Boeing propõe “seguro” de transferência tecnológica, diz Jobim

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Na reta final do processo de escolha dos caças que serão comprados para a Força Aérea Brasileira (FAB), a concorrente norte-americana Boeing ofereceu ao Brasil uma indenização em caso de problemas na transferência de tecnologia, disse nesta sexta-feira o ministro da Defesa, Nelson Jobim.Na avaliação do ministro, a proposta norte-americana de criar uma espécie de seguro é boa, porém cria uma certa insegurança sobre a possibilidade da Boeing de cumprir com sua promessa de transferir a tecnologia empregada na construção das aeronaves F-18 Super Hornet.

“O seguro seria um responsabilidade, uma penalização na hipótese de não haver transferência de tecnologia. Eles pagariam 5 por cento do valor da tecnologia não transferida”, disse Jobim a jornalistas no Rio.

“É interessante, mas por outro lado é um demonstração de que a própria Boeing não tem segurança de que o governo americano possa transferir, porque o governo americano tem várias agências e é o Congresso que decide sobre isso. O Congresso lá é muito forte”, acrescentou.

O ministro disse que está analisando a proposta enviada por carta ao Ministério da Defesa pela Boeing.

A transferência da tecnologia usada na fabricação dos aviões é uma das principais condições impostas pelo governo brasileiro para a escolha dos novas aeronaves de combate que serão compradas para a FAB. Além da Boeing, concorrem a francesa Dassalut e a sueca Saab.

Segundo o ministro, as empresas estão aperfeiçoando suas propostas nessa fase final de escolha dos caças.

“Os Rafale (da França) trabalham numa redução de preços, os EUA trabalham na mudança na postura na transferência de tecnologia. A própria Boeing propôs a construção de partes sensíveis do avião no Brasil e parte nos Estados Unidos”, disse.

Ao ser questionado se a secretaria de Estado norte-americana, Hillary Clinton, teria feito alguma pressão a favor da Boeing durante visita a Brasília na quarta-feira, Jobim disse que “todos os envolvidos estão pedindo”.

O ministro reiterou que pretende levar ainda esse mês ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma análise sobre a melhor proposta dos caças e que caberá ao presidente levar a escolha ao Conselho Nacional de Defesa antes de bater o martelo.

A Dassault fabricante do Rafale é vista como favorita após declarações do presidente Lula e do próprio Jobim indicando a preferência pela França.

Nenhuma das três proponentes divulgou informações financeiras das propostas passadas ao governo brasileiro, em um contrato estimado em bilhões de dólares.

O preço é apontado como grande obstáculo para que o país ainda não tenha anunciado a vitória do Rafale na disputa. O avião francês seria o mais caro, de acordo com especialistas.

Lula já garantiu que a decisão final do governo levará em conta critérios políticos, e a França tem com o Brasil uma aliança estratégica que já resultou na compra de helicópteros militares e submarinos por Brasília.

Sugestão: Gérsio Mutti

Fonte: Hangar do Vinna

16 Comentários

  1. rsrsrs indenização em caso de nao transferencia d etecnologia? essa indenização é pa os bolsos do jobin e do lulinha ? so pode ser brincadeira k indenizaçao e essa que ia cobrir a compra dos hornet? essa indenização compensa ao estado brasileiro ou aos yanquis? essa indenização vai compensar que o brasil nao desenvolva tecnoligia? sr jobin “Eles pagariam 5 por cento do valor da tecnologia não transferida” e o sr diz que é interessante?

  2. Me pergunto como é possível a Boeing ainda não ter sido capaz de compreender o óbvio: que o governo brasileiro não irá comprar o F-18 nem que fosse entregue de graça.

    A concorrência é apenas para “inglês ver”.

