História das Armas Aeronáuticas (1/8)

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Sugestão Konner

Texto: R. P. Machado

Suportes alemães para armas flexíveis em 1915

Mas para retornar à guerra aérea como ela existiu no verão de 1915, a Alemanha tinha no Fokker E.I o primeiro avião trator armado com metralhadora sincronizada para atirar para a frente, mas em tão pequeno número que seu efeito foi insignificante. O primeiro esforço nesse tempo foi o de armar seus aviões com rifles Mauser já que não tinham metralhadoras em quantidade suficiente.Em maio de 1915 começaram as primeiras entregas dos novos aviões da classe “C”. Eram biplanos tratores biplaces, no qual o observador estava armado com uma Parabellum na primeira montagem rotativa, desenhada pelo mesmo Schneider. Mais uma vez esse desenvolvimento que tremendamente aumentou a eficiência das amas apareceu cerca de um ano antes da montagem aliada semelhante – o anel “Scarff”. Tão rapidamente a produção o permitiu, os aviões alemães desarmados da classe “B” foram relegados a tarefas de treinamento.

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Biplace alemão com uma metralhadora Parabellum em montagem rotativa.

Em duas tentativas para anular a superioridade aliada, o único tipo de monomotor impulsor que os alemães usaram durante a guerra foi equipado com metralhadoras e denominado classe “C”. Também foi introduzida a nova classe de bimotores amados da classe “K” (Kampflugzeug). O Ago C-l, um avião de reconhecimento impulsor com duas estruturas da fuselagem até o leme, com o motor atrás da fuselagem entre as duas estruturas, e seus sucessores, foram usados em pequeno número até 1916. Os projetos bimotores, como o AEG K-I, foram originalmente construídos para bombardear a Inglaterra mas não tinham o raio de ação suficiente. Foram usados em 1915 como aviões de combate amados quando adaptados com uma metralhadora no nariz. Essa série depois foi re-designada bombardeiros da classe “G” (Grossflugzeug).

Em setembro, um desconhecido chamado Manfred Von Richthofen era observador num bimotor “K” baseado em Ostend na Bélgica, quando teve seu primeiro combate. Seu avião estava armado com um rifle e atacou sem resultado um Farman inglês com armamento semelhante.

Mais tarde nesse mesmo mês ele voou em outro “K” que tinha um suporte em cada lado da cabine para a única metralhadora flexível. Ele e seu piloto encontraram um Farman francês e o obrigaram a aterrar. Richthofen nunca foi creditado por essa vitória. Assim vemos que até fins de 1915 o amamento dos aviões de combate alemães não estava padronizado.

Suportes de armas ingleses em 1915

No lado aliado os aperfeiçoamentos demoravam a ser utilizados e essas demoras permitiram a ocorrência do “Flagelo dos Fokker” na primavera de 1916. Quando o Fokker E.II apareceu, os franceses e ingleses não possuíam um avião equivalente mas, por sorte, tinham diversos desenhos em desenvolvimento que poderiam ser adaptados para dar combate aos alemães. O único avião inglês desenhado desde o começo para receber uma metralhadora foi o Vickers FB-5 “Gunbus”, que foi encomendado em 1914 e começou a chegar à França em fevereiro de 1915.

Inicialmente o “Gunbus” foi atormentado por falhas no motor, que depois de resolvidas, tornou-o um dos poucos aparelhos aliados que podiam enfrentar o Fokker E.II. Contudo, como nunca foi disponível em grande número seu efeito foi pequeno. O “Gunbus” geralmente carregava a arma inglesa padrão do período – uma Lewis montada num anel móvel na proa com 4 pentes de 47 balas cada um.

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Vickers FB-5 “Gunbus”.

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Farman com metralhadora na proa.

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Sopwith Gunbus com uma Lewis com jaqueta na proa.

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Farman 30 russo, com uma montagem Duks para uma Lewis sem jaqueta e com resfriador aletado alongado. A montagem foi desenhada para privilegiar tiro ao solo.
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Avião impulsor inglês FE.2d com três metralhadoras. Uma fixa para o piloto e duas móveis para o observador.

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Posição do observador para se defender de ataque pelo quadrante traseiro.

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Texto: R. P. Machado

Fonte: Spmodelismo

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