Presidente turco enfrenta crise após prisão de militares

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AFP  —  O presidente turco, Abdullah Gul, enfrentava neste sábado uma crise provocada pela prisão de dois generais da reserva acusados de complô, em 2003, contra o governo islâmico moderado.Na tarde de sexta-feira, um tribunal de Istambul decretou a prisão de dois generais da reserva, incluindo Cetin Dogan, apresentado como o suposto líder do movimento golpista de 2003.

No total, 33 oficiais superiores foram acusados pelo tribunal de Istambul, após uma operação da polícia que deteve cerca de 50 militares, na segunda-feira passada.

Dogan e os outros militares detidos são acusados de preparar o terreno para um golpe de Estado mediante ações violentas que visavam demonstrar a incapacidade do governo do AKP (Partido da Justiça e do Desenvolvimento) para garantir a segurança do país.

O general Dogan e vários membros do Estado-Maior das Forças Armadas afirmam que o suposto complô, denunciado pela imprensa em janeiro passado, era na verdade um esquema de treinamento militar, realizado pelos Exércitos de todo o mundo.

Além dos 50 oficiais detidos – alguns soltos posteriormente – a polícia prendeu outros 18 militares na sexta-feira, a maioria de baixa patente, suspeitos de executar os atentados previstos no complô.

Segundo a oposição, as prisões são “um golpe de Estado civil”, que utiliza a Justiça para debilitar os defensores de um estado laico na Turquia.

A situação é considerada de alto risco na Turquia, onde o Exército já derrubou ou contribuiu para a queda de quatro governos em 50 anos e se considera o fiador dos princípios laicos.

O presidente Gul realizou na quinta-feira uma reunião entre o chefe do Estado-Maior, general Iker Babug, e o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, e emitiu um comunicado garantindo que tudo será resolvido de forma “constitucional”.

Erdogan, para quem o processo judicial revela uma “normalização” da democracia na Turquia, advertiu o Exército na sexta-feira que “ninguém está acima da lei”.

Gul concordou que todo cidadão é igual perante a lei. “Se há pessoas que cometem erros em nossas instituições, elas devem ser punidas”.

O presidente também garantiu que a “Turquia superará absolutamente” esta crise e destacou que o objetivo principal para a democracia turca é respeitar as normas europeias.

A crise ocorre dois anos após o chamado caso Ergenekon, no qual mais de 200 pessoas, entre generais da reserva, professores universitários e jornalistas, foram acusados de tramar para derrubar o governo.

Sugestão: Konner

Fonte:  Terra

7 Comentários

  1. É de salientar q o plano era provocar o terror em varias partes da Turquia com atentados inclusive a mesquitas e provocar um incidente com a forca aerea grega para q o exercito turco assim pudesse justificar a sua intervencao, isto tudo ao mais alto nivel pois os acusados sao almirantes, generais e mais alguns oficiais, algumas das prisoes efectuadas sao oficiais ainda na ativa.

  2. A relação que o Brasil tinha anos antes do nosso “golpe militar” era muito grande, tanto, que quem ja ouviu falar que o Brasil, em uma hipótese, dita pela própria URSS de que o Brasil e A.L. se uniria a URSS.

    Bem, isso se confirma sim. Alguns países do bloco comunista fora obrigados a aprender a falar português, ja que para eles, o Brasil iria entra para a URSS, e isso la nos ano 60-70.

    Será mesmo que os militares deram um contra golpe nos “verdadeiros” golpistas de esquerda para não sermos comunistas?

    Isso tem um dedo de verdade. Podemos ver a diferença de alguns países latinos com o do Brasil, onde foi instaurado o “comunismo” se tornou um país capenga e horrível.

    Bem, no caso do Brasil, há de se notar que depois do “golpe militar” o Brasil continuava capitalista.

    Será que os militares salvaram nossa pátria da URSS como esse presidente salvou o seu de seus militares golpistas pro comunismo????

    Se os militares estiverem certos, então temos uma divida eterna com eles.

    Outra coisa. Por que a imprensa so cobre e diz que o golpe era dos militares, mas não deixa eles se explicarem?

    Deve ser mesmo verdade que a imprensa vendida mesmo.

    Tudo bem em dizer que a imprensa apoio os militares, mas eles estavam no comando, qual empresa desafiaria o poder o país? lembrando que a própria GLOBO era a favor do “golpe da esquerda” por isso eles se vira presos e submissos aos militares.

    Bem, história aí.
    Acredite quem quiser, mas existe golpe e contra-golpe.

    Mas seria melhor o golpe militar capitalista, que o golpe esquerdista “digna à la bolivariana”.

    Pensem e reflitam como seria o nosso destinos, quando um país como o BRASIL, se tornace comunista.

  3. Mais uma coisa. Se a algum orgão americano estivesse envolvido no golpe militar, temos a agradecer.
    Antes um país fraco, democrata e capitalista, do que comunista, sem direitos e todo f_dido.

  4. Como um pais desses fazer parte da uniao europeia ? Nao tem o menor requisito. Nada contra os muculmanos, mas tem algo a ver.

  5. Os paises muçulmanos ao meu ver sofrem de baixa auto estima e querem apenas se fazer notar pelo ocidente.
    Que culpa temos se a miséria e o baixo desenvolvimento de paises ricos em petróleo mas sujeito a governos absolutistas – eles ainda tem príncipes, emires, ditadores etc.
    É muito positivo que a Turquia se mantenha uma democracia, um estado laico ao contrário de seus vizinhos como repúblicas islamicas.
    O mundo viveria melhor sem os fanatimos religiosos, afinal não há nenhuma diferença entre nós além das convicções culturais e religiosas porém a maior delas é o preconceito e a arrogância de acreditar que apenas nossa verdade é a única.
    Só amamos e respeitamos aquilo que conhecemos e tolo aquele que se recusa a entender o que pensa e sente o seu semelhante.

  6. Luiz,

    eu tb acredito nesta verdade, ja assisti um documentario em um canal publico, e um general falou sobre isso,

    e foi mais ou menos o que vc disse ai em cima, tem um livro que explica o lado dos militares o nome do livro e Orvil

    abraço!

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