Contradições

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Merval Pereira

 O prestígio internacional do presidente Lula está abalado depois de sua absurda mudez diante da morte do dissidente cubano Orlando ZapataTamayo em uma prisão, após 85 dias de greve de fome, e de sua aproximação com a ditadura teocrática de Mahmoud Ahmadinejad no Irã.

O jornal espanhol El País, hoje o mais influente da Europa, que havia lhe dado o título de homem do ano, retirou simbolicamente seu apoio com uma crítica em editorial, afirmando que o governo brasileiro poderia exercer mais pressão sobre o regime cubano, em especial na área de defesa de direitos humanos.

Antes disso, já havia publicado um artigo do editor da respeitada revista de assuntos internacionais Foreign Policy, Moisés Naím, que colocou Lula como um dos cinco grandes hipócritas de 2009.

Os outros quatro hipócritas, segundo Naím, seriam: Os banqueiros, que sempre desdenharam o Estado e acreditavam no mercado e que, apesar de terem sido salvos pelo Estado na recente crise internacional, não aprenderam a lição; O ex-primeiro-ministro inglês Tony Blair, que declarou ter profunda repulsa por ditadores para justificar a necessidade de tirar Saddam Hussein do poder, mesmo que não tivesse armas de destruição em massa,mas, poucos dias depois, foi ao Azerbaijão para dar uma palestra na empresa do empresário mais rico do país, e se reuniu com o ditador Ilham Aliyev, amigo de seu anfitrião; Os galãs do Partido Republicano americano, que acusaram Bill Clinton de conduta inaceitável no affair Monica Lewinsky, e agora aparecem envolvidos em escândalos sexuais,como o governador da Carolina do Sul, Mark Sanford, ou o senador John Ensign; E os magistrados britânicos que deram ordem de prisão à ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, acusada de crimes de guerra nos conflitos entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza,mas não acusaram Obama, Bush e Blair, por exemplo, pelos milhares de mortos no Iraque e Afeganistão.

Lula entrou na lista por não criticar as condutas autoritárias de seu amigo Hugo Chávez, e decriticar as eleições democráticas ocorridas em Honduras, enquanto defende a eleição fraudada de Mahmoud Ahmadinejad no Irã.

A leniência de Lula com a ditadura de Cuba, explicitada pela amistosa visita a Fidel no mesmo dia da morte de Zapata, reforça certamente alista de justificativas.

Ontem, a agência de notícias Associated Press (AP) divulgou uma entrevista com Lula em que ele volta a falar sobre a prisão de dissidentes cubanos. O presidente brasileiro trataCuba como se não fosse uma ditadura, e faz comparações absurdas com o sistema judiciário brasileiro: Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos de prender as pessoas em função da legislação de Cuba, como quero que respeitem a do Brasil.

Ou então: Eu gostaria que não ocorresse (prisão de presos políticos), mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os prendeu, como não quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil.

O mais grave, porém, é que Lula tratou como bandidos os presos políticos cubanos, e mais uma vez culpou o morto: Eu acho que greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto dos direitos humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade.

Esses comentários do presidente Lula são preocupantes porque denotam que ele faz uma confusão terrível entre regimes democráticos e ditaduras,tratando os igualmente.

É uma confusão mais grave do que a que faz entre o público e o privado. Recentemente, para justificar as inspeções que finge fazer em obras do PAC, mal acobertando a antecipação da campanha eleitoral, disse que só com o olho do dono as coisas andam.

Essa confusão conceitual de Lula pode ser definida pelo princípio da contradição de Aristóteles. Com duas proposições contrárias, se uma é verdadeira a outra é falsa.

Se Lula se diz um democrata, não pode aceitar a ditadura cubana. Se aceita, não é democrata.

Lula compara dissidentes a bandidos

Presidente pede respeito às decisões de Cuba sobre presos políticos

 

BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem, em entrevista à agência de notícias AP, respeito às decisões da Justiça cubana em relação aos presos políticos que entraram em greve de fome no país, um dos quais acabou morrendo. Em sua defesa à soberania cubana, o presidente acabou comparando os dissidentes a bandidos.

– Eu penso que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagina se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade – declarou. – Temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano, de deter as pessoas em função da legislação de Cuba, como quero que respeitem ao Brasil.

