Eles ainda são nossos amigos

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É um equívoco acreditar que as divergências sobre o Irã representam um afastamento entre Brasil e Estados Unidos

Murilo Ramos

A liturgia diplomática recomenda o uso cuidadoso das palavras para transmitir recados sem ofender ou constranger os interlocutores. Na semana passada, essa regra foi deixada de lado algumas vezes durante a visita ao Brasil da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton. Ciente de que a emissária de Barack Obama pediria ao governo brasileiro sanções ao Irã, por descumprir acordos com a Agência Internacional de Energia Atômica, o presidente Lula se antecipou. “Não seria prudente encostar o Irã na parede. É preciso estabelecer negociações”, afirmou Lula, contrário às sanções. Hillary, em uma entrevista coletiva no Itamaraty, afirmou que os iranianos enganam o Brasil. Segundo Hillary, o Irã apresenta versões diferentes para China, Turquia e Brasil sobre o programa nuclear e, assim, tenta ganhar apoio e evitar punições das Nações Unidas (ONU).
Uma análise superficial das alfinetadas entre Lula e Hillary pode levar à falsa conclusão de que os atritos políticos afastam Brasil e Estados Unidos. Na prática, acontece o oposto. Ao mesmo tempo que divergem publicamente, os dois países aperfeiçoam o diálogo e consolidam avanços importantes em questões essenciais para as duas maiores democracias das Américas. Apesar da troca de farpas no caso do Irã e da existência de vários pontos de conflito (leia o quadro na página 54), Brasil e Estados Unidos vivem uma fase de estreitamento das relações, uma consequência do crescente prestígio do Brasil no cenário internacional.

A mudança no patamar das conversas pode ser observada na lista crescente de assuntos de política externa que, nos últimos tempos, mereceram consulta dos Estados Unidos ao Brasil. O governo Obama procurou o Brasil para tratar da crise política em Honduras, da instalação de bases militares americanas na Colômbia, da missão de paz da ONU no Haiti e da ajuda às vítimas do terremoto no Chile. Os americanos também travaram diálogos com diplomatas brasileiros sobre a Conferência do Clima, realizada na Dinamarca no final do ano passado. Com frequência, buscam também informações a respeito de temas como energia e combate à fome.

Existe uma espécie de ranking das embaixadas dos Estados Unidos ao redor do mundo. ÉPOCA apurou que a representação no Brasil subirá de status. Ainda não chegará ao mesmo nível da embaixada em Londres ou em Tóquio, mas contará com mais recursos para executar suas crescentes atividades. O diplomata Thomas Shannon deixou o importante cargo de subsecretário para a América Latina no governo Obama para se tornar embaixador em Brasília. Nos últimos meses, funcionários de primeira linha da Casa Branca desembarcaram em Brasília na tentativa de costurar parcerias e prospectar negócios. Os Estados Unidos estão empenhados em vender 36 caças da Boeing para a Força Aérea Brasileira em uma concorrência com França e Suécia.

Os Estados Unidos enxergam o Brasil, ao lado do Chile, como uma ilha de estabilidade em meio a uma região turbulenta. Primeiro por tratar-se de uma democracia consistente, com eleições regulares e respeito às instituições. O exemplo contrário é a Venezuela, país governado pelo mesmo presidente há 11 anos. Histriônico, Hugo Chávez limitou a ação da iniciativa privada, reestatizou empresas e amordaçou a imprensa que o incomodava (leia mais na página 59). Ao contrário de Chávez, que adora fazer bravatas contra os americanos, Lula sempre procura posições negociadas nas disputas diplomáticas. Essa postura rende pontos para o Brasil com os americanos.

A segunda razão do crescente interesse dos EUA pelo Brasil é de natureza econômica. O Brasil foi um dos países menos atingidos pela crise global dos dois últimos anos. Tem o maior mercado consumidor da América Latina e centenas de empresas atraentes, fontes de inovação e potenciais alvos de investimento. “O Brasil é muito mais importante hoje que há 20 anos e uma potência mundial em vários assuntos”, diz um diplomata americano que acompanhou a visita de Hillary.

A embaixada dos Estados Unidos no Brasil vai mudar de status, com mais dinheiro e atribuições
Na avaliação do especialista em relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Eduardo Viola, a nova situação das relações entre Brasil e EUA ganhou um impulso com o presidente Barack Obama, defensor de posições menos hegemônicas dos Estados Unidos. Agora, de acordo com Viola, o Brasil precisa proteger o capital estratégico conquistado. Para isso, deveria evitar armadilhas como o apoio ao Irã em sua temerária política nuclear. “Até a Rússia, que não se alinha facilmente com os Estados Unidos, já defende sanções ao Irã. Se o Brasil insistir nisso, pode parecer que tem interesse em assuntos nucleares que não sejam pacíficos”, diz Viola.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, resiste à entrada do Brasil no grupo dos países que condenam a política iraniana. Na entrevista coletiva que concedeu ao lado de Hillary Clinton, Amorim afirmou que, há alguns anos, a comunidade internacional fez uma campanha contra o Iraque e os resultados foram desastrosos. Ao persistir nessa política em relação ao Irã, o risco do Brasil, porém, é cair no mesmo isolamento em que ficou em relação ao desfecho da crise política em Honduras. Enquanto os EUA apoiaram a realização das eleições como forma de apaziguar o país depois da crise política que levou à s deposição do ex-presidente Manuel Zelaya, o Brasil continua sem reconhecer o governo do presidente eleito Pepe Lobo. Nessa posição, o Brasil ficou na companhia de sócios menores como Venezuela e Bolívia.

Para o Brasil, evitar posições antagônicas, motivadas por um antiamericanismo estéril ou pelo afã de tentar mostrar protagonismo no cenário internacional, é importante porque os EUA, além de um parceiro comercial importante, tendem a permanecer como a potência econômica dominante no mundo por algumas décadas. A recente evolução das discussões bilaterais também é insuficiente para colocar o Brasil na condição de parceiro preferencial dos Estados Unidos. Segundo o ex-embaixador do Brasil em Washington Rubens Barbosa, o que existe é um diálogo franco, mas nada que lembre privilégio. “O Brasil não está na mesma situação que o Reino Unido ou a França. Mas hoje recebe dos Estados Unidos um tratamento diferenciado, parecido ao oferecido a alguns países da Europa Ocidental, como a Espanha”, afirma Barbosa.

Com a aproximação do fim do mandato de Lula, surgem dúvidas sobre como se comportará o próximo governo em relação aos temas mais espinhosos do contencioso com os americanos. No caso da política em relação ao Irã, há uma divergência explícita entre a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a candidata do PT, e o governador de São Paulo, José Serra, provável candidato do PSDB. Em entrevista a ÉPOCA, Dilma disse que não é possível isolar o Irã, sob o risco de fortalecer ainda mais a liderança do país na região. Dilma fez uma crítica indireta aos Estados Unidos ao dizer que “não tem o menor sentido os que se armam apontarem seu dedo armado para os outros” e defendeu o desarmamento nuclear. Serra pensa diferente. Em artigo escrito no final de 2009, o governador se manifestou contra a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil. Para Serra, é um risco aliar-se a um regime que desrespeita os direitos civis e resoluções aprovadas pela ONU.

