Sobre as declarações do Presidente relativamente ao apoio ao Irã

Nota do Editor

Há uma polêmica gerada sobre a posição do governo Brasileiro referentemente ao Irã.

Transcrevemos as palavras do Presidente da República para o Último Segundo, na altura da visita da Secretária de estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.

Ao meu ver as palavras do presidente indicam claramente a posição do Brasil  perante a polêmica, o Brasil apoia o direito do Iran perante o uso pacífico da energia Nuclear, porém fica claro que o Brasil é constitucionalmente contrário à outras pretenções como o do desenvolvimento de artefatos nucleares para fins bélicos.

Há muitas alegações e acusações de que o Brasil estaria acobertando as pretenções do Iran de construir a sua Bomba atômica, o que é uma inverdade e ainda calúnia uma vez que isto não existe, a posição do Itamaraty perante o caso é o de estabelecer um canal de negociações pois segundo o Itamaraty o isolamento não terá o resultado esperado.

Críticos das medidas de sanções alegam que estas práticas foram tomadas no passado para países como India e Coreia do Norte e o resultado foi que ambos países contrariam as espectativas desenvolvendo seus artefatos nucleares, e que segundo alguns seria o mesmo destino do Iran, caso ficasse evidente uma tentiva de agressão ao estado persa.

O isolamento só agravaria a situação acelerando o programa sobre a justificativa da garantia de integridade perante um eminente ataque por nações estrangeiras, este argumento tem sido usado pela Coréia do Norte por exemplo que justifica o seu programa militar nuclear ao fato de que sem seu arsenal atômico o seu país já teria sido alvo de um ataque estrangeiro.

A posição da diplomacia brasileria caminha neste sentido, de tentar negociar com Iran e convecer os seus lideres de que não haveria esta ameaça (caso todas as partes chegassem `a um acordo) e que assim o uso pacífico da energia atômica estaria resguadado, é difícil no entanto saber as reais intenções dos lideres iranianos.

Destaco ainda a posição do presidente sobre as condições para o Iran obter o apoio do Brasil, segundo o Presidente se o Iran não concordar com os fins pacíficos, não terá o apoio do Brasil. Não se pode colocar toda a farinha na farofa e misturar os fatos, a posição do Brasil é clara e abertamente conhecida e reconhecida pelas autoridades dos Estados Unidos e demais países, o que se está tentando é trazer novamente as negociações e demonstrar segurança de que elas serão cumpridas.

E.M.Pinto

Segue transcrição do Vídeo

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Não é prudente encostar o Iran na parede!!! O que é prudente é estabelecer negociações.

Eu já disse publicamente,  Eu quero para o Iran o mesmo que eu quero para o Brasil, utilizar o desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos, se o Iran tiver concordância com isso, o Iran terá o apoio do Brasil, se o Iran quiser ir além disso, o Iran irá contra aquilo  que está previsto na constituição Brasileira, e portanto,  Nós não podemos concordar.”

54 Comentários

  1. Tudo parece muito bonito… Quando se esquece que estão confiando em fundamentalistas!!!

    Essas pessoas não pensam, são mesquinhas e violentas, mudarão as regras dos acordos conforme seus interesses,,,

    Muita ingenuidade do lula achar que da para confiar nesses bandidos…To dizendo querem aparecer… A questão não é apoiar ou não os EUA, mas sim, não apoiar aquele terrorista do iran,,,

    Quem morrer verá… Haja dinheiro para pagar a gasolina depois q o iran tiver a bomba… tudo culpa do lula…

  2. A posição oficial do país é boa, muito boa…
    Devemos nos lembrar que o Irã é um mercado consumidor, que mesmo que pequeno, pode se desenvolver e pode (como deve) ser alvo daquilo que podemos exportar (de sapato à avião).

    O problema maior para mim é o fato de nossa diplomacia vir dando exemplos claros de não saber quando parar. Como o caso de Honduras, onde a “batalha” foi perdida e o Brasil não largou o osso, buscando uma solução que não só não conseguiu, como se perdeu em meio a confusão e ainda saiu da situação com clara imagem de “trapalhada”.

    Agora no Irã, não saber onde parar pode ser muito mais complexo do que uma simples “trapalhada”

  3. Pinto, você está cometendo o mesmo erro que o presidente. Que o Lula jamais deve ter lido a Constituição não me surpreende, mas acho que você não deveria respaldar a ignorância e incompetência de Lula.

    O Brasil é obrigado pela letra da Constituição a utilizar a energia atômica unicamente para fins pacíficos. Por razões óbvias, a nossa Constituição não pode obrigar outros países a fazer o mesmo. Também não há nada escrito nela que diga que o Brasil deve apoiar ou não outros países se tiverem objetivos pacíficos em relação a energia atômica.

    O comentário foi mais uma burrada do Lula, que é preguiçoso e orgulha-se de ser ignorante, mas ao mesmo tempo é autoritário e ambicioso. Fez a menção a Constituição por que provavelmente achou que iria “soar bonito”.

    Em suma, a Constituição não tem nada a ver com essa situação toda.

    É como muitos estrangeiros já falam há algum tempo: o Brasil deve decidir de que lado está. Até o momento o Brasil é defensor e aliado INCONDICIONAL de Cuba, Venezuela e Irã, três países ditatoriais que financiam grupos armados em outros países. Ao mesmo tempo que é forte crítico e sempre, repito, sempre, se coloca contra os EUA e a União Européia, que é formada por países democráticos.

    Volto a repetir: falta um Honório Hermeto Carneiro Leão em nossa política interna, um José Maria da Silva Paranhos na política externa e um Duque de Caxias no comando das Forças Armadas.

    Mas infelizmente para se ter uma trindade tão espetacular só é possível num país que tenha um Chefe de Estado a altura, e Lula não é Dom Pedro II, com todaa certeza.

    • Lecen, não estou respaldando o discurso do presidente, nem tão pouco colaborando com posição político ideológica dele.
      para mim quando ele acita a constituição ele refere-se ao Brasil e não à outras nações, quer dizer que pela nossa constituição não podemos ter armas nucleares e que por esta razão não faz sentido um país como o nosso apoiar quem as queria.
      isto serve para qualquer um, aliás tem sido este o discurso do Itamaraty.
      Não estou aqui para discutir se gostas ou não do Presidente nem se eu gosto ou não dele,s e el faz certo ou errado isto ou aquilo.
      Lembro também que este presidente está no fim do seu mandato e que discussões a cerca do tema estão empauta desde a criação do TNP e que não são da cabeça destas autoiridades
      Quando digo que põe toda a farinha na mesma farofa é fazer exatamente o que estás fazendo, o terremoto do chile é culpa do governo que apóia o chavez que por sua vez disse que os Eua tem uma bomba que provoca terremoto e é amigo do irã, conclusão o Lula e o seu governo querem o fim do mundo e caminham para ele.
      As negociações com o Iran foram sugeridas pelo próprio Obama ao Lula na Cúpula do G20 ( s enão estou enganado) eles julgam que o Brasil possa colaborar, entretanto o Brasil tem seu ponto de vista tal como tinha na altura da primeira e segunda guerra do golfo (recorda-se) ñem era o atual presidente mas a posição do Brasil foi ser contra os conflitos e isto não foi obra do atual governo, você condenaria esta posição? o Brasil estaria ao lado do Sadan por se opor?.
      Como disse o Lula pra mim é um governante que chegou ao fim do seu mandato e seu governo não é prepétuo, o Itamaraty sim, continua e esta política do Itamaraty não é nova, e nem é obra do atual governo, assim como não será para o próximo.
      A raiva pela opinião política seja ela qual for não pode ser tomar lugar da razão, temos que saber diferenciar as coisas.
      Outro dia ouvi por aqui mas nem quiz comentar, de que o atual governo quer levar o Brasil ao fundo junto com a Argentina na questão da smalvinas, pois bem, mais uam desinformação, a UNB tem um núcleo de estudos sobre a questão malvinas que antecede a década de noventa, obra deste governo? as alternativas e ações já são pensadas à muito tempo em muitos foros e não é propriedade desta ou daquela cabeça, pensar que é só da cabeça do governante que vem as idéias é algo simplista e ainda um tiro no pé poruqe ai tem que se considerar os feitos positivos, e para um sujeito esculachado por ser “analfabeto” despreparado seria um feito em tanto não acha?
      O governo tanto este como os outros, são pessoas e não pessoa, mentalidades dominantes e não centradas, as ditaduras é que são centradas, e graças a deus não as temos por aqui à tempos e spero não ter nunca mais.
      Agora se queres minha opinião sobre o Iran concordo com o que diz o Luiz, o problema é saber até o que e onde o Itamaraty estara disposto a ir, pois esta questão, até porque isto não se encerra neste governo podes anotar.
      Quanto ao que os estrangeiros falam ou não, temos que ter nossa opinião e ela tem que ser respeitada, até por que veja o ponto chave, se formos dar ouvidos a eles não andamos de carros para não poluir o ar enquanto a europa continua sendo a maior exportadora de carros, por exemplo, os países detentores d ebombas atômicas e que não abrem mão delas dizendo que não se deve as ter, (faça o que eu mando mas não faça o que eu faço).
      Eu não chamo isto de razoabilidade, eles que façam antes de cobrar, opehaghen?
      sabes que eu vivo na europa, e daqui o que se vê, é o Brasil cortando arvores para plantar soja, razão do fim do mundo, mas nenhum europeu quer ir a pé 100m de sua casa sem usar o seu carro que além de poluir o ar foemnta a guerra do petróleo, sanguinária da qual eles são contra.
      portanto, temos que ter nossa posição sim, memso que ela seja contra a do resto do mundo, o que chamo a questão é se ela está correta e se realmente vale a pena, infelizmente não é isto que vejo as pessoas discutindo.
      Quanto ao governo, não se preocupe, é o fim do mandato, não preocupo com o passado nem com o presente, me preocupo com o futuro este é único que pode ser mudado.
      Grande abraço
      E.M.Pinto