 

Deputados criticam declaração de Lula

Sua defesa ocorre no momento em que o dissidente Guillermo Fariñas mantém uma greve de fome desde o dia 24 de fevereiro, na cidade de Santa Clara. No fim do mês passado, no mesmo dia em que Lula visitava Cuba para um encontro com o presidente Raúl Castro, o também dissidente Orlando Zapata morreu por complicações de saúde provocadas por uma greve de fome. Logo após este episódio, Lula já havia questionado o método utilizado pelos opositores políticos cubanos para pressionar o governo pela liberdade. No entanto, esta é a primeira vez que o presidente usa a palavra “bandido” em seu discurso.

– Se os presos brasileiros entrassem em greve de fome e você fosse o governante, você iria liberar todos? É uma coisa mais delicada do que simplesmente fazer a crítica – disse Lula, em 26 de fevereiro.

A dissidência cubana se mobilizou para evitar que a greve de fome de Fariñas tenha um fim trágico. O opositor, de 48 anos, está muito fraco, mas insiste em dar continuidade ao protesto até que as autoridades libertem 26 presos políticos em estado de saúde grave.

– Estou pronto para me sacrificar – advertiu Fariñas.

Um grupo de dez dissidentes moderados chegou a enviar uma carta ao presidente pedindo sua mediação urgente no impasse dada sua “privilegiada interlocução com as autoridades de Cuba”.

Parlamentares das comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criticaram as declarações do presidente. Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), Lula foi oportunista ao “comparar alhos com bugalhos”.

– O Brasil tem que ser contra a prisão política. Todo o esforço do país em ter uma política externa de relevo vai por água abaixo com esse discurso do presidente – acrescentou o deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP).

Com o El País

Fonte: O Globo via CCOMSEX

 

25 Comentários

  1. Novidade o jornal El Pais criticar o Lula, afinal, nem tudo são flores.

    Mas o que não é novidade é duas duplas de peso criticarem o presidente. Raul Jungman está fazendo de tudo para aparecer, estou achando que ele não se reelege. Normal, é só conhecer a trajetória política e pessoal.

    PSDB vai ser sempre do contra, e aproveitará qualquer coisa para criticar, portanto não conta.

    Agora ouvi dizer que a OAB se manifestou contra a pronúncia do presidente. Estava demorando. Gostaria de saber da OAB quantos dos seus associados foram punidos por envolvimento em “atos ilícitos” nos últimos 4 anos. Pergunta que não quer calar, e que gostaria de ver o presidente da OAB se manifestar. Afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco.
    Também gostaria de saber da OAB como ela age para acompanhar a conduta dos seus associados. Afinal, agir somente depois que o mal está feito e o dano causado a sociedade, não vale. Ou será que em meio aos associados da OAB não há nenhum desvio? Se for assim, acho que a OAB tem todo direito de se manifestar. Caso contrário, como diria o Rei Juan Carlos, porque não te calas!

    T+.

  2. O Merval Pereira esqueceu de citar os atentados aos direitos humanos que os EUA cometem em Guantânamo,na mesma Cuba que ele chama de ditadura.
    Sabemos que os EUA torturam pessoas em Guantânamo,as mantêm presas sem julgamento há 9 anos e ainda financiaram o terrorista de extrema direita Posada Carriles que explodiu um avião cubano,em 1976,matando 76 pessoas.
    Eu compreendo Merval.Ele trabalha na Globo,a maior empresa que vomita press releases do Departamento de Estado dos EUA aqui no Brasil.A Globo é estadunidense e defende com unhas e dentes os interesses dos EUA.Novidade nenhuma….

