o seu objectivo final, e um potencial conflito militar na região permanece no horizonte.

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Fonte: Global Search

26 Comentários

  1. Quem escreveu esse texto?? Antiamericanismo juvenil!!!! Coisa de grêmio da faculdade.
    No texto parece que a Venezuela é um pobre e inocente país massacrado por uma potência sem ética. E o armamento venezuelano encontrado em poder das FARC?
    E as provas encontradas no lap top do Raul Reyes??
    A China vai transformar o Brasil num fazendão acabando com as industrias mais importantes e os esquerdistas patetas não falam nada pois a China é oficialmente um país comunista. E os presos políticos de Cuba? Chico Buarque, Marilena CHaui e Emir Sader não assinaram nenhum abaixo assinado em solidariedade aos presos cubanos.
    A esquerda brasileira precisa parar de reclamar dos EUA e transformar o Brasil num país decente. Um país que quer ser potência tem de superar obstáculos sejam eles EUA, China, cuba ou quem quer que seja.
    Não vou ajudar esse site, blog ou o que seja pois acho que esse antiamericanismo não leva a nada. Prefiro alguém que fale da ameaça chinesa( semi escravidão, falta de democracia, censura,etc).

  2. Permanent Agression: War on the Horizon in Latin America
    By Eva Golinger http://www.chavezcode.com/2010/03/permanent-aggression-war-on-horizon-in.html
    (named “La Novia de Venezuela” by President Hugo Chávez, is a Venezuelan-American attorney from New York, living in Caracas, Venezuela since 2005).
    Precisa explicar mais?

    A Arte do caricaturista brasileiro Latuf não consta do original

    Sobre o artigo e Emir Sader,no máximo caberia: Tradução: Emir Sader

    Decifrando Emir Sader

    Por Alceu Garcia
    18 de março de 2002

    George Orwell escreveu seu memorável romance 1984 para protestar contra a revolução semântica perpetrada pelas ideologias coletivistas da sua época, sobretudo o comunismo. A perversão da linguagem e da lógica por regimes totalitários levou o grande escritor inglês a inventar um termo para esse controle político-ideológico das palavras e do raciocínio: newspeak. No Brasil de hoje, subjugado pela mesma ideologia contra a qual Orwell lutou, naturalmente não há falta de colunistas e acadêmicos versados no uso do newspeak, autênticos virtuoses nessa arte nefasta. O articulista do JB Emir Sader não é um desses virtuoses. Seu estilo primitivo carece de sutileza, embora não se possa negar que ele se esforce. De todo maneira, é uma pena que ninguém tenha tido a idéia de criar um software específico para a tradução do newspeak, o que facilitaria muito o trabalho de quem deseja inferir o verdadeiro intuito de autores oblíquos em seus textos melífluos. Como esse software ainda não existe (e provavelmente nunca existirá), o jeito é analisar artesanalmente o artigo de Sader publicado no último domingo e procurar traduzir para o português claro o seu tosco newspeak. Este consiste em inverter o sentido das palavras e inserir premissas falsas sub-repticiamente nos encadeamentos dedutivos, de modo a levar o leitor a conclusões viciadas. Examinemos, pois, algumas das proposições do Emir do Newspeak:

    1. O presidente da Venezuela Hugo Chávez está enfrentando um projeto de desestabilização dirigido pelas elites venezuelanas, que aparentemente conta com amplo apoio da classe média e até dos meios populares.

    O pressuposto que não ousa dizer seu nome nesse trecho é o seguinte: Hugo Chávez representa inequivocamente os interesses das camadas populares, mas suas políticas favoráveis ao povão não são aceitas pela perversa elite da Venezuela, a qual conseguiu alienar a classe média e até parte desse mesmo povão por meios ideológicos e falazes. Nada disso está correto, como fica evidente quando o raciocínio é exposto com clareza. Chávez é um reles caudilho, tipo infelizmente muito comum na história latino-americana. Ascendeu à notoriedade graças a uma tentativa mal-sucedida de golpe de estado. Tudo o que ele almeja é o poder absoluto, à exemplo de seu modelo Fidel Castro. Como todo caudilho, Chávez não dá a mínima para os interesses da população, simples massa de manobra para seu projeto ditatorial. Ele foi eleito com amplos poderes para reduzir a corrupção que contaminava a sociedade política de seu país. Não só não fez nada contra a corrupção, pois ele próprio é corrupto ao extremo, como passou a cortejar ditadores cubanos, iraquianos e que tais, sem falar no apoio que deu aos terroristas das Farc. Não foi para isso que os venezuelanos lhe confiaram um mandato.

    2. O movimento contra Chávez é ilegítimo, uma vez que o presidente sempre seguiu os trâmites da democracia liberal desde sua eleição até a edição de um recente pacote de leis econômico-sociais, aprovado pelo Parlamento.

    Sader pretende persuadir o leitor de que Chávez é um democrata sincero e nada deseja senão o bem-estar dos pobres, confinando sua atuação benevolente ao cumprimento estrito da Constituição e das leis vigentes. Contra esse generoso estadista se opõe a infausta elite privilegiada e exploradora. Ora, o “democrata” de hoje é o golpista de ontem. Seus antecedentes não são favoráveis. Convém suspeitar de um homem ávido de poder e disposto a todo tipo de demagogia para conseguir apoio suficiente para um outro golpe. Que diferença essencial existe entre Chávez e Fujimori? Nenhuma. Porém, como Chávez se declara de esquerda e idolatra Fidel Castro, tudo lhe é perdoado por Sader.

