Nota do Editor
Há uma polêmica gerada sobre a posição do governo Brasileiro referentemente ao Irã.
Transcrevemos as palavras do Presidente da República para o Último Segundo, na altura da visita da Secretária de estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.
Ao meu ver as palavras do presidente indicam claramente a posição do Brasil perante a polêmica, o Brasil apoia o direito do Iran perante o uso pacífico da energia Nuclear, porém fica claro que o Brasil é constitucionalmente contrário à outras pretenções como o do desenvolvimento de artefatos nucleares para fins bélicos.
Há muitas alegações e acusações de que o Brasil estaria acobertando as pretenções do Iran de construir a sua Bomba atômica, o que é uma inverdade e ainda calúnia uma vez que isto não existe, a posição do Itamaraty perante o caso é o de estabelecer um canal de negociações pois segundo o Itamaraty o isolamento não terá o resultado esperado.
Críticos das medidas de sanções alegam que estas práticas foram tomadas no passado para países como India e Coreia do Norte e o resultado foi que ambos países contrariam as espectativas desenvolvendo seus artefatos nucleares, e que segundo alguns seria o mesmo destino do Iran, caso ficasse evidente uma tentiva de agressão ao estado persa.
O isolamento só agravaria a situação acelerando o programa sobre a justificativa da garantia de integridade perante um eminente ataque por nações estrangeiras, este argumento tem sido usado pela Coréia do Norte por exemplo que justifica o seu programa militar nuclear ao fato de que sem seu arsenal atômico o seu país já teria sido alvo de um ataque estrangeiro.
A posição da diplomacia brasileria caminha neste sentido, de tentar negociar com Iran e convecer os seus lideres de que não haveria esta ameaça (caso todas as partes chegassem `a um acordo) e que assim o uso pacífico da energia atômica estaria resguadado, é difícil no entanto saber as reais intenções dos lideres iranianos.
Destaco ainda a posição do presidente sobre as condições para o Iran obter o apoio do Brasil, segundo o Presidente se o Iran não concordar com os fins pacíficos, não terá o apoio do Brasil. Não se pode colocar toda a farinha na farofa e misturar os fatos, a posição do Brasil é clara e abertamente conhecida e reconhecida pelas autoridades dos Estados Unidos e demais países, o que se está tentando é trazer novamente as negociações e demonstrar segurança de que elas serão cumpridas.
E.M.Pinto
Segue transcrição do Vídeo
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Não é prudente encostar o Iran na parede!!! O que é prudente é estabelecer negociações.
Eu já disse publicamente, Eu quero para o Iran o mesmo que eu quero para o Brasil, utilizar o desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos, se o Iran tiver concordância com isso, o Iran terá o apoio do Brasil, se o Iran quiser ir além disso, o Iran irá contra aquilo que está previsto na constituição Brasileira, e portanto, Nós não podemos concordar.”
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