  3. Acho correta a posição brasileira de não abandonar (ainda) o dialogo com o Irã, mas achei ruim e errada a posição de Lula em relação à Cuba e Chavez (neste caso, já faz tempo).
    O Presidente poderia sim ter se posicionado mais positivamente no caso de Cuba, que hoje é um país anacrônico, com importância apenas simbólica no mundo.
    Chavez é irritante, fala muito, e nada tem de democrático, óbvio.
    Pode permanecer no poder o tempo que o povo venezuelano quiser, mas que não é um exemplo que nos sirva. E não é o único que não nos serve de exemplo.
    Tem um outro problema com esse ‘bolivarianismo’. Já li que Bolívar teria gostado de rever o tratado de Tordesilhas (não posso confirmar isso, corrijam-me se estiver errado).
    Mas se isso ocorre, o governo brasileiro deveria ignorar e repudiar esse tipo de ‘movimento’. Ser um tanto áspero, diplomaticamente falando.
    Obviamente o Irã não nos seria mesmo em nada exemplar, pois é uma cultura diferente, de religião diferente, e história muito diferente.
    Ao contrário da maioria dos países de cultura islâmica, não temos a mais vocação para formar estados teocráticos.
    A questão do programa nuclear iraniano é um caso puntual, que nos interessa muito, pois temos nosso próprio programa, que também é combatido, e pelo qual também seremos pressionados, e haverá confronto.
    O lado ‘não liberal-democrático’ do regime iraniano é uma questão delicada (e um pouco exagerada também…), mas não é único na região, e se isso for levado em conta, serão poucos os países da região com quem teremos relações.
    Devemos ter mais cuidado ao analisar culturas diferentes, não são necessariamente nossos modos de viver que melhor se adaptam a eles.
    Suspeitas de fraudes eleitorais ocorrem também em regimes ‘aliados’ e não vejo ninguém reclamar. As vezes até mesmo democracias têm seus momentos ‘mal explicados’, como no caso Bush.
    Mas ficou bem ruim a posição do governo em relação a Cuba, isso sem nenhuma dúvida.

  4. Este Merval Pereira é conhecido anti-Lula, não da pra levar em consideração uma pessoa destas. Não vale mais nenhuma palavra.Graças a Deus o Lula e o Brasil não precisam dele.

  5. Merval,Miriam Leitão, Sadenberg, entre outros…enfim, a fina flor da bandidagem da retórica.
    A questão do dissidente cubano é um problema doméstico cubano, do mesmo modo que governo brasileiro nada disse sobre os prisioneiros de Guantanamo, cada um com seus problemas.

  6. A décadas existe um embargo não só comercial, como também midiático/informativo contra Cuba, então toda informação que se refere ao país tende ser partidarizada, de um de um lado, os inimigos do regime cubano na grande mídia corporativa atacando Cuba constantemente, do outro lado,com muito menos repercussão e penetração entre nós, o governo cubano, que naturalmente se defende.

    Para ter uma visão mais clara dos fatos é preciso conhecer as duas versões…

    A versão do jornal El País já conhecemos.

    Abaixo, a versão de um prestigioso intelectual cubano:

    __________________________________

    Por Enrique Ubieta, em Cuba Debate
    ________________________________

    Ns últimas horas, algumas agências de notícias e governos se apressaram em condenar Cuba pela morte, na prisão, em 23 de fevereiro, do cubano Orlando Zapata Tamayo. Toda morte é dolorosa e lamentável. Mas o eco da mídia desta vez se tinge de entusiasmo: finalmente, parecem dizer, aparece um “herói”. Por isso se impõe explicar brevemente, sem qualificações desnecessárias, quem era Zapata Tamayo.

    Apesar de toda a maquiagem, se trata de um prisioneiro comum, que iniciou a sua atividade criminosa em 1988. Processado pelos delitos de “violação de domicílio” (1993), “lesões menos graves” (2000), “fraude” (2000), “lesão corporal e posse de faca” (2000: ferimentos e fratura do crânio do cidadão Leonardo Simon, com o uso de um machete), “alteração da ordem” e “desordem pública” (2002), entre outras causas em nada relacionadas à política, foi liberado sob fiança em 9 de março de 2003 e reincidiu no dia 20 do mesmo mês.

    Considerando seus antecedentes e condição penal, desta vez, foi condenado a 3 anos de prisão, mas a sentença inicial foi ampliada de forma significativa no ano seguinte por sua conduta agressiva na prisão.

    Na lista dos chamados presos políticos, elaborada pela manipulada e extinta Comissão de Direitos Humanos da ONU para condenar Cuba em 2003, não aparece seu nome – como afirmou, sem verificar as fontes e os fatos, a agência espanhola EFE -, apesar de sua última detenção coincidir com a mesma época da dos mercenários. Se tivesse existido uma intenção política prévia, não teria sido liberado onze dias antes.