    3. A legislação promulgada por Chávez é inegavelmente favorável aos excluídos da Venezuela, posto que objetiva abolir o latifúndio, garantir o controle estatal da exploração do petróleo, reservar o litoral até 3 milhas da costa exclusivamente para os pescadores artesanais, outorgar crédito subsidiado pelos bancos estatais às pequenas empresas e trabalhadores e disciplinar o uso da terra na zona costeira de modo a preservar o meio-ambiente e evitar a especulação imobiliária.

    Absolutamente nenhuma dessas leis favorece a população pobre da Venezuela. São medidas demagógicas de um tirano desesperado. A intenção última de Chávez não é de modo algum distribuir a terra aos agricultores modestos, e sim confiscá-la toda, instituindo um regime de superlatifúndio, como em Cuba, onde toda a terra pertence ao Estado. O domínio estatal da indústria petrolífera gerou um ambiente de corrupção espantosa, tanto que o povo venezuelano está mais pobre hoje do que estava antes dos violentos aumentos do preço do insumo, a partir de 1973. O que a população da Venezuela, um dos maiores produtores do combustível do mundo, ganhou com a hegemonia do governo nesse setor? Só perdeu. Quanto à reserva de mercado para os pescadores pobres, trata-se de uma providência realmente benéfica para esses pescadores, mas péssima para os consumidores pobres de pescado. A restrição causará a diminuição da quantidade de peixe ofertada no mercado e a inevitável elevação dos preços desse alimento. A politização do crédito via fomento por bancos públicos só pode acabar em corrupção e malversação de poupança escassa, prejudicando sobretudo os assalariados mais pobres. É só ver o que aconteceu e ainda acontece no Brasil com a Sudam, Sudene, Bndes, Banerj, Banespa, Banco do Brasil etc. A regulação draconiana do uso da terra costeira, além de constituir uma típica violação populista do direito de propriedade, acarretará a redução das atividads de construção civil, desempregando trabalhadores pobres, bem como a diminuição da oferta de residências, o que causa a subida dos preços dos aluguéis e dos imóveis já existentes, encarecendo a vida dos menos favorecidos.

    4. A grande mídia privada da Venezuela, dominada por magnatas corruptos, está movendo uma campanha terrorista para insuflar maldosamente as massas contra Chávez, conquanto o presidente esteja honestamente fazendo tudo o que pode para melhorar a sorte dos pobres.

    Ninguém em sã consciência desconhece o poder e os recursos de que dispõe um governo para amordaçar a imprensa privada e alardear seus próprios feitos através de propaganda paga pelo contribuinte e isenta de riscos, ou subsidiar jornais de particulares para que tomem o seu partido. A fortiori quando o governante é um inescrupuloso candidato ostensivo à ditadura. Se a mídia particular ainda existe na Venezuela e consegue se opor ao presidente é porque dispõe de apoio popular suficiente para isso. Se o que a imprensa divulga é falso, o governo nada tem a temer. Basta mostrar a verdade, recorrendo ao judiciário, se necessário. Se, contudo, é o governo quem mente, a imprensa privada está prestando um serviço público da maior importância ao revelar as mentiras e tramóias dos governantes. Sader usa o termo “terrorista” aqui com o objetivo de confundir o leitor. Se a mídia fosse estatizada na Venezuela, nada que desagradasse Chávez seria publicado. Como em Cuba. É claro que Sader não dá a mínima para a liberdade de imprensa. Ele anseia é por mais uma ditadura totalitária no continente, e para isso vale tudo.

    5. Todos os governos que se opuseram aos Estados Unidos no continente foram derrubados, exceto Cuba. Esses governos (Getúlio, Perón, Jacobo Arbenz, João Goulart, Allende) cometeram o erro de seguir o processo democrático no seu afã de auxiliar a classe pobre, e foram destruídos pelas oligarquias locais ajudadas pelos norte-americanos.

    Premissa oculta n. 1: todo governo que se opõe aos Estados Unidos é ipso facto favorável ao povo, e todo governo que apóia os Estados Unidos é contra o povo. Bem, nesse caso temos que incluir entre os benfeitores da humanidade Hitler, Mussolini, Stalin, Mao, Pol Pot e outros genocidas. Não que eu pense que os governos alinhados com a política norte-americana sejam necessariamente bonzinhos. No meu modo de ver, o bom governo é aquele que se limita a garantir os direitos individuais contra violações de bandidos nacionais e invasores externos, deixando o resto para as pessoas resolverem pela via da cooperação voluntária. Não importa a sua atitude em relação aos americanos, que não constitui de maneira alguma critério de julgamento de uma administração. Acredito, inclusive, que um governo de fato preocupado com os direitos individuais tem o dever de se opor a certos interesses do governo americano, propondo, para exemplificar, a imediata dissolução do FMI, do Banco Mundial, da ONU, do BID, da OMC e outros antros de burocratas parasitários transnacionais. Para os contribuintes americanos, que sustentam essa malta, seria uma vitória esplêndida.