Não se espera, porém, mudanças radicais na maioria dos assuntos. Isso é um bom sinal de maturidade política do Brasil. Política externa é uma política de Estado que deve zelar por interesses permanentes do país, independentemente do governo de plantão. Se quer entrar no clube dos grandes, o Brasil não deve permitir improvisos em sua agenda diplomática.

Os conflitos na relação

Brasil e Estados Unidos continuam a divergir em relação a vários assuntos, mas a conversa mudou de patamar.

Fonte: Época via  Notimp

19 Comentários

  1. Esse comentário reflete o pensamento de pessoas que são favoráveis à submissão do Brasil aos interesses yanques e ao entreguismo das riquezas naturais do continente como ocorreu em governos anteriores.

  2. Num pais acostumado desde muito a subserviência realmente é dificil entender que o Brasil esta passando de grau de importancia no cenário mundial, essas desavença acontecem vão acontecer muito ainda, pois temos interesses diferentes e isso é estrada sem volta acredito que até 2050 seremos a quarta economia mundial e nessa posição tudo de importante no mundo passara a ser importante para nós.
    Ah só um pedido pelo amor de Deus que nosso reaparelhamento das FAA acompanhem a economia e que desvinculem imediatamento as pensões dos inativos do orçamento do MD só assim teremos condiçoes de investir adequadamente na modernização e ter a força para dar respaldo a nossas ideias.

    Abraços

  3. O texto e o comentário iniciam começam bem, realmente o Brasil e USA não são inimigos e tem muitos interesses em comum.

    Más o autor se equivoca quando diz (na prática , é o que está pregando…)que um alinhamento automático com o EUA
    vai trazer vantagens advindas de um tratamento “VIP” por parte dos norte-americanos para o Brasil.

    É justamente o contrário! Tal comportamento servil sempre trouxe para o Brasil nada mais do que desprezo e exploração, afinal, se alguém de antemão se submete, o outro não precisa negociar e dá muito pouco em troca dos seus produtos e “gentilezas”. Ao final, o comportamento submisso só trás desprezo, porque mesmo que nos utilizemos de tal pessoa, ninguém considera seu amigo, um puxa-saco… A verdade é que ninguém respeita quem não se respeita e o Brasil nos dias de hoje ,graças a sua política externa mais independente, tem muito mais consideração e respeito. E o mais importante de tudo: A possibilidade de tirar o melhor proveito possível de sua relações internacionais em beneficio dos brasileiros

  4. Amigos, amigos negocios à parte!!

    Incrível a mesma retórica servil dos jornalistas veja:

    “Para Serra, é um risco aliar-se” Pelo que eu sei não assinamos aliança alguma com o Irã, e nem iremos assinar, e a jornalista não recorda aos leitores da Epoca, que existem outras nações com a mesma opinião do Brasil neste caso específico das sanções ao Irã, nações com geopolítica completamente independente como a China e a Rússia.

    Falta somente a Índia para que os BRICs estejam unidos diplomáticamente neste caso do Irã, falando com uma só voz, e isso é positivo, uma nova forma de fazer geopolítica neste planeta.

    Lembro que aliar-se como disse o senhor Serra, é assinar acordos como a UNASUL-MERCOSUL, estes sim são uma aliança em qualquer modo, a definição feita pelo senhor serra é erronea… ou em má fé!

  5. É impressionante como isto rende, já está todo mundo careca de saber que quando e se o Irã subir a porcentagem do enriquecimento o Brasil será o primeiro e ir contra o Irã.
    Agora também não entendo porque a Hillary não prova logo que o Irã está produzindo armas nucleares, prova e ai tudo se resolve.

  6. ” Política externa é uma política de Estado ”

    Sim! Era assim que deveria ser, mas té nos EUA as coiss mudam, talvez por interesse deles acabar com aquela má fama que o Bush deu aos EUA.

    Talvez até a nova postura do atual governo Obama seja uma nova politica de estado, para tirar o susto do mundo sobre os ataques dos EUA au Iraque. Eles deveriam estar pensando:

    “vamos pensar um pouco, vamos esperar a poeira abaixar e nos aproximais de países peroféricos, vamos acabar ou minimizar o choque da era Bush”

    Então, acho que todos já deveriam saber disso, não é o presidente que manda no país. Veja que no governo Obama, já aparecem divergência dentro da casa Branca. Obama até perdendo aliados.

    ” que deve zelar por interesses permanentes do país, ”

    É o que eu digo. O que cada país vem em si e nos outros, não é nada além de interesses. Se chamamos os “hermanos” de irmãos, é porque é de interesse do Brasil e ser amigável com esses países. Não é atoa que o Brasil só perdeu com eles. O Brasil não pode brigar com seus vizinhos, seri uma atitude errada para o Brasil que quer ser grande. Então, para aqueles que atpe hoje pensam que o Brasil perdeu ao deixar a Petrobras ser estatizada na Bolívia, saiba, que o Brasil ganhou mais do que perdeu.
    Temos que demonstrar aos nosso vizinhos, que sempre sofreram nas mãos de intereseiros europeus e americano. Estamos mostrando para eles, que o Brasil é um grande aliado deles, que somos um país “irmão” (latino) em que eles podem ter mais ocnifança que nos outros.

    Enfim, estamos jogando o jogo da politica. O Xadrez do Mundo.

    ” independentemente do governo de plantão.”

    Todo país é motivado por interesses. Os países de hoje seguem ordens de mercado, não mais ordens ideológicas. Querendo ou não, quem manda são os empresários.

    O que eu já via percebendo nos 3 anos que eu morei lá, é que eles valorizam os acordos.
    É aí que vem o Brasil. Não enxergam mais o Brasil como uma mina de ouro, mas um país onde eles podem fazer acordo.

    Muitos se perguntam se eles (EUA) propagam guerras para baratear o matéria prima, bem, eles vêem no Brasil um parceiro, todos sabemos que entre alguns tipos de parceiros, podem existir acordos laterais que podem +baratear+ o produto. Assim, e só assim, o Brasil escapa de “uma possível manipulação ou demonização” no ocidente.

    Outra coisa, somos sim a muito tempo os maiores consumidores da América Latina. Logo, para as empresas americanas, sobretudo as de tecnologia, perderiam um mercado gigantesco.

    O Brasil já é o 3ª maior mercado de computação no mundo, e em breve, com os acelerado progresso de informatização, seremos em 10 anos ou pouco mais o 2ª maior mercado de informática, perdendo apenas para o próprio Estados Unidos.