  4. Lecen:

    Discordo de ti, os nossos principios são aqueles descritos na Constituição, nós apoiamos programas de países que se alinham oficialmenteaos mesmos principios, e presidente tem razão em dizer que na nossaconstituição isso não é contemplado então não pode ser apoiado pelo Brasil…tá confundindo as coisas Lecen, ou tentando confundir? HEHE

    Pra mim a nossa posição deveria ser muito mais agressiva, jogando na cara de todos a nossa saída definitiva do tratado de não proliferação nuclear, e começando depois do prazo de 6 meses estabilido no tratado, a pesquisa e produção de armas de destruição em massa. Eles tem , nós também!!

    Toda essa lenga lenga com o Irã é somente por eles não terem a bomba, pois se tivessem seria como com a Coréia do Norte, com muita paciência e tolerância.

    Deixamos o Irã ter esta posição, que virou também a nossa posição, porque amanhã poderemos ser nós no lugara deles, então devemos protestar desde já!!!

    Bomba H Hoje , amanhã já é tarde pra nós!!!

    Valeu, e ótimo trabalho presidente!!

  5. Lecen:

    tinha esquecido;

    São os Yakees a financiar o maior número de grupos armados em outros países do mundo, esqueçeu??

    E são eles mesmo os paísesdemocraticos os melhores amigos dasditaduras, como a Arabia Saudita(USA), Libia(Itália-Espanha),Africa negra em geral(U.E.), a América Latina de outrora com as ditaduras violentas e massacrantes… como brasiliero deverias ter citado isso, mas esqueceu de novo!!

    Bem, quantos aos grandes da história nacional, Lula é melhor que eles todos juntos!!HEHEHE!!

  6. Há bem pouco tempo os EUA acusavam o Brasil de construir a fábrica de enriquecimento de urânio em Rezende para a fabricação de armas nucleares. Quando digo EUA, quero dizer a sociedade americana, ou indivíduos desta sociedade.

    O mesmo fizeram com o Iraque para justificar sua invasão.

    Por ao defender o direito do Irã de ter seu programa nuclear o Brasil ao mesmo tempo defende seus direitos de acesso a tecnologia e dá um recado aos EUA que a política de criar inverdades sobre o assunto crias estas consequências.

    É até possível que o Irã queira criar armas nucleares, mas o passado dos EUA condena suas ações para angariar apoio contra isto.

    Em relação a citação da constituição como pretexto para apoiar o desenvolvimento pacífico da energia nuclear e contra seu uso como explosivo me parece mais uma força de expressão.

    Isto é completamente descabido quando lembramos que o Brasil, uma democracia, apóia ditaduras com Cuba, Venezuela, etc. Se a constituição servisse de parâmetros para relacionamento com outros países, teríamos que cortar relações com metade dos países do mundo.

  7. Franco, evite utilizar “he he” ou “kkkk” em suas mensagens. Isso pode ser divertido em salas de bate-papo, mas em discussões sérias você dificilmente será levado a sério. Por quê? Ora, porque você está claramente se valendo de deboche para firmar o seu ponto de vista e isto revela fraqueza ou falta de confiança em sua argumentação, ou ainda pior: uma tentativa de de dissimular ignorância em relação ao assunto.

    Os princípios que estão estabelecidos na Constituição brasileira de 1988 podem ser encontrados no Título que vai do primeiro artigo até o quarto. Lá você não encontrará nada relativo a energia nuclear, mas dentre várias enumeradas, existe há “não-intervenção”. Adoro lembrar deste princípio, pois me faz lembrar do episódio Honduras e da vergonhosa participação e envolvimento do Brasil na política interna de um país estrangeiro.

    Se você tivesse lido a Constituição saberia, mas como sei que nunca a leu, não perderei o meu tempo discutindo o restante.

    Um país com uma política externa agressiva resulta imediatamente como consequência em isolamento internacional. Por que você acha que a Alemanha Nazista teve que encarar uma aliança gigantesca ou mesmo paracitar um exemplo mais recente a invasão do Iraque pelos EUA em 2003.

    Tente ler um pouco mais sobre o assunto antes de falar uma temeridade dessa, ok?

    O mesmo vale para a sua fantástica e brilhante idéia de renunciar a um tratado assinado internacionalmente pelo Brasil para construir uma arma atômica! Por que nunca ninguém pensou nisto antes?

    Digamos que você faz um negócio com contrato assinado e tudo o mais com uma outra pessoa onde esta lhe promete entregar todo mês um saco de arroz em troca de X reais por 10 anos. Após 2 anos e 3 meses a outra pessoa simplesmente se recusa a manter o acordo e deixa de entregar o saco como combinado. Me diga, Franco, você acredita que alguém iria confiar nesta pessoa para realizar algum acordo depois desse ato desonesto? Se existe um gigantesco investimento no Brasil hoje é por que os sucessivos governos desde 1992 foram capazes de honrar com seus compromissos. É por esta mesma razão que a Argentina que deu um calote em 2001 está até hoje com uma péssima situação econômica.

    Ora, se o Brasil denunciar o tratado e pular fora do acordo, quem irá confiar em nosso país?

    Pense antes, por favor.

    Quanto a Coréia do Norte, vale lembrar que é um país extremamente atrasado, onde as pessoas morem de fome, com uma economia a beira do colapso, mantida por um ditador excêntrico que gosta de sequestrar cidadãos japoneses vez ou outra para que estes o ajudem a produzir filmes. Não é a toa que a Coréia do Norte é uma pária internacionalmente e a Coréia do Sul, democrática, liberal e desenvolvida, é uma grande poder.

    Não sabia que os Estados Unidos financiam grupos armados no exterior. Você pode me citar algum que esteja sendo financiado neste exato momento? Ou você ouviu isso do seu professor de história e achou que era uma verdade incontestável?

    Você falar que o Lula é melhor que todas as demais figuras históricas de nosso país revela miopia política ou profunda ignorância histórica. Ou talvez ambos.

    Mas não esperava menos de um petista.

  8. Pinto, o que você falha em perceber é que o problema não é discordar de outros países, como os EUA. O problema é discordar sempre de democracias estáveis que garantem os direitos humanos a favor de ditaduras atrozes.

    Esse é o X da questão.

    Muitos brasileiros ficam empolgados em verem o governo brasileiro falando “não” para os EUA como se isso fosse lágrande coisa. Mas esquecem que falam não para proteger ditaduras que há muito deveriam ter caido.

    O governo brasileiro praticamente enlouqueceu exigindo a restituição do Zelaya, que foi legalmente deposto (mas ilegalmente expulso do país), inclusive exigindo bloqueio econômico e incentivando uma guerra civil num pequeno país que estava tentando justamente impedir a criação de uma ditadura em seu próprio território e também que estava tentando livrar-se da influência estrangeira (lê-se: Chavez) em sua política interna.

    Agora quanto a Cuba, um país que há 50 anos é governado a mão de ferro por dois irmãos e que já resultou na morte de 150 mil cubanos o discurso é outro! Não só exigem o retorno de Cuba a OEA mas também o fim do bloqueio econômico. Lula abraça o ditador cubano ao mesmo tempo em que critica um pobre coitado que morreu de greve de fome cujo único crime foi lutar… pela liberdade.

    Agora eu faço a pergunta que muitos estrangeiros têm feito ao Brasil: de que lado você está?

