Nova etapa na luta anticarro

http://img165.imageshack.us/img165/1832/abrams24201qv5.jpgAutor: Konner

Plano Brasil

Se o combate do futuro será URBANO, o controle de grandes áreas urbanas será crítico para a consecução dos objetivos táticos, operacionais e estratégicos nos futuros conflitos.Combatentes operando em áreas urbanas podem utilizar uma grande variedade de métodos assimétricos para reduzir o ritmo das operações militares, criar um grande número de baixas através de uma variedade de meios simples. Ao invés de procurar chegar à vitória, bastará apenas evitar a derrota.

Posso até estar enganado, mas este cenário será para os RPGs .

Inspirado no Panzerfaust alemão e no Panzershreck, que era uma cópia da Bazooka norte-americana, os sistemas do tipo RPG tornaram-se muito comuns em variados cenários de guerra. Fácil de fabricar o RPG-7 tornou-se quase tão comum quanto a arma de assalto AK-47.

Panzerfaust

Panzershreck

Bazooka

O RPG-7 pode ser considerado como um dos mais bem sucedidos lançadores de granadas antitanques do mundo, foi  fabricado em diversos países e usado em larga escala nos principais conflitos ocorridos nos últimos sessenta anos.

Onze versões foram desenvolvidas até o momento, (RPG-2, 7, 16, 18, 22, 26, 27, 28, 29, 30 e 32)

Embora seja uma arma muito divulgada, são armas complicadas de operar de forma eficaz se não forem utilizadas por pessoal com experiência. O principal problema é a dificuldade em acertar um alvo a uma distancia superior a 200 metros, mas mesmo a distancias menores os utilizadores podem não conseguir atingir o alvo com sucesso se não tiverem algum treino.

O sistema pode utilizar uma variedade de ogivas desde a tradicional, até às mais recentes que utilizam duas cargas e que se destinam a ultrapassar as blindagens do tipo reativo que se tornaram comuns na maioria dos veículos blindados.

Contudo, quero destacar o RPG-30  — “Matador de Abrams”

Desenvolvido pela empresa estatal BAZALT, consiste de um lançador portátil de calibre 105mm, com cabeça em tandem, capaz, segundo o fabricante, de perfurar 650mm de aço, 1,5m de concreto armado, 2 m de parede de alvenaria e 3,7m de terra, com alcance eficaz de 200m. O curioso é que ele possui dois projéteis, que são lançados separadamente, com intervalo entre 0,2 a 0,4 segundos dos dois compartimentos, em paralelo, montados sobre o lançador principal de munição HEAT.

Preparado para enfrentar blindados equipados com blindagem reativa (ERA),  pode também ser utilizado contra a proteção ARENA e TROPHY, provocando o funcionamento de seu dispositivo protetor e abrindo caminho para a munição principal que não encontrará resistência e penetrará a blindagem ou o alvo que se quer destruir.

O RPG-30, à esquerda, em corte. Notar os dois tubos acoplados e detalhe das duas munições
que emprega, à direita. (Foto: Bazalt)

Diagrama mostrando o funcionamento do RPG-30 contra um carro de combate M-1 Abrams, divulgado pela empresa russa Bazalt.

1- O projétil pequeno indo de encontra com a blindagem reativa.
2 – O projétil principal seguindo a mesma trajetória do anterior, devidamente ilustrados
pelos desenhos nos círculos 1 e 2.

Texto: Konner

15 Comentários

  1. Bom se o combate do futuro for mesmo urbano,vamos ter as melhores tropas de combate urbano do mundo,pega os polícias do Bope,mais da Core,e somado a tatícas anti-tanque,seria uma tropa temivel!

  2. Parabéns pela matéria Konner!

    Você tem alguma notícia sobre Abrams destruídos no Iraque? Vi um programa uma vez que dizia que a maioria tinha sido vítima de minas. Houve alguma destruição utizando RPG´s?

  3. Dando uma rápida pesquisada achei esta nota na wikipédia:

    ^ “According to the Army’s Office of Deputy Chief of Staff for Operations and Plans, 23 Abrams tanks were destroyed or damaged in the Persian Gulf area. Of the nine Abrams destroyed, seven were due to friendly fire, and two were intentionally destroyed to prevent capture after they became disabled. Other Abrams tanks were damaged by enemy fire, land mines, on-board fires, or to prevent capture after they became disabled.” From Early performance assessment of Bradleys and Abrams

    http://en.wikipedia.org/wiki/M1_Abrams

  4. Eu francamente não creio que o cenário de guerra futura será totalmente urbano, vejam como os EUA estão penando no Oriente Médio.

    Acho que haverá cenários diferente para cana necessidades.

    No caso do Brasil, China e Índia, acho que país nenhum seria louco de encarar nações com uma população grande e grande cidade populacional.

    Para existir uma penetração urbana, seria necessários verdadeiros “mecha” robôs gigantes, com nos desenhos japonese, e que já os vimos sendo empegados no filme “Avatar”.

    Colocar homens contra uma cidade densa e com civis armados, seria uma total carnificina, nenhum país estaria disposto a se sujar com tanto sangue, e nem ver a sua tropa exterminada.

    Imaginem os soldados dos EUA indo para São Paulo, uma cidade com 30 milhões de pessoas, 5 milhões armados com pistola, fuzis, granadas e etc (entre polícia e bandidos)
    Os soldados não teriam muita chance.

    Acho que no combate urbano, seria mais prudente atacar as fonte primaria de energia, luz, água entre outras coisas, também armas de dissipação, como a arma de calor que o exercito dos Estado Unidos tem.

    Para cada cenário, haverá uma tática empregada.

    Temos que nos concentrar na MOBILIDADE das forças armadas.

  5. Caramba Francoorp, são muito destruídos! Acho que esta estatística da Wikipédia tá meio manipulada – hhehhehe.

  6. henriqueds,

    Obrigado, fico feliz que tenha gostado.
    Sobre Abrams destruídos no Iraque por RPG´s, infelizmente não tenho dados mas, creio que não foram muitos.

  7. Luiz (2),

    ‘Totalmente urbano’, também não creio.

    Contudo, o emprego desta arma(RPG)contra exércitos modernos, cito como exemplos a guerra do Yon Kipuur entre árabes e judeus, onde os Israelenses sofreram pesadas perdas em homens e materiais, e a guerra da Chechenia.

    Na Chechenia, na tentativa de ocupar a capital Grozny, foram perdidos só no combate urbano, 105 veículos blindados soviéticos de um total de 120 empregados na operação.
    Deste total de 105, boa parte foi atacado por RPG, o que logo levou ao desenvolvimento de blindados especiais que pudessem fazer frente a esta ameaça.

    Isso só para mencionar alguns exemplos que me ocorreram de momento.

  8. .:: Francoorp ::.

    São inúmeros os carros de combate Abrams destruídos não tinha visto ainda. Mas vale lembrar que muitos também são os próprios norte americanos que destroem por já não estarem funcionando mais, e pra tirá-los fora de combate eles mesmos colocam pequenas bombas para destruir todo o sistema ou algo que faça esses tanques funcionarem.

  9. Sempre tanques poderão ser detidos, incapacitados, retardados, destruídos, imobilizados, danificados, etc, pela infantaria.
    A única defesa eficiente contra um combatente armado com armas anti-tanques são as tropas desmontadas.

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