    Finalizando.
    Manipulações sempre existem, mas é uma questão de balança. O Brsil é para os EUA uma mina de ouro, e como tal, le gera mais lucros estando estabilizado e bem, do que demonizado.

    Sempre haverá concorrência, mas política é um monstro de várias cabeças, a cabeça central é o resultado da soma das demais.

    Então, entraremos em muitas furadas com eles, mas também estaremos ao lado da China, Rússia, Índia, México e o próprio EUA, juntos no mundo do futuro.

    Loucuras e devaneios, manipulação, demonização e conspiração sempre existiram e estão longe de acabar.

    Abraços e boa tarde.
    L. Rocha

  7. Prestem muita atenão nisso, é a diferênça entre a “vida” r a “morte” de um país.

    ” Muitos se perguntam se eles (EUA) propagam guerras para baratear o matéria prima, bem, eles vêem no Brasil um parceiro, todos sabemos que entre alguns tipos de parceiros, podem existir acordos laterais que podem +baratear+ o produto. Assim, e só assim, o Brasil escapa de “uma possível manipulação ou demonização” no ocidente.”

    Não é atoa que quem vai contra o ocidente, só se da mau. Perguntem ao Iraque.

  8. O Brasil já teve outras divergências puntuais com os EUA, até piores que essa.
    Não deixamos de ter excelentes relações com o gigantão americano.
    Não é nada dramático esse caso do Irã.
    Não é uma postura de ‘defender’ o Irã, ser contra Israel, etc…
    Apenas que não é o caso ainda de aplicar sanções, que vão apenas sufocar o povo iraniano, dar mais argumentos ao regime iraniano contra o ocidente, etc…
    Não estamos aliados ao Irã, temos apenas boas relações com esse país.
    Não apoiamos nenhum viés bélico do programa nuclear iraniano. Sabe-se ser ainda distante uma eventual bomba, e tem muito tempo e possibilidades de acordo.
    Apenas uma postura que visa defender interesses brasileiros no assunto, que são múltiplos e diversificados.
    Nada mais, nada demais.
    Esse cavalo de batalha todo é falso, e acho, muito suspeito.

  9. Não sou a favor da subserviencia.
    Mas o Brasil presiza se mostrar forte e prencipalemte, fazer parceria comerciais mais forte com páises como China, Índia e México.

    Podemos ser “amigos” dos EUA, porém é de obrigatoriedade que o Brasil priorize relações com países de eixos independentes e difetentes, como Índia e China.

    Não podemos ficar so na “roda” do ocidente.

    O Brasil, economicamente é um país novo, e deve repensar drasticamente seus interesses internacionais.

    temos que tentar escapar o mázimo possivel da dependência do Ocidente (não o desmeresendo), mas é aquela velha história, quanto mais divercidade comercial, melhor. Afasta os interesses de embargos.
    Ora, quem embargaria o Brasil em 2050, se de uma hora para outra ele tem outro fornecedor.
    No futuro, embargo, será coisa de burro. Uma chance de perder um cliente.

    Né Pinto!

    Só assim caminharesmos para o mundo multipolar com “estilo”.

  10. L. Rocha:

    Concordo em quase tudo, o único ponto que a mim pareceu estranho foi o caso do ir contra o ocidente. A comparação com o Iraque é errônea ao meu ver, pois temos grandes diferenças em todos os sentidos com eles, seja em cultura, dimensões territoriais, economia, acordos bilaterais, parceiros internacionais, alinhamento geopolítico, população, imigrantes, industrialização, doutrina militar, etc… o Iraque e o Brasil então terião posições bem diferentes de peso no jogo internacional e de consequência os fatores de risco mudam, creio eu.

    Mas pelo resto concordo de que o jogo é aí, e a tua tese é bem realística e direta.

    Valeu!!

  11. Gostei dos comentários, foram todos centrados e na maioria “neutro”.

    Vou dar minha opinião…

    Eles ainda podem ser nossos amigos, mais apenas isso! Não podemos ficar a mercê apenas dos EUA, só pq hoje eles são a maior potência do globo, quem nos garante que daqui a alguns anos eles continuarão com esse status? Alias não podemos ser subserviência de nenhum país.

    Temos que nos aliar a quem nos fornecer interesse (principalmente econômico).

    Temos que ficar do lado daqueles que hoje conseguiram independência por conta própria.

    Temos que FAZER A DIFERENÇA NO MUNDO, temos que ajudar em vez de tentar tirar vantagem, pq só assim conseguiremos ser bem vistos e sempre preferirão a nós do que a outros países.

  12. Obrigado Franco

    Sim, mas no caso do Brasil, não seria necessariamente possível uso de força militar, mas de dominação da politica.

    Hoje, muitas pessoas que trabalham para interesses estrangeiros ocupam grandes cargos nas nossas politicas, e isso não é paranoia de doido, ja temos deputados reclamando disso, como o Dep. Aldo Rebelo, do PCB, vem reclamando de que certas pessoas do governo, de altos cargos e em muito número, que ocupam cargos chave no IBAMA e senado, onde através deles podem ser manipuladas leis que vão contra a agricultura (atacando a maior fonte de renda do país) manipulando e impondo restrições ao uso da terra, tudo isso para não competirmos de igual com os países lá de fora.

    Veja esse caso especifico.

    Uma nova lei de agricultura, está acabando com fazendas, multando os fazendeiros e os obrigando a irem para a cidade, aumentando a desigualdade e a criminalidade social.

    Essas pessoas não dão valor a vida e nem a moralidade.

    Temos mais é que nos fortalecer, pois um governo corrupto, é aquele mais instável.

    No caso do Iraque, a jogada foi uma.

    Aqui, a jogada é outra.

    Mas no xadrez, sempre há um vencedor e um derrotado.

    Um abraço
    L. Rocha

  13. Parabens, E.M. Pinto, por publicar um texto balanceado, isento de ideologia e realista quanto as relacoes Brasil-E.U.A. O texto resume-se bem em sua parte que diz “…Para o Brasil, evitar posições antagônicas, motivadas por um antiamericanismo estéril ou pelo afã de tentar mostrar protagonismo no cenário internacional, é importante porque os EUA, além de um parceiro comercial importante, tendem a permanecer como a potência econômica dominante no mundo por algumas décadas…” Tomara que o realismo e bom senso do texto facam eco em Brasilia. Abcs.

  14. Micheletti e Lobo acusam Zelaya de tentar enganar autoridades

    Da EFE

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    Tegucigalpa, 10 dez (EFE).- O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, e o chefe de Estado eleito, Porfirio Lobo, acusaram hoje o governante deposto, Manuel Zelaya, de ter tentado “enganar” as autoridades ao pedir um salvo-conduto para viajar ao México.