    A lista de estadistas “democratas” de Sader, ademais, inclui dois ditadores de corte fascista (Getúlio e Perón), enquanto que os outros três conduziram políticas esquerdistas contra a vontade da maioria de suas respectivas populações, tanto que foram depostos sem resistência. Eu não defendo a deposição deles, mas tampouco caio na esparrela de pintá-los como ingênuos e românticos líderes democratas. Pelo menos Allende e Arbenz ambicionavam a ditadura totalitária, e não faziam segredo disso.

    Premissa oculta n. 2: Admitindo como válida a premissa oculta anterior, não resta outro caminho a um grupo político latino-americano disposto a ser “bom”, isto é, anti-americano, senão recorrer a meios violentos para a tomada e conservação do poder. A via democrática esbarra na resistência dos americanos conjuminados com as oligarquias locais. Somente e revolução e a supressão impiedosa dessas oligarquias abre o caminho para a soberania popular no continente. Como em Cuba. Completando o silogismo saderiano, concluimos que o ideal para a America Latina é um regime de partido único, sujeito à autocracia de um ditador cruel há mais de quarenta anos, que reduziu um dos países mais ricos do continente à miséria, que expulsou mais de 10% da população etc.

    6. O drama da Venezuela reflete a insinceridade da elite latino-americana e seu desapego à democracia, pois a possível derrubada de Chávez, como a deposição dos aludidos líderes populares no passado, evidenciará novamente a hipocrisia da classe dominante e a falência da decadente democracia liberal. Assim, só resta ao povo apoiar outra espécie de democracia, com conteúdo social, soberania popular e fé na utopia.

    Elite no discurso de Sader são sempre os outros. Ele, Sader, malgrado ocupe cátedras nas mais renomadas universidades do país e publique artigos nos mais influentes jornais, embora organize e escreva livros de grandes vendagens sob o selo de prestigiosas editoras e aconselhe políticos de projeção nacional de um poderosos partido de extrema-esquerda, não é de elite nenhuma. Nem o arrivista Chávez e seus correligionários “bolivarianos”, Fidel e sua nomenklatura cubana, os ricos fazendeiros Getúlio e Goulart apoiados por uma vasta aristocracia sindical, integram uma elite. A palavra “elite” significa no contexto saderiano todos os grupos que Sader desaprova. Newspeak puro. A verdade é que Sader é o típico representante da mais sanguinolenta elite que já existiu: a “vanguarda do proletariado” leninista. Mataram mais de cem milhões. E que “outra” democracia com “conteúdo social” é essa? Alguém tem alguma dúvida? A democracia de Sader é a ditadura do “proletariado”. Democracia é ditadura, ditadura é democracia. Newspeak de quinta categoria. O afamado intelectuário uspiano ainda tem a cara-de-pau de acusar preventivamente o exército e a “elite” venezuelana por um possível golpe contra Chávez, como se o sujeito não estivesse tramando um putsch com o auxílio luxuoso de estrategistas de alto coturno emprestados por Fidel Castro. Na lógica paralógica de Sader todos os meios que o tiranete venezuelano utilizar para instaurar uma ditadura de esquerda são válidos, mesmo que contra a vontade da maioria da população, pois atendem os “intereses populares”, e tudo o que os setores da sociedade daquele país fizerem para se defender, não importa quã o amplo e majoritário seja o seu apoio, será ilegítimo, pois serve a causa das “elites”.

    O newspeak na boca de Sader pode ser desmoralizado com uma simples comparação. No Brasil, onde a imprensa é privada e dominada por magnatas, Sader dispõe de tribunas nos grandes jornais para açoitar o “neoliberalismo” e pregar indiretamente o confisco da propriedade de seus próprios empregadores, quiçá sua execução no paredón. Em Cuba, modelo do sabichão, onde a imprensa é estatal, não há a menor possibilidade de se permitir que alguém critique o governo. FIM

    Pelo visto o Sr. Sader, de longa data, é mais um fã ardoroso de Chaves.

  3. Caro Macelo
    Só os engênuos acreditam que o “anjos estadunidense” não possuem desejos inconfessáveis sobre o controle da região. O panorama energetico mundial aponta para conflitos em tais magnitudes, somente o poder dissuasório aliado ao debate diplomático pode evitar que isso se concretize. O fato da China ser comunista para o capitalismo é um mero detalhe, pois os títulos do tesouro americano que ela possue é que está segurando a banca rota do dólar até o momento o que estimula a ambiguidade da diplomacia estadunidense.
    Em relação a esse intelectuais (Marilena, Sader etc) acho que cada um pode ter sua visão ideológica sobre como um mundo caminha, não podemos ser patrulador de comportamento de ninguém.Quais intelectuais liberais ou de direita você conhece que contestou os direitos humanos em Guantanamo, base que vilipendia o território soberano de um país e usado para prática de tortura, simulacro para que autoridade consiguem se livra das barras da justiça estadunidense. Nenhum que conheça.

