Amorim diz que sem embargo política em Cuba evoluiria

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O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira que “muita gente pede o apoio” do governo brasileiro, mas que “não é possível ajudar todo mundo”, em referência ao apelo de dissidentes cubanos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que interceda junto ao governo de Raúl Castro pela libertação de presos políticos.Amorim disse também que o governo brasileiro “está comprometido com a defesa da democracia e com os direitos humanos”, mas que a administração também “já teve experiências em que as condenações públicas nem sempre tiveram resultados práticos”.

Ontem, Lula pediu, em entrevista à agência Associated Press, respeito às decisões da Justiça cubana e condenou o uso da greve de fome por dissidentes como instrumento para serem libertados da prisão.

“Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos de deter as pessoas em função da legislação de Cuba. A greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto de direitos humanos para liberar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade.”

O chanceler recordou uma ocasião em que o próprio presidente Lula fez greve de fome, durante o período da ditadura militar (1964-1985), e considerou tais declarações seriam uma espécie de “auto-crítica” sobre o efeito obtido por tal tipo de protesto.

Amorim afirmou ainda que o Brasil está “comprometido em ajudar Cuba através de “comércio e infra-estrutura”, e disse que tais “progressos trazem outras mudanças”, e que “o próprio povoo cubano sabe que elas ocorrerão”. “Se alguém está interessado em promover uma evolução política em Cuba, há uma receita muito rápida: acabar com o embargo dos EUA”.

De acordo com o chanceler, se as sanções econômicas que os EUA mantêm contra Cuba desde 1962 fossem suspensas, “isso em si traria grande mudanças políticas para a ilha”.

Sugestão: Gérsio Mutti

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Brasília, 10 mar (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje que “se alguém está interessado em que haja uma evolução política em Cuba, há uma receita muito rápida: acabar com o embargo dos Estados Unidos”.

Segundo o ministro, colocar fim às sanções econômicas que os EUA mantêm contra Cuba desde 1962 “só traria grandes mudanças políticas” na ilha.

Amorim foi questionado sobre as afirmações polêmicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou os presos políticos cubanos com os delinquentes comuns detidos nas prisões do Brasil.

Amorim lembrou que o próprio Lula fez uma greve de fome durante a ditadura (1964-1985) e considerou que nessas declarações ele fazia uma espécie de “autocrítica” sobre o efeito desses protestos.

O chanceler assegurou que o “Brasil está comprometido em ajudar Cuba através de investimentos, comércio e infraestrutura” e acrescentou que essas melhoras trarão mudanças que “o próprio povo cubano sabe que ocorrerão”.

Em relação ao apoio solicitado a Lula por setores da dissidência cubana, Amorim declarou que “há muita gente que pede o apoio do Brasil, mas que não é possível dar apoio a todo mundo”.

O ministro ressaltou que o Governo “está comprometido com a defesa da democracia e com os direitos humanos”, mas também “tem experiência com penas que nem sempre têm um efeito prático”.

Fonte: UOL/BOL

2 Comentários

  1. Como assim so froid explica isso visto que em cuba como em paises como o nosso a população sempre toma sufoco e olha que e ela quem da duro pra sobreviver os cubanos tem que segurar o ferro quente por causa do passado em que os cubanos aceiteram os misseis balisticos da união sovietica e isso mesmo leitores

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