    Zelaya, por sua vez, disse que o Governo de Micheletti, em troca do salvo-conduto, tentou fazê-lo assinar uma declaração na qual admitiria não ser mais o presidente de Honduras, o que foi confirmado pelo chanceler do Governo interino, Carlos López.

    “Mais uma vez, ele enganou aqueles que querem a paz e a tranquilidade neste país com mentiras e falácias. Da embaixada do Brasil (onde Zelaya permanece), quiseram surpreender Honduras de novo”, declarou Micheletti durante um ato militar.

    “A todos os outros países irmãos que se envolverem em um ato desta natureza, pedimos que respeitem a soberania desta pequena nação”, acrescentou.

    Ontem, ao considerá-lo “improcedente”, o Governo interino negou a Zelaya um salvo-conduto para que deixasse a embaixada do Brasil, onde está instalado desde 21 de setembro, e viajasse para o México.

    As autoridades golpistas disseram que recusaram o documento porque não foi indicado qual status “jurídico” as autoridades mexicanas dariam ao presidente derrubado.

    Lobo e Zelaya revelaram à imprensa local que hoje se reuniriam na República Dominicana, na presença do presidente deste país, Leonel Fernández, para dialogar sobre a crise política que Honduras vive desde o golpe de Estado de 28 de junho.

    Segundo Lobo, Fernández esperava Zelaya quando, ontem à noite, “foi surpreendido” pela informação de que a ida do presidente deposto para o México estava sendo negociada.

    “Ou seja, isso meio que foi um teatro”, acrescentou o chefe de Estado recém-eleito.

    Zelaya, por sua vez, disse que recebeu um telefonema do presidente Leonel Fernández para que participasse de um “processo de diálogo” para o qual Lobo também tinha sido convidado.

    “Eu disse ao presidente Leonel Fernández que concordava totalmente em participar (da iniciativa), que eu não tinha nenhum problema em estar presente e depois voltar a Honduras, para a sede diplomática do Brasil”, acrescentou.

    Depois, “falamos por telefone com o embaixador (dos EUA) Hugo Llorens e, ao mesmo tempo, conseguimos falar com o do México para ver se o processo poderia começar no México. Daí surgiu toda a confusão registrada ontem”, acrescentou Zelaya sobre sua possível ida para o país vizinho aos Estados Unidos.

    Lobo disse que Fernández procurou-o há dois dias para convidá-lo para uma reunião com Zelaya, após a decisão do Congresso hondurenho de não restituir o governante deposto ao poder.

    O chefe de Estado recém-eleito respondeu que iria “com toda boa vontade” e combinou com seu interlocutor que nesta quinta-feira chegaria à República Dominicana. O acertado, segundo Lobo, é que Fernández se reuniria hoje com ele e Zelaya e, amanhã, as partes assinariam “um acordo para levar paz à nação”.

    Porém, em um conversa ontem à noite com o presidente nicaraguense, Daniel Ortega, Zelaya revelou que pretendia viajar imediatamente para o México e participar da cúpula da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), que acontecerá neste fim de semana, em Cuba.

    Com a frustrada viagem de Zelaya ao México, a crise política hondurenha tomou um novo rumo.

    Além disso, o Governo do México disse hoje que, no momento, não tem como acolher Zelaya, de quem teria partido o pedido para ser recebido no país.

    Também nesta quinta-feira, Micheletti exigiu que o mundo respeite seu país, onde disse que sobra dignidade em cada um dos hondurenhos. Ele afirmou ainda que ontem “houve um conflito que se tornaria nacional”, em alusão à frustrada tentativa de Zelaya de ir para o México. EFE

    CRISE EM HONDURAS
    EUA e Brasil atenuam divergências

    Com posições divergentes sobre a crise em Honduras, Brasil e Estados
    Unidos conseguiram ontem, ao menos, concordar em um ponto: o
    presidente interino do país centro-americano, Roberto Micheletti,
    alçado ao poder pelo golpe de 28 de junho, precisa deixar o cargo o
    mais rápido possível, antes da posse do novo chefe de Estado, o
    recém-eleito Porfirio Lobo.

    Aquestão foi discutida ontem, em Brasília, pelo secretário de Estado
    adjunto dos EUA para a região, Arturo Valenzuela, que se reuniu com o
    assessor de Assuntos Internacionais da Presidência brasileira, Marco
    Aurélio Garcia, em Brasília. Ao contrário do Brasil, os americanos
    reconheceram a legitimidade do pleito que elegeu Lobo.

    – Concordamos que o presidente Micheletti deve partir, esse é um passo
    importante – declarou Garcia.

    Para os EUA, a eleição foi um “passo necessário para a solução” da
    crise política no país, mas não é suficiente para a restauração da
    democracia em Honduras. O diplomata americano também disse esperar que
    o presidente deposto Manuel Zelaya deixe a embaixada do Brasil em
    Tegucigalpa “antes de 27 de janeiro” – quando Lobo tomará posse.

    Em sua primeira viagem pela América Latina como o responsável pela
    região no governo Barack Obama, Valenzuela visitará também Argentina,
    Uruguai e Paraguai.

    Internacional
    Outras Regi�es

    sexta-feira, 4 de dezembro de 2009, 06:54 | Online
    LONDRES –
    A crise em Honduras enterrou as tentativas do governo de
    Barack Obama de tentar restabelecer boas relações com os vizinhos
    latino-americanos, diz a edição desta sexta-feira, 4, da revista
    britânica The Economist. Em um editorial intitulado “Honduras desafia
    o mundo”, a revista diz que “ninguém saiu bem” da crise política no
    país.

    “Ninguém poderia prever que a pequena Honduras seria o cemitério tanto
    da diplomacia da América Latina como da tentativa de Barack Obama de
    um início amigável com os vizinhos. Ainda assim, foi o que ocorreu”,
    diz a revista.

    A revista conta que a recente eleição de um sucessor para o presidente
    derrubado Manuel Zelaya dividiu os países da região. “Os Estados
    Unidos e meia dúzia de países latino-americanos querem reconhecer o
    resultado e restaurar relações com Honduras”, diz a Economist. “Mas o
    resto da região, liderado pelo Brasil, diz que isso legitimaria um
    golpe de Estado”.

    “Talvez seja assim”, afirma a revista. “Mas, ao impedir uma saída para
    o impasse, rejeitar (o presidente eleito Porfírio) Lobo seria punir
    ainda mais o cidadão comum hondurenho”.

    A revista afirma que o governo de Obama poderia ter ajudado a
    solucionar a crise caso tivesse agido com mais rigidez desde o começo
    das disputas. Mas ele foi retardado pela oposição republicana no
    Congresso, que bloqueou a nomeação de diplomatas sêniores para a
    América Latina”. “Depois”, diz o editorial “Obama reverteu seu curso,
    abandonando a causa de Zelaya”.