  3. O GF já disse que sem TT não tem negócio, acho que esse tiro saiu pela culatra, se Boeing tinha alguma chance acabou aqui.
    Ele também diz que a França está trabalhando para baixar o preço do Rafale, também não acredito que isso chegue onde queríamos e quanto ao Grippen ninguém sabe qual será seu custo final qualquer valor será mera especulação assim como no desenvolvimento do Rafale a França esperava gastar muito bem do que foi necessário para concluir o projeto
    Sábia é a China que compra licença para construir aeronave da Russia e depois copia e constroe os seus foi assim com os migs e sukoi.
    Não que eu esteja estimulando a pirataria mas só assim conseguiremos algo nosso mais rapido senão podem colocar um século para ter tec. para os caças verde e amarelo

    Abraços.

    • Salve Leandro, Pirataria? é um nome muito feio, deixa esta para os inglêses, nome feio, os francêses mesmo os chamam de Corsários( é até mais chique).
      mas entedi a sua proposta, o senhor sugere que a reprodução de Genéricos, não é isso??? 🙂
      Grande abraço
      E.M.Pinto

  4. Se eles quisessem realmente fazer um bom negocio, deveria ter-nos oferecido mais, naum digo só na transferência tecnologia, mais principalmente no pacote de armas e também poderiam ter baixado mais o preço da oferta.

  5. Realmente muito feio mesmo o termo E.M.Pinto rsrs,é mais ou menos isso mesmo rsrsr e como dizia Lavoisier nada se cria tudo se transforma rsrsrse e que o grande Abelardo Barbosa(chacrinha) abrasileirou em nada se cria tudo se copia

    Grande abraço

  6. Com certeza, outra proposta indecente, realmente acham que os brasileiros não prestam mesmo, não tem o mínimo de respeito por nosso povo. Vai abraçar essa Jobim????Mostre quem você realmente é!!!! Além de ser outra outra armadilha, claramente é outro outro engôdo ianque!!!

  7. Se eles realmente vão transferir a tecnologia porque não propõem um seguro de 100% do valor da tecnologia? Se eles transferirem não vão pagar nada.

    Um seguro de 5% não garante nada.

  8. Não da para entender essa proposta da Boing, multa faz parte de qualquer contrato quando uma das partes quebra alguma regra do acordo. O valor é alto, 5%, mas não vejo lógica alguma nisso.
    Fazer junto, como propõe a SAAB, é muito melhor do que comprar feito como querem os outros concorrentes.

  9. Volto a frisar que alguns integrantes da Boeing devem achar nós brasileiros, como pessoas com um nível de instrução baixíssimo ou popularmente “burros’ mesmo, pois assim fica facil, caso não se transfira a tecnologia paga-se a multa contratual e tudo continua bem,imaginem a seguinte realidade, o Brasil decide por caças F-18, no entando na hora da TT os americanos veem as tecnologias requeridas por nós, decidem qual eles vão liberar, e as que não vão, como a tecnologia de motores,radar,armamento, eles pagam a multa e nós ficamos de mãos atadas, pois esta em um contrado, onde ambas as partes estão de acordo.

    A Boeing como sendo legítima empresa americana não aceita uma derrota,o que já era para eles terem entendido e “tirarem o cavalinho da chuva”.

    E segue a novela FX-2, como disse nosso prezado amigo Francoorp, “Nada de novo no Fronte do FX total…ZZZZZZ!!”

    Abraço.

  10. Pelo amor de Deus!?!?!

    5% do valor da tecnologia não transferida…

    Pergunta, como eles vão mensurar esse valor (da tecnologia não transferida) para daí tirarmos os 5%?

    E concordo com o Lecen!
    Salve amigo!
    Mas não em tudo…

    A Boeing não pegou que ela não leva essa nem botando uma coleção de coelhinhas da playboy no colo de uma galera aqui no Brasil,
    Mas…
    A concorrência teve seu sentido, só que essa demora fez ele se perder a pelo menos uns 6 meses (e isso sendo otimista).

  11. Eles pegam esses 5% fazem um tubinho e …..
    Aqui tem um bando de entreguistas (uma parte de nossa “elite”) loucos para vender o país e virar cidadãos do mundo (europeus ou americanos).
    Agora! Uma proposta dessas…. É nos chamar de idiotas!
    Este caça nem dado, pode ter uma surpresa quando levantar vôo!

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