Hillary alerta Netanyahu sobre relações EUA-Israel

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Sugestão: Gérsio Mutti

Por Andrew Quinn

WASHINGTON (Reuters) – A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, alertou na sexta-feira o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que seu governo está colocando em risco as relações com os Estados Unidos ao deixar de dar passos reais rumo à retomada do processo de paz do Oriente Médio.Hillary telefonou para Netanyahu para manifestar sua frustração com o anúncio israelense de terça-feira sobre novas obras em um assentamento judaico em território ocupado, o que provocou constrangimento ao vice-presidente dos EUA, Joe Biden, que fazia uma visita a Jerusalém.

A notícia também pode complicar o início de um diálogo indireto entre palestinos e israelenses, sob mediação dos EUA.

Segundo relato de P.J. Crowley, porta-voz do Departamento de Estado, Hillary Clinton afirmou a Netanyahu que o anúncio das obras era “um sinal profundamente negativo sobre a abordagem de Israel frente à relação bilateral (…), e havia abalado a confiança no processo de paz”.

“A secretária disse que não conseguia entender como isso aconteceu, particularmente à luz do forte compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel”, acrescentou Crowley. “Ela deixou claro que o governo israelense precisava demonstrar não só por palavras mas por ações específicas que está comprometido com esta relação e com o processo de paz.”

Questionado se o tom da conversa foi de irritação, Crowley disse: “Frustração seria um termo melhor”.

Na terça-feira, Israel anunciou a intenção de construir 6.000 novas moradias numa área da Cisjordânia anexada ao município de Jerusalém. Os palestinos reagiram enfurecidos e ameaçaram desistir do processo “por proximidade” mediado pelos EUA.

Crowley disse que o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, e o secretário-assistente de Estado, Jeffrey Feltman, fizeram numerosos telefonemas para líderes regionais, inclusive para o presidente palestino, Mahmoud Abbas, a fim de tentar manter a negociação indireta.

Mitchell deve voltar à região na semana que vem.

Os palestinos viram no anúncio israelense uma manobra deliberada de Netanyahu para sabotar o processo de paz, em que ele provavelmente será pressionado a trocar terras por paz.

Netanyahu disse que foi apanhado de surpresa pelo anúncio e puniu seu ministro do Interior, além de lembrar que nada será realmente construído na região em questão nos próximos anos.

Mas a relação dele com o governo Obama já estava abalada, e Hillary deixou claro que Washington o responsabiliza.

“Aceitamos o que o primeiro-ministro Netanyahu disse, mas pela mesma moeda ele é o chefe de governo israelense e responsável final pelas ações desse governo”, disse Crowley.

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Fonte: BOL/UOL

6 Comentários

  1. So queria saber se algum dia Israel e EUA estiveram interessados em paz no Oriente Medio. So demagogia, nunca estiveram realmente interessados em paz, fazendo do mundo, especialmente os arabes de palhacos da corte. Esses dois paises querem guerra, se alimentam dela, mas so quando os adversarios sao fracos, so galinhas mortas. Sao cobras se alimentando dos ratos do deserto, numa brutal covardia!
    Sds.

  2. Israel tem direitos de tomar medidas que garantam sua segurança, isso ninguem dizer aos israelenses, nem americamos e nem brasileiros que querem entrar como mocinhos num bang bang que mal conhecem na pele.

  3. Eu tenho vontade de rir. A pouco tempo Israel não vem obedecendo ordens dos Estados Unidos e provocando conflitos. Agora Israel com suas armas nucleares, tenho medo do futuro.

    Quando o poder hegemônicos dos EUA enfraquecer mais ainda, Israel ficará sozinha, sem o apoio de seus “antigos aliados” como Europa e EUA mais precisamente NATO. israel ficará acoada sem a ajuda deles. Num eventual ataque, não duvido nada que ela iria usar suas arma nucleares. Maldita hora que os Estados Unidos foram dar essa arma para esses fanáticos. Sim! Fanáticos sim! não existe essa de muçulmano, judeu, católico e a P Q P, quem quer guerra não tem religião, ou tem, mas é totalmente maluco. Sem contar que qualquer ataque de Israel nessas proporções nucleares teriam uma resposta. Imaginem a China e Índia contra Israel.

    Vou falar serio agora, tudo começa e termina naquela região. E agora com os pupilos dos países ocidentais a deriva, qualquer ameaça seria um convite para a guerra que terminaria levando o mundo inteiro para a 3ª guerra mundial. Essa guerra será mundial mesmo, não como as outras que não passaram de “rasgação de calcinha” de meia dúzia de países.

    Na 3ª guerra, que poderá ocorrer ainda nesse século, será marcada por algumas coisas que eu gostaria de destacar.

    ************************************************

    1.Provavelmente vai começar no Oriente Médio. Quando os países Ocidentais interferirem, também interferirão os Asiáticos. No meio das disputas, com quase todos os países divididos em seus Míni Blocos (cada um luta pelo seu interesse) outras “míni guerras” também poderão acontecer, um país aproveitará o momento para fazer “das sua”, como por exemplo, se apropriar de recursos naturas ou áreas estratégicas (como a China retomando Taiwan).

    2.Na 3ª Guerra, o negócio vai ser massacrar gente inocente para controlarem áreas de interesses econômico e de vida. Os principais problemas futuros da 3ª Guerra serão a ecasses de comida, então, ter uma área dedicada a alimentos será de vital garantia para a sobrevivência de algumas nações, principalmente de Blocos de nações ricas como EUA e Europa (cuidado Brasil).

  4. Invadir terras palestinas, criar enclaves em terras dos Palestinos ,assentamentos, tirar o direito de ir e vir dentro da Palestinas dos mesmos/ isso tem outro nome :Invasão, Abuso da força, e declaradamente a iniciativa ade tentar inviabilizar o futuro estado da Palestina..É quer saber…essa declaração é proforma, vazia, no funfo ,no fundo ela quer q os Palestinos, assim como os sionistas, q os mesmos morram, td os dias eles matam mt deles…se ousartem a defender a terras dles , e taxado de guerrilheiro é morto, assassinado por resistir a invasão…Quer+ ?

  5. Existe um processo de negociação na região, e acredito que seja interessante para Israel a paz.
    Então medidas unilaterais que minem esse processo devem sim ser condenadas.
    Se os maiores aliados israelenses acham que as atitudes foram nocivas, devem ter sido realmente, bem piores do que podemos imaginar.
    Não sou contra os israelenses e seu país.
    E nem contra os povos árabes que lá vivem.
    Depois, num mundo onde todos se metem na vida de todos, por que não se pode criticar a atitude de Israel?
    Pergunto: haverá algum tipo de sanção contra isso?
    Não.
    Qual o motivo de tratamento desiguais quando se refere ao assunto ‘paz no oriente médio’?
    Não seria mero preconceito?
    O curioso que nosso presidente é criticado pelo ‘não sabia’…
    E o primeiro ministro israelense, ninguém fala nada?

  6. Quando souberem a real essência da manobra politica de Israel, saberão a maguinitude de seu poderio. A E.U.A é apenas um títere de Israel, tomada por grandes empresas privadas, todas acessoradas por Israel,a E.U.A é nada mais nada nada menos que um hospediro bélico e financeiro. O que está acontecendo é apenas conflitos religiosos que perdurarar até o fim, essas visões irónicas sobre domínios territoriais afim de compreender conflitos ignora uma vasta história, isso mostra uma lamentável ignorância.

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