    • Salve Lecen de traz para frente a minha resposta é, Do lado do Brasil e de mais ninguém. Por esta razão acho que a atitude de dizer-se oq ue s epensa é correta.
      Isto não significa que não ache que as autoridades brasileiras comentem erros como para o foi no mais recente caso de Cuba o qual gostaria d ever o governo Brasileiro questionar ( ao menos isto) o tratamento dado aos prisioneiros políticos principalmente após o s incidentes da comissão da verdade aqui dentro do nosso quintal.
      sim está errado e não defendo isto, porém não acho que o Brasil esteja de acordo com as arbitrariedades nos países supra citados, simplesmente o governo não quer se meter em assuntos internos, embora como já disse, deveria ao menos se pronunciar.
      Outro fator que deve ser considerado é o fato de que as relações internacionais não são este ou tudo ou nada que achamos, os termos são complexos, tão complexos que por exemplo o Pakistão jamais poderia receber apoio dos aliados uam vez que seu governo é ditatorial e torturador tal como estamos analisando aqui, então, não deveria ser pago com a mesma moeda? também não vejo o Itamaraty se pronunciando a cerca do problema do Pakistão e ninguém reclama disso.
      Para mim a melhor análise deve ser feita de caso para caso, mas confesso que sou amador nisso e as vezes a posição não clara, há muitos interesses envolvidos como no caso do Pakistão que “compensa” para muitos.
      O que acho é que não devemos confundir a nossa política interna a politicagem, ou pelo menos aquilo que se vê ouve e sente pela mídia com as relações externas, são coisas destoantes em todos os países e não há exceção.
      Há erros claros e problemas de ordem técnica em muitos setores das nossas autoridades e não estou acobertando isto, apenas voltando ao motivo de toda esta nossa discussão, a transcrição da fala do Presidente, repare que ele diz que no caso do Iran não concordar com os precitos básicos do uso pacífico da energia nuclear, eles não terão o apoio do Brasil, isto é uma afirmação contundente de que, não apoiamos esta idéia.
      Resta saber o que pensam os Brasileiros, de que lado estão pois defender o que imposições sejam elas de onde venham nã me parece ser defender o Brasil, temos condição de mostrar o que pensamos e de não concordar com muitas coisas inclusive de criarmos o nosso próprio futuro.
      Venezuela, Colômbia, Honduras, Cuba, Pakistão? é problema de seus cidadãos, aliás estão lá com seus problemas justamente por deixarem se envolver por ideologias externas sendo contra ou a favor, e não cabe a mim julgar, posso falar sobre o Brasil, do qual tenho direito e achoq ue há muitas coisas erradas, mas também só teremos esta visão quando tivermos caminhado pelos próprios pés, esta é a minha visão…
      ABs
      E.M.Pinto

  9. Bem, a pergunta não foi feita a mim, mas eu vou responder por mim: eu estou do lado dos interesses do Brasil.

    Se o Brasil tem interesses econômicos (e tem) no Irã e na região toda do Golfo, é muito superficial, para não dizer simplório, achar que o Brasil deveria abrir mão disso por causa dos EUA e dos interesses dos EUA na região.

    A questão nuclear não é, nem para o Brasil e nem muito menos para os EUA, o ponto chave da problema. Esse é o discurso apenas. É a fumaça, e nada mais.

    Quem coloca a questão em termos binários (do tipo: de que lado vc está?) comete um erro de antemão: achar que exista ou deva existir um mundo dividido entre o bem e o mal.

    O Brasil tem que cuidar de seus interesses, e quanto mais o Brasil crescer, mais relações multilaterias terá que adotar. O que eu vejo com muito bons olhos, diga-se.

    Quem pensa o mundo ideologicamente dividido entre o bem e o mal, hoje em dia, vai a falência.

    manter relações apenas e tão somente com “democracias estáveis” (seja lá o que for isso) é bonito na retórica. Na prática isso não quer dizer nada.

    Quando os interesses de Estado se sobrepõe ao discurso ideológico (e isso acontece em 100% dos casos) as relações 9econômicas, políticas, geopolíticas etc.) ocorrem independente de qualquer coisa. Não fosse assim, os EUA (paladinos da democracia liberal mundial) não estariam mantendo relações carnais com a China (hoje os EUA são os maiores parceiros da China) e nem daria suporte para regimes autocráticos, como a Arábia Saudita (ou aquela petromonarquia autoritária é um baluarte da democracia liberal?).

    Então, para resumir, estou do lado do Brasil e acho que o Brasil está agindo muito bem no caso do Irã, ao dizer: apóio a energia nuclear para fins pacíficos e nada mais. Não precisa trasnformar o Irã em demônio (que ele não é e nem nunca foi e nem nunca será), para tentar mediar este problema. Confio muito mais no Brasil (Itamaraty) como mediador deste impasse, que nos EUA.

    abraços a todos

  10. E. M. Pinto,

    postei meu comentário acima sem ler o que vc tinha escrito.

    mas parece que estamos antenados: estamos do lado do Brasil, idenpendente de qualquer outra coisa.

    abração

  11. Lecen:

    Primeiro eu sou sarcástico o quanto quiser, não preciso de sua autorização!

    Segundo a Constituição eu a conheço praticamene toda, incluso emendas, e não só ela, conheço também varios códigos nacionais, e sou concorde contigo no afirmar que nos Principios Fundamentais(Clausulas Petreas) esta disposto no Art.4° – IV= não intervenção, e que esta é de ambigua interpretação!

    Terceiro o Brasil não possui uma politica externa agressiva, pois não invade militarmente terra alguma, e ainda não mata por efeito colateral dos próprios armamentos mulheres e criânças, ao contrario dos Yankees, mas isso não quer dizer que politicamente não podemos agir de forma temerária, como no Golpe de Honduras!!!

    Quarto ponto, te vejo confuso sobre as armas nucleares e a econômia, pois o teu exemplo de ser honesto com o pagamento de dividas externas, citou o caso da Argentina, e ser confiável para o mundo possuindo bombas atômicas… são duas coisas distintas, e pouco complementares.

    Não somente ditaduras como a Coréia e a China possuem estas armas, o USA que já utilizou elas por duas vezes, tem bomba a Urânio, a Plutônio, a Hidrogênio, a Neutrons e é confiável, os Franceses também, idem para a Grã-Bretanha, Israel, Índia…e nós não??? Não seríamos confiaveis armados de Nuke, somos uma democracia também, todos confiariam se saírmos fora?? Não querem novos associados neste clube atômico, pois quem não tem estas armas, deverá em breve, ser relegado ao servir e obedeçer em eterno os donos do mundo, assinar este tratado foi um ato de Traição do FHC, vai entender o por quê!!!

    Sobre a traição do FHC, Para ver sobre algumas partes legais sobre leis e penas de defesa nacional, sugiro um tópico deste site mesmo, no qual os esponho pessoalmente, no coméntario n°11:

    http://pbrasil.wordpress.com/2010/02/24/ministros-dos-eua-e-brasil-discutem-avioes-de-caca-e-confianca/

    Quinto ponto, Os USA financiam gurpos armados no mundo todo, certo não tenho provas, mas o senhor também não tem provas sobre financiamentos de outros países a outros grupos, nem o governo da Colômbia consegue provar isso na ONU, o senhor vai provar isso pra mim?? Fica assim então eu não acredito no que o senhor diz, e o senhor não crê em mim. De boa mesmo!!

    Sesto ponto, Não sou filiado em nenhum partido, associação ou afins politicos, nem votei nos ultímos 11 anos por estar no exterior, e não vou votar na Dilma, tenho outras preferências mais radicais de esquerda, os verdes que querem derrubar tudo e fazer de novo de forma “ecológica”, sempre que em uma democracia eu possa ter esta preferência, me diga o senhor se posso tá!!

    Setímo ponto, quanto aos nosso grandes personagens Históricos, eu hoje é que ensino meu filho de 17 anos sobre quem foram e o que sonhavam naquele tempo!!

    De boa mesmo, quando se é jovem temos muita energia e disposição, o que acreditamos é a verdade universal, mas crescendo verás que a verdade é relativa a cada um. Não acredite em TV, revistas e jornais, é tudo um puxa farinha infinito.

    Valeu!!

  12. Vou ser rápido na minha opinião,O Lula ta certo e eu nem votei nele e nem votaria,não por discordar dos EUA pura e simplismente não é isso,mas só não vê quem não quer,o Irã está sendo rotulado pelo Eua como novo vilão do mundo de uma forma intensa e covarde,e estão sendo tão bons nisso que vão acabar convecendo até o próprio Irã disso!

  13. Eu não exigi em momento algum para que você me peça autorização. Apenas avisei que mensagens irônicas ou sarcásticas em discussões sérias acabam sendo ignoradas ou não levadas a sério.

    Hornet, peço desculpas, mas o Brasil praticamente não tem uma balança comercial com o Irã digna de tamanha defesa dos interesses iranianos. Aliás, a não ser por ideologia, não existe sequer uma razão histórica para essa alainça com a ditadura extremista.

    Se for pensar apenas em termos econômicos, então seria melhor o Brasil ficar do lado dos EUA, o nosso maior parceiro econômico.

    Essa visão míope não irá ajudá-lo em sua argumentação.

  14. Lecen,

    meu caro, não se trata de balança comercial apenas, mas sim interesse econômico na região como um todo. Vc não precisa ter negócios muito grandes (embora eu não sei qual o montante comercial do Brasil com a região, não sei te dizer se é pouco ou muito, só estou partindo do seu comentário a respeito disso…mas posso procurar saber melhor depois…enfim…) com o Irã, para que o mundo árabe seja importante. Ele é importante de qualquer modo, pois está no entroncamento comercial do mundo – divide o Ocidente do Oriente, para não falar no petróleo. Nesse sentido, acho fundamental que o Brasil marque sua presença naquela região, e defende nossos interesses e não se abaixe para os interesses de outros. Aquela região é importante para o Brasil, e isso basta.

    o Brasil pode e deve negociar tanto com Israel quanto com o mundo árabe. Se o Brasil se autolimitar por mero devaneio ideológico, será burrice. Mas felizmente o Brasil não está fazendo isso.