    Segundo a Economist, o Brasil também “agiu mal”, ao permitir que a
    embaixada brasileira se tornasse “o quartel general da campanha de
    Zelaya” e ao fracassar em alcançar a restituição do líder deposto.

    Além das críticas aos Estados Unidos e ao Brasil, a Economist afirmou
    ainda que a postura do líder deposto, Manuel Zelaya, foi “arbitrária”,
    já que ele teria desobedecido a ordens judiciais.

    Apesar disso, a revista também questiona a credibilidade das eleições
    presidenciais no país, que elegeram Porfírio “Pepe” Lobo, afirmando
    que o pleito foi “longe de perfeito”. De acordo com o artigo, as
    restrições às liberdades pelo governo interino teriam prejudicado a
    legitimidade da votação.

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    Excelentíssimo Senhor Presidente Procurador do Conselho Nacional
    do Ministério Publico Federal – Brasília – DF.

    Excelentíssimo Senhor Procurador Coordenador da 5ª. Câmara de
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    Brasília – DF

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    Internacional de Haia – Holanda

    Oficio nº. 390/2009/PG/PRDF

    Referente Processo nº. 1.1..000.003794/2009-94.

    Promoção de arquivamento: 084/2009/PG/PRDF/MPF.

    ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA, cidadão brasileiro, em pleno
    exercício, uso e gozo de suas prerrogativas e direitos políticos,
    portador do título de eleitor 0000343100329 – Zona 0151 – Seção 0200 –
    CPF 313-300-707-63, com domicilio na Avenida Luiza Fontinelle, 300 –
    Entrada da Embratel – Município de Tangua – RJ – Cep 24-890-000 – Tel.
    (21) 3087-8742 – 9101.1464 – em conformidade com o disposto na
    RESOLUÇÃO nº. 23, de 2007, do CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO,
    Art. 10, § 1º. 2º e 3º, no artigo 5º – Tribunal Penal Internacional,
    LXXIII, LXXIV, § 2º, 4º, da Constituição Federal, vem mui
    respeitosamente interpor:

    RECURSO DE APELAÇÃO

    E

    REVISÃO DE DECISÃO DE ARQUIVAMENTO:

    Pelas seguintes razões:

    Preliminarmente, inegavelmente, houve de forma incontestável uma
    ingerência do Governo Brasileiro, sobre os atos, administração de
    exclusiva competência e foro do Governo Hondurenho.

    Essa intromissão acarretou um enorme dano de DIFICIL
    CLASSIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO, INTERPRETAÇÃO e somente contribuiu para
    agravar o conflito e transformar em um INUSITADO IMBRÓGLIO
    INTERNACIONAL, sem precedente na historia política mundial.

    Contrariando toda jurisprudência internacional, tratados, o mais
    sublime e elementar costume da NÃO INGERÊNCIA e INTRFERÊNCIA NA
    SOBERANIA DE OUTRO PAÍS, CONVENÇÃO DE VIENA, o Governo Brasileiro, até
    o presente momento, apesar de não mais possuir RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS
    COM O GOVERNO HONDURENHO, insiste, persiste em manter de forma
    absolutamente intolerável, não só para o povo hondurenho, mas também
    para com o CIDADÃO BRASILEIRO, que é na verdade, de fato, quem está
    patrocinando esta “MENAGE A TROIS” do Ministro Celso Amorim, Manuel
    Zelaya e Comitiva ocupante da Embaixada Brasileira.

    O Governo interino de facto, em nome e em cumprimento da Magna
    Carta, agiu cautelarmente em defesa e manutenção do Instituto
    Constitucional.

    O Presidente de facto Roberto Micheletti, tem demonstrado com
    sobriedade seu interesse no restabelecimento da ordem democrática, com
    a manutenção e realização das eleições para o dia 29 de novembro.

    Em qualquer parte do mundo o povo é soberano.

    É o eleitor quem irá decidir o futuro governo hondurenho.

    A presença e permanência do Senhor Manuel Zelaya, no interior da
    Embaixada Brasileira, concitando, conclamando, incitando diuturnamente
    o POVO à marchar sanguinolentamente pelas ruas, isto não é uma atitude
    conciliatória e muito menos, da estirpe e prática do POVO BRASILEIRO.

    Esta postura política, com certeza, não é abalizada nem externa
    o sentimento esportivo, alegre, hospitaleiro, do “deixa pra lá”,
    democrático, do povo brasileiro.

    DOS DANOS MATERIAIS E FINANCEIROS

    O Governo Brasileiro, neste exato momento possui algumas
    centenas de milhares de desabrigados pelas chuvas, outros por causa de
    incêndios, outros, em verdadeiro paradoxo, morrendo verdadeiramente de
    sede pela absoluta falta de água, em diversas regiões do nordeste do
    país.

    Enquanto se constata o TOTAL DESGOVERNO e ABSOLUTA FALTA DE
    ADMINISTRAÇÃO no território nacional, com o PAC DA SEGURANÇA
    SUCUMBINDO; A CRIMINALIDADE DISPARANDO A ERMO; AS VERBAS DAS OBRAS DO
    PAC SENDO DESVIADAS; A ROUBALHEIRA TOMANDO CONTA DO CONGRESSO; A
    PROMISCUIDADE CRESCENDO E ESPALHANDO SEUS TENTÁCULOS PELAS
    CONSTRUTORAS, EMPREITERIAS; AS OBRAS DOS JOGOS DE 2014 E 2016 SENDO
    EMBARGADAS PELO TCU, POR INCONTÁVEIS IRREGULARIDADES; o Presidente
    LUIZ INACIO LULA DA SILVA, tenta administrar e resolver sem nenhum
    mandato o problema dos outros, que nada tem haver com sua
    administração.

    CUIDAR, TRATAR DAS DORES DOS OUTROS É FACIL.

    DIFICIL É ADMINISTRAR SEUS PRÓPRIOS PROBLEMAS.

    BATALHA CAMPAL

    Desde os primeiros momentos que o Senhor Manuel Zelaya, invadiu
    a Embaixada Brasileira, que venho advertindo do risco iminente das
    graves conseqüências que advirão.

    O Senhor Manuel Zelaya, não irá permanecer inerte, sentado no
    sofá, com os pés em cima da mesa, olhando de soslaio pela janela
    entreaberta, o desenrolar e definição das eleições.

    Alguma coisa está sendo orquestrada de dentro das instalações da
    Embaixada Brasileira. Observem como as organizações criminosas
    brasileiras atuam de dentro para fora dos presídios de segurança
    máxima.

    O Senhor Zelaya não está privado totalmente de sua liberdade.
    Não é exatamente o preso incomunicável. Podemos até dizer que se
    encontra em um “SPA”, isento de todo e qualquer ônus, com todas as
    mordomias, e aparato de segurança por dentro e traz dos muros.
    Telefones, celular e rede de internet confiável sem risco de grampo,
    interceptação. Com certeza está articulando algo. Este prejuízo não
    vai “deixar barato” Essa fatura vai sair muito cara.