  4. Caro Robson,

    Continuo com a minha visão a China é uma ameaça maior que os EUA. Não sou ingênuo de achar que os EUA querem apenas serem nossos amiguinhos. Eles tem interesses e os defendem muito bem, nós também temos nossos interesses mas somos péssimos pra defendê-los, por pouca coisa o Brasil se ajoelhou diante da Bolivia, do Paraguai e vive engolindo sapos do Chaves. Quanto ao fato dos intelectuais de esquerda não contestarem os acontecimentos dos direitos humanos em Cuba, na minha opinião os iguala aos neoliberais direitistas que defendem Guantanamo. O debate aí é no campo da ética não da ideologia. Pra mim Guantanamo é absurdo e a falta de respeito aos direitos humanos e cuba também, ponto.

  5. Marcelo:

    O senhor esqueceu de dizer que os Yankees lutam pela justiça, liberdade, igualdade e fraternidade… sem esquecer da democracia obviamente!!!!

    Depois basta esplicar pra nós as ditaduras militares da América Latina, onde a Justiça era a lei das elites colaboracionistas, a liberdade era limitada em todas as suas formas, até mesmo no ir e vir, a igualdade era o reforço das diferenças das classes sociais, onde a fraternidade era a competição do consumismo esfrenado( meu carro é melhor e mais caro que o teu) e a democracia legítima exercida por voto popular que elegeu o Presidênte João Gulart foi assassinada por um golpe militar promovido, financiado e dirigido pelos Yankees!!

    Mas poderia também explicar a semi escravidão antes citada,e a falta de democracia, a censura, etc, pois pelo que eu sei durante a DEMOCRACIA do governo MILITAR a semi escravidão era aplicada aqui também com a suspensão do direito de greve, pois assim deve-se aceitar o salário de fome pago pelo patrão capitalista sem reclamar, e lembrando que os Yankees falavam sempre que greve é coisa de comunista!!

    O que dizer da falta de democracia patrocinada, financiada e implementada na A.L. durante as ditaduras militares… ha sim, estava me esquecendo que eles são os donos da democracia, então dão e tiram a democracia quando quiserem, certo??

    Quanto a Censura, bem, em ditaduras patrocinadas, financiadas e implementadas em toda a A.L. pelos Yankees, a censura existiu em todos os aspectos, principalmente na liberdade de palavra, de imprensa e até mesmo na associação de grupos de pessoas, à excessão de reuniões de carater religioso, esportivo e familiares, certamente com o devido controle das polícias civis, militares e SNI.

    E o que dizer do respeito pelos direitos humanos no período dos regimes militares, o que dizer do que se passava nas masmoras das DOPS com os dissidentes políticos, e o que dizer das recentes torturas em Guantanamo, Abu Graib, e outras prisões secretas pelo mundo, onde “Terroristas” não tem alguma defesa legal, provas materiais e ainda nem uma acusaçaõ formal legalizada.. e que não aparecem na Mídia, será que a mídia das democracias são controladas também? Isso parece uma conspiração, pois se as grandes empresas financiam os meios de comunicação livres com a publicidade, isso significa que estes meios de comunicação NÃO passam de forma alguma notícias ou reportagens do interesse destes financiadores, isso mais parece uma teoria da conspiração mesmo…

    Parece uma Blasfêmia total essa de duvidar da liderdade de imprensa, pois se não acreditas nas notícias da TV e ainda tens a cara de pau de contestar a verdade da mídia, és tu um comunista que apoía as ditaduras, um esquerdista vagabundo que não tem um centavo no bolso pra demostrar a tua credibilidade, pois só quem tem dinheiro é credivél no capitalismo(e na mídia !) e ainda ouso afirmar que o senhor é um ideologo, simpatizante ou ajudante de um grupo terrorista!

    Bem, enfim, se hoje queres ver uma democracia como aquela implantada na A.L. pelos Yankees no passado, basta olhar para a tua querida China, onde a única liberdade é a de comércio e de empresa, até nisso os chineses foram bravos em copiar dos mandos e desmandos Yankees na América Latina, lembrando que foi naquela época que a China começou a abri-se para o mercado mundial, e até hoje seguem no mesmo sistema, e os chineses ainda hoje querem fazer a implantação do mesmo excelente sistema econômico, social e libertário na Birmânia(Myamar), no Laos, Cambôja e Vietnam, se brincar entra até a Coréia do Norte nessa de democracia organizada e disciplinada, como a chamava Pinochet!

    Parece mesmo que as provas dos fatos dão razão ao sistema modelo que os Yankees fizeram no laboratório da A.L., pouco importando o nome, se é capitalismo ou comunismo.

    Pecado que os comunistas do MDB(depois PMDB), da CUT e CGT(depois PT) começaram a meter o bedelho num sistema tão democrático como aquele, onde a Arena(depois PDS – PSDB)é tinha o melhor programa para o país, e que hoje estes traídores nós levaram a ser um refém nas mãos dos vermelhos do atual governo, que tristeza ter acabado a democracia no Brasil em 1984-85, depois de 20 anos de liberdade, justiça, iguadade e fraternidade, sem esquecer da democracia !!

    Valeu!!

  6. Pinto:

    Acho que aquela tua foma de ver as coisas por aqui estava certa, parece que com o apoio de uma potência um dos nossos vizinhos podem realmente ser uma ameaça para a nossa soberania.

    Não descordei no momento e nem tão pouco agora desta tua “visão” geopolitica, esperei um pouco para ver como os fatos se realizavam, mas mesmo que a Venezuela seja a bola da vez aqui no continente, continúo achando que teremos ainda tempo de nós preparar, mesmo que este tempo parece ter se reduzido muito segundo a interpretação deste sinais da mídia.