    Quando vc coloca, novamente de forma equivocada na minha avaliação, que o Brasil deveria ficar do lado dos EUA, vc está dividindo o mundo em bons e maus de novo. O Basil negocia com os EUA do mesmo modo que negocia com a China ou com a França. Uma coisa não impede a outra e os EUA fazem a mesma coisa, portanto, sabem muito bem que não tem como impedir o Brasil de fazer o mesmo e nem é interessante para os EUA perder o Brasil como parceiro comercial. Portanto, não vejo problema nenhum nisso.

    Aliás, os EUA cada vez mais estão querendo o Brasil como parceiro, pois não são trouxas. E o Brasil vem mantendo as relações com os EUA de forma normal (o que não quer dizer subserviente), pois o Brasil também não é trouxa.

    A Hillary veio falar com o Amorim, conversaram, ela foi embora e tudo bem. Nada demais aconteceu. Ela não veio impor nada e nem o Brasil fechou as portas para os EUA. Não existe posição maniqueísta aqui. Acho que a miopia não está no Itamaraty…procure refletir sobre isso.

    abraços

  15. Nada a dizer sobre as palavras do presidente do Brasil, eu assinaria em baixo, simplesmente perfeito.
    Ja agora é de dizer q o Irao é uma democracia e nao uma ditadura como alguns colegas afirmam.
    O Irao é um estado teocratico apenas o seu lider espiritual nao é elegido.
    Agora, a nos ocidentais q nos seja um pouco dificil de entender onde acaba o poder da religiao e onde comeca o poder dos orgaos eleitos democraticamente eu tb admito.

  16. Acredito que a postura brasileira em relação ao Irã é correta.
    Deve-se insistir no diálogo. Argumentam que o Irã não quer negociar, mas ‘negociar’ para as nações norte-hegemonistas é aceitar plenamente as imposições da ONU e da AIEA (esta um asqueroso ‘pau mandado’ das nações nucleares…).
    Isso não é dialogo.
    Aquele país está avançando em energia nuclear, que é apenas outra fonte energética quando o petróleo acabar.
    Sanções só irão azedar mais o que já não tem bom sabor.
    Com a faca no pescoço é que existe o risco do Irã desenvolver bombas para se ‘defender’, e não será injustificadamente.
    Tais supostas ‘bombas nucleares’, ainda demoram, se é que tal fato vai acontecer. Dá para esperar o desarmamento por parte das ‘nações boazinhas’ que não querem ninguém com nukes, além delas próprias.
    E mais, se acontecer , não se tolera o Paquistão? A Índia ? Israel ? Os EUA e seu arsdenal imenso? A Inglaterra e França com seus misseis em subs a rondar o mundo?
    Vai ser apenas mais um no ‘nuke’s club’…Uma vez lá, se conversa, como fizeram com dois dos acima citados…
    O ponto lá é o petróleo da região, todos sabem.
    É o saque de recursos naturais que mais uma vez as nações norte-hegemonistas praticam contra outros povos, em beneficio de si próprias.
    Essas nações que encabeçam as ações contra o Irã, são, na maioria, povos que massacraram outros povos ( na África, nas Américas, no Oriente…) em beneficio próprio, além de se matarem regularmente entre si em verdadeiras carnificinas. Não cultuam a paz nem a convivência pacifica entre os povos. São agressivos, velhacos e saqueadores, por isso estão ricos e poderosos. Enquanto não saíram de seus antros pestilentos, eram atrasados e miseráveis, que viviam de roubar e saquear uns aos outros.
    O Brasil tem interesses na paz da região (pois AINDA não estamos prontos para guerras de confrontamento), além de ter também um programa nuclear que as nações norte-hegemonistas adorariam ver desmantelado.
    E temos recursos imensos, uma prato cheio para a cobiça alheia.
    Temos de manter relações multilaterais, tendo em vista nossos interesses de crescimento e fortalecimento. Nada de embarcar em ações ‘politicamente corretas’ para angariar aplausos (e depois dos aplausos, tapas e pontapés) do norte-hegemonista.
    Nossos interesses, nossos objetivos, nossos métodos e com os meios que tivermos.
    Não vamos ser coniventes com a hipocrisia do norte-hegemonista. Querem submeter o Irã ao mesmo destino que o Iraque, e possivelmente consigam ,pois como na fábula do lobo e do cordeiro (não que alguma nação seja ‘cordeirinho’, mas algumas são, sem duvidas, lobos famintos e ferozes), não há argumento contra a força bruta.
    Não existe mérito ou demérito do Irã.
    Mesmo que este país faça pó de suas usinas, ainda se ‘inventa’ um motivo para tentar subjuga-lo.
    Mesmo que renuncie a tudo, será ainda ‘culpado’ de alguma coisa que justifique uma agressão como a que se vislumbra.
    Tais ‘nações corretas’ podem até conseguir o que querem neste caso, Mas não devemos, como fizemos no caso do Iraque, apoiar nem minimamente tais atitudes.
    E vamos nos preparando desde já, pois logo virão mais contundentemente contra nós.
    Negociar, convencer o Irã a dar um passo atrás (um passo, não uma estrada até o ponto zero…) para avançar dois a frente num futuro próximo.
    E assim também vamos no caminho, fortalecendo-nos.
    É uma luta daqueles que querem vencer a opressão, a dominação, a submissão e o saque às suas riquezas.
    Difícil, e longa…

  17. Vamos discordar dos ianks, + nunca apoiar o Irã, em suas pretensões, + deixar claro q direitos a pequisas nucleares p fins pacificos, eles tem ; é saber quando os membros permantes do CS vão destruir suas armas nucleares, dia, hora , mês e ano…Cadê a moral.

  18. Hornet:

    Comprou briga minha…Valeu Bicho!! “A bon rendere” como dizem na Itália!!

    A politica exterior é um tema que adorás vero?? eu já tinha intuído isso heim Hornet.

    De boa, o menino é jovem e tem muito o que aprender com a gente…com a gente não “conosco”!! HEHE, assim já começa aprendendo errado!!

    Se ficar comentando conosco por muito tempo, o menino vira gênio Geopolítico, certo basta que não briga com o M.Pinto, HEHE, o resto vai de boa!!

    ABçs.

    Gostei do entusiamo Eduardo Carvalho, bom texto!!

    Valeu a todos, Lecen some não meu, Apareçe e fala o que pensas, sempre!!

    Carlos Argus:

    Verdade mesmo; dia, hora, mês e ano!! Ou é assim ou nós também teremos!!

    TCHAU, Fui pra toca!!

  19. Srs, desculpem-me por algum termo mais contundente…não é meu estilo, podem crer.
    Mas a hipocrisia das ações norte-hegemonistas contra outras nações do mundo (além das fronteiras das nações norte-hegemonistas) é mesmo revoltante.
    Não vemos reações assim contra si mesmas, por mais ‘bandidas’ que sejam as ações…
    Não me anima confronto com ninguém, mas acho que são inevitáveis, e assim, não podemos fugir disso. Não há como adotar uma postura de ‘avestruz’…
    Existem riscos de consequências negativas para o Brasil ?
    Sim, mas se não procurarmos nossos caminhos, apenas nos levarão em seus sapatos, enquanto formos convenientes. Depois, danem-se esses ‘caipiras’ (juro, tenho vontade de ver cair a boca do infeliz governante autor dessa expressão).
    Esse processo que acontece com o Irã é apenas mais um capitulo das lutas no mundo.
    Quanto a nós (Brasil) ainda estamos na fase de procurar nosso espaço independente e soberano. Estamos iniciando nossa jornada.
    Espero que não nos tornemos iguais aos que atualmente ‘mandam’ no mundo. manchados pelo sangue de nações espoliadas.
    Apenas começamos uma fase em que não estamos ‘amarrados’ por uma divida externa que foi até indecente, mas foi paga. Não devemos nada a nenhuma nação, seja materialmente, seja moralmente.
    Somos ainda uma nação entre os fracos, mas a caminho da saída do clube dos oprimidos.
    Não será sem luta e enfrentamentos, INICIALMENTE, diplomáticos. Sinceramente, espero que sejam SEMPRE assim os enfrentamentos, mas não aposto nisso…
    Se não acharmos ‘ na reta’ nenhum governante que nos ‘promova’ novamente à condição subserviente e dominada, em algumas décadas estaremos bem melhor.
    É um caminho longo, áspero e perigoso, mas vamos lá…

  20. Ah, havia esquecido da parte relacionada ao apoio e financiamento de grupos terroristas.

    O Franco faz uma acusação e depois afirma que não tem provas. Isto revela como as opiniões de muitos dos “comentaristas” aqui presentes tem pouco embasamento na realidade.

    Agora eu acusei a Venezuela e Irã de apoiar e financiar grupos terroristas. Ao contrário dos demais, eu não me baseio em “achismo” ou “ouvi falar” ou para ser mais preciso, no velho e tolo anti-americanismo das esquerdas “latrino”-americanas.