    CONTRIBUIÇÃO INFERNAL

    O Ministério das Relações Exteriores, o Governo Brasileiro, à
    dispeito de todos os argumentos já enumerados anteriormente e da
    própria legislação internacional, não pode permanecer com uma “PERSONA
    NON GRATA”, EM SEU TERRITÓRIO, QUE ELE MESMO DIZ NÃO RECONHECER.

    Existe o agravante incomum que até o presente não definiu sua
    permanência no interior da Embaixada Brasileira. Uma vez que não
    existe nem se reconhece ou admite na nomenclatura política a expressão
    jurídica de “hospede”.

    Atente-se para o fato e gravidade de que existe ainda a
    possibilidade do grupo, PARTIDÁRIOS DE ZELAYA não serem bem sucedidos
    nas eleições. Com certeza esses partidários não irão aplaudir nem
    estourar chapagne de felicidade.

    DA RESPONSABILIDADE

    Não é preciso ser argucioso, ter poderes extra-sensoriais de
    Nostradamus, ser mago, vidente ou clarividente para prever o que irá
    acontecer.

    De dentro da “TRINCHEIRA”, protegido pelo “ESCUDEIRO”, via
    internet e outras mídias, usando e manobrando seus “ESPARTANOS
    KAMIKASES”, irá promover uma carnificina batalha campal.

    E, o POVO BRASILEIRO, quem já vem sofrendo e patrocinando o ônus
    desta “VAIDADE PRESIDENCIAL” terá que absorver mais esta “MOÇÃO NADA
    HONROSA” de haver contribuído com esta catástrofe e previsível
    incompetência.

    DOS PEDIDOS

    A priori requer a Revisão liminar do despacho (
    084/2009/PG/PRDF/MPF), que opinou e determinou o arquivamento.

    Requer seu imediato desarquivamento, encaminhamento para a
    CAMARA DE REVISÃO e, se ainda infrutífero QUE SEJA SUBMETIDO A
    APRECIAÇÃO E ANÁLISE DO CONSELHO NACIONAL DO MINISTERIO PÚBLICO,
    consoante Art. 10, § 1º, da RESOLUÇÃO nº. 23, de 2007. e, mesmo
    assim, caso ainda conclua por improcedente, espera sejam os autos
    REMETIDOS AO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA., e, mesmo assim
    improcedente para TRIBUNAL E CORTE INTERNACIONAL DE HAIA, pois que
    versa o assunto, SOBERANIA, sobre DIREITO PÚBLICO INTRNACIONAL, que
    afeta e diz respeito indistintamente a todos os paises e sobre os
    riscos a que estão todos jungidos por força dessa intromissão, que
    poderá vir a se tornar rotina.

    Tudo em nome da MORALIDADE, DA ÉTICA, PROBIDADE, EQUIDADE,
    SOBERNAIA NACIONAL, INTERNACIONAL e SOBRETUDO POR SER DE DIREITO,
    JUSTIÇA, RESPEITO, CUMPRIMENTO AOS TRATADOS SINALAGMÁTICOS, CONVENÇÕES
    INTERNACIONAIS FIRMADOS, DOS QUAIS O BRASIL É SIGNATÁRIO.

    Isto posto, diante da gravidade dos fatos, das previsíveis
    conseqüências políticas, administrativas, sociais e segurança do povo
    hondurenho, e PREJUÍZOS FINANCEIROS PARA O CIDADÃO BRASILEIRO;

    Requer:

    1. Que por medida de segurança e incolumidade física dos
    funcionários brasileiros que atuam na Embaixada Brasileira;
    2. Por medida preventiva de segurança e atribuição de
    responsabilidades políticas futuras;
    3. Que devido aos elevados gastos financeiros com a
    manutenção da Comitiva em detrimento de centenas de cidadãos
    brasileiros;
    4. Procedam a imediata retirada e afastamento do Senhor
    Manuel Zelaya e comitiva do interior da Embaixada Brasileira;

    Termos em que

    Aguarda deferimento

    Tangua, 16 de novembro de 2009.

    ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA

    Excelentíssimo Senhor Procurador Geral da Procuradoria
    Geral da República no Estado do Rio de Janeiro

    MINISTERIO PÚBLICO FEDERAL

    Excelentíssimo Senhor Ministro do Tribunal de Contas da União -TCU

    BRASILIA – DF

    Excelentíssimo Senhor Presidente da Controladoria Geral da União – CGU

    BRASILIA – DF

    Protocolo

    MPF-Ministério Público Federal

    2009.09.03.103930.

    2009.10.13.140355.

    ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA, cidadão brasileiro, em pleno
    exercício, uso e gozo de suas prerrogativas e direitos políticos,
    portador do título de eleitor 0000343100329 – Zona 0151 – Seção 0200 –
    CPF 313-300-707-63, com domicilio na Av. Luiza Fontinelle, 300 –
    Entrada da Embratel – Município de Tangua – RJ – Cep 24-890-000 – Tel.
    021 3087-8742 – 9101.1464 – em conformidade com o disposto no artigo
    5º -Tribunal Penal Internacional, LXXIII, LXXIV, § 2º, 4º, da
    Constituição Federal, vem mui respeitosamente propor, como de fato
    propõe a presente:

    REPRESENTAÇÃO / DENUNCIA

    Desde o dia 28 de junho de 2009, quando retornou
    “clandestinamente / sorrateiramente” ao seu PAÍS HONDURAS, o
    Presidente deposto MANUEL ZELAYA se encontra “REFUGIADO” na
    “TRINCHEIRA”- EX-EMBAIXADA BRASILEIRA.

    Conforme entrevista concedida a jornalistas internacionais,
    somente depois de haver INGRESSADO / INVADIDO as instalações do
    “TERRITÓRIO BRASILEIRO” com seus 300 assessores kamikazes espartanos,
    foi que solicitou permissão para permanecer no local, (Transformado
    hoje para hospedaria, pensão, albergue, “cabeça de porco”), antes
    Representação Diplomática.

    O PROSCRITO

    O proscrito e sua comitiva kamikaze espartana, constituída de
    familiares, jornalistas e correligionários do DEGREDADO se imiscuíram
    no território Nacional Brasileiro, a exemplo do que faziam Adolf
    Hitler e Napoleão Bonaparte com as nações inimigas dominadas:
    Destruindo, saqueando, estuprando, desalojando e matando inocentes.

    A MÍDIA

    Diversas mídias internacionais mostraram como estava sendo a
    estadia, convivência e divisão das dependências internas do imóvel,
    bens móveis e demais utensílios pessoais dos funcionários da Embaixada
    Brasileira.