    De um lado, existia a contra-revolução ávida em mobilizar o maior número possível de supostos ou reais correligionários nas suas fileiras. Do outro, convencido das vantagens materiais que envolvia uma “militância” amamentada pelas embaixadas estrangeiras, Zapata Tamayo adotou o perfil “político” quando sua biografia penal já era extensa.

    Nesse novo papel, ele foi estimulado algumas vezes pelos seus mentores políticos a iniciar greves de fome que minaram definitivamente seu organismo. A medicina cubana o acompanhou. Nas diferentes instituições hospitalares onde foi tratado há especialistas altamente qualificados – aos quais foram agregados os consultores de diferentes centros, que não pouparam recursos para seu tratamento. Ele recebeu alimentação intravenosa. A família foi informada de cada passo. Sua vida foi prolongada durante dias por respiração artificial. De tudo isto existem provas documentais.

    Mas há perguntas sem respostas que não são médicas. Quem incentivou Zapata a manter uma atitude que era obviamente suicida e por quê? A quem convinha a sua morte? O desenlace fatal regozija intimamente os hipócritas “sofredores”. Zapata era o candidato perfeito: um homem “dispensável” para os inimigos da Revolução, e facil de convencer para que persistisse em um esforço absurdo, de exigências impossíveis (televisão, cozinha , telefone celular, pessoa dentro da cela).

    Como abutres, alguns meios de comunicação – os mercenários e a direita internacional -, estavam vagueando em torno do moribundo. Sua morte é um festim. Causa asco o espetáculo. Porque os que escrevem não se compadecem da morte de um ser humano – em um país sem mortes extra-judiciais -, mas a expõem quase alegremente, e a utilizam com premeditados fins políticos. Zapata Tamayo foi manipulado e de certa forma conduzido à auto-destruição premeditadamente, para satisfazer a necessidades políticas alheias.

    Espertamente recrutado por setores da “dissidência política” cubana, sempre desejosa de contar com um mártir em suas esquálidas fileiras, impulsionaram-no irresponsavelmente e com total desprezo pela sua pessoa ao levar adiante uma greve de fome até o final, em troca de sabe-se lá quais promessas ou contrapartidas de todo tipo que, seguramente, o passar do tempo não tardará em esclarecer.

    No caso desta vítima, é didático da estatura moral de quem luta para conseguir a “mudança de regime” em Cuba;a desgraçada vida do suicida foi vilmente manipulada pela “dissidência” e seus líderes.

    Seu nome agora é exibido com cinismo como um troféu coletivo.

    Os mercenários cubanos podem ser presos e julgados seguindo leis vigentes – em nenhum país se pode violar leis (receber dinheiro e trabalhar com a embaixada de um país considerado como inimigo nos Estados Unidos, por exemplo, pode levar a severas sanções de privação de liberdade) -, mas eles sabem que em Cuba ninguém desaparece, ou é morto pela polícia.

    Não na Ilha não existem “lugares obscuros” para interrogatórios “não convencionais” a presos-desaparecidos, como os de Guantánamo e Abu Ghraib. Não existem prisões secretas, nem legalização da tortura, tampouco transporte de presos para serem torturados em terceiros países, nem desaparecidos, vôos ilegais, prisões arbitrárias sem prazos e julgamentos e tantas outras práticas que rotineiramente são levadas a cabo nas masmorras estadunidenses, sistematicamente silenciadas e ocultadas pela “imprensa séria”, cuja suposta missão é informar. Para a imprensa do império, como o El País, são todos detalhes sem importância.

    Também escondem que “Dissidentes” é o termo usado para definir quem foi flagrado recebendo importantes somas de dinheiro no Departamento de Interesses dos Estados Unidos em Havana para financiar suas atividades subversivas à constituição e leis da república.

    Como reagiria Washington se hoje surpreendesse um grupo de seus cidadãos recebendo generosas quantias financeiras, equipamentos de comunicação e conselhos práticos sobre como derrubar um governo estadunidense na embaixada do Afeganistão em Washington? O El País teria considerado esses subversivos como “dissidentes políticos” ou traidores da pátria?

    Por muito menos, a “democracia norte-americana” enviou para a cadeira elétrica os cônjuges Julius e Ethel Rosenberg em 1953 em julgamento (como o de agora perpetrado contra “os cinco cubanos”) que foi uma verdadeira burla à justiça. Mas nada disso ocorre em Cuba. E nada disso se informa à opinião pública mundial.

