Brasil e EUA se abrem a negociar sanções econômicas

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Brasília, 9 mar (EFE).- O Brasil está aberto a negociar, da mesma forma que já se disse disposta a Casa Branca, sobre a imposição de sanções a produtos americanos, derivadas dos altos subsídios ao algodão concedidos nos Estados Unidos.

“Um conflito não interessa nem ao Brasil nem aos EUA”, declarou o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, após receber o secretário de Comércio americano, Gary Locke, em Brasília.
A visita de Locke estava prevista há semanas, mas só ocorreu depois de o Brasil anunciar uma lista de 102 produtos americanos que pagarão impostos mais altos para ingressar no país. A medida é uma represália pelos danos que os subsídios ao algodão causam aos empresários brasileiros.

Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), que autorizou a atitude brasileira, as sanções poderão chegar a US$ 829 milhões ao ano.

A lista foi anunciada nesta segunda-feira e inclui, entre outros produtos, cosméticos, alimentos, automóveis e eletrodomésticos. Eles receberão taxas adicionais de cerca de US$ 591 milhões anuais.

Os outros US$ 238 milhões foram reservados para as áreas de propriedade intelectual e serviços, e sua aplicação será detalhada nas próximas semanas.

Após se reunir com Miguel Jorge, o secretário de Comércio americano preferiu não falar com os jornalistas e explicou que o conflito dentro da OMC não era o tema da reunião. Ele também garantiu que os EUA desejam negociar com o Brasil.

Os impostos sob os produtos listados começarão a valer dentro de 30 dias.

O Ministério das Relações Exteriores disse que o Brasil está aberto a um diálogo, mesma posição da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

A chefe da diplomacia americana visitou Brasília na semana passada e expressou sua esperança de uma solução negociada para a disputa.

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Sugestão Gérsio Mutti

Fonte: Bol/UOL


15 Comentários

  1. O gatinho se vê no espelho futuramente. =)

    Traduzindo o brasil se vê grande num futuro próximo.

    Agora quanto essa sanções creio que se for colocar mais impostos, creio que terá que reduzir outros, pois já pagamos impostos demais. Alias então isso significa que praticamente tudo que venha dos EUA (peças de carros, partes de eletrodomésticos, etc) vão ficar muito mais caro.

    Agora vem a pergunta com qual objetivo eles querem fazer isso para nós?

    Querem criar um espécie de protecionismo que estimule a indústria nacional? Sem investimento por parte do governo, naum dá! Até pq a maioria dos produtos são MONTADOS aqui, ou seja NÃO PRODUZIMOS.

    Quanto aos alimentos, bem isso naum trará muito prejuízo, afinal somos Auto-sustentáveis em alimentos.

    Creio que essa sanção economia no fundo no fundo prejudicará mais o mercado interno. =/

  2. Só complementado…

    Claro que temos indústrias nacionais capacitadas e claro que produzimos algumas coisas, mas a maioria das coisas ainda dependemos de produtores externos principalmente dos EUA.

    Só resta saber se essa medida foi equivocada ou não…

  3. Eu ñ olho o BRASIL com complexo de superioridade, um gato se julgando leão..+ tomo mt cuidados com potencias em franca decadência , querendo auto afirma-se…isso é mt perigoso..Td cuidado com os ianks é pouco eles ñ são confiáveis.

  4. Mas mesmo assim, que vai pagar essa seremos nós.
    Esses produtos são muito importantes para nós.
    Lá nos EUA, eles tinha opção. Os deles!!
    Mas qui, nós dependemos de produtos importados, não fabricados aqui.
    Não vamos perder do mesmo jeito.

  5. Eu acho, acho não! Tenho certeza! Que uma diplomácia forte, passa necessariamente por uma força armada
    na dimensão de nosso país, ou seja, continental. Nem precisei ler o resto da matéria para saber como eles agem.

    “Empresários pressionam Obama sobre sanções Brasil e México”

    “Pelo bem dos trabalhadores e agricultores norte-americanos, não podemos permitir que surja um padrão no qual a inação de Washington a respeito do comércio coloque empregos em risco”, disse John Murphy, vice-presidente de políticas internacionais da Câmara de Comércio dos EUA.

  6. …a diplomacia sempre foi a marca registrada do brasil…os E.U.A. estão num descenso…perdendo influência politica e econômica,mas uma superpotência militar…não vejo retaliação comercial a vista ,eles não podem lutar com o mundo todo….

  7. Bem ao contrário de muitos aqui tem medo que estes produtos que são importados dos Yankees cheguem aqui mais caros, eu vejo que esta é uma nova oportunidade para a nossa indústria, que então esta começe a produção de produtos similares e com preços mais convenientes aqui dentro mesmo, substituindo as importações e fabricando tudo no Brasil.

    Isso ainda aumenta a produção nacional de substituição das importações e o nível de sálarios do trabalhador brasileiros, sem falar em outros setores da economia que teriam um aumento de produção também , os ditos crescimentos “indiretos”!!

    Sem falar na evolução tecnólogica que isso pode proporcionar para o parque industrial nacional. Bem não vejo somente o lado negativo das descisões do governo como alguns.

    Valeu!!

  8. Eu olho com desconfiança sim, não acredito em boas intenções de politicos nenhum, só agem por interesses deles mesmos, nunca para o povo…

  9. Francoorp, nesse ponto concordo com vc, mais isso naum vai de inicio diminuir o consumo do mercado interno?

    Digo de inicio porque sei que com o tempo surgira novas empresas, pois será “forçado” a criação de novas empresas com objetivos de suprir o “caro” que vem lá de fora.

  10. Para que tudo ocorra precisa ter um começo!!
    Quem sabe no meio dessa disputa por comércio internacional, o Brasilnão se mostra menos dependente do produtos do EUA, começando sim a produzir produtos similares a que são produzidos no EUA.
    Presicamos testar para saber se vai dar certo!
    E fazer o Governo Americano perceber que há algum pais que posssa retirar essa idéia de Poder absuluto no comercio internacional!

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