    PALANQUE, TRINCHEIRA OU BANKUER ELEITORAL

    Inexplicavelmente, antes mesmo de definir sua PRESENÇA, TEMPO DE
    PERMANÊNCIA, CONDIÇÃO DE ESTADA, e COGNOME ATRIBUIDO, se:

    Presidente ou Ex-Presidente;

    Proscrito, exilado,

    Refugiado ou cassado,

    Terrorista ou insurgente,

    Repatriado ou expatriado,

    Subordinado ou insubordinado,

    Guerrilheiro, rebelde ou aliado – asilado político;

    Ocupando e utilizando-se de todas as acomodações (salas –
    escritórios – suítes – banheiros – cozinhas – móveis – pessoais) e
    todo o quintal, varanda e partes externas da casa, tudo foi mostrado,
    veiculado pelo telejornalismo internacional; transformou e adaptou o
    local a um estúdio teletransmissor de sua plataforma revolucionaria de
    pretensões políticas e base de conclamação e INCITAÇÃO DE MANIFESTAÇÃO
    DE REVOLTA E VIOLÊNCIA SANGUINOLENTA.

    O PRESIDENTE DEPOSTO / REPATRIADO, protegido pelo escudo
    político protetor estrangeiro, fomenta violência, guerrilha e sangria
    patriótica sob o slogam “PATRIA, RESTITUIÇÃO OU MORTE”

    MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

    Ignorando toda nomenclatura contida nos tratados internacionais
    que regem as relações diplomáticas o Governo Brasileiro transgride,
    desconhece, se mostra apático, declara, desacata o GOVERNO DE FACTO e
    se mostra discricionário, contraditório para com os mesmos e
    semelhantes fatos ocorridos em regiões vizinhas limítrofes que tinham
    os mesmos objetivos e fins políticos.

    DIREITO INTERNACIONAL

    O Direito Internacional apregoa universalmente a não
    interferência de um país sobre outro no que tange a sua soberania,
    segurança pública, administração e assuntos internos.

    Movido pela vaidade e ânsia de liderar o continente sul
    americano, intervém e se apresenta como nefilins, anfitrião, mediador,
    conciliador, juiz de paz, sem ter sido consultado, convidado,
    convocado ou solicitado. Esquecendo da máxima popular que em briga de
    marido e mulher não se deve meter a colher. Mesmo sendo consultado e
    nomeado interlocutor. Atitude que de fato não ocorreu.

    IMBRÓGLIO DIPLOMÁTICO INTERNACIONAL

    Custeado pelo povo / Estado Brasileiro; Tal como um placebo o
    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criou e mantém um laboratório
    experimental de divergências políticas privativas, eivado de cepas
    explosivas sob a batuta de “persona non grata”, estimulando um
    esdrúxulo nicho político internacional.

    COMUNIDADE INTERNACIONAL

    Mesmo com tantos questionamentos e apelos internacionais o
    Chanceler Ministro Celso Amorim e o Governo Brasileiro, até a data de
    hoje não se dispuseram explicar, informar, esclarecer, DEFINIR JUNTO
    AO GOVERNO INTERINO DE FACTO / GOLPISTA qual o STATUS DO PROSCRITO, se
    desterrado, exilado, asilado, expulso, retirante, deposto, expatriado,
    degredado do SENHOR MANUEL ZELAYA, no interior das instalações e
    dependências da Embaixada Brasileira.

    DIPLOMACIA INTERNACIONAL

    Os organismos internacionais, juridicamente falando, desconhecem
    e alegam não existir na hermenêutica consular a expressão “HOSPEDE”,
    bem como não ser reconhecida / aceita no âmbito da diplomacia
    internacional este conceito jurídico para definir situação e STATUS
    POLÍTICO. A Convenção de Viena que versa sobre relações diplomáticas
    estabelece que as instalações e os automóveis diplomáticos são
    invioláveis.

    DESCORTÊS – DESABRIDO – DESELEGANTE

    TIPICO DE UM ANALFABETO, SEM BERÇO, SEM ORIGEM E SEM CLASSE

    Ao dar “ASILO”, conceder abrigo/albergue, permitir hospedagem,
    transformando a Embaixada em estalagem “FRONT POLÍTICO” e “CABEÇA DE
    PORCO”, desalojando literalmente os “vassalos brasileiros”, sem até o
    momento esclarecer as COMUNIDADES INTERNACIONAIS, o Governo Brasileiro
    interferiu nos problemas internos hondurenhos, desacatou a SOBERANIA
    HONDURENHA, administração, conflitos políticos, sem COMUNICAR SUA
    DECISÃO AO GOVERNO DE FACTO OU GOLPISTA OU AO PRESIDENTE DO TSE –
    TRIBUNAL SUPREMO ELEITORAL.

    NEUTRALIDADE POLÍTICA

    O Governo Brasileiro agiu com fugaz parcialidade, ao conceder e
    dar abrigo ao DÉSPOTA QUE PRETENDIA IGUALMENTE OUTROS GOVERNOS LATINOS
    AMERICANOS, ALTERAR CLÁUSULA PÉTREA, À REVELIA DOS INSTITUTOS,
    ORGANISMOS E POVO HONDURENHO.

    AGRESSÃO

    O Governo Brasileiro agrediu a soberania nacional hondurenha e
    continua em erro ao manter asilado / abrigado, recolhido em suas
    instalações sem DEFINIR / CLASSIFICAR / TIPIFICAR seu VERDADEIRO
    STATUS, frente ao Governo Interino de Honduras e ao próprio TSE –
    TRIBUNAL SUPREMO ELEITORAL.

    TERRITÓRIO SITIADO

    À dispeito de todas as manifestações de repúdio, repulsa e
    condenações ao cerco / sítio, à Embaixada Brasileira, local de uso
    diplomático, reconhecido universalmente como extensão territorial, o
    Governo Hondurenho, CORRETAMENTE, se mantém irredutível, inabalável,
    inflexível em sua decisão de não arredar pé e afastar-se de sua
    PROTEÇÃO, DEFESA CONSTITUCIONAL E SOBRANIA NACIONAL HONDURENHA.

    ELEIÇÕES EM 29 DE NOVEMBRO

    TRIBUNAL SUPREMO ELEITORAL

    Tal qual e da mesma forma que as eleições realizadas no Irã, que
    elegeram Ahmadinejad ou da mesma forma que Hugo Chaves realizou
    plebiscito / referendum para se eternizar no poder, e, não houve
    nenhuma manifestação / interferência internacional; as eleições em
    Honduras, desde que sejam realizadas ordeiramente, pacificamente, com
    a manifestação espontânea da vontade, não exista comprovadamente abuso
    de poder, compra de voto ou manipulação na contagem dos votos, não
    pode haver ingerência externa sob pena de incorrer em INTROMISSÃO NA
    ADMINISTRAÇÃO INTERNA E VIOLAÇÃO DE SOBERANIA.