    Seguem abaixo links para notícias sobre as relações da Venezuela chavista com os grupos terroristas Farcs e ETA:

    http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/8543349.stm

    Venezuela envia armamentos para as Farcs:

    http://www.cnn.com/2009/WORLD/americas/07/27/colombia.venezuela.arms/index.html

    Venezuela colabora com as Farcs entregando armas e cartões de identificação para poderem se locomover livremente em seu país:

    http://www.nytimes.com/2009/08/03/world/americas/03venez.html

    Essa é a Venezuela que o governo petista apoia incondicionalmente. É a mesma Venezuela que envia dinheiro para campanha política na Argentina, que financia golpes institucionais como o que Zelaya tentou realizar em Honduras, que apoia governos semi-ditatoriais na Nicarágua, Bolívia e Equador.

    Agora vamos dar uma olhada no Irã. O governo iraniano, que preside uma ditadura atroz, apóia e financia o Hamas, uma organização considerada terrorista pela União Européia, Japão, EUA e Canadá (não é coincidência que todos os países citados são democracias liberais que respeitam as garantias individuais):

    http://www.haaretz.com/hasen/spages/1020630.html

    Como podem ver, ao contrário de certos “comentaristas”, eu não brinco com fogo e quando mato a cobra, eu mostro o pau. Se querem perder tempo apoiando o atual govenro brasileiro que é aliado incodicional de Estados párias que colaboram com organizações terroristas. Façam-no.

    Mas depois não venham e acusar de querer dividir o mundo entre “bonzinhos” e “malvados”. Quem apóia governo que é aliado de países que financiam grupos terroristas não podem se dar ao luxo de criticar porra nenhuma. Vocês deveriam se envergonhar.

  21. Francoorp,

    me interesso um pouquinho pelo assunto (relações exteriores e assuntos correlatos)…hehehe

    Na verdadde, eu me interesso até profissionalmente pelo tema, pois sou prof. de História Contemporãnea, e faço pesquisa na área (na Universidade): trabalho diretamente com a globalização da cultura (da música, pra ser mais exato). Então é um assunto que eu gosto e é meio que “natural” pra mim (o assunto).

    abração bro!

  22. falando em radicalismos, alguem poderia me dizer quem foi que treinou o bin ladem? com certeza n foi um país democrático de que o lecen fala

  23. Os Estados Unidos deram apoio aos Mujahideen, ou seja, os afegãos que estavam lutando contra o domínio soviético.

    Querer dar a entender que os EUA “formaram” um terrorista é atentar contra a inteligência de qualquer pessoa sensata.

    Sem falar que a Dilma foi treinada pela ditadura cubana e atuou como terrorista nos anos 1960s e aposto como boa parte da rapaziada aqui irá votar nela sem pensar duas vezes. Continuem assim!

  24. Aliás, vou mais longe: não vejo necessidade em perder meu tempo com pessoas que apóiam países terroristas.

    Com um público como este no blog, não quero cometer o erro de estar por perto.

  25. Bravo Lecen bravo, mas não estressa não, deixa o pessoal aproveitar a liberdade de expressão, podem criticar a democracia, escrever o que querem na net, pois isso é democracia, agora nos países louvados por eles como Cuba, Irã, China e Venezuela eles nem teriam esse direito, até a net é vigiada nesses lugares. Mas eles insistem em defender esses países.

    []s

  26. Já acompanho esse blog e a um tempo quando o Hornet postou o link no Poder Aéreo. Costumo postar muito pouco, aqui nunca postei ^^

    Minha opinião quanto ao assunto?

    A politica externa brasileira esta sendo de dois pesos duas medidas, como fica claro analisando os casos de honduras, Cuba e Irã. Quanto a relação com o Irã (como o Hornet e Francoorp disseram) o Brasil só está se inclinando para o Irão pq há um comércio lá assim como também há nos EUA, na França, etc…

    Só pq o Brasil está se inclinando para um país que tem regime altamente repressivo, não quer dizer que ele vai se tornar parte do “Eixo do Mal”.

  27. Lecen:

    Já te falei que jornal e revista não prova nada, é tudo informação parcial para a politica do país dominante, contra o demônio de ocasião em questão!!!!

    Estes links não provam nada pois são somente jornais ocidentais, se é assim então, te dou este como prova válida, se as tuas notícias valem provas, as minhas também:

    http://alainet.org/active/28479

    O Irã financia o Rezbollah, os Yankees financiam o Jundullah, é brincadeira não, existe mesmo:

    http://revelatti.blogspot.com/2009/10/eua-atacaram-o-ira-atraves-do-grupo.html

    Outras provas variadas:

    http://www.espacoacademico.com.br/005/05dossie_entrevista.htm

    http://www.ateufeliz.hpg.com.br/OMundoEstaChorando.htm

    http://www.anovademocracia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2583&Itemid=105

    http://jornaldoautodromo.blogspot.com/2010/01/o-ira-e-os-direitos-humanos-o.html

    Mas este agora é um fato viu, conheçes a história dos contras na Nicaraguá, não né, ainda não tinha nascido, hehehe:

    http://dipundb.blogspot.com/2009/05/3-certas-atividades-militares-e.html

    http://moradadeclio.blogspot.com/2009/06/nicaragua-e-revolucao-de-1979.html

    Se alguém tivesse provas reais, o Chavez já teria sido condenado no tribunal de Aja ou em alguma corte dos países que sofreram a guerra civil, por causa sua!!

    Quanto apoiar golpes em terras estrangeiras, ninguém fez mais que os USA, toda a A.L.(ditaduras militares) mais África( despóitas varios), mais Oriente Médio(o Chá do Irã antes dos Aiatólas, ditadura Seick Sauditas, Ditadura militar do Paquistão), mais Ásia (1° governo do Vietnam do Sul antes e durante a Guerra)… tem achismo não meu, estes golpes pelo mundo são fatos reais, realizados ou no minímo apoiados pelos Yankees/USA/EUA/Gringos, assimpra ficar claro, se quer mais um pouco de “provas” jornalisticas destes casos também, basta dizer tá !!

    Leve tuas provas para o Tribunal de AjA na Holanda e meti o Chaves, e companhia bela na cadeia, tens as provas não, então use-as!!!

    Acho que depois de todas estas minhas provas VERÍDICAS acabei de matar a cobra e mostrar o pau, também!!

    Uau, gostei destes debates, Valeu Lecen, quase morri de rir das tuas provas!!

  28. Que eu saiba, ninguém aqui louvou nem Cuba,nem Coréia, nem China, nem Venezuela, nem Irã.

    Mostre as afirmações onde alguém louvou estes regimes ditatoriais, dizendo que são exemplos de governo, mostre suas provas usando nossas palavras, Rogério!!!

    Ha sim, lembrei, a propaganda Americana diz assim né, ou se é completamente alienado pela FOX,CNN,CBS, etc. ou o indivíduos é contra a democracia, e apóia os regimes… mas sabemos todos que quem apóia regime mesmo São as Democracias Norte-Americana e Européia!!!

  29. Lancer, Francoorp e os demais.

    Nesse mundo bagunçado, tem vários lados. Defendemos o que acreditamos. É como religião, cada um tem a sua, respeitam (ou não) as outras. Mas a onde a pessoa cresce (ou de acordo com o aprendizado) defendemos a “ideologia” (política) em que convivemos.

    O bom deste país em ser (um tanto) livre (eu não digo total democracia, mas tem muita “democracia” por ai que não faz jus ao nome) é que temos a chance ter muitas opiniões opostas. Muitos outros países, tem suas divergências de opinião muito “centradas” em dois ou alguns lados. Ja o Brasil, podemos ver uma variedade muito grande, das quais destaco: (1) Os que são a favor de termos a bomba atômica, (2) os que são contra o dominação comercial/política/econômica (le-se hegemonia), (3) os que defendem a democracia globalizada, (4) os que defendem uma “submissão” aos mais ricos como forma de ordem (pois esses acreditam que o mundo necessita de um líder econômico), (5) os que defendem uma maior liberdade de mercado a fim de acabar com a hegemonia de controle global e outras mais.

    Colegas, aprecio muito suas opiniões. Sempre comparo elas e das mesmas, formo pensamentos e ideias. Mas há um problema. Sempre que vocês defendem um lado da moeda, vocês não conseguem colocar fatos relevantes o bastante no outro lado, dando a entender que vocês são movidos por um pensamento único e imutável (o que no mundo de hoje, não convém mais).

    Por exemplo: Quando se defende que o Irã deve interromper seu programa nuclear:

    Por um lado, se observa que as potências estão contra esse desenvolvimento pois pode ser a chance do Irã ter a Arma Atômica. Porém, ninguém fala no exagero que se cria ao afirmar que o Irã esta ameaçando o “ocidente” (a Europa e os EUA) ou que o Irã ameaça o “mundo” (Europa e EUA). Ninguém fala que o Irã é um dos países mais desenvolvidos do Oriente Médio. Ninguém fala que comparados a outros países do Oriente onde os EUA e Europa defendem, o Irã é o mais liberal, na questão religiosa e cultural. Ninguém fala na diferença de outros países com regime autoritário pior que é defendida pelos EUA e Europa. E muitas outras coisas.

    Em fim, defendemos “nosso ponto de vista” de acordo com a nossa ideologia.