    Certamente como demonstrou o senhor Claudio acima, esta notícia parece pouco credível pelo alto risco de manipulação em prol de interesses varios, mas resta o fato de que subestimei as bases na Colômbia como um risco real para o futuro imediato, e parece que o governo também, pois mesmo com as modernizações atuais das forças armadas, teremos realmente algo em conjuto nas três forças somente lá pros idos de 2025-30, parece que ficou um pouco tarde né??

    Parece que tinhas razão que os tempos das ameaças são mais breves do que as minhas, assim como varios colegas do forum como o Paulo Amaral, Carlos Argus, Konner, Hornet, Eduardo Carvalho, Lucas Urbanski, Leandro Mello e outros.

    Eu pensava que as ameaças viriam em tempos mais longos, lá pro 2040-60, como expliquei os motivos do meu ponto de vista naquela análise, mas sem por datas como aqui coloco agora.

    Admito que os indícios levam a crer que deveremos nós defender em breve, graças a algum nosso vizinho que terá o apoio de uma grande potência, mesmo que tenhamos acordos de médio e longo prazos em curso de validade nas relações diplomáticas, nas aréas comerciais e até mesmo defensivas com todas estas potências.

    Valeu, errei os tempos!!

  7. robson

    Não se desgaste amigo, os que chamam as pessoas que são contrárias aos interesses dos EUA de “antiamericanos” são exatamente os cegos.
    Esse não enchergam a ganância ocidental e a Chinesa. Não enchergam o veneno da cobra chamada “extrema direita/esquerdistas”. É fácil critcar os esquerdistas de comunistas e não ver o que os istremistas direitos fazem.

    Não acredito em partido ne na democracia, pois são armas manipuladoras.

    Sobre o texto.
    Bem, fazer um aguerra aqui vei ser bom para os negócios de alguns países.
    Mas se não forem uns contra os outros, podem ser todos contra o Brasil.

    E nós, vamos embarcar nessa?

  8. Voltamos aos anos 80. Este texto me lembra aqueles que o PCBR, o PC do B e a Democracia Socialista entregavam nas salas das universidades.

  9. Caro Claúdio
    Desde quando democracia direta em que o povo vota po plebiscito pode ser um sintoma de anti-democracia. Agora pegamos o exemplo antagônico. A democracia representativa em qualquer país do mundo representa o povo ou um conjunto de interesse supla povo?
    Aco que a análise sobre o comportamento de Chaves não justifica qualquer ameaça a democracia, pois foi a oposição que se negou participar das últimas eleição. E se você olhar pra Venezuela agora a coisa lá está fervilhando, a opisção está participando como os mecanismo que uma democracia liberal permite,pois a Venezuela está longe de ser considerada um país socialista so formo caracterizá-la pelo par~emetros clássicos.
    A ação dos EUA é a de manutenção de hegemonia ameação, eles estão articuando os braços fortes e seu poder dissuasório, é evidente isso. Ou alguém ainda acha que eles estão procurando traficantes com essa estrutura miliatar que vão levantar na Colômbia?

  10. Francoorp, é como diz o ditado…

    OS CEGOS são aqueles que não querem ENXERGAR A VERDADE!

    Por isso sempre defendi que o Brasil precisa para ontem de um poder dissuasivo mais eficaz, e para isso o que demonstra ser mais eficaz nessa horas é um poder militar ou um certa bomba que “todos temem”…

    Acho que é por esses motivos (entre outros), que os políticos estão acordando para nossa “real” situação no mundo, pq se a coisa ficar feia para nosso lado…
    Para onde “vamos fugir”, dirão eles.

  11. Com certeza essa criatura é da mesma laia que o Sr M.A.G.
    É uma falta de respeito piblicar um artigo como esse, só falta dizer que o Chapolin é um herói.

    • Salve Bader.
      Não acho que seja falta de respeito não, é sim apresentar as informações que estão disponíveis, concordamos ou não com elas.
      O compromisso é de apresentara ao leitor o máximo de pontos de vistas diferentes e cabe a ele achar relevante ou não.
      O fato de discordar em 90% do que o autor escreve não me serve de argumento para não publicá-lo.
      Há outros textos aqui publicados que rebatem esta análise é só fazer uma busca e verá posições totalmente diferentes, agora a pouco li o comentário de um participante que perguntou da questão da China, se esta não seria uma ameaça, e porque o blog não publica isto, bem o que posso dizer é que outro dia publiquei esta tal matéria e está disponível para quem quiser ler.
      acho importante que os leitores tenahm acesso aos diferentes pontos de vista pois só assim se inicia o debate, de outra forma seria mais fácil para mim escolher aquilo que me agrada e pronto, mas ai estaria colaborando para aquilo que eu classifico de sociedade “Cyclope” que só tem um ponto de vista.
      QUanto ao texto ara já digo que não estou de acordo com o autor em 90% dele, mas só tecerei minha opinião quando houver um comentário que analise tecnicamente o texto apontando defeitos e qualidades e os seus pontos de vista.
      SDS.
      E.M.Pinto

  12. Não davemos temer um ataque dos EUA no futuro, primeiro pq isso não vai acontecer, segundo mesmo se ocorrer, antes ser colonia dos EUA do que da russia ou da china, pq obviamente, melhor seria roubado por capitalistas que torturado por comunistas…
    .
    Anti-americanismo juvenil e patriotismo exarcebado, pq estes não são anti-russia, anti-china, anti-esquerdas populistas, anti ditaduras chavistas-castristas, etc…

  13. Não sei onde está a democracia no Brasil. Um lugar onde as pessoas são OBRIGADAS a votar. Eu quero ser um eleitor, mas se eu quiser!!! Quero votar, sim, mas quando eu quiser! Apesar de os meios de comunicação serem concessões públicas não concordo com a obrigatoriedade deles terem que transmitir propagandas “gratuitas”. Democracia é também a liberdade de querer votar ou não!