    O povo é soberano no processo constitucional eleitoral quanto a
    sua manifestação na votação, eleição e posse de seus governantes.

    O Juiz do TSE – TRIBUNAL SUPREMO ELEITORAL, DAVID MATAMOROS,
    juntamente com o Presidente de facto Interino / golpista ROBERTO
    MICHELETTI, estão atuando com transparência. Com total maestria e
    imparcialidade. Estão administrando com total lisura, responsabilidade
    e democracia, conflitos e interesses opostos. Esta postura pode ser
    verificada ao atender pedidos formulados pelos TSE, Parlamento e de
    candidatos presidenciais, para que REVOGUE DECRETO que suspendeu
    garantias constitucionais e estabeleceu estado de sítio.

    Dentro destes princípios e ótica não é lícito nem prudente a
    postura do Governo Brasileiro com referência aos atos administrativos
    e ações internas de Governo estrangeiro.

    DO PEDIDO

    Isto posto, considerando que o Governo Brasileiro, possui
    inúmeros, quase incontáveis problemas internos sem solução e que se
    agravam diuturnamente COMPROMETENDO SUA ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVA
    FEDERAL E O PROPRIO SUCESSOR PRESIDENCIAL: (DIVERSAS REPRESENTAÇÕES E
    DENUNCIAS DE NEPOTISMO, CORRUPÇÃO, PECULATO, DESVIO DE VERBAS
    PÚBLICAS, SUPER FATURAMENTO DE OBRAS DO PAC, FALSIFICAÇÃO DE
    DOCUMENTOS PUBLICOS, ATOS SECRETOS, LEGISLAR EM CAUSA PROPRIA,
    FORMAÇÃO DE QUADRILHA, BANDO, ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, CRIME ORGANIZADO
    NO CONGRESSO BRASILEIRO, E VARIOS OUTROS CRIMES ENVOLVENDO O
    PARLAMENTO E ATÉ O EXECUTIVO FEDERAL, QUE INFRIGEM A CONSTITUIÇÃO
    FEDERAL, CÓDIGO CIVIL, CÓDIGO PENAL E CÓDIGO DE ÉTICA, CÓDIGO
    ELEITORAL ETC).

    * Considerando que no interior brasileiro existem milhares de
    famílias morrendo verdadeiramente de sede e fome;

    * Considerando que centenas de famílias no dia 12 de outubro, em
    SÃO PAULO – (DIA DAS CRIANÇAS) tiveram suas CASAS DEVASTADAS PELO
    FOGO, TOTALMENTE DESTRUIDAS COM TODOS OS SEUS PERTENCES, não é justo,
    não é sensato que o GOVERNO BRASILEIRO, O ERÁRIO PÚBLICO BRASILEIRO,
    patrocine, pague, banque, desperdice toda essa fortuna com esse
    conflito e DESPOTA REVOLUCIONÁRIO e sua COMITIVA que se encontram na
    Embaixada Brasileira, em STATUS AINDA NÃO POLITICAMENTE TIPICADO, com
    agravante de graves conseqüências jurídicas e políticas
    internacionais.

    Atente-se para o fato de que o conflito tende a se agravar e o
    Governo Brasileiro ainda não atentou para o fato de estar dando AZO a
    manifestação de ódio e atentado contra a vida e ou Administração
    Publica.

    Alem do agravante que devido a absoluta ausência de
    pronunciamento o Governo local pode se arvorar no direito de atentar
    contra a inviolabilidade da embaixada para resgatar e prender o
    PRESIDENTE TIRANO.

    Caso venha ocorrer fato com esta gravidade, o que
    inevitavelmente sucederá, com certeza, toda responsabilidade será e
    deverá ser atribuída ao Governo Brasileiro que assumirá o ônus de
    haver negligenciado e desconsiderado as reiteradas observações das
    comunidades internacionais e Hondurenhas.

    Diante da gravidade dos fatos e das presumíveis conseqüências
    políticas que tendem a esquentar, requer a imediata INSTAURAÇÃO DE
    PROCEDIMENTO PUBLICO INVESTIGATIVO PARA QUE O GOVERNO BRASILEIRO, POR
    SEU MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, CHANCELER MINISTRO CELSO
    AMORIM, declare o total do custo financeiro da permanência do SENHOR
    MANUEL ZELAYA e sua COMITIVA NAS DEPENDENCIAS DA EMBAIXADA BRASILEIRA
    E QUEM EFETIVAMENTE ESTÁ PATROCINANDO / PAGANDO / CUSTEANDO ESSA FARRA
    / FANFARRA, EM DETRIMENTO DE MILHARES DE BRASILEIROS MISERÁVEIS
    SEDENTOS E FAMINTOS.

    Faça cessar imediatamente esse custo com manutenção para
    estadia, alimentação com essa irregular e indesejável hospedagem.

    Termos em que

    Aguarda deferimento

    Tangua, 12 de outubro de 2009.

    ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA

    http://WWW.CRUZADAFORASARNEY.NING.COM

    http://WWW.ASPASCARD.BLOGSPOT.COM
    From: ANTONIO GILSON OLIVEIRA
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    ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA

  15. Senhores,

    este é um editorial que procura cooptar as mentes desavisadas…
    O senhor Murilo Ramos da revista Epoca, fez um esforço tremendo em agradar a gregos e troianos(sic- direita X esquerda) mas, é claro que no final ele tinha que barrelar e mostrar a que veio…

    Esse tipo de raciocinio(Postura) demostra a miopia de boa parcela da midia e “zelite´´ brasileira, que simplesmente por má fé, interesses mesquinhos(PESSOAL), ou pura e simples preguiça de raciocinar, pregam o apequenamento da NAÇÃO BRASILEIRA.

    ISSO É UMA VERGONHA!!!!!

    Saudação a todos.

  16. Salve Comandante Melk, concordo contigo, isso é uma agressão ao cidadão brasileiro,
    escandalosamente, bem no feitio tucano,- consistente com seu desprezo ao cidadão brasileiro – fruto de uma desesperada oposição, que não sabe o que fazer, face ao absoluto sucesso da atual administração pública federal, e a total incapacidade da chamada oposição de apresentar e/ou propor algo de bom ao povo brasileiro, sentindo que a mesma está fadada a uma massacrante derrota nas próximas eleições. Isso lembra o FHC, quando êle abre a bôca o Serra perde pontos nas pesquisas. Assim, estão cavando sua própria sepultura. Estão provando ser incompetente até para serem oposição, imaginem na governança do País???? A própria ONU e a OEA sempre estiveram do lado do Brasil e condenaram os golpistas de Honduras e este derrotado vem falar essas bobagens. Esses sem futuro vão ver a respostas do povo brasileiro nas urnas, podem espernearem à vontade!!!
    Sds. COMANDANTE MELK

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