    Obs: Muitos não falam no quão isso pode também nos afetar, pois quando concluirmos nosso Submarino Nuclear, com certeza vai ter algum político no mundo (e eles sempre aparecem) que vai falar que o Brasil pode desenvolver armas atômicas. Isso sempre teve, e não vai acabar ainda. Fora que nunca é tarde para impedir que um país se desenvolva militarmente. Tivemos muitos exemplos disso contra nós.

    Enfim amigos, devemos sempre analisar o que o outro pensa. Pois isso pode nos enriquecer, mas é claro, devemos ser consciente e analisar as opiniões. Afinal, são opiniões alheias que muitas vezes são recheadas de ódio pessoal.

    Conhecer o mundo, o que o mundo pensa de você, e o que as pessoas você pensam do mundo. Tudo isso faz parte da política, ou melhor, do “jogo político” e também da nossa vida.

    Um abraço para todos vocês e perdoem meus erros de português.

  30. Francoopr, quero saber qual o teu ponto de vista ao chamado “antiamericano”.

    Vou dizer o meu.
    É um termo baixo dirigido àqueles que não são aliados ou complacentes aos EUA. Ou seja, ou é subalterno ou é antiamericano/pró-terrorismo.

  31. Gostei Luiz(2)!!

    Sabe que eu realmente parei de ver o lado do “Outro” ja faz algum tempo, e agora me faz recordar isso, fiquei obtuso com o tempo nos Blogs da vida, onde a componente ideologica é fortissima, principalmente na aréa de defesa militar.

    Valeu Luiz, vou pensar!

  32. Não sou contra nem a favor de ideologia alguma. Porém, estou do lado do que é certo, não me importa Democracia ou ideologia alguma.

  33. Mil desculpas xará!
    O lá de cima sou eu… em geral comento aqui com o meu sobrenome… mas hoje foi da máquina do trabalho e por isso esqueci o sobrenome… pode continuar como o “Luiz” só!

    Salve Luiz!

  34. Lecen, meus parabens! Moro no exterior e vejo que, infelizmente, no Brasil, e especialmente neste blog, o patrulhamento ideologico da esquerda festiva contra os “alienados” e “burgueses”, aquela conversa estilo “papo-cabeca” para os que viveram a decada de 80 no Brasil, continua mais vivo do que nunca. Simplesmente deu-se uma nova roupagem para os ressentidos dinossauros ideologicos e suas ideias. Louva-se os regimes mais despreziveis vigentes no Ira, Cuba, Coreia do Norte, Venezuela & Cia, defendendo-os com unhas e dentes simplesmente porque sao “contra os gringos”. Acreditam piamente (e enganosamente) que a grandeza do Brasil somente sera atingida se for constantemente contestada e, de preferencia, destruida nao so a lideranca do maior parceiro economico do Brasil, mas tambem das outras grandes democracias. Ate professor universitario entra (continua) nessa… Se os comentarios deste blog fossem representativos da populacao brasileira, certamente o Brasil, e nao o Ira, seria o maior pais xiita do mundo! Vejo que a intensididade dos xiitas brasileiros e a estridente patologia de seu antiamericanismo deixaria qualquer ayatollah orgulhoso. Realmente uma lastima.

    • Salve Phoenix, eu também vivo fora do Brasil e a bastante tempo e até por sinal o Blog é extrangeiro ao contrário do que muitos pensam.
      Tenhoq ue discordar de si sobre o mencionado Patrulhamento ideológico, o que há são visões individuais de participantes que defendem suas opiniões e ideologias.
      Sugiro ao senhor a leitura das diferentes opiniões postadas aqui no Blog pelos seus colunistas e compará-las às do editor e dos demais e verás que seu argumento não procede.
      Há sim defesas de opiniões, que não necessáriamente precisam estar alinhadas e no mesmo trilho, falo por mim e não pelos demais, mas quero que o senhor encontre nas minhas linhas escritas alguma defesa aos regimes tiranso supracitados ou uma posição anti americana.
      O fato de discordar de opiniões não são motivos para rótulos de A ou B de indivíduos, e esta é a mentalidade do Blog se não estás de acordo sugiro as leituras dos das colunas e veja como pessoas de diferentes formações e opiniões (http://pbrasil.wordpress.com/espaco-do-leitor/) expressam as suas sem a “patrulha ideológica do blog”.
      Se leres atentamente os comentários acima verá que a opinião de um dos autores do blog divergem da do editor, basta ler.
      A discussão com o senhor Lecen, pelo menos da minha parte não se direciona às opções políticas, aliás tento sim
      é afastar delas. E pelo menos no que sinto, ocorre na mais respeitosa forma, mas sim, tem a pretenção de demontrar-lhe a não conectividade dos fatos tal como vem sendo feito pela imprensa.
      Regimes ditatoriais estão espalhados pelo mundo afora e não estão sendo defendidos só pelo Brasil e neste ponto não me serve o argumento da lisura e retidão da ética pregada por muitas nações, nem a nossa, e portanto prefiro analisar a fundo as questões de interesse nacional.
      Hoje a China é o maior parceiro econômico do Brasil e nem por isso estou pregando o alinhamento político ideológico com os chinêses, temos sim que ampliar nossos negócios e relações com china, sem deixar de sermos brasileiros e termos nossas, leis e opiniões e atitudes, o mesmo serve para os EUA, para o Pakistão, para Cuba, para India ou qualquer outra nação que seja do interesse nacional.
      O que não concordo é com a argumentação, dizer não ao estados Unidos significa ser contra ele, dizer não a quem quer que seja significa reafirmar nossa soberania e deve sim ser efetuado sempre que quisermos e for correto segundo nossa otica e interesses, e isto não significa ser contra eles e sim a favor de nossa idéias.
      Não temos que nos alinhar a ninguém e é isto que eu defendo, temos sim é que colaborar, interagir e relacionar com quem quer que seja do nosso interesse, é isso que todos fazem e é isso que devemos fazer, é o que eu acredito.
      Cria-se uma caldeirão de expeculações, de que o Brasil sofrerá represálias e que o mundo acabou por conta disto, alguma vez ouviste a senhora secretária Hillary Clintom por acaso condenar a posição do Brasil? mostre-me algum de seus pronunciamentos transcritos que atestem isto, as opiniões da imprensa direcionam para isto mas ainda não vi atitudes vingativas por parte dos EUA, pelo contrário, por manter sua visão a diplomacia brasileira tem conseguido provar maturidade e ganhado respeito, óbvio como disse precisa se aperfeiçoar. ALguma vez o Brasil foi convidado a opinar sobre o Iran? ou sobre qualquer outra questão deste nível? porque será que o está sendo agora? somos alguma ameaça aos interesses dos EUA? ou da China? não, mas estamos conquistando o respeito e sendo cada vez mais importante neste cenário e nem por isso deixamos de ser seus aliados.
      Ou achas que todo este estardalhaço é por nada, que a opinião do Brasil não vale de nada e que o Brasil não tem sido chamado a cooperar pois sua posição é importante e está sendo resopeitada pro quem de interesse?
      Retorno ao meu discurso retórico, quem tem problemas com os EUA, é o Iran, Cuba, Bolívia, Coréia do Norte e todo o “Eixo do Mal” s epreferir, mas não o Brasil, ao contrário, estamos sim é antenados e antenando mas cada macaco no seu galho (como diz o dito popular), com problemas? sim, com incoerências? óbvio, mas não poderia ser diferente, porém com a nossa personalidade e nossa cabeça não com a dos outros sejam eles chinêses, russos americanos ou europeus.
      Quanto aos comentários pessoais antiamericanistas dos participantes, creio que não me cabe mencionar uma vez que é a opinião deles e não a minha, porém discordo de si que haja por parte do blog uma “patrulha ideológica”.
      Sds.
      E.M.Pinto

  35. Abaixo, texto sobre o Iran( omiti alguns poucos trechos -para encurtar), publicado na Carta Capital, talvez acrescente subsidios para uma compreensão que supere uma visão simplista sobre o Iran do tipo “Jack Bauer”, que parece ser à de alguns comentaristas, que apesar de relativamente articulados,seguem estritamente a agenda norte-americana, revelando assim o seu condicionamento mental..
    ___________________________
    CARTA CAPITAL

    25/11/2009

    Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa
    ______________________________

    Muito de negativo do que se fala do regime iraniano é verdadeiro.

    O Irã é o segundo país do mundo em execuções (depois da China) e um dos muito poucos a aplicar a pena de morte a menores de idade e comportamentos como homossexualidade e adultério. A democracia é limitada, pois a cúpula clerical veta à vontade candidatos e projetos que lhe desagradem e não há fiscalização confiável do processo eleitoral. Protestos contra o sistema podem ser reprimidos e punidos com prisão, às vezes morte.

    É notória a segregação dos sexos e a imposição às mulheres do lenço de cabeça e do mantô (casaco de mangas compridas e cor discreta), como alternativa ao xador, o manto negro das conservadoras, inclusive a esposa do presidente. As mulheres não podem estudar Direito (baseado na sharia, tradicionalmente reservada aos homens) e são discriminadas em vários aspectos legais, principalmente no que se refere a casamento e divórcio.