  14. OK E.M. sei que vc tem razao quanto a apresentar todos os pontos de vista…mas as vezes é revoltante essa esquerda burra que acredita que todo brasileiro que vem das classes mais baixas como eu, acredita que homens como Hugo Chaves, Fidel, aquela ameba cocaleira e vossa excelencia Sr Presidente são Herois imaculados, salvadores de um sistema que é um verdadeiro cancer…
    Procuram um um inimigo do povo um satan como diz nosso amigo iraniano que não gosto nem de citar o nome, pra justificar toda decadencia de suas idéias.
    Até mais e prarabens pelo seu trabalho…
    Abraços.
    PS:amigo iraniano pq somos obigados a engolir mais essa do nosso querido presidente, o meu consolo é que ALA ira dar um jeitinho nele seja com um raio ou uma JADAN.

  15. Cara kamila
    Anti-americanismo juvenil? O que é isso? O que é a colonização do Iraque pelos EUA? Te respondo. É a amostra gratis do que aconteceria, disturbio social, tortura, extermínio de qualquer tipo de resistência, seja ela civil ou armada. Não é patriótico aceitar, seja hipoteticamente, qualquer tipo de domínio a soberania da nação.O marcatismo foi uma doutrina anti-comunista que perseguiu os cidadãos estadunidense e a perseguição através de golpe militar em toda AL. As disseminação da tortura e o extermínio de cidadões brasileiro que até hoje não se sabe onde estão para ter um sepultamento digno.
    Isso não é anti-americanismo juvenil, sim alienação sobre o que é o contexto da correlação de força na geopolítica mundial.

  16. O Irã, para os iranianos, as duas Coréias para os coreanos, Cuba para os cubanos. E aquele país que ocupa sózinho metade da América do Sul…. Há sim! BRASIL! Para os brasileiros. E lendo a matéria acima vou repetir o que escrevi em outros posts. Investir o máximo em armamentos e tecnologia própria. E também pararmos com essa sindrome de cachorro vira-latas.

  17. é mt bom q nos preparemos p sermos o alvo dos ianks, mesmos eles ñ declarando a venezuelA como o pais do mal da AL…

  18. Os EUA e a “pacificação presidencial” na América Latina

    O presidente Barack Obama distanciou os EUA de quase toda América Latina e Europa ao aceitar o golpe militar que derrubou a democracia hondurenha em junho passado. O apoio ao processo eleitoral garantiu para os EUA o uso da base aérea de Palmerola, em território hondurenho, cujo valor para o exército estadunidense aumenta na medida em que está sendo expulso da maior parte da América Latina. Obama abriu a brecha ao apoiar um golpe militar, repetindo uma prática dos EUA bem conhecida na América Latina.

    Noam Chomsky

    Barack Obama é o quarto presidente estadunidense a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, unindo-se a outros dentro de uma longa tradição de pacificação que desde sempre serviu aos interesses dos EUA. Os quatro presidentes deixaram sua marca em nossa “pequena região” (“nosso quintal”), que “nunca incomodou ninguém”, como caracterizou o secretário de Guerra, Henry L. Stimson, em 1945. Dada a postura do governo de Obama diante das eleições em Honduras, em novembro último, vale a pena examinar esse histórico.

    Theodore Roosevelt
    Em seu segundo mandato como presidente, Theodore Roosevelt disse que a expansão de povos de sangue branco ou europeu durante os quatro últimos séculos viu-se ameaçada por benefícios permanentes aos povos que já existiam nas terras onde ocorreu essa expansão (apesar do que possam pensar os africanos nativos, americanos, filipinos e outros supostos beneficiados).

    Portanto, era inevitável e, em grande medida, desejável para a humanidade em geral que o povo estadunidense terminasse por ser maioria sobre os mexicanos ao conquistar a metade do México, além do que estava fora de qualquer debate esperar que os (texanos) se submetessem à supremacia de uma raça inferior. Utilizar a diplomacia dos navios de artilharia para roubar o Panamá da Colômbia e construir um canal também foi um presente para a humanidade.

    Woodrow Wilson
    Woodrow Wilson é o mais honrado dos presidentes premiados com o Nobel e, possivelmente, o pior para a América Latina. Sua invasão do Haiti, em 1915, matou milhares de pessoas, praticamente reinstaurou a escravidão e deixou grande parte do país em ruínas.