    Se for necessário dizer que Barrabás era Jesus Cristo, dizem. E se é preciso dizer que Zapata Tamayo era um “prisioneiro de consciência” também se diz, pronto e acabou.

  7. É natural a contradição humana, ainda + quando está em jogo, a presença do país..puro pragmatismo..nações ñ tem amigos,tem interesses convergentes por ora…negocios, + empregos internos, e influência…só isso.

  8. Peacemaker :
    Merval,Miriam Leitão, Sadenberg, entre outros…enfim, a fina flor da bandidagem da retórica.
    A questão do dissidente cubano é um problema doméstico cubano, do mesmo modo que governo brasileiro nada disse sobre os prisioneiros de Guantanamo, cada um com seus problemas.

    E Honduras era o que? Mas lá eles se meteram,são um bando de hipócritas.

  9. carlos argus :
    É natural a contradição humana, ainda + quando está em jogo, a presença do país..puro pragmatismo..nações ñ tem amigos,tem interesses convergentes por ora…negocios, + empregos internos, e influência…só isso.

    boa carlos argus esse é o pensamento.

  10. Marco Aurelio :
    O Merval Pereira esqueceu de citar os atentados aos direitos humanos que os EUA cometem em Guantânamo,na mesma Cuba que ele chama de ditadura.
    Sabemos que os EUA torturam pessoas em Guantânamo,as mantêm presas sem julgamento há 9 anos e ainda financiaram o terrorista de extrema direita Posada Carriles que explodiu um avião cubano,em 1976,matando 76 pessoas.
    Eu compreendo Merval.Ele trabalha na Globo,a maior empresa que vomita press releases do Departamento de Estado dos EUA aqui no Brasil.A Globo é estadunidense e defende com unhas e dentes os interesses dos EUA.Novidade nenhuma….

    Pois é né, mais eu já ouvi vários cometários do Merval contra a prisão de Guantanamo so que agora o assunto era Cuba e a contradição do paladino dos direitos humanos senhor lula e não tinha porque mensionar Guantanamo.

    []s

  11. Se o cara morreu por greve de fome foi uma sua escolha, queria o que, viver sem comer em eterno?? É um problema interno de Cuba!!

    Em Honduras teve um golpe,em Cuba uma revolução, a diferença entre as duas é o apoio popular, e uma revolução não pode existir sem apoio popular, mas um golpe sim!!

    Além do mais em honduras o que não se pode é acreditar em algo oficial, seria muito ingênuo, isso quer dizer que Honduras teve eleições com um alto número de abstinências, normal onde não é obrigatório o voto formando-se assim currais eleitorais, e não venha me dizer dos dados oficiais, eu pessoalmente não acredito em nada de oficial de uma nação que retirou o presidênte do poder por querer fazer uma consulta popular, de uma nação onde por lei as consultas plebicitárias(Voz do Povo) são ilegais, deixando assim o país ao completo controle das decisões da elíte, de uma nação onde o presidênte vem tirado da cama e levado ao exilio de pijamas, demostrando assim completo desrespeito por um líder eleito pelo povo, desrespeitando mais uma vez a voz do povo!!

    Vale!!

  12. Então Johnny Walker, pra complementar onde eu já ia esquecendo de por um final na mensagem aterior, mas creio que acreditar em algo oficial de uma republiqueta das bananas assim como Honduras é até pior que em ditaduras como a Arabia Saudita, Jôrdania, Afeganistão e outros amigos democráticos dos Yankees…

    Então me desculpem a cola de outro post aqui do PB, mas parece que ninguém lê os posts velhos mesmo!!!

    Valeu!!!