    Mas não são poucas as mídias que exageram a ponto de criar a imagem de uma primitiva ditadura de fanáticos miseráveis que ameaçam países vizinhos, prendem as mulheres em casa e as obrigam a usar burcas, caricatura tão absurda quanto à do Brasil como uma selva povoada de macacos e canibais. No Irã, não há burca (típica do Afeganistão) e quase não se vê o niqab (véu que cobre o rosto), obrigatório na Arábia Saudita e, na prática, também nos Emirados do Golfo, no Iêmen e em regiões do Paquistão.

    Apesar das restrições legais, a participação das mulheres na economia é superior à da maioria dos países muçulmanos e alguns ocidentais: 40% das mulheres maiores de 15 anos trabalham, mais que no Chile (36,9%), para não falar de Turquia (28%), Egito (20%) ou Arábia Saudita (18,9%). Dos estudantes no ensino superior, 51% são mulheres, porcentagem equivalente à da Holanda e mais alta que a do México (50%), Chile (48%) e a maioria dos países muçulmanos, inclusive a Turquia (42%).

    Na Arábia Saudita, como também nos Emirados do Golfo, as mulheres sofrem restrições mais severas em todos os aspectos e as execuções, proporcionalmente à população, são igualmente comuns e brutais. Por limitada que seja a vida política no Irã às facções que aceitam o sistema teocrático, a maioria dos demais países do Oriente Médio (assim como o Irã antes da revolução xiita) é de monarquias absolutas e ditaduras que nunca viram nada parecido com seus acirrados debates políticos e disputas eleitorais. A acusação de fraude eleitoral pela oposição e pela mídia ocidental, embora não possa ser descartada, empalideceu ante a fraude massiva e documentada no vizinho Afeganistão na reeleição por fim referendada pelos EUA e pela Otan.

    O Irã é também um país mais moderno e industrializado do que geralmente se imagina no Ocidente. A renda per capita é superior à do Brasil, da África do Sul e de alguns dos “novos tigres” (como Tailândia), e o produto interno bruto, maior que o de alguns países do G-20, inclusive Arábia Saudita e Austrália. Em termos de crescimento econômico, tem um desempenho decente para um país periférico, mesmo se não excepcional: uma média anual de 4,7% nos anos 90 e de 5,3% no período 2000-2007, superior à média da América Latina (foram 2,0% e 3,1%, respectivamente, no Brasil) e do Oriente Médio.

    Em fevereiro de 2009, seu programa espacial pôs em órbita um satélite de fabricação própria. Em 2008, suas montadoras produziram 1,05 milhão de veículos, mais que a Itália, incluindo vários modelos nativos. Segundo o site Internetworldstats, 34,9% dos iranianos usavam internet em 2008 (no Brasil, 34%) e neste ano a proporção chegou a 48,5%. A Grande Teerã é uma moderna metrópole de 13 milhões de habitantes, com uma rede de metrô e transporte público superior à de qualquer capital brasileira.

    É preciso ter em mente que os aiatolás, caricatura à parte, não querem um retorno à Idade Média ou (como quer a Veja) “às cavernas”, e sim uma modernização sob seu controle. E para entender, é preciso começar por 1951, quando o popular Mohammed Mossadegh, eleito primeiro-ministro do Irã – então uma monarquia constitucional – nacionalizou o petróleo da Anglo-Iranian, à frente de uma onda de entusiasmo nacional.

    Em 1953, pressionado pelos EUA, o Xá o demitiu, mas o primeiro-ministro liderou a reação popular e expulsou o soberano. Meses depois, EUA e Reino Unido orquestraram um golpe militar que depôs Mossadegh e entregou o governo ao Xá e o petróleo a um consórcio formado pela Anglo-Iranian (hoje British Petroleum), Shell e um grupo de empresas estadunidenses e francesas. O monarca passou a governar autoritariamente, mantendo Mossadegh em prisão domiciliar até a morte.

    O nacionalismo laico e as esquerdas foram sufocados, mas não se ousava reprimir com a mesma brutalidade a religião tradicional, que pôde capitalizar a insatisfação não só com a ditadura política (como a Igreja Católica na Polônia), como também com a concentração de renda e ampliação dos abismos sociais, com as elites ocidentalizadas e a subserviência às potências ocidentais.

    No contexto iraniano, a religião é unificadora: apenas 51% da população é persa, mas 98% é muçulmana, 90% dela xiita e as minorias religiosas são dispersas. Só xiitas ortodoxos têm altos cargos no regime, mas a etnia não importa nem dita alianças. Khomeini era persa, mas seu sucessor, Ali Khamenei, é azeri e aliado do persa Mahmoud Ahmadinejad, cujo principal rival é Mir-Hossein Mousavi, azeri. Quando Saddam Hussein (apoiado pelos EUA) atacou o Irã, esperava ter apoio da minoria árabe, mas esta, xiita, foi leal aos aiatolás.

    Após a morte de Khomeini (1989), o pragmatismo de Akbar Rafsanjani (1989-1997) e mais ainda o relativo liberalismo de Mohammad Khatami (1997-2005) jogaram água nessa fervura, mas a abertura liberal fracassou aos olhos das massas. Suas dificuldades aumentaram, a renda se concentrou, e nem por isso melhoraram as relações com o Ocidente – pelo contrário, Khatami foi humilhado e o Irã listado como parte do “eixo do mal” e candidato a “mudança de regime” quando da invasão do Iraque.

    Como nos países latino-americanos, o fracasso do liberalismo gerou uma reação que, no Irã, tomou a forma de um populismo conservador e religioso, embora comprometido com causas populares como a distribuição da renda do petróleo aos pobres. Mahmoud Ahmadinejad, engenheiro e bem-sucedido prefeito de Teerã, filho de migrantes do interior, surgiu como liderança admirada pelas massas e aprovada pelo clero conservador.

    O discurso antiocidental e antissionista voltou à baila, exacerbado pela invasão do Iraque e pelo agravamento do conflito na Palestina nos anos anteriores, a ponto de apelar para temas identificados com o antissemitismo. Mais preocupante nesse aspecto que o comentário segundo o qual “o regime que ocupa Jerusalém precisa desaparecer das páginas do tempo” é a afirmação de que o Holocausto “é um mito”. Não surgiu do Irã: foi adotada para apelar às massas árabes que já a proclamavam, principalmente palestinos que, exasperados com a insistência israelense em invocar a Shoah para legitimar sua expansão territorial e a expulsão dos árabes, passaram da denúncia da exploração interminável do genocídio nazista ao extremo de negá-la como fato.

    É vergonhoso, mas não faz do Irã outro III Reich. Ao contrário do Xá, de Saddam Hussein, do Paquistão e de Israel, o regime dos aiatolás jamais atacou vizinhos ou reivindicou seus territórios e, apesar do discurso hostil a Israel, tem boas relações com sua minoria judaica. Metade dos 80 mil judeus iranianos emigrou logo após a revolução, mas muitos dos que ficaram lutaram ao lado da Guarda Republicana contra a invasão iraquiana apoiada pelos EUA. Nas últimas décadas, poucas dezenas aceitaram a ajuda oferecida por organizações israelenses aos que quiserem emigrar. Não sofrem restrições no culto, educação ou viagens ao exterior, e seu líder, Haroun Yashayaei, criticou, sem ser punido, Ahmadinejad por este questionar o Holocausto.

    Considere-se agora a questão nuclear, combinada com a disposição de Teerã de confrontar verbalmente o Ocidente, os EUA e Israel e sua bem avançada tecnologia de mísseis e foguetes. O projeto foi iniciado pelo Xá, com apoio dos EUA e de países europeus que forneceram usinas nucleares e tecnologia de enriquecimento de urânio e de processamento de plutônio, com aprovação de Gerald Ford e seu gabinete, incluindo Dick Cheney e Donald Rumsfeld.

    Os EUA não fizeram objeções quando Israel, Índia e Paquistão obtiveram armas nucleares e estavam dispostos a aceitar que o Xá as tivesse, como Henry Kissinger veio a admitir. Há razões para aplicar outros pesos e medidas aos aiatolás, que insistem em que seu programa é pacífico?

    A ameaça iraniana tem sido exagerada, principalmente por Israel, interessado em desviar a atenção do mundo e de seus eleitores do problema palestino. Como a antiga União Soviética, o Irã tem sido conduzido de maneira rígida, mas sensata. Suas elites buscam prosperidade e projeção internacional com estratégias de longo prazo e nada têm a ver com o fanatismo suicida da Al-Qaeda. Mesmo se conseguissem algumas bombas atômicas, não há por que pensar que as usassem em um ataque não provocado a potências ocidentais ou a Israel, capazes de responder com dez vezes mais violência.

    Se o Brasil tem alguma influência no Oriente Médio – como acreditam tanto os jornais israelenses e o presidente Shimon Peres, que veio visitar Lula enquanto seu primeiro-ministro falava com Obama, quanto Mahmoud Ahmadinejad e Mahmoud Abbas, que vêm em seguida –, deveria usá-la tendo em vista que tanto a teocracia do Irã quanto o Estado judeu de Israel são parte de qualquer futuro previsível, e a primeira, apesar de menos democrática, não é pior enquanto ameaça à paz na região. Todo incentivo ao respeito à igualdade, liberdade e direitos humanos no Irã é elogiável, mas isso não justifica discriminá-lo ou prejulgá-lo no que se refere às relações internacionais.
    ___________________________________

  36. Meu amigo E.M.Pinto,

    Que prazer é ve-lo discorrer com tanta facilidade e clareza sobre este tema.

