Para militares, descoberta do pré-sal reabriu disputa pelas Malvinas

http://ucho.info/wp-content/uploads/2009/12/petroleo_10.jpgPOR JOÃO RICARDO GONÇALVES

Sugestão: Gérsio Mutti

Buenos Aires – Até este mês, para muita gente, a Guerra das Malvinas não passava de um capítulo de livros de História. Bastou os britânicos anunciarem que vão procurar petróleo no arquipélago, entretanto, para que a disputa pela soberania das ilhas voltasse à tona. A polêmica chamou a atenção de especialistas militares brasileiros, que analisaram a postura do Brasil no episódio, suas influências no panorama político-militar da região e até observaram que descobertas brasileiras no pré-sal podem ter influenciado o caso.Quase ninguém acredita que o mal-estar diplomático atual termine em guerra, como em 1982. Entretanto, ele pode trazer consequências para a região. “A Argentina não tem condições de recuperar o território juridicamente nem militarmente. Mas não há dúvidas de que qualquer governo que consiga progressos na negociação sobre a soberania pode ganhar muitos pontos com a população”, diz o coronel do Exército Geraldo Cavagnari, fundador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp.

Cavagnari acredita que as descobertas brasileiras de petróleo em grandes profundidades podem ter motivado os ingleses a buscarem o combustível nas Malvinas, onde, segundo a empresa britânica que fará a extração, acredita-se que possa existir até 60 bilhões de barris.

O coronel também crê num aumento da presença militar britânica perto do continente. “Isso é esperado, assim como a nossa Estratégia Nacional de Defesa prevê aumento do dispositivo de segurança em torno das reservas de petróleo.” Esta semana, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, qualificou como “ameaça real” o suposto envio de submarino por parte de Londres às Malvinas

BUSCA POR NOVAS FONTES

General da reserva e coordenador de estudos e pesquisas do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos, Durval Andrade Nery também crê que o pré-sal tenha influenciado os ingleses e observa que a questão energética torna a polêmica atual diferente da que causou a guerra em 1982. “As potências perderam petróleo em países como o Irã e agora buscam outras fontes”, lembra.

Nery elogia a postura do presidente Lula, que questionou frente a outros chefes de estado latinoamericanos a soberania britânica sobre as ilhas. A opinião é compartilhada pelo presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo: “É um caso que nos afeta, porque acontece no Mercosul, com outro país em desenvolvimento. Não temos a força militar das grandes potências, mas temos que buscar a união pelas vias diplomáticas”, diz.

Por enquanto, nações se dizem dispostas ao diálogo

Apesar de garantir que seu país tem “todo o direito” de buscar petróleo e que “tomou medidas para proteger” os habitantes das ilhas, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que tentará resolver a questão conversando. Os argentinos, por sua vez, garantem que nunca mais irão guerrear pelas Malvinas, mas anunciaram restrições ao tráfego de navios na região.

Para o professor Marcos Coimbra, que foi chefe da Divisão de Assuntos Econômicos da Escola Superior de Guerra por mais de uma década, uma solução sensata para o caso seria adotar acordo semelhante ao que a Grã-Bretanha fez com a China sobre Hong Kong. “A Inglaterra poderia admitir a soberania argentina, mas devolver o território só após um prazo”.

Fonte: O Dia



4 Comentários

  1. O Brasil que não se cuide e tome logo uma posição de líder na América do Sul. Os gringos estão chegando, a Inglaterra já tem posse das ilhas, e praticamente todas as demais acima, se olharem mais atentamente os ingleses cercam o nosso país, os Estados Unidos querem ter bases na Colômbia e o petróleo está cada vez mais difícel lá fora. O Brasil mesmo não tendo uma potência militar anuncia e faz propaganda do pré-sal, o que na minha opnião é um erro grave.

  2. Os ingleses não devolveram as Honduras Britânicas, resolveram dar a independência e renomear o pais como Belize. Não devolveram a Irlanda do Norte e não devolveram a parte venezuelana das Guianas. O caso de Hong Kong era perdido pois a maioria da população já era chinesa e eles não tinham petróleo. As Malvinas… República das Falklands.

  3. irei repetir o que falei no outro topico

    tem gente que e muito alienado, so ve o que esta no jornal,

    já que e por direito da Argentina uma ilha, aonde os habitantes, não querem ser argentinos,

    então deveriamos reividicar o uruguai (Província Cisplatina) , que era um estado Brasileiro até que os nossos aliados argentinos tirou de nos.

    e o que falar da pobre bolivia, que perdeu a sua saida para o mar, para o chile ninguem fala nada,

    e o Acre?, coitada da bolivia, o que motivou o acre ser territorio brasileiro, foi pq a maioria que morava no acre era brasileiros, e o mesmo acontece agora com as malvinas, a maioria são britanicos e querem continuar britanicos.

    e ai guiana francesa, pq nos brasileiros conseguimos viver bem com um territorio europeu na nossa divisa, e a argentina não,

    não digo que os brintanicos são bonzinhos, mas para mim, parece que a historia re repete, alguem se lembra do motivo que levou a argentina a invadir a ilha?

    vamos ver agora, a Argentina esta falida, sem dinheiro, politica interna descastada, mas ninguem fala mais sobre a falencia e a situação preocupante do país, ou seja para mim, as malvinas e apenas o pão com circo dos argentino, e talvez o governo de la consiga tirar alguns euros dos britanicos

    abraço,

    desculpe os erros de portugues!

  4. Que nossas “Ortoridades” se mirem nos portenhos…eles estão invadidos e ñ podem reagir, ñ tem armas p tal..´ñ tem nada, sabem pq …os gênios de lá são bem parecidos com os de cá…Cuidado, ñ podemos ficar = aos hermanos po pura negligência e burrice…prestem mt atenção.É na paz q se prepara p a guerra.

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