  13. Sua opinião meu querido, não é o que diz o congresso de lá, o judiciário de lá e pelo que vejo nem o povo de lá etc.
    “Em Honduras teve um golpe, em Cuba uma revolução, a diferença entre as duas é o apoio popular, e uma revolução não pode existir sem apoio popular, mas um golpe sim”

    São todas as formas truculentas de chegar ao poder e quanto ao apoio popular até os regimes mais absolutos do mundo como a Arábia Saudita, Síria Líbia tem e isso não as faz estado de direito. O que se discuti aqui é o tratamento diferenciado dado pelo Lula ao que aconteceu em Honduras e o que acontece em Cuba num espaço de tempo curto.
    Quanto ao cara morrer de fome problema dele eu não to nem ai cada um sabe o faz da vida mas a obrigação de quem pretende intervir no país dos outros com fez sua excelência em Honduras era dar tratamento igual, e receber a carta que lhe escreveram, mas é como disse o Carlos Argus:” É natural a contradição humana, ainda + quando está em jogo, a presença do país..puro pragmatismo..nações ñ tem amigos,tem interesses convergentes por ora…negocios, + empregos internos, e influência…só isso”.

    e antes que vc repita a ladainha dos outros acima: “ah os yanks fazem pior em guantanamo e ninguem fala nada” já falo que eu também sou contra.

    Abraço

  14. “Sua opinião meu querido, não é o que diz o congresso de lá, o judiciário de lá e pelo que vejo nem o povo de lá etc.”

    Seria chocante se fossem de acordo comigo!!!!!

    Mas pelo resto concordamos, a parte que eu sou sim a favor destas intervenções politicas tipo Honduras, e creio que qualquer um que defenda o crescimento da politica internacional brasileira também o seja. Mas na diferenciação entre Honduras e Cuba, é que Cuba tem influência politica e diplomática na A.L., ao contrário de Honduras isso por si só ja facilita uma intervenção política.

    E claramente um poder de esquerda no Brasil iria contra uma outra política direitista na A.L..

    Mas agora se for pra brigar com a direita que dá golpe em país latino americano, aí sim, tem mesmo que ter intervenção política, mas é normal que seja assim.

    Concordo com o que o Argus disse sobre a existência da incoerência humana em varios casos, mas neste caso specifico não vejo incoerência alguma, a esquerda apoia a esquerda, e a direita apoia a direita, sempre foi assim no mundo.

    O governo seria incoerênte se tivesse enfiado o dedo nos dois casos, mas foi contra somente à direita, dado de fato para um governo de esquerda, mesmo que seja moderado e não radical como este do Lula e do PT, mas repito então que não vejo incoerência política alguma neste caso especifico, e acho estranho que o jornalista acima tenha visto isso, a incoerência de Lula.

    Valeu!!

  15. O que nós (povo) queremos?

    Um Brasil que diga sua opinião e siga seu próprio caminho…

    Ou

    Um Brasil que siga as opiniões de outras nações e se torne “lacaio” nas mãos de outros…

  16. Leandro Mello :
    O que nós (povo) queremos?
    Um Brasil que diga sua opinião e siga seu próprio caminho…
    Ou
    Um Brasil que siga as opiniões de outras nações e se torne “lacaio” nas mãos de outros…

    Alias o Lula pode dizer as besteiras que quiser, afinal…

    “Ele é o Cara”

  17. Meu caro Walker, diplomacia é um jogo para gente grande, a posição no Brasil na questão hondurenha foi a da legalidade, esse cubano em greve de fome não é um preso político, é um criminoso comum, além disso, hipocrisia é um componente fundamental nas relações políticas entre os países, enfim, segue o jogo.

  18. Leandro Mello :

    Leandro Mello :
    O que nós (povo) queremos?
    Um Brasil que diga sua opinião e siga seu próprio caminho…
    Ou
    Um Brasil que siga as opiniões de outras nações e se torne “lacaio” nas mãos de outros…

    Alias o Lula pode dizer as besteiras que quiser, afinal…
    “Ele é o Cara”

    Verdade!!! Ele é o cara!!! eu tinha esquecido!!!!

    KKKKKKKKK!!!!!!!!!

  19. Lula falou que se tivessem avisado, ele não tinha problema em se reunir como os dissidentes. Só essa frase deixa a toda a turma anti-lula sem argumentos.

    Não sei de nenhum presidente americano ter se reunido com os dissidentes numa visita oficial à China.

    Aqueles que pedem pra o Lula fazer o que nem o Bush fazia, são os que não gostam do novo papel do Brasil no mundo.

    Acho que a prioridade do governo são os negócios e não “dar aulas de democracia” aos outros.
    Brasil ja é uma potência global não pode magoar os clientes, tem que atuar com cautela para defender sua economia.
    Mas tem essa turminha de MirLeitão Folha etc, que gostariam de que os negócios do pais não deram certo.