    É, pelo menos para mim chocante, ver como que alguns “brasileiros”, exprimem uma opinião tão obtusa sobre esta matéria.

    Sua leiura a respeito da posição do governo brasileiro, é realmente um “sabre de luz” que rompe em meio as trevas que permeiam a outras mentes, pelo que vejo totalmente apátridas.

    Salve E.M.Pinto, e a todos os brasileiros.

  37. Ola como disse um amigo acima assino em baixo do que o presidente falou e concordo com suas palavras!
    Qual o pais no mundo que não luta por seus interesses? O Brasil não é amigo da Venezuela, Irã ou quaisquer outros pais apenas possuí interesses nesses paises e defende estes interesses!
    Agora temos que ter calma no debate, pois aceitar a opiniões dos outros é importante, (aceitar não quer dizer concordar) temos varias pessoas muito bem informadas e ideologias totalmente diferentes e é importante ouvir. Agora o debate começa a empobrece quando aparece um e começa a acusar o cara não debate ele apenas acusa, vamos usar idéias e fontes para defender nossas idéias.

    Parabéns ao Lecen e Francoorp pois trouxeram um debate muito bom e li cada palavra e fonte, embora não concorde com a visão do lecen lhe dou Parabéns pela defesa de suas idéias sem deixar cair o nível do debate!

  38. Meu caro E.M. Pinto,

    Na pressa em responder, de alguma maneira, alguns comentarios que acredito imbuidos de um pesado (e, na minha modesta opinao, desnecessario) conteudo ideologico, esqueci-me de parabeniza-lo pelo excelente trabalho do Plano Brasil, com materias muito interessantes, objetivas, isentas e informativas. Sou leitor recente de seu blog e acompanho suas noticias com grande interesse. So para esclarecer, meus comentarios em relacao ao “patrulhamento ideologico” – nao foram –de maneira alguma, em relacao a linha deste blog, mas sim quanto a linha de alguns dos comentaristas. Desta maneira, reitero, nao creio que as noticias postadas neste blog sejam redigidas, de alguma maneira, de forma ideologica, parcial ou tendenciosa. O “patrulhamento ideologico” e de alguns dos comentaristas e nao do Plano Brasil. O meu lado tambem e o lado do Brasil, pais que tem tido um peso crescente no cenario internacional por seus crescimento economico e que deve ter maior expresssao politica externa.

    Concordo com voce que quem tem problemas com os E.U.A. e com o Conselho de Seguranca da ONU (com excecao da China e, talvez, da Russia) e Ira, Coreia do Norte & Cia., e nao o Brasil. O que questiono e qual a vantagem para o Brasil em alinhar-se, quase automaticamente, com tudo o que seja “contra” os E.U.A. e a maioria dos paises europeus, sem falar em assuntos que muitos brasileiros acreditam ser diretamente prejudiciais aos interesses do proprio Brasil (Petrobras na Bolivia, renegociacao do Tratado de Itaipu). Como exemplos,temos o apoio dado aos governos do Ira, Cuba, Venezuela, Sudao, a situacao em Honduras, para citar alguns. Entendo e acho muito relevante a ideia do Brasil ter uma atuacao mais pro-ativa no cenario internacional, incluindo com direito a assento permanente no Conselho de Seguranca da ONU, mas, novamente, questiono a maneira de se atingir estes propositos. Finalmente, tambem concordo com voce e nao acredito que tenhamos “atitudes vingativas” por parte dos E.U.A. ou de outros paises mais diretamente envolvidos com o tema do Ira. O que pode haver, no entanto, e uma menor disponibilidade em cooperar com o Brasil em alguns temas especificos. Por exemplo, a percepcao mundial de que existe um quase alinhamento automatico do Brasil com paises considerados como “irresponsaveis” no cenario internacional, pode dificultar o ingresso do Brasil no Conselho de Seguranca, mesmo com o apoio da Franca (depois da compra dos Rafale). Outro exemplo, o Congresso americano pode nao ver com bons olhos a extensao de beneficios tarifarios para produtos brasileiros (sistema GSP), ou outros temas do genero. E isto ai. Abracos para todos.

    • Salve Phoenix, não havia entendido o seu primeiro comentário e agora de fato está mais do que claro, agradeço os elogios e a participação.
      bem esta questão do apoio do governo Brasileiro é a base de toda a polêmica, e entendo que não seja um consenso, acho que há mais apoios a países que também são ditaduras e que não constam na lista, o PAkistan é um deles, aliás a Mectron vendeu mais d euam centena de mísseis anti-radar MAR-1 e agora prepara a venda de lotes de mísseis Pirnha MAA-1B e do Futuro A-Darter, prova do apoio Brasileiro aquele país que acima de tudo é acusado de encobrir terrorista da ALqaeda e de serem uam ditadura militar sectária.
      Mas por se configurar como aliado direto dos EUA, não é considerado nos comentários, levando a crer que é só cuba e Iran e tralalal que tem tido esta “benevolência” da diplomacia Brasileira.
      O que tiro do exemplo acima é o argumento para a minha posição, O brasil não apóia o governo do Pakistão, está com eles por interesses assim como todas as nações do mundo que mantém relações com eles, no meu entender temos que analisar estes fatos na ótica dos interesses e não da política ou do governante é apenas isto que defendo.
      Aliás se formos falar de traição aos aliádos teriamos que condenar veementemente as negociações com o Pakistão, vendemos armas para o inimigo de um de nossos maiores aliados a Índia, e isto não é posto em causa quanto a duabilidade das inteções do Itamaraty, esta é minha visão.
      Grande abraço e bem vindo ao Plano Brasil fico contente que sua visão sobre o Blog não é a aque me pareceu no primeiro contato.
      E.M.Pinto

  39. Já que estamos numa “sessão de elogios”… hehehehe

    Como disse, sou novo aqui novo (em comentários) aqui no blog e queria elogia o seu trabalho muito bem feito no blog, que por sinal está com um conteúdo centrado e neutro, no que se diz respeito principalmente à questões políticas.

    De vez enquanto vc vai me ver comentando, apesar de que, eu costumo ler mais do que comentar. Continue assim meu amigo, pq daqui a pouco seu blog vai ser referencia internacional ^^

  40. Só para comentar… sobre o “patrulhamento ideológico” que eu espero não ter feito, mas enfim…

    Eu não sou à favor de nenhum dos regimes totalitários hoje em vigência no mundo, mas sou COMPLETAMENTE à favor de conversar com esses regimes, de vender para eles, e não armas, de preferência, mas algo que a população daquele país possa se lembrar para o futuro, lembrar que onde outros viraram as costas nós estendemos a mão…

    E meu pensamento não é por puro e simples altruísmo, é por que primeiro é interessante economicamente e depois é interessante moralmente e por último é um planta para o futuro.
    Um governo totalitário não dura para sempre, um dia ele acabará e um povo grato à um parceiro internacional será muito valioso.

    Algo que aprendi com o convívio com alguns árabes é o fato de que eles tem por princípio dar um valor muito grande a uma coisinha chamada “gratidão”…
    É pequenez talvez ou pode ser um pensamento fantasioso, mas conversar com esses povos que o mundo vê como vilões, e de fato vê os povos como vilões e não só os governantes infelizes, é importante.

    Infelizmente para alcançarmos estas nações nós passamos por seus governantes… Não tem como não ser.

    Também sei que o Brasil não vai poder ser amigo de todo mundo e que uma hora ou outra vamos ter que bater o pé. Sei que ir de encontro com os “excluídos” do mundo é delicado, exige perícia e até uma boa dose de sorte, assim como ir contra as grandes potências é um erro “mortal”, mas não estamos fazendo essa último…

    Acho que é algo crucial lembrar disso, não estamos indo contra as grandes potências, não estamos pisando em nada do que eles dizem e não discordamos sempre como alguns já citaram… Ainda somos mais subservientes aos interesses dos grandes centros do que deveríamos dada nossa presença no BRIC por exemplo, eu vejo por exemplo que estamos tentando indicar uma “terceira via” para conversar, e isso não é por gostar ou não do Ahmadinejad, é por querermos aquele mercado que hoje é “um nada na balança comercial” mas amanhã pode não ser…

    Vamos levar as relações internacionais e comerciais pelo simples imediatismo do momento?!
    Creio que não… E por isso que vejo com bons olhos a busca desde já de nossa presença nesses mercados onde o “Mundo” ainda não quer entrar, e ressalto que no mercado dos grande centros nós já estamos presentes, temos é que trabalhar para melhorar sempre.

    Eu quero é que a gente lucre que esses países que o mundo quer “varrer para debaixo do tapete” e que vão viver no atraso até que alguém ache por bem trazê-los para a “Luz”, e mesmo que seja assim, que esse alguém sejamos nós e que possamos lucrar sim, mas sem pisar onde não se deve.

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