    Para demonstrar seu amor à democracia, Wilson ordenou a seusmariners que desintegrassem o Parlamento haitiano a ponta de pistola em represália pela não aprovação de uma legislação progressista que permitiria às corporações estadunidenses comprar o país caribenho. O problema foi resolvido quando os haitianos adotaram uma Constituição ditada pelos Estados Unidos e redigida sob as armas dos mariners. Tratava-se de um esforço que resultaria benéfico para o Haiti, assegurou o Departamento de Estado a seus cativos.

    Wilson também invadiu a República Dominicana para garantir seu bem-estar. Esta nação e o Haiti ficaram sob o mando de violentos guardas civis. Décadas de tortura, violência e miséria em ambos países foram o legado do idealismo wilsoniano, que se converteu em um princípio da política externa dos EUA.

    Jimmy Carter
    Para o presidente Jimmy Carter, os direitos humanos eram a alma de nossa política externa. Robert Pastor, assessor de segurança nacional para temas da América Latina, explicou que havia importantes distinções entre direitos e política: lamentavelmente a administração teve que respaldar o regime do ditador nicaragüense Anastásio Somoza, e quando isso se tornou impossível, manteve-se no país uma Guarda Nacional treinada nos EUA, mesmo depois de terem ocorrido massacres contra a população com uma brutalidade que as nações reservam para seus inimigos, segundo assinalou o mesmo funcionário, e onde morreram cerca de 40 mil pessoas.

    Para Pastor, a razão era elementar: os EUA não queriam controlar a Nicarágua nem nenhum outro país da região, mas tampouco queria que os acontecimentos saíssem do seu controle. Queria que os nicaragüenses atuassem de forma independente, exceto quando essa independência afetasse os interesses dos Estados Unidos.

    Barack Obama
    O presidente Barack Obama distanciou os EUA de quase toda América Latina e Europa ao aceitar o golpe militar que derrubou a democracia hondurenha em junho passado. A quartelada refletiu abismais e crescentes divisões políticas e socioeconômicas, segundo o New York Times. Para a reduzida classe social alta, o presidente hondurenho Manuel Zelaya converteu-se em uma ameaça para o que esta classe chama de democracia, que, na verdade, é o governo das forças empresariais e políticas mais fortes do país.

    Zelaya adotou medidas tão perigosas como o incremento do salário mínimo em um país onde 60% da população vive na pobreza. Tinha que ir embora. Praticamente sozinho, os EUA reconheceram as eleições de novembro (nas quais saiu vitorioso Pepe Lobo), realizadas sob um governo militar e que foram uma “grande celebração da democracia”, segundo o embaixador de Obama em Honduras, Hugo Llorens. O apoio ao processo eleitoral garantiu para os EUA o uso da base aérea de Palmerola, em território hondurenho, cujo valor para o exército estadunidense aumenta na medida em que está sendo expulso da maior parte da América Latina.

    Depois das eleições, Lewis Anselem, representante de Obama na Organização de Estados Americanos (OEA), aconselhou aos atrasados latinoamericanos que aceitassem o golpe militar e seguissem os EUA no mundo real e não no mundo do realismo mágico.

    Obama abriu a brecha ao apoiar um golpe militar. O governo estadunidense financia o Instituto Internacional Republicano (IRI, na sigla em inglês) e o Instituto Nacional Democrático (NDI) que, supostamente, promovem a democracia. O IRI apóia regularmente golpes militares para derrubar governos eleitos, como ocorreu na Veenzuela, em 2002, e no Haiti, em 2004. O NDI tem se contido. Em Honduras, pela primeira vez, esse instituto concordou em observar as eleições realizadas sob um governo militar de facto, ao contrário da OEA e da ONU, que seguiram guiando-se pelo mundo do realismo mágico.

    Devido à estreita relação entre o Pentágono e o exército de Honduras e à enorme influência econômica estadunidense no país centroamericano, teria sido muito simples para Obama unir-se aos esforços latinoamericanos e europeus para defender a democracia em Honduras. Mas Barack Obama optou pela política tradicional.

    Em sua história das relações hemisféricas, o acadêmico britânico Gordon Connell-Smith escreve: “Enquanto fala, da boca para fora, em defesa de uma democracia representativa para a América Latina, os Estados Unidos têm importantes interesses que vão justamente na direção contrária e que exigem um modelo de democracia meramente formal, especialmente com eleições que, com muita freqüência, resultam numa farsa”.

    Uma democracia funcional pode responder às preocupações do povo, enquanto os EUA estão mais preocupados em construir as condições mais favoráveis para seus investimentos privados no exterior? Requer-se uma grande dose do que às vezes se chama de ignorância intencional para não ver esses fatos. Uma cegueira assim deve ser zelosamente guardada se é que se deseja que a violência de Estado siga seu curso e cumpra sua função. Sempre em favor da humanidade, é claro, como nos lembrou Obama mais uma vez ao receber o Prêmio Nobel.

    Tradução: Katarina Peixoto

  19. marcelo,

    só um reparo: quem escreveu o texto não foi o Emir, veja no link deixado pelo Blog.

    De qualquer modo, o que o E. M. Pinto escreveu procede: ninguém contra-argumentou o texto.

    Agora quero deixar o meu protesto aqui quanto ao seu comentário em relação aos nomes citados: a Marilena Chauí, além de ter sido minha professora de Filosofia moderna, é um dos maiores cérebros do mundo. Pra vc desqualificá-la precisa ter bala na agulha e vc não me mostrou que tenha nem sequer balinha de festim.