  20. L

    Milton Bras Cabral :
    Lula falou que se tivessem avisado, ele não tinha problema em se reunir como os dissidentes. Só essa frase deixa a toda a turma anti-lula sem argumentos.
    Não sei de nenhum presidente americano ter se reunido com os dissidentes numa visita oficial à China.
    Aqueles que pedem pra o Lula fazer o que nem o Bush fazia, são os que não gostam do novo papel do Brasil no mundo.
    Acho que a prioridade do governo são os negócios e não “dar aulas de democracia” aos outros.
    Brasil ja é uma potência global não pode magoar os clientes, tem que atuar com cautela para defender sua economia.
    Mas tem essa turminha de MirLeitão Folha etc, que gostariam de que os negócios do pais não deram certo.

    Leia jornal Milton o encontro com o Dalai Lama foi o que?

    Bom Francoorp, seus comentários não argumentam nada só fazem propaganda da esquerda, nada contra, mas é só a sua opinião do que venha a ser o certo sem que necessariamente o seja.

    Quanto a minha opinião do que venha a ser o certo, bom,se o Brasil quer ser neutro, que o seja sempre. Mas se quer intervir na politica interna de outros paíse em prol da democracia e libertadade etc…, que se valha de alguma equidade, até para que não se perca a credibilidade como parece que vem perdendo, pois o jornal que o criticou, se eu não me engano, foi o mesmo q o elegeu o homem do ano.

    abraços e fiquem com Deus

  21. Senhor Walker, o Dalai Lama é presidente do Tibet ‘no exilio’, desde 1959 NÃO MORA NA CHINA. Então, quando é que foi que um presidente americano ‘em visita oficial a China’ reuniu-se com o Dalai?

  22. Milton Bras Cabral :Senhor Walker, o Dalai Lama é presidente do Tibet ‘no exilio’, desde 1959 NÃO MORA NA CHINA. Então, quando é que foi que um presidente americano ‘em visita oficial a China’ reuniu-se com o Dalai?

    É vero Sr Milton. Pelo jeito o Sr lê jornal. E não parece ser a Folha, Estadão, O Globo, Veja, etc.

    Brincadeirinha.

    T+.

  23. Muito me entristecem as opiniões aqui explanadas, tanto por aqueles que defendem os atentados contra a liberdade individual e os direitos humanos, sejam de esquerda ou de direita. Revolução cubana com o apoio popular? Por qual motivo então não realizam eleições livres a 50 anos? Democracia em que o poder passa de irmão para irmão? Não brinquem com democracia senhores. O que ocorre em Guatanamo, também é absurdo, e por tal razão acredito que Bin Ladem venceu. Ele conseguiu destruir os pilares da democracia americana. A respeito de Lula não ter sido avisado do pedido de reunião com dissidentes, nada mais normal. Afinal ele nunca sabe nada, não vê nada, não ouviu nada. Seria trsite se não fosse trágico. E não venham falar de elites burguesas. Estas estão junto ao governo petista e nunca ganharam tanto dinheiro, nem na época de FHC e dos ditos neo-liberais.

  24. “Agora, porque o presidente brasileiro usou a comparação deste dissidente com bandidos, que está gerando tantas críticas? Porque Guillermo Fariñas tem sobre si condenações criminais. Uma primeira, de 1995, quando agrediu uma funcionária do posto de saúde onde trabalhava como psicólogo. A segunda, em 2002, quando agrediu uma pessoa idosa usando um bastão, tão fortemente que tiveram de extrair-lhe o baço. Por isso, ele foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão, por um tribunal da cidade de Santa Clara. Desde então, vem usando greves de fome como instrumento de pressão. Mesmo assim, ele ganhou, em dezembro de 2003, licença para cumprir a pena em liberdade”

    Estas informações eu reproduzo do jornal cubano Gramma. Nossa imprensa, em geral, as omite. Se não são verdadeiras, caberia apurá-las, não escondê-las.

  25. Uma empresa que foi criada com o capital norte-americano do grupo TIME-LIFE. Além disso, Roberto Marinho manteve Joe Wallach (Agente da CIA) supervisionando a linha editorial da dentro da própria emissora. É este tipo de empresa que vocês querem dar credibilidade…. chequem sempre as matérias deles em outros sítios.

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