    O Emir eu cheguei a ter aula com ele também, de sociologia. Não tem o mesmo bbrilhantismo da Marilena, mas é um excelente professor também e um grande sociólogo. Precisa de bala na agulha também.

    O Chico já é uma coisa mais complexa: ele é um Leonardo da Vinci dos tempos modernos. Um artista-intelectual completo.

    a proposta que vc faz (sobre assinar abaixo assinados e tal) é tão sem sentido quanto cobrar que eles façam abaixo assinado contra Guantânamo. Não sei se vc entende como agem os intelectuais desse porte, mas não agem por meio de abaixo assinados para expor suas posições publicamente, pois não estão no grêmio estudantil da universidade. Procure ler, ouvir e ver suas obras – é por ali que eles se expressam e expõem suas idéias (que não são simplistas e nem maniqueístas). E eles possuem obras imensas (tanto na qualidade como na quantidade).

    abraços

  20. em tempo: o texto não foi escrito pelo Emir e nem por ninguém da “esquerda brasileira”, “antiamericanista”.

    O texto é da jornalista Eva Golinger. Por isso, inclusive, que não entendi onde entrou o Chico Buarque nesta história…

    mas enfim…

    abraços a todos

  21. Caro Hornet,

    Boa tentativa de me desqualificar intelectualmente. Provavelmente sou um ignorante que tenta desafiar os magos marxistas com pós doc nas melhores universidades do mundo. Vc deve estar pensando um verme desse só pode rastejar perto do estofo intelectual dos grandes sábios (Chauí e Sader). Ao dizer que teve aulas com a Marilena Chauì e com o Emir Sader você diz que não posso criticá-los pois não os conheço. Desculpe-me mas não gosto da obra de Marilena Chaui e do Emir Sader. É um direito meu. Minha opinião sobre o Chico é a seguinte:
    -Um grande compositor mas que precisa de uma ditadura pra se inspirar, deve ser por isso que adora Cuba.

    Quanto a proposta de assinar abaixo assinados eu não fiz mesmo. Vc não analisou direito minha obra intelectual..rsss. O que eu disse foi:
    Não vou ajudar esse site, blog ou o que seja pois acho que esse antiamericanismo não leva a nada.
    Pois li o seguinte no texto apresentado pelo blog:
    Please support Global Research
    Global Research conta com o apoio financeiro de seus leitores.

    Seu apoio é muito apreciado

    Quanto ao seu comentário que eles ( intelectuais) não se expressam por meio de abaixo assinados eu discordo:
    -Junto com Antonio Cândido esses três ( sader, Chauí e Chico) são os maiores “arroz de festa” de abaixo assinado que existe. Qualquer abaixo assinado anti americano, contra o neoliberalismo contém a assinatura destes famosos intelectuais. Devem assinar uns 300 por ano.
    Ao final parece-me que vc quer me “colocar no meu devido lugar” pois segundo vc não li nada sobre Sader e Chaui. O que vc faz é me censurar através da desqualificação ( só tenho balas de festim) quer dizer que eu não posso dar opinião em um blog qualquer pois não chego aos pés de Sader e Chauí. Acho que o Blog não pede qualificações acadêmicas e titulação de que acessa seus artigos. Isto aqui é um lugar de livre expressão ( coisa que certos marxistas odeiam).
    E por fim para não cansar: Por fim citei o Sader pois vi isto no cabelho

    Sugestão: Roberto Correia Matos

    Por Emir Sader

    Global Research, 12 de março de 2010
    Postcards from the Revolution – 2010/03/11

    Grande abraço do subintelectual de bala de festim

  22. Marcelo,

    não tentei desqualificá-lo. Acho que vc não entendeu. Eu o desqualifiquei.

    Quem aborda a obra de um intelectual (seja quem for) por meio do gosto pessoal, não tem a menor noção do que está falando. O Marxismo, assim como qualquer outra corrente teórica, não é uma calça nova, que se pode gostar ou não. Ou se entende do que se trata ou não se abre a boca para criticá-lo, pois isso seria fazer papel de bbobo…falar sobre o que não se conhece e nem se tem a menor idéia.

    Ou vc argumenta e desmonta a obra desses caras, com argumentos sólidos e conceitos precisos, ou vai fazer papel de bobo.

    abraços

  23. Hornet,

    O que um intelectual como você faz aqui??? Devia estar gastando seu tempo em prestigiosas universidades e não neste blog. Você, através do esnobismo intelectual, menospreza a opinião dos outros. Reafirmo meu direito de gostar ou não de certas coisas. Sua postura é típica de certa elite intelectual que não aceita opiniões diversas das suas e quer impor seu modo de ver as coisas. Não fique bravo se não gosto da obra da Marilena Chaui e do Emir Sader. Acho o chico um compositor genial, mas como diz meu filosofo preferido ” Romário”:
    -Ele calado é um poeta!!! (Isso em referência ao seu posicionamento político).
    Agora se você quer ter a sensação de vitória, que talvez não tenha nos meios acadêmicos que parece frequentar, parabéns me sinto desqualificado. Quem sabe assim vc vença um debate intelectual.

    Abraços

    Subintelectual desqualificado sem bala na agulha

    Abraços

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